Negras Marias: memórias e identidades de professoras de história

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Felizardo, Marina do Nascimento Neves lattes
Orientador(a): Miranda, Sonia Regina lattes
Banca de defesa: Lemgruber, Marcio Silveira lattes, Bergamaschi, Maria Aparecida lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2940
Resumo: Esta pesquisa surgiu do interesse em compreender o papel da memória e da identidade na experiência do ensino de História de professoras negras. Para tanto buscou investigar como se dá a formação identitária de professoras negras a partir de suas memórias e no que se processa essa identidade no ser professora de História? Os fios de teorização e autores que me acompanharam na trajetória me conduziram às temáticas da Memória, do ressentimento e da identidade e, sobretudo, às fortes imbricações entre essas três dimensões, centrais à constituição do sujeito. E ao lado disso, a temática dos saberes docentes enquanto saberes plurais, históricos e em permanente processo de transmutação me fizeram juntar as relações entre Memória e Identidade para compreender o ser professor das mulheres negras. Tais fios auxiliaram-me na reflexão sobre as relações sócio-culturais construídas numa sociedade heterogênea como a nossa, e mostraram quais são os “laços” afetivos capazes de gerar boas lembranças e também os “nós” que prendem os ressentimentos no lado mais profundo da recordação. Orientaram-me também no diálogo travado com cinco professoras negras de História (de codinome Maria) no exercício de ouvinte diante de suas histórias de vida e das múltiplas identidades negras que aos poucos foram se descortinando em seus relatos. Identidades que são atravessadas por discursos sobre a identidade negra, discursos estes que não se fizeram somente por marcas fenotípicas nas mulheres que entrevistei, mas que se amplificam na imagem institucionalizada do que é ser mulher negra no Brasil. E estes discursos compõem-se de elementos historicizados, constituídos ao longo da História da formação da identidade nacional e estão presente nas reformas educacionais no Brasil. Ademais, esses discursos também fazem parte da memória do ser brasileiro, porém vêm carregados de sentimentos negativos, silenciados, doloridos, ressentidos como na análise de Pierre Ansart (2001). Quais foram os frutos desses discursos? Que efeito eles provocaram nas memórias das professoras desta pesquisa? Aliadas a esse movimento de análise vieram às reflexões sobre memória individual e coletiva, objetos da historiografia introduzida no Brasil nas últimas décadas do século XX. A memória teve sua importância na construção do imaginário sobre os processos identitários dessa negritude. A pesquisa foi realizada em Juiz de Fora - MG com professoras negras de História da rede pública municipal e se fez a partir do relato de histórias de vida destas professoras. Nesse sentido a História Oral, tendo a entrevista como recurso de investigação, se apresentou como um caminho plausível ao universo a ser revelado. E um conjunto de autores foi significativo em meu percurso de construção teórica e de análise do corpus de entrevistas, mas merecem destaque: Verena Alberti, Ecléa Bosi, Paul Thompson, Paolo Jedlowski, Pierre Ansart, Kabenguele Munanga, Andréa Medeiros, Eliane Cavalleiro, António Nóvoa, Jorge Larrosa, Selva Fonseca e Nilma Lino Gomes.
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Os fios de teorização e autores que me acompanharam na trajetória me conduziram às temáticas da Memória, do ressentimento e da identidade e, sobretudo, às fortes imbricações entre essas três dimensões, centrais à constituição do sujeito. E ao lado disso, a temática dos saberes docentes enquanto saberes plurais, históricos e em permanente processo de transmutação me fizeram juntar as relações entre Memória e Identidade para compreender o ser professor das mulheres negras. Tais fios auxiliaram-me na reflexão sobre as relações sócio-culturais construídas numa sociedade heterogênea como a nossa, e mostraram quais são os “laços” afetivos capazes de gerar boas lembranças e também os “nós” que prendem os ressentimentos no lado mais profundo da recordação. Orientaram-me também no diálogo travado com cinco professoras negras de História (de codinome Maria) no exercício de ouvinte diante de suas histórias de vida e das múltiplas identidades negras que aos poucos foram se descortinando em seus relatos. Identidades que são atravessadas por discursos sobre a identidade negra, discursos estes que não se fizeram somente por marcas fenotípicas nas mulheres que entrevistei, mas que se amplificam na imagem institucionalizada do que é ser mulher negra no Brasil. E estes discursos compõem-se de elementos historicizados, constituídos ao longo da História da formação da identidade nacional e estão presente nas reformas educacionais no Brasil. Ademais, esses discursos também fazem parte da memória do ser brasileiro, porém vêm carregados de sentimentos negativos, silenciados, doloridos, ressentidos como na análise de Pierre Ansart (2001). Quais foram os frutos desses discursos? Que efeito eles provocaram nas memórias das professoras desta pesquisa? Aliadas a esse movimento de análise vieram às reflexões sobre memória individual e coletiva, objetos da historiografia introduzida no Brasil nas últimas décadas do século XX. A memória teve sua importância na construção do imaginário sobre os processos identitários dessa negritude. A pesquisa foi realizada em Juiz de Fora - MG com professoras negras de História da rede pública municipal e se fez a partir do relato de histórias de vida destas professoras. Nesse sentido a História