Viver a velhice na Colônia Conceição no município de Nioaque, em Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Nunes, Fabio Pereira lattes
Orientador(a): Menegat, Alzira Salete lattes
Banca de defesa: Aguiar, Marcio Mucedula lattes, Almeida, Rosemeire Aparecida de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Sociologia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4513
Resumo: Investigar a velhice é o tema do presente trabalho, procurando entender como se processa a velhice na vida das pessoas que vivem em áreas de assentamento rural, mais especificamente no assentamento Colônia Conceição, localizado no município de Nioaque, em Mato Grosso do Sul (MS). Naquele lugar, a maior parte dos assentados/as está nesse grupo de pessoas, vivendo a fase da velhice, e, mesmo nessa etapa da vida, ainda estão atuantes no fazer produtivo dos lotes. É nesse contexto que reside a problemática desta pesquisa, indagando como os assentados/as vivem a velhice, num lugar em que o cotidiano de trabalho exige esforço físico, embora suas forças diminuam. Para a compreensão do viver a velhice na Colônia Conceição, algumas categorias foram fundamentais, dentre elas, entender a dimensão do assentamento com base nos estudos de Heredia (1979), no sentido da morada da vida, elo que mantém as pessoas velhas nos lotes do assentamento e que compreende um conjunto de elementos que se entrelaçam, entre o pertencimento à terra, as relações de interação entre as pessoas, o envolvimento com o fazer do processo de plantio e os tratos culturais e, sobretudo, nas dimensões da vida no lugar. Outra categoria do estudo foi a da velhice, entendida como uma fase, a qual as pessoas em algum momento irão vivenciar, sendo um fenômeno natural biológico que tem na perda das capacidades físicas o ponto central. O estudo de Bosi (1994) com a memória de velhos se constituiu em outro aporte teórico para a pesquisa, recomendando as fontes orais para a compreensão da vivência dos velhos/as. Assim, com base nas fontes orais, conforme os estudos de Albert (2005), adentramos no percurso de levantamento de dados, realizando entrevistas com 17 velhos/as de ambos os sexos, entre a faixa etária de 60 e 85 anos e, também, com cinco mediadores/agentes de saúde que atendem no posto de saúde do assentamento. Os resultados mostram que entre os 373 lotes, constituidores do assentamento Colônia, 128 destes são ocupados por pessoas de 60 anos ou mais, as quais administram as unidades de produção, mantendo e transformando o espaço. Isso demonstra resistência, visto que a luta pela terra, que os levou ao assentamento, está sendo por eles mantida, ao insistirem em viverem a velhice no assentamento. Enfim, analisar o viver a velhice no assentamento Colônia Conceição constituiu-se num instrumento que apresenta, ao mesmo tempo, os muitos resultados decorrentes da instalação de assentamentos no município de Nioaque (e mesmo no Brasil), os quais não podem ser vistos apenas pelo viés do sucesso e/ou do insucesso econômico em termos de produção, levando a considerar outros elementos, dentre eles o viver com dignidade. Nessa esteira, constituem-se em lugares de direitos, como o da produção de alimentos, com olhar para o meio ambiente; da manutenção de referenciais culturais nutridos por determinados grupos sociais; da produção conforme as próprias necessidades das comunidades, mesmo nutrindo certo viés de mercado; e, especialmente, do direito à vida e do viver a velhice com sossego merecido, como recompensa pela labuta empreendida na trajetória das muitas andanças, até a chegada à morada da vida, no assentamento Colônia Conceição.
