Comunicação e mobilização social na gestão compartilhada de bens públicos: estudo de caso sobre a empresa águas da região de Maputo

• Ano de defesa: 2013
• Autor(a) principal: Alexandre Dinis Zavale
• Orientador(a): Marcio Simeone Henriques
• Banca de defesa: Angela Cristina Salgueiro Marques, Ivone de Lourdes Oliveira
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
• Palavras-chave em Português: Gestão compartilhada; Mobilização social; Comunicação pública; Participação; Bem público
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9DVER3

A questão da gestão compartilhada dos bens públicos ocupa as comunidades e o poder público, que, em contextos democráticos, buscam formas de traçar políticas públicas de gestão inclusiva que prevê a participação dos atores como sujeitos da ação. Com isso se apresentam novas demandas quanto à participação e à mobilização social dos públicos, bem como formas inovadoras de comunicação e relacionamento entre as organizações públicas e as comunidades. Este trabalho aborda a gestão compartilhada da água, olhando pelo viés da comunicação em processos de mobilização social no contexto das organizações públicas (participadas pelo Estado ou delegadas), fazendo referência à importância da participação e aos desafios impostos ao processo de gestão pública. Para tal recorre a um estudo de caso, onde se analisa a interação entre a empresa Águas da Região de Maputo (Moçambique) com comunidades que atende - especificamente as comunidades dos Bairros de Liberdade e de Tsalala, investigando como a empresa busca mobilizar estas comunidades para uma gestão compartilhada da água e, por outro lado, analisando de que forma estas comunidades se mobilizam para tomarem parte neste processo. Utilizando elementos de análise a partir de teorias que abordam a participação, na gestão compartilhada, na comunicação e na mobilização social a pesquisa contou com entrevistas e grupos focais baseados na empresa e nas comunidades. Concluiu-se que a empresa não abre espaços para a participação das comunidades na gestão compartilhada da água dadas as condições diferenciadas de acesso à informação, do poder, de negociação entre empresa e comunidades e que por outro lado, as comunidades não conseguem convocar a empresa a tomar parte nos fóruns locais de decisão.