As tramas da política industrial nos governos FHC e Lula: um olhar a partir do IEDI e da CUT

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Vieira, Juanito Alexandre lattes
Orientador(a): Delgado, Ignácio José Godinho lattes
Banca de defesa: Castro, Ana Célia lattes, Condé, Eduardo Antonio Salomão lattes, De Toni, Jackson, Lobo, Valéria Marques lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4576
Resumo: O Brasil sofre, na década de 1990, a imposição da síntese neoliberal, responsável por mudanças estruturais no próprio conceito de indústria nacional e com repercussão negativa no nível de emprego e na desigualdade social. A instabilidade econômica, em decorrência do descontrole inflacionário, constituiu-se como justificativa para a criação de medidas de austeridade macroeconômica baseadas nos altos juros, na sobrevalorização do câmbio e na ampliação da abertura do mercado interno como promoção da competitividade. O sucesso em controlar a inflação foi utilizado como instrumento político pelo governo Fernando Henrique para forjar apoio de setores industriais a um modelo mais restritivo ao setor produtivo. Apesar de estabelecerem relações distintas com o governo, o IEDI e a CUT assumem posição de resistência ao movimento hegemônico no período. O entendimento das duas entidades mantém a perspectiva de que o Estado precisa assumir a coordenação da política industrial como estratégia para o desenvolvimento nacional. Até 2002, a atuação das duas entidades acontece em campos distintos: os empresários do IEDI, como fração do bloco no poder, atuam de maneira secundária dentro do governo; e a CUT, como oposição ao governo federal, aposta na construção de um campo democrático e popular de enfrentamento ao neoliberalismo. A posse do presidente Lula representa uma alteração na conjuntura política e abre espaço para a retomada de medidas desenvolvimentistas. A indicação de mudança na trajetória político-econômica favorece a movimentação dos principais atores sociais, tanto dentro do bloco no poder como nas classes ausentes da estrutura de governo. O deslocamento desses setores beneficia a formação de uma nova coalizão comprometida com o fortalecimento da indústria doméstica e com a retomada do crescimento. A base para a consolidação dessa coalizão está no estímulo ao desenvolvimento sustentado como meio para articular ganhos de produtividade nas empresas e melhoria da distribuição de renda no país. A estratégia do mercado de massas, o acréscimo das exportações via elevação da competitividade e o aumento dos investimentos públicos para o setor produtivo são eixos prioritários do governo Lula para a retomada do crescimento econômico. A atuação, de maneira complementar, dos dois atores analisados na pesquisa foi decisiva para a modificação das orientações político-econômicas a partir de 2002. Essa nova coalizão garantiu sustentabilidade ao governo Lula para conduzir ações em benefício do crescimento industrial e das políticas de inclusão social. A resistência desses atores ao movimento contrário à atuação do Estado em favor do setor produtivo, hegemônico até 2002, e a capacidade de influência nas políticas públicas para o setor, após esse período, justificam a opção desta tese em analisar as políticas industriais nos governos Fernando Henrique e Lula a partir do olhar do IEDI e da CUT.
id UFJF_cbd7355d46e4fc8deca41d2319acf1b3
oai_identifier_str oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/4576
network_acronym_str UFJF
network_name_str Repositório Institucional da UFJF
repository_id_str
spelling Delgado, Ignácio José Godinhohttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707598Z2Castro, Ana Céliahttp://lattes.cnpq.brCondé, Eduardo Antonio Salomãohttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784127Y0De Toni, Jacksonhttp://lattes.cnpq.brLobo, Valéria Marqueshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766244E9http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4758332P4Vieira, Juanito Alexandre2017-05-18T15:41:43Z2017-05-182017-05-18T15:41:43Z2017-04-27https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4576O Brasil sofre, na década de 1990, a imposição da síntese neoliberal, responsável por mudanças estruturais no próprio conceito de indústria nacional e com repercussão negativa no nível de emprego e na desigualdade social. A instabilidade econômica, em decorrência do descontrole inflacionário, constituiu-se como justificativa para a criação de medidas de austeridade macroeconômica baseadas nos altos juros, na sobrevalorização do câmbio e na ampliação da abertura do mercado interno como promoção da competitividade. O sucesso em controlar a inflação foi utilizado como instrumento político pelo governo Fernando Henrique para forjar apoio de setores industriais a um modelo mais restritivo ao setor produtivo. Apesar de estabelecerem relações distintas com o governo, o IEDI e a CUT assumem posição de resistência ao movimento hegemônico no período. O entendimento das duas entidades mantém a perspectiva de que o Estado precisa assumir a coordenação da política industrial como estratégia para o desenvolvimento nacional. Até 2002, a atuação das duas entidades acontece em campos distintos: os empresários do IEDI, como fração do bloco no poder, atuam de maneira secundária dentro do governo; e a CUT, como oposição ao governo federal, aposta na construção de um campo democrático e popular de enfrentamento ao neoliberalismo. A posse do presidente Lula representa uma alteração na conjuntura política e abre espaço para a retomada de medidas desenvolvimentistas. A indicação de mudança na trajetória político-econômica favorece a movimentação dos principais atores sociais, tanto dentro do bloco no poder como nas classes ausentes da estrutura de governo. O deslocamento desses setores beneficia a formação de uma nova coalizão comprometida com o fortalecimento da indústria doméstica e com a retomada do crescimento. A base para a consolidação dessa coalizão está no estímulo ao desenvolvimento sustentado como meio para articular ganhos de produtividade nas empresas e melhoria da distribuição