Estado nutricional de ferro e vitamina A em crianças menores de cinco anos atendidas em creches municipais da área urbana de Juiz de Fora- MG

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Martins, Thais Campos
• Orientador(a): Pereira Netto, Michele
• Banca de defesa: Rocha, Daniela da Silva , Mendes, Ana Paula Carlos Cândido
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
• Departamento: Faculdade de Medicina
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Epidemiologia; Anemia; Vitamina A; Criança; Modelos logísticos; Modelos lineares; Epidemiology; Vitamin A; Child; Logistic models; Linear models
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
• Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11638

O objetivo do trabalho foi avaliar o estado nutricional de ferro e vitamina A em crianças menores de cinco anos atendidas em creches municipais de Juiz de Fora – MG; identificar a prevalência e os fatores associados à anemia em crianças e os fatores associados aos níveis de retinol sérico em crianças anêmicas. Trata-se de um estudo transversal com uma amostra 762 crianças matriculadas em tempo integral em todas as 15 creches das regiões selecionadas. Para determinação da hemoglobina utilizou-se hemoglobinômetro portátil, e 11 g/dL como ponto de corte para o diagnóstico da anemia. Dentre as crianças anêmicas foram sorteadas através do método aleatório simples uma amostra de 180 crianças para serem submetidas ao exame de retinol sérico, considerado como ponto de corte retinol<20 μg/L (deficiente), e = 20 μg/L (limítrofe) Aplicou-se questionário aos responsáveis de todas as 762 crianças contendo informações socioeconômicas, características individuais da criança. As medidas antropométricas de peso e estatura foram empregadas para avaliação do estado nutricional, o recordatório 24 horas e o registro alimentar foram os instrumentos utilizados para avaliar o consumo alimentar. Análise de regressão logística e linear foram empregadas para verificar os fatores associados à anemia e ao retinol sérico, através da análise de regressão univariada, e então na segunda etapa foi aplicado a análise hierárquica das variáveis em blocos. A prevalência de anemia encontrada foi de 39,2%, a idade materna associou-se inversamente ao desfecho e o número de gestações apresentou associação diretamente proporcional (β=-0,48, IC95%=0,91-0,99; β=0,19, IC95%=1,02-1,43, respectivamente), o baixo peso (OR=2,51; IC95%=1,12-5,63) e o peso/idade (β=- 3,98; IC95%=0,01-0,90) também associaram com a anemia. Quanto ao retinol sérico nenhuma criança anêmica avaliada apresentou a deficiência de vitamina A, porém, 38,9% apresentaram valores limítrofes para a deficiência. As variáveis que associaram aos níveis de retinol sérico foram: duração da gestação (β=0,008; IC95%=0,001/0,015), utilização de composto ferroso (β=0,050; IC95%=0,003/0,097) e consumo adequado de cálcio (β=0,043; IC95%=0,007/0,079). Conclui-se que a anemia nas creches das regiões estudadas é considerada um problema de saúde pública moderado. As variáveis que associaram a anemia relacionam-se ás características maternas e ás características individuais das crianças, sendo variáveis intermediárias e proximais ao desfecho. Além disso, nenhuma criança anêmica nas creches estudadas apresentou deficiência de vitamina A, e as variáveis que associaram aos níveis de retinol sérico em crianças anêmicas relacionam-se as características individuais das crianças, sendo variáveis proximais ao desfecho.