Movimentos argumentativos em audiências de conciliação no PROCON

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Barletta, Paula Luisa Silveira lattes
Orientador(a): Vieira, Amitza Torres lattes
Banca de defesa: Rocha, Luiz Fernando Matos lattes, Pereira, Maria das Gracas Dias lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/668
Resumo: As audiências de conciliação no PROCON são caracterizadas pela disputa de pontos de vista antagônicos entre reclamante (consumidor) e reclamado (fornecedor), mediados pelo representante desta instituição. Nesse cenário, o conflito de interesses entre as partes depende de uma intensa negociação/construção discursiva de “versões sobre os fatos”. Assim, a fala-em-interação desempenha um papel fundamental na negociação, pois todo o processo de argumentação é feito por meio dela e, dependendo do poder argumentativo dos participantes, a negociação terá ou não sucesso. Considerando as especificidades desse contexto situacional, os objetivos deste trabalho são investigar os movimentos argumentativos (MA, cf. GILLE, 2001) apresentados pelos participantes em três audiências no PROCON de uma cidade de Minas Gerais, verificar em quais fases das audiências os MA ocorrem e analisar os enquadres que orientam os participantes em relação ao que está acontecendo “aqui e agora” nessas interações. Os dados, gravados em áudio e transcritos de acordo com a convenção dos analistas da conversa (SACKS, SCHEGLOFF e JEFFERSON, 1974), pertencem ao acervo do Grupo de Pesquisa do CNPq “Linguagem e Sociedade: aspectos teóricos e empíricos”. A pesquisa é qualitativa e interpretativa (ERICKSON, 1986; DENZIN e LINCOLN, 2005) e segue os pressupostos da Sociolinguística Interacional (GOFFMAN, 1974, [1979] 2002). Para análise da argumentação, tomamos como base os modelos argumentativos de Vieira (2003, 2007), que têm como componentes a posição, a disputa e a sustentação (SCHIFFRIN, 1987), categorias às quais são associados movimentos argumentativos (GILLE, 2001), argumentos de sustentação referenciados pela literatura (GARCIA, 1978) e movimentos opcionais de avaliação (VIEIRA, 2007). Os resultados do estudo mostram que, no contexto do PROCON, além dos movimentos argumentativos previstos em Vieira (2003, 2007), emergem ainda movimentos de sustentação específicos desta interação institucional, tais como o argumento de autoridade, a sustentação via senso comum e a evidência legal, argumento com maior força no contexto das audiências investigadas.
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Assim, a fala-em-interação desempenha um papel fundamental na negociação, pois todo o processo de argumentação é feito por meio dela e, dependendo do poder argumentativo dos participantes, a negociação terá ou não sucesso. Considerando as especificidades desse contexto situacional, os objetivos deste trabalho são investigar os movimentos argumentativos (MA, cf. GILLE, 2001) apresentados pelos participantes em três audiências no PROCON de uma cidade de Minas Gerais, verificar em quais fases das audiências os MA ocorrem e analisar os enquadres que orientam os participantes em relação ao que está acontecendo “aqui e agora” nessas interações. Os dados, gravados em áudio e transcritos de acordo com a convenção dos analistas da conversa (SACKS, SCHEGLOFF e JEFFERSON, 1974), pertencem ao acervo do Grupo de Pesquisa do CNPq “Linguagem e Sociedade: aspectos teóricos e empíricos”. A pesquisa é qualitativa e interpretativa (ERICKSON, 1986; DENZIN e LINCOLN, 2005) e segue os pressupostos da Sociolinguística Interacional (GOFFMAN, 1974, [1979] 2002). Para análise da argumentação, tomamos como base os modelos argumentativos de Vieira (2003, 2007), que têm como componentes a posição, a disputa e a sustentação (SCHIFFRIN, 1987), categorias às quais são associados movimentos argumentativos (GILLE, 2001), argumentos de sustentação referenciados pela literatura (GARCIA, 1978) e movimentos opcionais de avaliação (VIEIRA, 2007). Os resultados do estudo mostram que, no contexto do PROCON, além dos movimentos argumentativos previstos em Vieira (2003, 2007), emergem ainda movimentos de sustentação específicos desta interação institucional, tais como o argumento de autoridade, a sustentação via senso comum e a evidência legal, argumento com maior força no contexto das audiências investigadas.The conciliation hearings in PROCON are characterized by dispute of antagonistic points of view between claimant (consumer) and responding (supplier), mediated by the representative of this institution. In this scenario, the conflict of interests between parties depends on an intense discursive negotiation/construction of “versions of the events”. Thus, talk-in-interaction plays a key role in the negotiation, because the whole process of argument is made through it, and depending on the argumentative power of the participants, the negotiation will succeed or not. Given the specificities of this situational context, the objectives of this study are to investigate the argumentative movements (MA, cf. GILLE, 2001) submitted by participants in three PROCON hearings in a city in Minas Gerais, to verify in which phases of the audience they occur and to analyze the framings that guide the participants in relation to what is happening "here and now" in these interactions. The data were recorded on audio and transcripts according to the convention of the conversation analysts (SACKS, SCHEGLOFF and JEFFERSON, 1974), and they belong to the collection of the CNPq Research Group "Language and Society: theoretical and empirical aspects". The research is qualitative and interpretative (ERICKSON, 1986; DENZIN e LINCOLN, 2005) and follows the assumptions of Interactional Sociolinguistics (GOFFMAN, 1974, [1979] 2002). For analysis of argument, we take as a basis Vieira´s argumentative models (2003, 2007), whose components are position, dispute and support (SCHIFFRIN, 1987), categories by which are associated argumentative movements (GILLE, 2001), supporting arguments referenced by literature (GARCIA, 1978) and optional evaluation movements (VIEIRA, 2007). The study results show that, in the context of PROCON, beyond the argumentative movements provided by Vieira (2003, 2007) also emerge specific support movements of this institutional interaction, such as theauthority argument, support via common sense and legal evidence, argument with greater force in the context of the investigated hearings.porUniversidade Federal de Juiz de ForaPrograma de Pós-graduação em Letras: LinguísticaUFJFBrasilFaculdade de LetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICAArgumentaçãoAudiências de conciliaçãoPROCONArgumentationConciliation hearingsPROCONMovimentos argumentativos em audiências de conciliação no PROCONinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTpaulaluisasilveirabarletta.pdf.txtpaulaluisasilveirabarletta.pdf.txtExtracted texttext/plain329198https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/668/3/paulaluisasilveirabarletta.pdf.txt9bfcb3a622222d265c395179506716dcMD53THUMBNAILpaulaluisasilveirabarletta.pdf.jpgpaulaluisasilveirabarletta.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1154https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/668/4/paulaluisasilveirabarletta.pdf.jpg75f962584d3e216c9a79b3a138f2a34aMD54ORIGINALpaulaluisasilveirabarletta.pdfpaulaluisasilveirabarletta.pdfapplication/pdf1651872https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/668/1/paulaluisasilveirabarletta.pdf77740d6d19b5a4e973abc4d839ea05c6MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/668/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ufjf/6682019-11-07 11:51:18.801oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/668TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T13:51:18Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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