Epidemiologia do uso de substâncias psicoativas em operadores de segurança pública: possíveis diretrizes para políticas institucionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Juliana Di Silva lattes
Orientador(a): Colugnati, Fernando Antonio Basile lattes
Banca de defesa: Lourenço, Lélio Moura lattes, Martins, Leonardo Fernandes lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Psicologia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
-
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9966
Resumo: A dissertação da psicóloga Juliana di Silva Oliveira investigou quais fatores podem estar associados ao consumo nocivo de álcool e outras drogas em policiais militares. O estudo, intitulado “Epidemiologia do uso de substâncias psicoativas em operadores de segurança pública: possíveis diretrizes para políticas institucionais”, foi apresentado ao Programa de Pós-graduação em Psicologia, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Depois de trabalhar como psicóloga da Polícia Militar do Estado do Tocantins (PMTO), Juliana conta que percebeu a importância do levantamento de fatores associados ao consumo de álcool para a assistência psicológica e saúde mental, numa perspectiva coletiva. Segundo ela, há uma necessidade em estabelecer diretrizes institucionais, uma vez que o problema é recorrente nos atendimentos realizados. “A interface entre Psicologia e Epidemiologia pode otimizar programas institucionais de prevenção e tratamento em saúde mental. Além disso, pode ampliar o olhar da Psicologia, que tradicionalmente atua no âmbito individual, para determinantes sociais imbricados nos processos de saúde e doença dos coletivos”, explica a pesquisadora. De acordo com a acadêmica, as pesquisas indicam dois possíveis fatores que podem estar relacionados ao uso nocivo do álcool. O primeiro deles engloba características do trabalho, que levam ao estresse ocupacional; o segundo, uma cultura propícia ao uso de álcool entre uma parcela dos agentes públicos. “Nesse contexto, um dos fatores que podem explicar o consumo problemático são as características sociodemográficas dessa população, em função da propensão por ser jovem e do sexo masculino.” Juliana destaca, ainda, que essa cultura pode se estender à vida pessoal do policial militar, que tem como fatores de proteção “a prática religiosa, relacionada a cultos que impõem normas rígidas contra o hábito, ao lado do oferecimento de uma rede de suporte social que encoraja a abstinência”. Os resultados da investigação, segundo a mestranda, apontam para a “importância de rastrear o consumo de substâncias psicoativas e estabelecer um modelo assistencial, que considere a natureza de um trabalho emocionalmente fatigante e perigoso e a cultura organizacional, que estabelece normas e crenças de conduta dentro e fora dos quartéis”. Para ela, esse modelo também precisa “levar em conta as necessidades de saúde do coletivo polícia militar, em substituição à oferta de serviços organizados somente em torno da demanda espontânea”. O estudo indica também a necessidade de avaliações periódicas de saúde para que o rastreio do uso nocivo deixe de ser utilizado apenas como parâmetro de diagnóstico e passe a atuar na detecção precoce de questões relacionadas ao problema. Juliana enfatiza, então, a relevância da educação para a saúde em vez de um tratamento formal. “Outro possível espaço para promoção de saúde mental refere-se às escolas de formação das polícias militares. Assim, ações de prevenção, com foco na capacitação individual e social da saúde na atividade ocupacional, têm se mostrado promissoras e eficazes na redução da ansiedade e na melhora do desempenho.” Para o professor orientador, Fernando Antonio Basile Colugnati, a pesquisa é “um bom exemplo da importância da complementação entre abordagens quantitativas e qualitativas neste tipo de estudo”. Ele ressalta, ainda, que esse método “propõe formas de analisar as redes de atenção de forma crítica, podendo mensurar o distanciamento da rede observada, em comparação com a rede proposta pelas políticas públicas. Esta análise possibilita propostas de melhorias nos processos de cuidado e atenção à saúde em seus diversos níveis, ou seja, auxilia na formulação ou reformulação de políticas públicas ligadas aos usuários de drogas”.
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