A mídia esportiva e o futebol de mulheres no Brasil: o que noticiam sobre elas?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rihan, Tayane Mockdece lattes
Orientador(a): Mourão, Ludmila Nunes lattes
Banca de defesa: Souza Júnior, Osmar Moreira de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação Física
Departamento: Faculdade de Educação Física
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3126
Resumo: Esta dissertação busca compreender como são veiculadas as notícias das mulheres futebolistas no ciberespaço, mais especificamente, no webjornalismo (Globoesporte.com). Visa também descrever as maneiras pelas quais o público leitor interpreta os discursos midiáticos e interage entre si e com as reportagens sobre as mulheres no futebol. Partimos de uma perspectiva teórica metodológica pós-estruturalista, presumimos que os discursos midiáticos são construídos de maneira atender interesses generificados na veiculação das notícias de homens e mulheres no futebol. Para atender a esses objetivos utilizamos a etnografia virtual. O período de coleta dos dados ficou compreendido entre Abril e Junho de 2015, na medida em que abarcou importantes campeonatos de mulheres com visibilidade nacional e internacional, como o Campeonato Paulista, os Jogos Pan-Americanos e a Copa do Mundo FIFA. As reportagens publicadas no site Globoesporte.com sobre as mulheres no futebol e selecionadas pelo estudo foram trinta e quatro e os comentários totalizaram seiscentos e doze. O material empírico foi analisado a partir de três temáticas, a saber: Feminilidades em jogo: imagens e discursos (midiáticos) no futebol de mulheres; Impedimentos de gênero: quando será a vez delas? e “Desenvolvimento do futebol feminino”: agendas para as mulheres. Essas temáticas foram atravessadas pela Interpelação. De maneira geral, verificamos que os discursos midiáticos e a maioria dos comentários são performativos, ou seja, são construídos e constituídos socialmente através de atos reiterados na cultura. Essa repetição estabelece normas cristalizadas sobre corpo, sexualidade, feminilidade e identidade de gênero para as jogadoras de futebol presentes nas reportagens, valorizando a beleza física das atletas quando essas atendem determinados traços corporais. Também reforçam a hierarquia de gênero, através da valorização de títulos conquistados por técnicos homens, e opiniões de “especialistas” que mantém o status quo no qual as mulheres ocupam lugares inferiores aos homens, tanto no que concerne às habilidades para o jogo quanto para a ocupação de cargos de gestão esportiva. Apesar de destacar em seu discurso as agendas e projetos a curto prazo que visam o desenvolvimento do futebol de mulheres no Brasil, percebemos que o próprio globoesporte.com traz as notícias delineadas de pré julgamentos e preconceitos e que muitas vezes não fazem jus às conquistas das atletas, invisibilizando e enviesando informações acerca do futebol praticado por mulheres. Também em alguns momentos o Globoesporte.com “erra o alvo”, deixando de corresponder às expectativas dos/as leitores/as, que cobram por mais informações acerca do futebol de mulheres. Concluímos que a desconstrução acerca das mulheres no futebol deve ser feita através das mídias paralelas, bem como através das redes sociais, que se constituem na atualidade importantes ferramentas de disseminação de informações e através das quais, usuários e usuárias possuem mais liberdade de comunicação e expressão. Além disso, pesquisadoras e pesquisadores devem se mobilizar para além do ambiente acadêmico, buscando debater suas pesquisas com a sociedade, sensibilizando um maior número de pessoas à sua volta.
