Adubação nitrogenada e orgânica em videira: características químicas do solo, componentes produtivos e decomposição de resíduos foliares e esterco bovino

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Lima, Franciezer Vicente de
• Orientador(a): Mendonça, Vander
• Banca de defesa: Mendonça, Luciana Freitas de Medeiros , Alencar, Renato Dantas , Pereira, José Rodrigues
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Semi-Árido
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Manejo de Solo e Água
• Departamento: Centro de Ciências Agrárias - CCA
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Vitis vinífera L; Esterco bovino; Nitrogênio; Produtividade; Vitis vinifera L; Bovine cowpea; Nitrogen; Yield
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA
• Link de acesso: http://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/897

O cultivo da videira na região semiárida nordestina é uma realidade consagrada, a exemplo disto tem-se o Vale do Sub Médio do São Francisco, que atualmente é responsável por boa parte da produção nacional de uvas. A região Oeste Potiguar apresenta condições para explorar essa cultura, no entanto são escassas pesquisas sobre o comportamento da videira em solos dessa região. Tendo em vista a baixa disponibilidade natural de matéria orgânica (M.O.) e consequentemente de nitrogênio (N), bem como do aproveitamento de fontes orgânicas para melhoria da fertilidade do solo e acúmulo de M.O., desta forma, teve-se por objetivo avaliar os efeitos da adubação nitrogenada e orgânica nas características químicas do solo e nos componentes de produção da videira ‘Isabel Precoce’, além de avaliar a dinâmica de decomposição dos resíduos foliares da videira e do esterco bovino, quando submetidos a adubação nitrogenada nas condições semiáridas da região Oeste Potiguar. Foram implantados experimentos na Fazenda da UFERSA, em Mossoró, RN, constituídos de quatro frentes de pesquisa. No experimento I, avaliou-se as características químicas do solo. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 5 x 2, correspondendo a 5 doses de fertilizante nitrogenado (0, 30, 60, 90 e 120 kg ha-1), com e sem adubação orgânica (AO) (0 e 20 m3 ha-1, de esterco bovino), distribuídos em 6 blocos. Foram avaliados macro (N, P, K, Ca e Mg) e micronutrientes (Na, Fe, Mn e Zn), além do pH, condutividade elétrica, matéria orgânica e soma de bases. A interação N e AO, ocasionaram aumento nos teores de macro e micronutrientes, na matéria orgânica e na soma de bases. As doses de N foram responsáveis por reduzir os níveis de pH para um patamar que proporcionou maior disponibilidade de nutrientes. No experimento II, seguiu-se o mesmo delineamento do experimento I. Foram avaliados número de cachos por planta, produção por planta e produtividade, além do peso, comprimento e largura dos cachos, número de bagas por cacho e peso de dez bagas. A dose de 60 kg ha-1 de N na presença do AO foi a que proporcionou os melhores resultados para os componentes de produção analisados. A elevação dos níveis de N, a partir da dose de 60 até 120 kg ha-1 combinadas ou não a fonte orgânica, inibiram os componentes produtivos da videira ´Isabel Precoce´. No experimento III, avaliou-se a decomposição de folhas de videira e a liberação de nutrientes quando submetidas a adubação nitrogenada. Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado com 4 repetições, em esquema fatorial 6 x 2, sendo 6 tempos de coleta (0, 20, 40, 60, 90 e 120 dias), com e sem adição de N (0 e 60 kg ha-1). A adição de 60 kg ha-1 de N nos resíduos da videira, embora tenha reduzido a relação C:N, não influenciou a velocidade de decomposição dos resíduos deixados na superfície do solo. A adubação nitrogenada promoveu aumento na velocidade de liberação de P e Mg, diminuindo em 27 e 23 dias sua liberação final. O experimento IV, seguiu o mesmo delineamento estatístico do experimento III, porém, avaliou-se a decomposição e liberação de nutrientes do esterco bovino. A adubação nitrogenada no esterco bovino embora tenha reduzido a relação C:N, não influenciou a velocidade de decomposição do esterco, nem a mineralização do carbono. A adição de nitrogênio promoveu maior liberação de P, Mg, K, reduzindo o tempo para que 95% dos nutrientes contidos nos resíduos fossem liberados em 27, 65 e 226 dias