O Planejamento no processo urbano de Quito-Equador

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Taco, Luis Hernán Villacís
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/32048
Resumo: A cidade de Quito capital do Equador, situada na Cordilheira dos Andes a 2850 metros sobre o nível do mar, cuja existência se remonta aos períodos pre-conquista espanhola inclusive pre-conquista inca, tem passado por uma serie de processos e transformações que a levaram de ser uma vila administrativa até ser hoje uma cidade moderna e atrativa aos olhos do mundo e dos investimentos nacionais e estrangeiros. Nesse processo de produção de espaço urbano que é um reflexo das relações sociais de produção, estiveram e continuam envolvidos uma serie de agentes como os donos da terra, o setor da construção, os grupos dominantes e os grupos sociais sob a atuação do Estado mediante ações ou omissões. Essa interação e resistência entre esses agentes originou diversas formas físicas no espaço da cidade ambientando-se ou adequando-se à geomorfologia própria do território que ao ver superado seus limites físicos gerou conurbacões com paroquias rurais quanto municípios vizinhos. Mas essa expansão não acontece de um jeito uniforme, nem igualitário, mas sim gerando desequilíbrios e disparidades que se observam na dotação de serviços e equipamentos, no acesso a moradia própria e condições de vida em geral; desequilíbrios que são consequência da atuação do capital e seus interesses no espaço urbano, o que por sua vez desenvolveu varias centralidades com características e funcionalidades particulares dependendo do tipo de urbanização e população a qual está dirigida. Essa forma de crescimento da cidade que não só tem efeitos nem influencias locais mas também nacionais e na atualidade globais, tem sido objeto de planos e políticas estatais tanto federais, quanto provinciais e municipais que na atualidade se manifestam por um lado o governo central através do colocado no Plano Nacional do Bom Viver tentando gerar uma estrutura nacional de cidades mais equilibrada assim como diminuir a segregação de Quito, e por outro a Prefeitura que em pro de acompanhar as demandas de uma cidade moderna própria do movimento globalizante através de parcerias publico-privadas, indiretamente mantem as desigualdades e a segregação espacial. Além desse aparente conflito na gestão, vamos ver que a ação estatal não avança e não é capaz de acompanhar o mesmo ritmo do processo urbano, o qual na realidade está regido pelo mercado do solo e os interesses do capital sobre os quais operam as grandes imobiliárias que trás a normal necessidade de moradia produzem especulação provavelmente aproveitando situações da cidade como a construção do novo aeroporto, metrô, e o próprio crescimento populacional.
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Essa interação e resistência entre esses agentes originou diversas formas físicas no espaço da cidade ambientando-se ou adequando-se à geomorfologia própria do território que ao ver superado seus limites físicos gerou conurbacões com paroquias rurais quanto municípios vizinhos. Mas essa expansão não acontece de um jeito uniforme, nem igualitário, mas sim gerando desequilíbrios e disparidades que se observam na dotação de serviços e equipamentos, no acesso a moradia própria e condições de vida em geral; desequilíbrios que são consequência da atuação do capital e seus interesses no espaço urbano, o que por sua vez desenvolveu varias centralidades com características e funcionalidades particulares dependendo do tipo de urbanização e população a qual está dirigida. Essa forma de crescimento da cidade que não só tem efeitos nem influencias locais mas também nacionais e na atualidade globais, tem sido objeto de planos e políticas estatais tanto federais, quanto provinciais e municipais que na atualidade se manifestam por um lado o governo central através do colocado no Plano Nacional do Bom Viver tentando gerar uma estrutura nacional de cidades mais equilibrada assim como diminuir a segregação de Quito, e por outro a Prefeitura que em pro de acompanhar as demandas de uma cidade moderna própria do movimento globalizante através de parcerias publico-privadas, indiretamente mantem as desigualdades e a segregação espacial. Além desse aparente conflito na gestão, vamos ver que a ação estatal não avança e não é capaz de acompanhar o mesmo ritmo do processo urbano, o qual na realidade está regido pelo mercado do solo e os interesses do capital sobre os quais operam as grandes imobiliárias que trás a normal necessidade de moradia produzem especulação provavelmente aproveitando situações da cidade como a construção do novo aeroporto, metrô, e o próprio crescimento populacional.The city of Quito, capital of Ecuador, located in the Andes at 2850 meters above sea level, whose existence dates back to the pre Spanish conquest periods, even pre Inca conquest, has gone through a series of processes and transformations which transformed the city from an administrative town to a modern and attractive city in the eyes of the world, for domestic and foreign investment. In the process of production of urban space that is a reflection of the social relations of production, a number of agents were and continue to be involved. Some of the agents are land owners, the construction sector, the dominant groups and social groups, all under State performance through actions or omissions. The interaction and resistance among these agents originated different physical forms in the space of the city, shaping or adapting to the geomorphology of the territory that saw its physical limits exceeded and generated conurbations with rural parishes as neighboring municipalities. However this expansion does not occur uniformly nor in an egalitarian way, instead, it generates imbalances and disparities observed in the provision of services and equipment, access to housing and imbalanced living conditions in general, which result from the capital interests in urban space, which in turn unfolded several concentration points with particular characteristics and features that depend on the type of urbanization and population to which they are addressed. This form of growth of the city, which has not only local effects, but also national and global, has been the object of planning policies, at federal, provincial and municipal levels. Currently the central government includes these policies in the national Plan for Good Living trying to create a national structure with more balanced cities and reduce segregation in Quito and, also the Municipality of Quito has policies in favor of accompanying the demands of a very modern city through public-private partnerships, which indirectly maintains inequalities and spatial segregation. In addition to this apparent conflict in the management of the city, we will see that the state action is not enough to accompany the pace of the urban process, which in reality is governed by the land market and the interests of capital under which large real-estate companies operate. These companies take advantage of the normal housing needs to generate speculation in situations of the city such as the construction of the new airport, Metro line and population growth itself.160 p.Binsztok, JacobBarbosa, Jorge LuizMartins, Flavia Elaine da SilvaAntunes, Charlles da FrançaTaco, Luis Hernán Villacís2024-01-24T18:40:47Z2024-01-24T18:40:47Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfTACO, Luis Hernán Villacís. O Planejamento no processo urbano de Quito-Equador. 2016. 160 f. 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