Do comentário on-line à carta do leitor impressa: reescrita e retextualização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Patricia Souza Diniz
Orientador(a): Janice Helena Silva de R C Marinho
Banca de defesa: Delaine Cafiero Bicalho, Juliana Alves Assis
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/LETR-B3UH6S
Resumo: Buscou-se compreender uma nova prática de publicação e circulação de textos de leitores na mídia escrita, em que leitores de uma revista produzem comentários on-line sobre os textos acessados e lidos no ambiente eletrônico da revista que, por sua vez, seleciona alguns desses comentários, e os publica, com alterações, na seção destinada a cartas de leitores da revista impressa. Diante disso, pretendeu-se verificar se a mudança desses textos de seu suporte original para o ambiente impresso modificava seu objetivo, seu gênero e o processo de construção de seu sentido. Para tanto, realizou-se uma discussão acerca das atividades de retextualização e de reescrita a fim de se averiguar qual dos dois processos predomina na passagem de um texto para outro. Partiu-se do pressuposto de que essas não são operações sinônimas, baseando-se nos aportes teóricos de Matencio (2002) e DAndrea e Ribeiro (2010) que atribuem uma diferença de propósito na atividade de retextualização, e um aperfeiçoamento interno do texto visado pela prática de reescrita. Essas noções colaboraram para a análise constrastiva entre os textos com a finalidade principal de examinar a textualização do texto do leitor desse veículo de comunicação. Essas investigações foram amparadas na ideia de que cada esfera de atividade humana elabora tipos relativamente estáveis de enunciados (BAKHTIN, 2011[1979]), destacando-se o relativamente, já que os gêneros mudam, fundem-se e misturam-se para manter sua identidade funcional com inovação organizacional (MARCUSCHI, 2008), associando-se o desenvolvimento de novas tecnologias a um dos fatores que possibilitam a emergência de novos gêneros de textos, criam novas significações, influenciando nos processos de textualização dos gêneros (CHARTIER, 1998; MARCUSCHI, 2010, 2012; RIBEIRO, 2011). Dessa forma, relacionaram-se as noções de gênero textual, novas tecnologias e ambientes digitais, reescrita e retextualização, a partir de Bakhtin (2011 [1979]), Marcuschi (2008, 2010), Chartier (1998; 2002), Ribeiro (2009; 2011), Matencio (2002), e outros autores que focalizam o texto no âmbito da Linguística Textual.
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Partiu-se do pressuposto de que essas não são operações sinônimas, baseando-se nos aportes teóricos de Matencio (2002) e DAndrea e Ribeiro (2010) que atribuem uma diferença de propósito na atividade de retextualização, e um aperfeiçoamento interno do texto visado pela prática de reescrita. Essas noções colaboraram para a análise constrastiva entre os textos com a finalidade principal de examinar a textualização do texto do leitor desse veículo de comunicação. Essas investigações foram amparadas na ideia de que cada esfera de atividade humana elabora tipos relativamente estáveis de enunciados (BAKHTIN, 2011[1979]), destacando-se o relativamente, já que os gêneros mudam, fundem-se e misturam-se para manter sua identidade funcional com inovação organizacional (MARCUSCHI, 2008), associando-se o desenvolvimento de novas tecnologias a um dos fatores que possibilitam a emergência de novos gêneros de textos, criam novas significações, influenciando nos processos de textualização dos gêneros (CHARTIER, 1998; MARCUSCHI, 2010, 2012; RIBEIRO, 2011). Dessa forma, relacionaram-se as noções de gênero textual, novas tecnologias e ambientes digitais, reescrita e retextualização, a partir de Bakhtin (2011 [1979]), Marcuschi (2008, 2010), Chartier (1998; 2002), Ribeiro (2009; 2011), Matencio (2002), e outros autores que focalizam o texto no âmbito da Linguística Textual.This research sought further understanding of a new publication and text circulation practice by readers in written media, in which readers of a magazine produce online comments on texts accessed and read in the magazines electronic environment. After that, the magazine selects some of those comments and publishes them, with alterations, in the section dedicated to letters from the readers in its print version. In the face of that phenomenon, we sought to verify whether the shift of these texts from their original support to the print environment modified their objective, their genre or their process of meaning construction. In order to do so, we carried out a discussion about retextualization and rewriting activities to check which of these processes is predominant in this textual shift. We started from the assumption that these are not synonymous processes, based on the theoretical work of Matencio (2000) and DAndrea and Ribeiro (2010), who attribute a difference in purpose for the activity of retextualization and an internal improvement of the text aimed at its rewriting practice. Those notions collaborate for a contrastive analysis for the texts, with the main aim of examining textualization of the readers text in that means of communication. These investigations were supported by the idea that each sphere of human activity elaborates relatively stable types of statements (BAKHTIN, 2011 [1979]), with an emphasis on relatively, since genres change, mix and blend in order to keep their functional identity with organizational innovation (MARCUSCHI, 2008), associated with the development of new technologies and one of the factors that enable the rise of new textual genres, create new meanings and influence processes of textualization of genres (CHARTIER, 1998; MARCUSCHI, 2010, 2012; RIBEIRO, 2011). As a result, notions of textual genre, new technologies, digital environments, rewriting and retextualization were approached, according to Bakhtin (2011 [1979]), Marcuschi (2008; 2010), Chartier (1998; 2002), Ribeiro (2009; 2011), Matencio (2002), and other authors that focus on the text within Textual Linguistics.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGLinguistica textualGêneros textuaisCartas de leitoresGênero textualretextualizaçãosuportereescritaDo comentário on-line à carta do leitor impressa: reescrita e retextualizaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINAL1690m.pdfapplication/pdf3005266https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/LETR-B3UH6S/1/1690m.pdf20e0e14490120c67522894a28ad1294aMD51TEXT1690m.pdf.txt1690m.pdf.txtExtracted texttext/plain322276https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/LETR-B3UH6S/2/1690m.pdf.txte176f16d1fe777099b224e106974021cMD521843/LETR-B3UH6S2019-11-14 06:07:09.943oai:repositorio.ufmg.br:1843/LETR-B3UH6SRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T09:07:09Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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