Oral, tendo a entrevista como recurso de investigação, se apresentou como um caminho plausível ao universo a ser revelado. E um conjunto de autores foi significativo em meu percurso de construção teórica e de análise do corpus de entrevistas, mas merecem destaque: Verena Alberti, Ecléa Bosi, Paul Thompson, Paolo Jedlowski, Pierre Ansart, Kabenguele Munanga, Andréa Medeiros, Eliane Cavalleiro, António Nóvoa, Jorge Larrosa, Selva Fonseca e Nilma Lino Gomes.This research came from the interest in understanding the role of memory and identity in the experience of teaching history of black teachers. Both sought to investigate how the identity formation of black teachers from their memories and what takes place in this identity as a teacher of History? The wires of theorizing and authors who accompanied me on the path led me to the themes of memory, resentment and identity and especially the strong interplay between these three dimensions are central to the constitution of the subject. And beside that, the issue of teachers' knowledge as plural knowledge, historical and ongoing process of transmutation made me join the relations between memory and identity to understand what being a professor of black women. These wires helped me in reflecting on the socio-cultural relations built on a heterogeneous society like ours, and showed which are the "ties" that generate affective memories and also the "we" who hold resentments in deeper side of recall. Also guided me in the dialogue with five teachers from black history (codenamed Maria) in the exercise of the listener before their life stories and multiple black identities that were slowly unfolding in their accounts. Identities that are crossed by speeches about black identity, that these speeches are not only made by brands phenotypic women I interviewed, but that amplify the image is to be institutionalized than black women in Brazil. And these speeches are composed of elements historicized, made throughout the history of the formation of national identity and are present in educational reform in Brazil. Moreover, these discourses are also part of the memory of being Brazilian, but they come loaded with negative feelings, suppressed, painful, bitter as the analysis of Pierre ANSART (2001). What were the fruits of these speeches? What effect they provoked memories of the teachers in this research? Allied with the movement of analysis came to the reflections on individual and collective memory, historiography objects introduced in Brazil in the last decades of the twentieth century. The memory had its importance in building the imaginary on the identity processes of blackness. The survey was conducted in Juiz de Fora - MG with teachers black history of public health system and became the basis of statements of life stories of these teachers. In this sense, Oral History, and the interview as a research resource, was presented as a plausible path to the universe to be revealed. And a group of authors was significant in my course of theory construction and analysis of the corpus of interviews, but worth mentioning: Verena Alberti, Ecléa Bosi, Paul Thompson, Paolo Jedlowski, Pierre ANSART, Kabenguele Munanga, Andrea Medeiros, Eliane Cavalleiro Antonio Nóvoa, Jorge Larrosa, Selva Fonseca and Nilma Lino Gomes.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em EducaçãoUFJFBrasilFaculdade de EducaçãoCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAOEnsino de históriaSaberes docentesIdentidadeMulheresNegrasHistory teachingTeacher knowledgeIdentityWomenBlackNegras Marias: memórias e identidades de professoras de históriaBlack Marias: memories and identities of history teachersinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTmarinadonascimentonevesfelizardo.pdf.txtmarinadonascimentonevesfelizardo.pdf.txtExtracted texttext/plain350056https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2940/3/marinadonascimentonevesfelizardo.pdf.txtd8905caf6850969bbc462f9b6dca3328MD53THUMBNAILmarinadonascimentonevesfelizardo.pdf.jpgmarinadonascimentonevesfelizardo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1229https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2940/4/marinadonascimentonevesfelizardo.pdf.jpg7126de488e3d3b702a5a1d66dd5e9d78MD54ORIGINALmarinadonascimentonevesfelizardo.pdfmarinadonascimentonevesfelizardo.pdfapplication/pdf806092https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2940/1/marinadonascimentonevesfelizardo.pdfcbcce8776132904ef9343c15b34dfc2fMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82136https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2940/2/license.txtffbb04eaab5e689eb178ff1cf915d0d1MD52ufjf/29402019-11-07 11:40:49.322oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/2940TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkENCg0KQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gDQpJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uDQoNClZvY8OqIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uIFZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLg0KDQpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLg0KDQpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPICBPUkdBTklTTU8sIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJU8ODTyBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLg0KDQpPIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSAgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGRldGVudG9yKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGEgcHVibGljYcOnw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T13:40:49Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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