O problema da explicação dos transtornos mentais na neuropsiquiatria cognitiva
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Psicologia
|
Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2022/00009 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14086 |
Resumo: | A psiquiatria enquanto ciência médica enfrenta desde sua constituição uma série de desafios ao tentar delimitar seu objeto sob o plano dos fenômenos mentais. Estes problemas derivam da própria ambiguidade da noção de doença mental. Ao longo da sua história, as principais teorias se dividiram, basicamente, entre duas perspectivas antagônicas. De um lado, as perspectivas psicogenéticas que procuram a gênese das psicopatologias na dinâmica interna do mental. De outro, as perspectivas organicistas ou biológicas que procuram nas alterações patológicos do funcionamento do organismo, principalmente do cérebro, a patogênese que desencadeia os sintomas psiquiátricos. Nas últimas décadas do século XX, a perspectiva biológica tornou-se dominante no contexto das ideias e da prática psiquiátrica. No entanto, esta psiquiatria negligenciava a investigação psicológica e a formulação de teorias psicológicas integradas às teorias biológicas dos sintomas psiquiátricos. É neste contexto que no início da década de 1990 se institucionaliza a neuropsiquiatria cognitiva propondo formular modelos cognitivos da formação dos sintomas psiquiátricos como etapa indispensável para encontrar as estruturas neurais que implementam as funções cognitivas. A partir da discussão sobre o modelo de explicação mecanicista corrente nas ciências da vida, nas neurociências e nas ciências cognitivas, é abordado o problema e as estratégias de explicação dos fenômenos psicopatológicos. É contraposto o projeto original da neuropsiquiatria cognitiva, que defende a autonomia dos modelos cognitivos em relação ao conhecimento do funcionamento do cérebro, à proposta de integração entre a psiquiatria e neurociência cognitiva. Defende-se que essa “psiquiatria neurocognitiva” tem maior potencial para resolver os impasses teóricos que confrontam a psiquiatria. Ela possibilita uma integração entre a neurociência e as teorias cognitivas incluindo em seu escopo dados sobre a fenomenologia dos sintomas psiquiátricos. No entanto, essa psiquiatria enfrenta alguns desafios para formular explicações mecanísticas multiníves de certos sintomas psiquiátricos devido à natureza não modular de alguns sistemas cognitivos implicados na sua formação. Por fim, ressaltamos que essa nova perspectiva biológica ainda é um programa de pesquisa a ser realizado. Apesar de se mostrar promissora na explicação de alguns sintomas, como os fenômenos delirantes, ainda não provou sua robustez teórica e empírica em relação à explicação de outros fenômenos psicopatológicos centrais. |
id |
UFJF_9836f4b5acaeda943418bb8fe570dbd7 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/14086 |
network_acronym_str |
UFJF |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFJF |
repository_id_str |
|
spelling |
Simanke, Richard Theisenhttp://lattes.cnpq.br/5431145327759147Justi, Francis Ricardo dos Reishttp://lattes.cnpq.br/8316670280774812Banzato, Cláudio Eduardo Mullerhttp://lattes.cnpq.br/6506971959312807Prata, Tarik de Athaydehttp://lattes.cnpq.br/6728892239487001Araújo, Luis Fernando Silva Castro dehttp://lattes.cnpq.br/0043603016656121http://lattes.cnpq.br/7702762313280318Mariano, Rondineli Bezerra2022-05-13T11:39:30Z2022-05-132022-05-13T11:39:30Z2022-03-09https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2022/00009https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14086A psiquiatria enquanto ciência médica enfrenta desde sua constituição uma série de desafios ao tentar delimitar seu objeto sob o plano dos fenômenos mentais. Estes problemas derivam da própria ambiguidade da noção de doença mental. Ao longo da sua história, as principais teorias se dividiram, basicamente, entre duas perspectivas antagônicas. De um lado, as perspectivas psicogenéticas que procuram a gênese das psicopatologias na dinâmica interna do mental. De outro, as perspectivas organicistas ou biológicas que procuram nas alterações patológicos do funcionamento do organismo, principalmente do cérebro, a patogênese que desencadeia os sintomas psiquiátricos. Nas últimas décadas do século XX, a perspectiva biológica tornou-se dominante no contexto das ideias e da prática psiquiátrica. No entanto, esta psiquiatria negligenciava a investigação psicológica e a formulação de teorias psicológicas integradas às teorias biológicas dos sintomas psiquiátricos. É neste contexto que no início da década de 1990 se institucionaliza a neuropsiquiatria cognitiva propondo formular modelos cognitivos da formação dos sintomas psiquiátricos como etapa indispensável para encontrar as estruturas neurais que implementam as funções cognitivas. A partir da discussão sobre o modelo de explicação mecanicista corrente nas ciências da vida, nas neurociências e nas ciências cognitivas, é abordado o problema e as estratégias de explicação dos fenômenos psicopatológicos. É contraposto o projeto original da neuropsiquiatria cognitiva, que defende a autonomia dos modelos cognitivos em relação ao conhecimento do funcionamento do cérebro, à proposta de integração entre a psiquiatria e neurociência cognitiva. Defende-se que essa “psiquiatria neurocognitiva” tem maior potencial para resolver os impasses teóricos que confrontam a psiquiatria. Ela possibilita uma integração entre a neurociência e as teorias cognitivas incluindo em seu escopo dados sobre a fenomenologia dos sintomas psiquiátricos. No entanto, essa psiquiatria enfrenta alguns desafios para formular explicações mecanísticas multiníves de certos sintomas psiquiátricos devido à natureza não modular de alguns