Políticas e práticas missionárias: discutindo a atuação de uma instituição missionária a partir da trajetória da missão novas tribos do Brasil

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: SILVA, Jhéssika Angell Alves e.
• Orientador(a): BATISTA, Mércia Rejane Rangel.
• Banca de defesa: LIMA, Elizabeth Christina de Andrade. , CUNHA, Luís Henrique Hermínio. , FILHO, João Pacheco de Oliveira. , CORRÊA, José Gabriel Silveira.
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
• Programa de Pós-Graduação: PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
• Departamento: Centro de Humanidades - CH
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Fundamentalismo; Missão Novas Tribos - Brasil; Evangelismo; Políticas missionárias; Fundamentalism; Mission; Evangelism; Politics; Práticas missionárias; Evangelização de indigenas; Instituições missionárias; Etnografia - instituições religiosas
• Área do conhecimento CNPq: Ciências Sociais.
• Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30734

Esta tese consiste sobretudo no esforço de investigar a atividade missionária vinculada a tradição fundamentalista evangélica. A proposta é de buscar no “jogo de escalas” compreender esse fenômeno de forma abrangente com suas relações locais e transnacionais. Assim, utilizando da atuação da Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB) – que é uma missão que tem como objetivo principal a evangelização de todas as etnias indígenas no Brasil – como objeto de estudo, buscamos entender este cenário complexo, situando os agentes histórica, social, teológica e politicamente dentro de uma arena maior de disputas no campo das ações indigenistas. O interesse aqui está em entender nos termos e intencionalidades dos agentes o que estes fazem, como eles explicam suas ações e as definem. Neste sentido, esta tese foi construída baseada em cinco movimentos de análise. O primeiro, introdutório, busca apresentar ao leitor um entendimento da categoria missão para além do senso comum tanto acadêmico, quanto da sociedade em geral, situando modelos e termos próprios ao campo. O segundo apresenta a MNTB dentro de um contexto maior de disputas no campo de ações indigenistas, o que permite demonstrar ao leitor as dificuldades em encarar este objeto. O terceiro traz a história da instituição e seu processo formativo a partir de uma descrição antropológica. O quarto busca discutir a missão levando em consideração a tradição fundamentalista à qual ela está vinculada, analisando tanto as categorias nativas quanto a história desta tradição. E o último que encara este objeto desde sua atuação no contexto das práticas políticas, pois entendemos esta como uma atuação política baseada na fé que tenta se apresentar a partir de uma suposta perspectiva apolítica, mas que leva junto com o escopo religioso formas e modelos políticos, sociais e econômicos. Partindo disto, acreditamos que aprofundar etnograficamente em um tipo específico de missão nos ajudará a entender melhor este universo, que é parte constitutiva do campo de ações indigenistas e que nos últimos anos têm se tornado uma figura importante também no cenário político nacional.