A dinâmica dos espaços residuais na cidade contemporânea: o caso da cidade nova e arredores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Souza, Karina Martins de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23691
Resumo: Esta dissertação é um estudo sobre os espaços residuais como áreas abandonadas embaixo de viadutos, espaços públicos sem manutenção ou sem investimento por autoridades governamentais e edificações abandonadas em decorrência do entorno decadente. Esses espaços, que permeiam a cidade, são considerados "sobras" de ações infraestruturais e/ou, espaços percebidos como não inseridos na dinâmica urbana, sendo vistos, em alguns casos, como uma patologia contemporânea. Eles têm se tornado um desafio urbano cada vez maior, devido ao intenso processo de migração do campo para a cidade na segunda metade do século XX, às rápidas mutações da atualidade e por se apresentarem como espaços urbanos disponíveis em estruturas urbanas consolidadas. São espaços de potencialidades e possibilidades em contraposição com a cidade das certezas. Qual é a implicação dos espaços residuais para a estrutura das cidades? O processo de ressignificação de espaços urbanos devido aos ciclos de destruição e criação presentes nas cidades faz com que os espaços residuais, principalmente os conceitos correlatos, se tornem recorrentes nos discursos sobre as problemáticas presentes atualmente. Temas que abordam espaços que "sobram" na estrutura da urbe se apresentam, sobretudo, relacionados ao urbanismo de fragmentação e ao urbanismo tático, em diversos países e culturas. Isso suscita a hipótese de uma relação de articulação entre esse tipo de espaço, a cidade e os agentes que produzem a mesma, presumindo a existência de espaços residuais como algo inerente à dinâmica urbana, através de possíveis aspectos que se pretende reconhecer. Contudo estes discursos, em sua grande maioria, limitam-se a identificar o surgimento e a presença desses espaços e a propor possíveis intervenções que possam vir a dá-los usos na dinâmica urbana, voltados para a população local. Pouco se sabe sobre a relação deles com a morfologia, sua existência como possíveis usos estratégicos ou sobre suas, já existentes, destinações de usos em função de apropriações ou da falta delas ao longo do tempo. Por se tratar de um assunto recentemente abordado no meio acadêmico e profissional, não há ainda uma metodologia que ajude na identificação dos espaços residuais e na compreensão de suas principais características. O que são essencialmente esses resíduos urbanos? Qual seria a condição mais adequada para cada um deles? Diante disso, o trabalho pretende compreender o que são os espaços residuais, através de uma construção conceitual e de uma análise para compreensão de suas funções dentro da estrutura urbana na cidade do Rio de Janeiro, que auxiliem a identificar aspectos e singularidades desses espaços. Para tanto, haverá uma pesquisa sobre a região do bairro da Cidade Nova e imediações: área central da cidade repleta de resíduos sem motivos evidentes para a sua existência, que possui parte consolidada e parte passando por um novo processo de consolidação, representando ciclos de destruição e criação urbana.