sistemas cognitivos implicados na sua formação. Por fim, ressaltamos que essa nova perspectiva biológica ainda é um programa de pesquisa a ser realizado. Apesar de se mostrar promissora na explicação de alguns sintomas, como os fenômenos delirantes, ainda não provou sua robustez teórica e empírica em relação à explicação de outros fenômenos psicopatológicos centrais.Psychiatry qua medical science faces since its early beginnings a number of questions when it tries to delineate a medical object at the level of mental phenomena. These problems arise from the very ambiguity of the concept of mental illness. Throughout its history the main theories have belonged to two antagonistic perspectives. On one side, psychogenetic perspectives that seek the genesis of psychopathologies inside the internal dynamics of the mind. On the other side, biological perspectives that seek in pathological changes of the functioning of the human body, mainly in the brain, the pathogenesis triggering psychiatric symptoms. In the last two decades of 20th century, the biological perspective has become dominant in the context of psychiatric ideas and practices. However, this psychiatry has neglected psychological investigation and elaboration of psychological theories integrated to biological theories of psychiatric symptoms. It is in this context that in the early 1990s cognitive neuropsychiatry became institutionalized by proposing the formulation of cognitive models of symptom formation as an indispensable stage to find the neural structures that realize cognitive functions. From the discussion on the mechanistic model of explanation current in the life sciences, the neurosciences and the cognitive sciences, the problem and the strategies of explanation of psychopathological phenomena is addressed. The original project of cognitive neuropsychiatry, which sustains the autonomy of cognitive models regarding the knowledge of brain functioning, is contraposed to the proposition of integration between psychiatry and cognitive neuroscience. It is defended that this “neurocognitive psychiatry” has a greater potential to solve the theoretical obstacles that challenge psychiatry. It allows an integration between neuroscience and cognitive theories including in its scope data about the phenomenology of psychiatric symptoms. Nonetheless, this psychiatry faces some difficulties to elaborate multilevel mechanistic explanations of certain psychiatric symptoms due to the nonmodular nature of some cognitive systems involved in its formation. Finally, we highlight that this new biological perspective is still a research program to be accomplished. Although it looks promising in the explanation of some symptoms, like delusional phenomena, it still has not proven its theoretical and empirical solidity regarding the explanation of other central psychopathological phenomena.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em PsicologiaUFJFBrasilICH – Instituto de Ciências HumanasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIANeuropsiquiatria cognitivaPsiquiatria biológicaExplicação mecanicistaNeurociência cognitivaCognitive neuropsychiatryBiological psychiatryMechanistic explanationCognitive neuroscienceO problema da explicação dos transtornos mentais na neuropsiquiatria cognitivainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALrondinelibezerramariano.pdfrondinelibezerramariano.pdfPDF/Aapplication/pdf1211967https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14086/1/rondinelibezerramariano.pdf5f4c7996ea1e4c85765a55068e006c57MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14086/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14086/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTrondinelibezerramariano.pdf.txtrondinelibezerramariano.pdf.txtExtracted texttext/plain419649https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14086/4/rondinelibezerramariano.pdf.txt8f03ed566162fecfa2406af6f07838a3MD54THUMBNAILrondinelibezerramariano.pdf.jpgrondinelibezerramariano.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1156https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14086/5/rondinelibezerramariano.pdf.jpg63a90b7b83304f8bf7f1008630cb0556MD55ufjf/140862022-11-17 08:56:58.969oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/14086Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2022-11-17T10:56:58Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
O problema da explicação dos transtornos mentais na neuropsiquiatria cognitiva |
title |
O problema da explicação dos transtornos mentais na neuropsiquiatria cognitiva |
spellingShingle |
O problema da explicação dos transtornos mentais na neuropsiquiatria cognitiva Mariano, Rondineli Bezerra CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA Neuropsiquiatria cognitiva Psiquiatria biológica Explicação mecanicista Neurociência cognitiva Cognitive neuropsychiatry Biological psychiatry Mechanistic explanation Cognitive neuroscience |
title_short |
O problema da explicação dos transtornos mentais na neuropsiquiatria cognitiva |
title_full |
O problema da explicação dos transtornos mentais na neuropsiquiatria cognitiva |
title_fullStr |
O problema da explicação dos transtornos mentais na neuropsiquiatria cognitiva |
title_full_unstemmed |
O problema da explicação dos transtornos mentais na neuropsiquiatria cognitiva |
title_sort |
O problema da explicação dos transtornos mentais na neuropsiquiatria cognitiva |
author |
Mariano, Rondineli Bezerra |
author_facet |
Mariano, Rondineli Bezerra |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Simanke, Richard Theisen |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/5431145327759147 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Justi, Francis Ricardo dos Reis |
