Prevalência da infecção por papilomavírus humano no trato genital de homens assintomáticos: aspectos virológicos e epidemiológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Rocha, Willker Menezes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Fluminense
Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HPV
DST
SDT
Men
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6267
Resumo: A infecção do trato genital pelo papilomavírus humano (HPV) é uma das viroses sexualmente transmissíveis mais prevalentes no mundo. Entretanto, ainda existem lacunas de conhecimento a respeito da etiologia do câncer de pênis, e a história natural do HPV no homem ainda não está totalmente elucidada. Este estudo teve como objetivo determinar a prevalência da infecção por HPV em amostras de esfregaços de pênis, oriundos de uma população masculina clinicamente assintomática. Para tanto, foram analisadas 261 amostras, coletadas entre 2010 e 2013 em diferentes instituições na cidade do Rio de Janeiro, incluindo hospitais, uma clínica de dermatologia e uma empresa metalúrgica. Também contabilizamos variáveis epidemiológicas de 182 destes indivíduos, através da aplicação de um questionário para auxílio na investigação de possíveis fatores de risco. A identificação viral foi feita através das técnicas de reação em cadeia da polimerase genérica e tipo-específica, e RFLP (Restriction Fragment Length Polimorfism), quando necessário. Foi encontrada uma prevalência geral para infecção por HPV de 16,47% (43 indivíduos). O tipo de HPV mais prevalente foi o HPV 6 (34,88%), seguido pelos HPV 16 (23,25%), HPV 11 (16,27%), HPV 45 (9,30%) e HPV 58 (2,32%); assim, encontramos infecção por HPV de baixo risco oncogênico em 53,66%, e de alto risco oncogênico em 46,34% dos indivíduos infectados. A idade dos indivíduos analisados variou entre 18 e 65 anos, com média de idade de 26,30 anos. Dentre as variáveis epidemiológicas estudadas, houve significância estatística apenas para o grupo de indivíduos circuncisos (p<0,05). Dois dos três indivíduos que afirmaram ter histórico de outras DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) se encontravam infectados. Assim, pudemos inferir que a prevalência da infecção na população masculina assintomática estudada é considerável, embora bem menor do que a descrita em alguns estudos publicados recentemente. Acreditamos que os resultados possam contribuir para uma visão mais clara a respeito da circulação do HPV na população masculina geral, bem como a identificação de fatores de risco associados à epidemiologia da infecção em nosso estado.
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Também contabilizamos variáveis epidemiológicas de 182 destes indivíduos, através da aplicação de um questionário para auxílio na investigação de possíveis fatores de risco. A identificação viral foi feita através das técnicas de reação em cadeia da polimerase genérica e tipo-específica, e RFLP (Restriction Fragment Length Polimorfism), quando necessário. Foi encontrada uma prevalência geral para infecção por HPV de 16,47% (43 indivíduos). O tipo de HPV mais prevalente foi o HPV 6 (34,88%), seguido pelos HPV 16 (23,25%), HPV 11 (16,27%), HPV 45 (9,30%) e HPV 58 (2,32%); assim, encontramos infecção por HPV de baixo risco oncogênico em 53,66%, e de alto risco oncogênico em 46,34% dos indivíduos infectados. A idade dos indivíduos analisados variou entre 18 e 65 anos, com média de idade de 26,30 anos. Dentre as variáveis epidemiológicas estudadas, houve significância estatística apenas para o grupo de indivíduos circuncisos (p<0,05). Dois dos três indivíduos que afirmaram ter histórico de outras DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) se encontravam infectados. Assim, pudemos inferir que a prevalência da infecção na população masculina assintomática estudada é considerável, embora bem menor do que a descrita em alguns estudos publicados recentemente. Acreditamos que os resultados possam contribuir para uma visão mais clara a respeito da circulação do HPV na população masculina geral, bem como a identificação de fatores de risco associados à epidemiologia da infecção em nosso estado.The genital tract infection by human papillomavirus (HPV) is one of the most prevalent sexually transmitted diseases in the world. However, there are still gaps in the knowledge regarding the etiology of penile cancer, and the natural history of HPV infection in men is not yet fully elucidated. This study aimed to determine the prevalence of HPV infection in penile swab samples, derived from a clinically asymptomatic male population. For this purpose, 261 samples were collected between 2010 and 2013 in different institutions in the city of Rio de Janeiro, including hospitals, dermatology clinics and a metallurgical company. Also, we analyzed epidemiological variables of 182 of these individuals through the application of a questionnaire to aid in the investigation of possible risk factors. The viral identification was made through the generic and type-specific polymerase chain reaction and restriction fragment length polymorphism (when needed) techniques. An overall prevalence of HPV infection in 16.47 % (43 individuals) was found. The most prevalent HPV type was HPV 6 (34.88%), followed by HPV 16 (23.25%), HPV 11 (16.27%), HPV 45 (9.30%) and HPV 58 (2.32%); so, we have found infection by the low-risk oncogenic types in 53.66% of the infected individuals, and by high-risk oncogenic types in 46.34 % of these individuals. The age of the subjects studied ranged between 18 and 65 years with a mean age of 26.30 years. Among the epidemiological variables, statistical significant results were found for the group of men who have sex with men, for the group who have kept anal intercourse during sexual relationship, for the group that always uses condom and for the group of circumcised individuals (p<0.05). Two of the three individuals who reported having a history of STDs (Sexually Transmitted Diseases) were infected. Thus, we can infer that the prevalence of HPV infection among asymptomatic male population is considerably high, although lower than that reported in some recently published studies. We believe that the results may contribute to a clearer view about the circulation of HPV in the general male population, as well as to the identification of risk factors associated with the epidemiology of HPV infection in our state.Universidade Federal FluminenseNiteróiCavalcanti, Silvia Maria BaetaOliveira, Ledy do Horto dos SantosVitral, Claudia LamarcaPinto, Marcelo AlvesRocha, Willker Menezes da2018-04-16T18:23:31Z2018-04-16T18:23:31Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/6267Aluno de mestradoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 BrazilopenAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-07-13T03:08:17Zoai:app.uff.br:1/6267Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202021-07-13T03:08:17Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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