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Naquele lugar, a maior parte dos assentados/as está nesse grupo de pessoas, vivendo a fase da velhice, e, mesmo nessa etapa da vida, ainda estão atuantes no fazer produtivo dos lotes. É nesse contexto que reside a problemática desta pesquisa, indagando como os assentados/as vivem a velhice, num lugar em que o cotidiano de trabalho exige esforço físico, embora suas forças diminuam. Para a compreensão do viver a velhice na Colônia Conceição, algumas categorias foram fundamentais, dentre elas, entender a dimensão do assentamento com base nos estudos de Heredia (1979), no sentido da morada da vida, elo que mantém as pessoas velhas nos lotes do assentamento e que compreende um conjunto de elementos que se entrelaçam, entre o pertencimento à terra, as relações de interação entre as pessoas, o envolvimento com o fazer do processo de plantio e os tratos culturais e, sobretudo, nas dimensões da vida no lugar. Outra categoria do estudo foi a da velhice, entendida como uma fase, a qual as pessoas em algum momento irão vivenciar, sendo um fenômeno natural biológico que tem na perda das capacidades físicas o ponto central. O estudo de Bosi (1994) com a memória de velhos se constituiu em outro aporte teórico para a pesquisa, recomendando as fontes orais para a compreensão da vivência dos velhos/as. Assim, com base nas fontes orais, conforme os estudos de Albert (2005), adentramos no percurso de levantamento de dados, realizando entrevistas com 17 velhos/as de ambos os sexos, entre a faixa etária de 60 e 85 anos e, também, com cinco mediadores/agentes de saúde que atendem no posto de saúde do assentamento. Os resultados mostram que entre os 373 lotes, constituidores do assentamento Colônia, 128 destes são ocupados por pessoas de 60 anos ou mais, as quais administram as unidades de produção, mantendo e transformando o espaço. Isso demonstra resistência, visto que a luta pela terra, que os levou ao assentamento, está sendo por eles mantida, ao insistirem em viverem a velhice no assentamento. Enfim, analisar o viver a velhice no assentamento Colônia Conceição constituiu-se num instrumento que apresenta, ao mesmo tempo, os muitos resultados decorrentes da instalação de assentamentos no município de Nioaque (e mesmo no Brasil), os quais não podem ser vistos apenas pelo viés do sucesso e/ou do insucesso econômico em termos de produção, levando a considerar outros elementos, dentre eles o viver com dignidade. Nessa esteira, constituem-se em lugares de direitos, como o da produção de alimentos, com olhar para o meio ambiente; da manutenção de referenciais culturais nutridos por determinados grupos sociais; da produção conforme as próprias necessidades das comunidades, mesmo nutrindo certo viés de mercado; e, especialmente, do direito à vida e do viver a velhice com sossego merecido, como recompensa pela labuta empreendida na trajetória das muitas andanças, até a chegada à morada da vida, no assentamento Colônia Conceição.Investigating old age is the theme of this paper, seeking to understand how old age is processed in the lives of people living in rural settlement areas, more specifically in the Colônia Conceição settlement, located in the municipality of Nioaque, in Mato Grosso do Sul (MS). In that place, most of the settlers are in this group of people, living the phase of old age, and, even in this stage of life, are still active in making productive lots. It is in this context that the problem of this research resides, asking how the settlers live old age, in a place where the daily work demands physical effort, although their strengths diminish. For the understanding of living old age in Colônia Conceição, some categories were fundamental, among them, understanding the dimension of the settlement based on the studies of Heredia (1979), in the sense of the address of life, a link that keeps the old people in the lots of the settlement and which comprises a set of elements that intertwine, between belonging to the land, the relationships of interaction between people, the involvement with the making of the planting process and cultural treatments and, above all, in the dimensions of life in the place. Another category of the study was that of old age, understood as a phase, which people will at some point experience, being a natural biological phenomenon that has the central point in the loss of physical capacities. Bosi's study (1994) with the memory of the elderly was another theoretical contribution to the research, recommending oral sources for understanding the experience of the elderly. Thus, based on oral sources, according to the studies of Albert (2005), we entered the data collection path, conducting interviews with 17 old men and women, between the age group of 60 and 85 years, and also with five mediators / health agents who attend the settlement's health post. The results show that among the 373 lots that make up the Colônia settlement, 128 of these are occupied by people aged 60 or over, who manage the production units, maintaining and transforming the space. This shows resistance, since the struggle for land, which led them to the settlement, is being maintained by them, by insisting on living old age in the settlement. Finally, analyzing the experience of old age in the Colônia Conceição settlement was an instrument that presents, at the same time, the many results resulting from the installation of settlements in the municipality of Nioaque (and even in Brazil), which cannot be seen only by bias of success and / or economic failure in terms of production, leading to consider other elements, among them living with dignity. In this wake, they constitute places of rights, such as food production, with a view to the environment; the maintenance of cultural references nurtured by certain social groups; production according to the communities' own needs, even though they have a certain market bias; and, especially, the right to life and to live old age with deserved rest, as a reward for the toil undertaken in the trajectory of the many wanderings, until the arrival at the abode of life, in the Colônia Conceição settlement.Submitted by Marcos Pimentel (marcospimentel@ufgd.edu.br) on 2021-05-18T00:04:28Z No. of bitstreams: 1 FabioPereiraNunes.pdf: 1806169 bytes, checksum: 8a382dccb4d0425a198fcf032c088c77 (MD5)Made available in DSpace on 2021-05-18T00:04:28Z (GMT). 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