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8316670280774812 |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Banzato, Cláudio Eduardo Muller |
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/6506971959312807 |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Prata, Tarik de Athayde |
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/6728892239487001 |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Araújo, Luis Fernando Silva Castro de |
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0043603016656121 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/7702762313280318 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Mariano, Rondineli Bezerra |
contributor_str_mv |
Simanke, Richard Theisen Justi, Francis Ricardo dos Reis Banzato, Cláudio Eduardo Muller Prata, Tarik de Athayde Araújo, Luis Fernando Silva Castro de |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA |
topic |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA Neuropsiquiatria cognitiva Psiquiatria biológica Explicação mecanicista Neurociência cognitiva Cognitive neuropsychiatry Biological psychiatry Mechanistic explanation Cognitive neuroscience |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Neuropsiquiatria cognitiva Psiquiatria biológica Explicação mecanicista Neurociência cognitiva Cognitive neuropsychiatry Biological psychiatry Mechanistic explanation Cognitive neuroscience |
description |
A psiquiatria enquanto ciência médica enfrenta desde sua constituição uma série de desafios ao tentar delimitar seu objeto sob o plano dos fenômenos mentais. Estes problemas derivam da própria ambiguidade da noção de doença mental. Ao longo da sua história, as principais teorias se dividiram, basicamente, entre duas perspectivas antagônicas. De um lado, as perspectivas psicogenéticas que procuram a gênese das psicopatologias na dinâmica interna do mental. De outro, as perspectivas organicistas ou biológicas que procuram nas alterações patológicos do funcionamento do organismo, principalmente do cérebro, a patogênese que desencadeia os sintomas psiquiátricos. Nas últimas décadas do século XX, a perspectiva biológica tornou-se dominante no contexto das ideias e da prática psiquiátrica. No entanto, esta psiquiatria negligenciava a investigação psicológica e a formulação de teorias psicológicas integradas às teorias biológicas dos sintomas psiquiátricos. É neste contexto que no início da década de 1990 se institucionaliza a neuropsiquiatria cognitiva propondo formular modelos cognitivos da formação dos sintomas psiquiátricos como etapa indispensável para encontrar as estruturas neurais que implementam as funções cognitivas. A partir da discussão sobre o modelo de explicação mecanicista corrente nas ciências da vida, nas neurociências e nas ciências cognitivas, é abordado o problema e as estratégias de explicação dos fenômenos psicopatológicos. É contraposto o projeto original da neuropsiquiatria cognitiva, que defende a autonomia dos modelos cognitivos em relação ao conhecimento do funcionamento do cérebro, à proposta de integração entre a psiquiatria e neurociência cognitiva. Defende-se que essa “psiquiatria neurocognitiva” tem maior potencial para resolver os impasses teóricos que confrontam a psiquiatria. Ela possibilita uma integração entre a neurociência e as teorias cognitivas incluindo em seu escopo dados sobre a fenomenologia dos sintomas psiquiátricos. No entanto, essa psiquiatria enfrenta alguns desafios para formular explicações mecanísticas multiníves de certos sintomas psiquiátricos devido à natureza não modular de alguns sistemas cognitivos implicados na sua formação. Por fim, ressaltamos que essa nova perspectiva biológica ainda é um programa de pesquisa a ser realizado. Apesar de se mostrar promissora na explicação de alguns sintomas, como os fenômenos delirantes, ainda não provou sua robustez teórica e empírica em relação à explicação de outros fenômenos psicopatológicos centrais. |
publishDate |
2022 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-05-13T11:39:30Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-05-13 2022-05-13T11:39:30Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2022-03-09 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14086 |
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv |
https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2022/00009 |
url |
https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2022/00009 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14086 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-graduação em Psicologia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFJF |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
ICH – Instituto de Ciências Humanas |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFJF instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) instacron:UFJF |
instname_str |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
instacron_str |
UFJF |
institution |
UFJF |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFJF |
collection |
Repositório Institucional da UFJF |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14086/1/rondinelibezerramariano.pdf https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14086/2/license_rdf https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14086/3/license.txt https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14086/4/rondinelibezerramariano.pdf.txt https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14086/5/rondinelibezerramariano.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
5f4c7996ea1e4c85765a55068e006c57 e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 8f03ed566162fecfa2406af6f07838a3 63a90b7b83304f8bf7f1008630cb0556 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1793962487164436480 |