Ginásio Estadual de Bataiporã-MT: história e memórias de sujeitos como experiências de escolarização (1969-1974)

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Salomão, Laura da Anunciação
• Orientador(a): Ziliani, Rosemeire de Lourdes Monteiro
• Banca de defesa: Pereira, Jacira Helena do Valle , Brazil, Maria do Carmo , Pessanha, Eurize Caldas
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
• Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Educação
• Departamento: Faculdade de Educação
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Educação básica; Escola pública; História oral
• Palavras-chave em Inglês: Elementary education; Public schools; Oral history
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
• Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1613

O Relatório socializa resultados de pesquisa sobre educação ginasial e inscreve-se nos estudos sobre instituições escolares. Teve como objetivo estudar a instituição e o ensino ginasial oferecido no Ginásio Estadual de Bataiporã, localizado no município de Bataiporã, antigo sul de Mato Grosso, considerando, em especial, as memórias dos sujeitos (alunos, professores e administradores), entendidas como experiências. Analisou o contexto histórico-social, as circunstâncias específicas de criação, instalação e algumas das transformações ocorridas na Instituição, no curto período em que funcionou com uma denominação e organização específicas. Investigou a história do Ginásio em um momento histórico datado, de 1969 a 1974, para compreender seu funcionamento na organização da cidade e na vida dos sujeitos que por ela passaram, observando elementos da distribuição do tempo, do espaço e das atividades educacionais. Para análise dos materiais foram utilizados conceitos como poder, saber, espaço-tempo e memória/experiência, com apoio de Larrosa (2002), Le Goff (1990), Foucault (2008; 2014), Frago e Escolano (2001), Halbwachs (1990), Albuquerque Jr. (1994) e outros, além de estudiosos das instituições escolares e da modalidade ginasial no país como Magalhães (2004), Dallabrida (2014; 2007), entre outros. A criação do Ginásio na cidade ocorreu somente quatorze anos após o início da oferta de educação primária, que se deu em 1955. Utilizando as narrativas dos sujeitos entrevistados e fontes documentais, observou-se que a criação e instalação do Ginásio em Bataiporã foi um acontecimento valorizado pela população daquele município e, como em outras localidades, constituiu-se em alternativa para a continuidade de estudos de adolescentes, jovens e adultos que não possuíam condições de se deslocar para estudar em outras cidades. O prédio do Ginásio foi construído próximo ao do Grupo Escolar existente na cidade, mas não havia integração das atividades escolares e nem mesmo dos alunos das duas instituições. Sua presença também alterou a situação dos professores, e do ensino, com a chegada dos normalistas e de outros profissionais com formação superior; alguns “professores leigos”, sem espaço nas salas de aula, também encontraram no curso ginasial a oportunidade de formação para o retorno às escolas. Mesmo tendo indicações de que funcionou durante três anos somente no período noturno (aspecto desfavorável, em especial para os mais novos) e por meio de algumas práticas de vigilância e de controle dos comportamentos, coletivos e individuais, os sujeitos entrevistados, em suas singularidades, narram lembranças “positivas”, ou “não guardam ressentimentos”, dessa experiência escolar específica, considerando-a significativa em suas vidas, no aspecto pessoal e/ou profissional.