Estudo epidemiológico dos casos de acidentes por abelha no Estado do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil.

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: MARQUES, Michael Radan de Vasconcelos.
• Orientador(a): LEITE, Renner de Souza.
• Banca de defesa: CASTRO, Francisco José Victor de. , BARBOSA, Vanessa Santos de Arruda.
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
• Programa de Pós-Graduação: PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS NATURAIS E BIOTECNOLOGIA
• Departamento: Centro de Educação e Saúde - CES
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Abelhas; Picada de inseto; Animais peçonhentos; Epidemiologia; Saúde Pública; Bees; Insect sting; Venomous animals; Epidemiology; Public Health; Abejas; Picadura de insecto; Animales venenosos; Salud pública
• Área do conhecimento CNPq: Saúde Coletiva; Zoologia
• Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1220

Em 1956, foram trazidas para o Brasil abelhas africanas numa tentativa de promover um melhoramento genético das espécies existentes no país e aumentar a produção de mel. Um ano depois 26 enxames escaparam e houve cruzamento com abelhas nativas. Dessa forma, surgiu a abelha africanizada. Desde o surgimento das abelhas africanizadas o número de acidentes aumentou significativamente em todo o país. O presente estudo teve por objetivo descrever e analisar as características epidemiológicas dos acidentes por abelhas no Rio Grande do Norte, no período de 2007 a 2014. Os dados foram obtidos da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Norte, através do SINAN (SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO) e analisados no SPSS Statistcs versão 22.0 e no Bioestat 5.3. Os acidentes com abelhas no Rio Grande do Norte representaram cerca de 7% do total de agravos com animais peçonhentos. De 2007 a 2014 houve aumento importante do número de casos, entretanto, quando se observou os meses de cada ano não houve variação significativa (p=0,975). Indivíduos do sexo masculino tiveram um predomínio de casos em relação ao sexo feminino, representando 64% das notificações. A Faixa etária mais atingida foi de 20 a 39 anos. Os acidentes relacionados ao trabalho representaram apenas 4% dos casos. O local anatômico mais atingido foi a cabeça, representando 32% dos registros. Cerca dE 47% das vítimas foram atendidas em até 3 horas. Grande parte dos acidentes foi classificada como leve (87%) e 88% evoluíram para cura. A maior parte das manifestações clínicas apresentadas foi local, onde a dor (86,6%) e o edema (82,2%) configuraram as reações locais mais reportadas. As variáveis idade (p=0,173) e tempo de atendimento (p=0,335) não mostraram associação com a presença de manifestações clínicas sistêmicas. Em relação à severidade, as variáveis idade (p=0,000), tempo de atendimento (p=0,004), local anatômico atingido (p=0,026), zona de ocorrência (p=0,000) e sexo (p=0,022), mostraram associação estatisticamente significativa. Esses dados servirão para atualizar as informações epidemiológicas disponíveis. Sendo relevante como forma de propagação de informações relacionadas às abelhas, servindo como levantamento da situação epidemiológica dos casos no Nordeste e principalmente no Rio Grande do Norte. Contribuindo para elaboração de políticas públicas de saúde nessa região, incluindo prevenção dos acidentes e melhoria no atendimento e qualidade do tratamento das vítimas.