Parcelando sonhos: questão agrária brasileira, MST e consciência privatista
Ano de defesa: | 2023 |
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Tipo de documento: | Tese |
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Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Psicologia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
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Resumo: | A presente tese surge com o objetivo de analisar o processo de constituição de consciência em um assentamento do Movimento dos(as) Trabalhadores(as) Rurais Sem Terra (MST), na Zona da Mata Mineira. Tem ainda como objetivos específicos: 1. investigar as histórias de vida dos assentados até a chegada no movimento; 2. analisar o papel do movimento social na constituição da consciência; 3. compreender quais condições de vida potencializam ou inibem a organização em um movimento social e o desenvolvimento da consciência; 4. apresentar o conceito de consciência privatista. Para tal, se propõe ainda analisar a imbricação entre as categorias consciência e propriedade privada enquanto expressões ideais do movimento real, no caso, da produção e reprodução da vida em tal realidade. O trabalho está dividido em três capítulos teóricos iniciais que versam sobre questão agrária e propriedade privada no Brasil; movimentos sociais e realidade brasileira; e processo de consciência e a tentativa de uma definição do conceito de consciência privatista aqui cunhado. O percurso metodológico conta com período de observação participante e com a realização de sete entrevistas em profundidade, a partir da história de vida, com moradores do assentamento Dênis Gonçalves. O capítulo destinado aos resultados e discussões, por sua vez, foi dividido em três eixos interpretativos. Pode-se concluir que as formas de consciência no modo de produção capitalista (MPC) são moldadas pelo princípio norteador deste modo de produção, a propriedade privada, sendo, logo, consciência privatistas. O modelo de reforma agrária do Estado brasileiro, ainda, parece ser contributivo à perpetuação da consciência privatista. Romper com a consciência privatista é, dessa forma, uma grande dificuldade do MST - e de nossa sociedade. Algumas das estratégias possíveis, e que são ações preconizadas pelo MST, passam pelo estabelecimento de relações de cooperação e modificação de relações de trabalho e produção com foco no trabalho coletivo. Tais mudanças, aliadas à formação, levariam à organicidade e uma nova consciência. Ademais, a superação da propriedade privada deve estar nesse horizonte, bem como o fortalecimento da propriedade comum e do valor de uso da moradia. No âmbito do âmbito do Estado burguês, há ainda a necessidade de a Constituição estabelecer limites severos ao direito de propriedade. |
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Tem ainda como objetivos específicos: 1. investigar as histórias de vida dos assentados até a chegada no movimento; 2. analisar o papel do movimento social na constituição da consciência; 3. compreender quais condições de vida potencializam ou inibem a organização em um movimento social e o desenvolvimento da consciência; 4. apresentar o conceito de consciência privatista. Para tal, se propõe ainda analisar a imbricação entre as categorias consciência e propriedade privada enquanto expressões ideais do movimento real, no caso, da produção e reprodução da vida em tal realidade. O trabalho está dividido em três capítulos teóricos iniciais que versam sobre questão agrária e propriedade privada no Brasil; movimentos sociais e realidade brasileira; e processo de consciência e a tentativa de uma definição do conceito de consciência privatista aqui cunhado. O percurso metodológico conta com período de observação participante e com a realização de sete entrevistas em profundidade, a partir da história de vida, com moradores do assentamento Dênis Gonçalves. O capítulo destinado aos resultados e discussões, por sua vez, foi dividido em três eixos interpretativos. Pode-se concluir que as formas de consciência no modo de produção capitalista (MPC) são moldadas pelo princípio norteador deste modo de produção, a propriedade privada, sendo, logo, consciência privatistas. O modelo de reforma agrária do Estado brasileiro, ainda, parece ser contributivo à perpetuação da consciência privatista. Romper com a consciência privatista é, dessa forma, uma grande dificuldade do MST - e de nossa sociedade. Algumas das estratégias possíveis, e que são ações preconizadas pelo MST, passam pelo estabelecimento de relações de cooperação e modificação de relações de trabalho e produção com foco no trabalho coletivo. Tais mudanças, aliadas à formação, levariam à organicidade e uma nova consciência. Ademais, a superação da propriedade privada deve estar nesse horizonte, bem como o fortalecimento da propriedade comum e do valor de uso da moradia. No âmbito do âmbito do Estado burguês, há ainda a necessidade de a Constituição estabelecer limites severos ao direito de propriedade.The present thesis arises with the objective of analyzing the process of conscience constitution in an agrarian reform settlement of the Rural Workers Landless Movement (MST), in the Minas Gerais forest zone. It also has the following specific objectives: 1. investigate the life stories of the settlers until their arrival in the movement; 2. analyze the role of the social movement in the constitution of conscience; 3. Understand which living conditions enhance or inhibit the organization in a social movement and the development of conscience; and 4. present the concept of privatist conscience. To this end, it is also proposed to analyze the imbrication between the categories conscience and private property as ideal expressions of the real movement, in this case, of the production and reproduction of life in such a reality. The work is divided into three initial theoretical chapters that deal with the agrarian question and private property in Brazil; social movements and Brazilian reality; and the process of consciousness and the attempt to define the concept coined here as privatist conscience. The methodological course includes a period of participant observation and seven in-depth interviews, based on the life history, with residents of the Dénis Gonçalves settlement. The chapter devoted to results and discussions was divided into three interpretative axes. It can be concluded that the forms of consciousness in the capitalist mode of production are shaped by the guiding principle of this mode of production, private property, being, thus, privatist conscience. The agrarian reform model of the Brazilian State still seems to contribute to the perpetuation of the privatist conscience. Breaking with the privatist conscience is, therefore, the greatest difficulty of the MST - and of our society. Some of the possible strategies, which are actions advocated by the MST, include the establishment of cooperative relationships and modification of work and production relationships with a focus on collective work. Such changes, allied to training, would lead to organicity and a new awareness. Moreover, overcoming private property must be part of this horizon, as well as strengthening common property and the use value of housing. Within the ambit of the bourgeois state, there is still a need for the Constitution to establish severe limits to the right to property.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em PsicologiaUFJFBrasilICH – Instituto de Ciências HumanasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIAConsciênciaMSTPropriedade privadaMovimentos sociaisQuestão agráriaConscienceMSTPrivate proprietySocial movementsAgrarian questionParcelando sonhos: questão agrária brasileira, MST e consciência privatistainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALkissilateixeiramendes.pdfkissilateixeiramendes.pdfapplication/pdf2246414https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15300/1/kissilateixeiramendes.pdf3e85ee8eb7eea442991b1742e40a8a90MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15300/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15300/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTkissilateixeiramendes.pdf.txtkissilateixeiramendes.pdf.txtExtracted texttext/plain482932https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15300/4/kissilateixeiramendes.pdf.txt1cbe33960e3c39c0638a2cf19d4b40d2MD54THUMBNAILkissilateixeiramendes.pdf.jpgkissilateixeiramendes.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1180https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15300/5/kissilateixeiramendes.pdf.jpg7c47f01a9fe58110dd6e70a3a30a2b88MD55ufjf/153002023-04-25 03:12:07.942oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/15300Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2023-04-25T06:12:07Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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