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O período de coleta dos dados ficou compreendido entre Abril e Junho de 2015, na medida em que abarcou importantes campeonatos de mulheres com visibilidade nacional e internacional, como o Campeonato Paulista, os Jogos Pan-Americanos e a Copa do Mundo FIFA. As reportagens publicadas no site Globoesporte.com sobre as mulheres no futebol e selecionadas pelo estudo foram trinta e quatro e os comentários totalizaram seiscentos e doze. O material empírico foi analisado a partir de três temáticas, a saber: Feminilidades em jogo: imagens e discursos (midiáticos) no futebol de mulheres; Impedimentos de gênero: quando será a vez delas? e “Desenvolvimento do futebol feminino”: agendas para as mulheres. Essas temáticas foram atravessadas pela Interpelação. De maneira geral, verificamos que os discursos midiáticos e a maioria dos comentários são performativos, ou seja, são construídos e constituídos socialmente através de atos reiterados na cultura. 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Também em alguns momentos o Globoesporte.com “erra o alvo”, deixando de corresponder às expectativas dos/as leitores/as, que cobram por mais informações acerca do futebol de mulheres. Concluímos que a desconstrução acerca das mulheres no futebol deve ser feita através das mídias paralelas, bem como através das redes sociais, que se constituem na atualidade importantes ferramentas de disseminação de informações e através das quais, usuários e usuárias possuem mais liberdade de comunicação e expressão. Além disso, pesquisadoras e pesquisadores devem se mobilizar para além do ambiente acadêmico, buscando debater suas pesquisas com a sociedade, sensibilizando um maior número de pessoas à sua volta.This dissertation seeks to understand how news about women soccer players are transmitted in cyberspace, specifically, on web journalism (Website: Globoesporte.com). It also aims to describe how readership comprises the media discourse, interacting with one another and with reports about women in football. From a theoretical-methodological post-structuralist approach, we assumed that media speeches are built in such a way to fulfill gendered interests when news about men and women in football are broadcasted. In order to meet those purposes, we used virtual ethnography. The data collection period was between April/2015 and June/2015, in that some important national and international women championships took place, such as the tournament from the State of São Paulo, Pan American Games and FIFA's World Cup. Within the reports published on the website Globoesporte.com about women in soccer, we had selected thirty-four for the paper and the comments totaled six hundred and twelve. The empirical material was then analyzed as of three topics, namely: "Femininities in game: images and speeches (of media) on women's football"; "Gender impediments: when will be their turn?" and "Development of female football: schedule for women". Those themes have been crossed by interpellation. In general, we could verify that media discourse and most of the analyzed comments are performative, that is, they are socially built and constituted through reaffirmed acts in culture. This reoccurrence sets sound standards about body, sexuality, femininity and gender identity for the women soccer players appearing in the reports, and yet, values the athletes’ physical beauty when those fit into given body traits. That repetition also reinforces the gender hierarchy, through the value of awards won by male coaches, and opinions of “experts” that keep the status quo in which women occupy lower places than men, both as regards women soccer game’s skills as occupation of sports management. Despite highlighting on its speech the schedules and projects short term that aim to develop soccer for women in Brazil, we could realize the Globoesporte.com itself reflects the news outlined by prejudgments and prejudice and often not doing justice to the athletes' accomplishments, making invisible and biased information about soccer played by women. Also, we noticed, at time, Globoesporte.com “misses the mark”, not corresponding to the readers’ expectations, who claim for more information on female soccer. We concluded that the deconstruction near women in soccer should be made through parallel medias, as well as the social networks, which are in the present an important tool to disseminate information and through female and male users have more freedom of communication and expression. Furthermore, female and male researchers should mobilize themselves for beyond the academic environment, seeking to debate their researches with society, raising awareness in more people around them.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Educação FísicaUFJFBrasilFaculdade de Educação FísicaCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::EDUCACAO FISICAFutebol de mulheresFeminilidadeGêneroMídia esportivaFemale soccerFemininityGenderSports mediaA mídia esportiva e o futebol de mulheres no Brasil: o que noticiam sobre elas?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTtayanemockdecerihan.pdf.txttayanemockdecerihan.pdf.txtExtracted texttext/plain285729https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/3126/3/tayanemockdecerihan.pdf.txtbc6ae41f45c5b3da1c122a6753573bdaMD53THUMBNAILtayanemockdecerihan.pdf.jpgtayanemockdecerihan.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1200https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/3126/4/tayanemockdecerihan.pdf.jpg455b3b34c6219bb58dc3c3c215443177MD54ORIGINALtayanemockdecerihan.pdftayanemockdecerihan.pdfapplication/pdf11617253https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/3126/1/tayanemockdecerihan.pdf199468c456187b3b2cdf5043f023c631MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/3126/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52ufjf/31262019-11-07 12:17:30.865oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/3126TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T14:17:30Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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