de renda no país. A estratégia do mercado de massas, o acréscimo das exportações via elevação da competitividade e o aumento dos investimentos públicos para o setor produtivo são eixos prioritários do governo Lula para a retomada do crescimento econômico. A atuação, de maneira complementar, dos dois atores analisados na pesquisa foi decisiva para a modificação das orientações político-econômicas a partir de 2002. Essa nova coalizão garantiu sustentabilidade ao governo Lula para conduzir ações em benefício do crescimento industrial e das políticas de inclusão social. A resistência desses atores ao movimento contrário à atuação do Estado em favor do setor produtivo, hegemônico até 2002, e a capacidade de influência nas políticas públicas para o setor, após esse período, justificam a opção desta tese em analisar as políticas industriais nos governos Fernando Henrique e Lula a partir do olhar do IEDI e da CUT.Brazil suffers, in the 1990s, the imposition of the neoliberal synthesis, responsible for structural changes in the very concept of national industry and with negative repercussions on the level of employment and social inequality. The economic instability, as a result of the inflationary lack of control, was established as justification for the creation of macroeconomic austerity measures based on high interest rates, the overvaluation of the exchange rate and the expansion of the opening of the domestic market as a promotion of competitiveness. The success in controlling inflation was used as a political instrument by the Fernando Henrique government to forge support from industrial sectors to a more restrictive model to the productive sector. Although establishing distinct relations with the government, IEDI and CUT assume a position of resistance to the hegemonic movement in the period. The understanding of both entities maintains the perspective that the State needs to assume the coordination of industrial policy as a strategy for national development. Until 2002, the performance of the two entities takes place in different fields: the IEDI entrepreneurs, as a fraction of the block in power, act in a secondary way within the government; and the CUT, as opposition to the federal government, is engaged on the construction of a democratic and popular field of confrontation with neoliberalism. The inauguration of President Lula represents a change in the political conjuncture and opens space for the resumption of development measures. The indication of change in the political-economic trajectory favors the movement of the main social actors, both within the ruling block and in the absent classes of the government structure. The displacement of these sectors benefits the formation of a new coalition committed to the strengthening of the domestic industry and the resumption of growth. The basis for the consolidation of this coalition is in stimulating sustained development as a means of articulating productivity gains in companies and improving the distribution of income in the country. The strategy of the mass market, the increase of exports through the elevation of competitiveness and the rise of the public investments for the productive sector are priority axes of the Lula government for the resumption of the economic growth. The performance, in a complementary way, of the two actors analyzed in the research was decisive for the modification of the political-economic orientations as of 2002. This new coalition guaranteed sustainability to the Lula government to lead actions to benefit industrial growth and social inclusion policies. The resistance of these actors to the movement against the State in favor of the productive sector, hegemonic up to 2002, and the capacity of influence in the public policies for the sector, after this period, justify the option of this thesis in analyzing the industrial policies in the Fernando Henrique and Lula governments from the perspective of IEDI and CUT.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em HistóriaUFJFBrasilICH – Instituto de Ciências HumanasCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIAAtores sociaisGoverno Lula e Fernando HenriqueDesenvolvimentoPolítica industrialSocial actorsLula and Fernando Henrique governmentsDevelopmentIndustrial policyAs tramas da política industrial nos governos FHC e Lula: um olhar a partir do IEDI e da CUTinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTjuanitoalexandrevieira.pdf.txtjuanitoalexandrevieira.pdf.txtExtracted texttext/plain955620https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4576/3/juanitoalexandrevieira.pdf.txt6e107d9c50df5a63be3ed0209a0e4bf3MD53THUMBNAILjuanitoalexandrevieira.pdf.jpgjuanitoalexandrevieira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1168https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4576/4/juanitoalexandrevieira.pdf.jpgf95914b13c6fdf949987bd663fb1fa5fMD54ORIGINALjuanitoalexandrevieira.pdfjuanitoalexandrevieira.pdfapplication/pdf2179454https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4576/1/juanitoalexandrevieira.pdf328453985b7c31446d4b67dc29a1851eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4576/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52ufjf/45762019-06-16 06:02:56.335oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/4576TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-06-16T09:02:56Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv As tramas da política industrial nos governos FHC e Lula: um olhar a partir do IEDI e da CUT
title As tramas da política industrial nos governos FHC e Lula: um olhar a partir do IEDI e da CUT
spellingShingle As tramas da política industrial nos governos FHC e Lula: um olhar a partir do IEDI e da CUT
Vieira, Juanito Alexandre
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA
Atores sociais
Governo Lula e Fernando Henrique
Desenvolvimento
Política industrial
Social actors
Lula and Fernando Henrique governments
Development
Industrial policy
title_short As tramas da política industrial nos governos FHC e Lula: um olhar a partir do IEDI e da CUT
