O que resta dos fatos: testemunho e guinada afetiva no jornalismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Peres, Ana Cláudia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/16601
Resumo: Esta tese investiga a dimensão afetiva do testemunho no jornalismo. Toma-se como referência a literatura do testemunho e o seu desdobramento, sob a perspectiva do media witnessing, para propor um jornalismo de teor testemunhal a partir de narrativas que funcionam como material empírico exemplar. A pesquisa parte da hipótese de que o testemunho, quando valorizado não apenas como mero procedimento técnico, mas como experiência vivenciada e/ou construída durante o percurso do relato, potencializa os afetos. Esse princípio leva à indagação acerca de uma dinâmica relacional na prática e no gesto jornalísticos. Tem-se como objetivo geral cartografar e analisar narrativas associadas às pequenas e grandes tragédias do cotidiano no momento em que o comum, o prosaico, o ordinário cruza com o trágico, o fatídico, o extraordinário. E como objetivos específicos, discutir as intervenções de uma poética do testemunho na construção do real e na narração dos fatos bem como examinar o lugar do jornalista, ao mesmo tempo testemunha, narrador e personagem da história narrada. Ao reconhecer o aspecto dialógico do testemunho midiático em sua inclinação para a alteridade e o encontro com o Outro, o estudo sugere uma inversão na “matriz de verdade presumida” – característica do estatuto do testemunho do qual o jornalismo é tributário – para uma matriz de lacuna de verdade, essa que torna pertinente narrar pelo que resta dos fatos. Ao final, à luz de cinco operadores, propõe-se um exercício de análise de narrativa que aponta caminhos para um jornalismo menos pautado pela racionalidade técnica. Trata-se de um gesto insinuante em direção a uma “guinada afetiva”, um ponto possível de resistência e sobrevivência do campo.
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