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Eles têm se tornado um desafio urbano cada vez maior, devido ao intenso processo de migração do campo para a cidade na segunda metade do século XX, às rápidas mutações da atualidade e por se apresentarem como espaços urbanos disponíveis em estruturas urbanas consolidadas. São espaços de potencialidades e possibilidades em contraposição com a cidade das certezas. Qual é a implicação dos espaços residuais para a estrutura das cidades? O processo de ressignificação de espaços urbanos devido aos ciclos de destruição e criação presentes nas cidades faz com que os espaços residuais, principalmente os conceitos correlatos, se tornem recorrentes nos discursos sobre as problemáticas presentes atualmente. Temas que abordam espaços que "sobram" na estrutura da urbe se apresentam, sobretudo, relacionados ao urbanismo de fragmentação e ao urbanismo tático, em diversos países e culturas. Isso suscita a hipótese de uma relação de articulação entre esse tipo de espaço, a cidade e os agentes que produzem a mesma, presumindo a existência de espaços residuais como algo inerente à dinâmica urbana, através de possíveis aspectos que se pretende reconhecer. Contudo estes discursos, em sua grande maioria, limitam-se a identificar o surgimento e a presença desses espaços e a propor possíveis intervenções que possam vir a dá-los usos na dinâmica urbana, voltados para a população local. Pouco se sabe sobre a relação deles com a morfologia, sua existência como possíveis usos estratégicos ou sobre suas, já existentes, destinações de usos em função de apropriações ou da falta delas ao longo do tempo. Por se tratar de um assunto recentemente abordado no meio acadêmico e profissional, não há ainda uma metodologia que ajude na identificação dos espaços residuais e na compreensão de suas principais características. O que são essencialmente esses resíduos urbanos? Qual seria a condição mais adequada para cada um deles? Diante disso, o trabalho pretende compreender o que são os espaços residuais, através de uma construção conceitual e de uma análise para compreensão de suas funções dentro da estrutura urbana na cidade do Rio de Janeiro, que auxiliem a identificar aspectos e singularidades desses espaços. Para tanto, haverá uma pesquisa sobre a região do bairro da Cidade Nova e imediações: área central da cidade repleta de resíduos sem motivos evidentes para a sua existência, que possui parte consolidada e parte passando por um novo processo de consolidação, representando ciclos de destruição e criação urbana.This dissertation is a study about residual spaces as abandoned areas under viaducts, public spaces without maintenance or without investment by government authorities and buildings abandoned due to the decadent surroundings. These spaces, which permeate the city, are considered "leftovers" of infrastructural actions and/or, spaces perceived as not inserted in the urban dynamics, being seen, in some cases, as a contemporary pathology. They have become an increasing urban challenge, due to the intense process of migration from the countryside to the city in the second half of the twentieth century, to today's rapid changes, and to presenting themselves as available urban spaces in consolidated urban structures. They are spaces of potential and possibilities in opposition to the city of certainties. What is the implication of residual spaces for the cities structure? The resignification process of urban spaces due to the cycles of destruction and creation present in cities makes the residual spaces, especially the related concepts, become recurrent in the discourses about the present problems. Topics that refer to spaces that are "left over" in the urban structure are mainly related to fragmentation urbanism and tactical urbanism in different countries and cultures. This raises the hypothesis of an articulation relationship between this type of space, the city and the agents that produce it, assuming the existence of residual spaces as something inherent to urban dynamics, through possible aspects to be recognized. However, most of these speeches are limited to identifying the emergence and presence of these spaces and to proposing possible interventions that may give them uses in urban dynamics, dedicated to the local population. Little is known about their relationship to morphology, their existence as possible strategic uses or about their, already existing, types of usage for purposes of appropriation or lack of them over time. For being a subject recently approached in the academic and professional sphere, there is not yet a methodology that helps in the residual spaces identification and the understanding of their main characteristics. What are essentially these urban residual spaces? What would be the most appropriate condition for each of them? Given this, the work aims to understand what are the residual spaces, through a conceptual construction and an analysis to understand their functions in the urban structure in the Rio de Janeiro city, which help to identify aspects and singularities of these spaces. Therefore, there will be research on the region of the Cidade Nova neighborhood and surroundings: central area of the city full of residual spaces without obvious reasons for its existence, which has part consolidated and part undergoing a new consolidation process, representing cycles of destruction and urban creation.184 p.NiteróiAraujo, Eloisa Carvalho deNeves, Luiz Antonio Ferreira dasTavares, Rossana BrandãoBahia, Sergio RodriguesSouza, Karina Martins de2021-11-18T18:10:01Z2021-11-18T18:10:01Z2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSOUZA, Karina Martins de. A dinâmica dos espaços residuais na cidade contemporânea: o caso da cidade nova e arredores. 2020. 184 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Escola de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2020.https://app.uff.br/riuff/handle/1/23691Aluno de MestradoCC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-11-18T18:10:01Zoai:app.uff.br:1/23691Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202021-11-18T18:10:01Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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