title_full As tramas da política industrial nos governos FHC e Lula: um olhar a partir do IEDI e da CUT
title_fullStr As tramas da política industrial nos governos FHC e Lula: um olhar a partir do IEDI e da CUT
title_full_unstemmed As tramas da política industrial nos governos FHC e Lula: um olhar a partir do IEDI e da CUT
title_sort As tramas da política industrial nos governos FHC e Lula: um olhar a partir do IEDI e da CUT
author Vieira, Juanito Alexandre
author_facet Vieira, Juanito Alexandre
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Delgado, Ignácio José Godinho
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707598Z2
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Castro, Ana Célia
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Condé, Eduardo Antonio Salomão
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784127Y0
dc.contributor.referee3.fl_str_mv De Toni, Jackson
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Lobo, Valéria Marques
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766244E9
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4758332P4
dc.contributor.author.fl_str_mv Vieira, Juanito Alexandre
contributor_str_mv Delgado, Ignácio José Godinho
Castro, Ana Célia
Condé, Eduardo Antonio Salomão
De Toni, Jackson
Lobo, Valéria Marques
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA
topic CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA
Atores sociais
Governo Lula e Fernando Henrique
Desenvolvimento
Política industrial
Social actors
Lula and Fernando Henrique governments
Development
Industrial policy
dc.subject.por.fl_str_mv Atores sociais
Governo Lula e Fernando Henrique
Desenvolvimento
Política industrial
Social actors
Lula and Fernando Henrique governments
Development
Industrial policy
description O Brasil sofre, na década de 1990, a imposição da síntese neoliberal, responsável por mudanças estruturais no próprio conceito de indústria nacional e com repercussão negativa no nível de emprego e na desigualdade social. A instabilidade econômica, em decorrência do descontrole inflacionário, constituiu-se como justificativa para a criação de medidas de austeridade macroeconômica baseadas nos altos juros, na sobrevalorização do câmbio e na ampliação da abertura do mercado interno como promoção da competitividade. O sucesso em controlar a inflação foi utilizado como instrumento político pelo governo Fernando Henrique para forjar apoio de setores industriais a um modelo mais restritivo ao setor produtivo. Apesar de estabelecerem relações distintas com o governo, o IEDI e a CUT assumem posição de resistência ao movimento hegemônico no período. O entendimento das duas entidades mantém a perspectiva de que o Estado precisa assumir a coordenação da política industrial como estratégia para o desenvolvimento nacional. Até 2002, a atuação das duas entidades acontece em campos distintos: os empresários do IEDI, como fração do bloco no poder, atuam de maneira secundária dentro do governo; e a CUT, como oposição ao governo federal, aposta na construção de um campo democrático e popular de enfrentamento ao neoliberalismo. A posse do presidente Lula representa uma alteração na conjuntura política e abre espaço para a retomada de medidas desenvolvimentistas. A indicação de mudança na trajetória político-econômica favorece a movimentação dos principais atores sociais, tanto dentro do bloco no poder como nas classes ausentes da estrutura de governo. O deslocamento desses setores beneficia a formação de uma nova coalizão comprometida com o fortalecimento da indústria doméstica e com a retomada do crescimento. A base para a consolidação dessa coalizão está no estímulo ao desenvolvimento sustentado como meio para articular ganhos de produtividade nas empresas e melhoria da distribuição de renda no país. A estratégia do mercado de massas, o acréscimo das exportações via elevação da competitividade e o aumento dos investimentos públicos para o setor produtivo são eixos prioritários do governo Lula para a retomada do crescimento econômico. A atuação, de maneira complementar, dos dois atores analisados na pesquisa foi decisiva para a modificação das orientações político-econômicas a partir de 2002. Essa nova coalizão garantiu sustentabilidade ao governo Lula para conduzir ações em benefício do crescimento industrial e das políticas de inclusão social. A resistência desses atores ao movimento contrário à atuação do Estado em favor do setor produtivo, hegemônico até 2002, e a capacidade de influência nas políticas públicas para o setor, após esse período, justificam a opção desta tese em analisar as políticas industriais nos governos Fernando Henrique e Lula a partir do olhar do IEDI e da CUT.
publishDate 2017
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-05-18T15:41:43Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-05-18
2017-05-18T15:41:43Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-04-27
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4576
url https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4576
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação em História
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFJF
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICH – Instituto de Ciências Humanas
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFJF
instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
instname_str Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron_str UFJF
institution UFJF
reponame_str Repositório Institucional da UFJF
collection Repositório Institucional da UFJF
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4576/3/juanitoalexandrevieira.pdf.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4576/4/juanitoalexandrevieira.pdf.jpg
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4576/1/juanitoalexandrevieira.pdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4576/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 6e107d9c50df5a63be3ed0209a0e4bf3
f95914b13c6fdf949987bd663fb1fa5f
328453985b7c31446d4b67dc29a1851e
000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1793962512671047680