Qualidade agronômica do lodo de esgoto cultivado com Urochloa brizantha cv. marandu na presença de acelerador de compostagem, superfosfato simples e Kcl

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Jonas Pereira Pontes
• Orientador(a): Cândido Alves da Costa , Regynaldo Arruda Sampaio
• Banca de defesa: Luiz Arnaldo Fernandes, Fabíola Mendes Braga, Regynaldo Arruda Sampaio
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal
• Departamento: ICA - INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Fertilizantes Orgânicos; Lodo de esgoto; Resíduos
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/44649; https://orcid.org/0000-0002-8222-3878

O lodo de esgoto é um resíduo proveniente das estações de tratamentos de esgotos com enorme potencial para uso como fertilizante orgânico. Todavia, necessita de processo de estabilização, para fins de eliminar o odor e a atração de vetores de moléstias e organismos nocivos. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o lodo de esgoto cultivado com Urochloa brizantha cv. Marandu na presença e ausência de acelerador de compostagem (AC), superfosfato simples (SS) e KCl, para posterior uso como fertilizante orgânico. O experimento foi conduzido no delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições, distribuídos em esquema fatorial 2³, correspondendo a presença e ausência de acelerador de compostagem (0 e 30,7 L t-1), duas doses de superfosfato simples (SS) (0 e 6 kg t-1 de P2O5) e duas doses de KCl (0 e 3,6 kg t-1 de K2O). Foram utilizados sacos de aniagem de 30 litros para o acondicionamento do lodo de esgoto, estabelecendo-se uma camada de 30 cm de altura, semeada com 100 sementes de U. brizhanta por m2, mantendo-se, após o desbaste, 18 plantas por m2, com período de cultivo de 90 dias. Nas análises de matéria seca da parte aérea (PA), raiz (RZ), matéria seca total (MT) e relação PA/RZ os melhores resultados foram aqueles que tiveram aplicação de P2O5 e K2O. Avaliando os teores de C orgânico e N, ambos atenderam as exigências da legislação para fins de registro do produto como fertilizante orgânico. Observando os valores de relação C/N e pH-H2O, em função das aplicações do AC e das doses de SS e KCl, a relação C/N aumentou com a aplicação de adubo fosfatado. O pH do lodo de esgoto aumentou com a aplicação de adubo potássico. Tanto a CTC quanto a relação CTC/C não foram influenciados pelos tratamentos. Pelo exposto, verificou-se que as adubações com SS ou KCl favoreceram a produção de biomassa da gramínea e que o AC praticamente não teve eficácia sobre essa variável e também sobre os atributos do lodo de esgoto. De todo modo, o lodo de esgoto cultivado com a gramínea apresentou atributos agronômicos dentro dos limites exigidos para registro como fertilizante pela legislação específica, apresentando-se como um fertilizante orgânico de qualidade para uso no cultivo de plantas.