Crise econômica brasileira (2015-2016): ausência de desequilíbrio externo e endividamento público

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Arrigo Valêncio lattes
Orientador(a): Fabrício José Missio lattes
Banca de defesa: Roberto Alexandre Zanchetta Borghi, Fábio Henrique Bittes Terra, Gilberto de Assis Libânio, Ulisses Pereira dos Santos
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Economia
Departamento: FACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/39003
Resumo: O objetivo desta tese é analisar as razões pelas quais a economia brasileira não sofreu com uma crise externa durante sua crise econômica de 2015-2016. A crise externa é desencadeada por graves desequilíbrios do Balanço de Pagamentos (BP), em geral decorrentes da saída brusca e significativa de capitais. Ademais, o objetivo é mostrar que a contra-face da não ocorrência dessa crise é a piora dos indicadores de endividamento público. Para isso, utiliza-se o marco teórico da Hierarquia Internacional das Moedas (HIM) e a abordagem dos modelos pós-keynesianos que incorporam o arcabouço do Regime de Metas de Inflação (RMI). Essa integração permitiu mostrar como interagem as mudanças no Sistema Monetário e Financeiro Internacional (SMFI) e as decisões de política econômica locais. Primeiramente, analisa-se criticamente os modelos de crises cambiais. Em seguida, expõe-se o arcabouço da HIM e das assimetrias do SMFI e como atua, nesse contexto, uma economia periférica que opere sob RMI. Com isso, evidenciam-se as implicações teóricas para a política monetária, cambial e de endividamento público. O segundo passo é sistematizar, a partir de evidências de reduções das ocorrências de default e reestruturações das dívidas, da redução dos níveis de endividamento externo (inclusive de curto prazo) e da redução da utilização dos créditos concedidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a evolução e a transformação do quadro internacional que se iniciou na década de 1980. Identificam-se dois fatores fundamentais: a elevação da liquidez internacional e a elevação dos preços das commodities, a partir da década de 2000. Esses fatores propiciaram o acúmulo de reservas internacionais, sobretudo, por parte da periferia. Diante disso, estabelece-se um panorama comparativo entre as décadas de 1980, 1990 e 2010 para a economia brasileira. Os núcleos referenciais para esse exercício são: a crise da dívida externa, em 1982; a crise macroinstitucional de 1999; e a grave recessão de 2015-2016. O que se observa são indicadores de solvência e liquidez externas, radicalmente diferentes e significativamente melhores, durante a crise de 2015-2016, vis-à-vis às crises anteriores (além da redução da dolarização do passivo externo). Em seguida, desenvolve-se um modelo (em linha com a tradição que concilia os modelos pós-keynesianos com o RMI) cujo intuito é entender como a política econômica da economia brasileira reagiu ao choque externo positivo entre 2006-2012 (período de maior acúmulo de reservas). Entre outros fatores, o que o modelo teórico mostra é um cenário com: apreciação da taxa de câmbio real; elevação das esterilizações realizadas pelo Banco Central (BC); e aumento do endividamento público. Diante disso, buscam-se corroborar, a partir de alguns dados, os resultados teóricos encontrados. O que se observa é uma relação próxima entre o acúmulo de reservas e a elevação do saldo das operações compromissadas (utilizadas, nesse período, principalmente na realização de esterilização). Sua participação no total da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) e no PIB atingiu patamares preocupantes e, como mostrado, eleva-se significativamente a partir da deterioração dos indicadores fiscais afetados pela recessão de 2015-2016. Conclui-se que o acúmulo de reservas (choque externo positivo) possibilitou a melhora dos indicadores do setor externo da economia brasileira, embora, no curto e médio prazo, as esterilizações realizadas nesse período constituam-se em um elemento importante na composição do endividamento público.
id UFMG_27d4c09f84fa414739f166a7e9901d0d
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/39003
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Fabrício José Missiohttp://lattes.cnpq.br/5047485742216555Frederico Gonzaga Jayme JuniorRoberto Alexandre Zanchetta BorghiFábio Henrique Bittes TerraGilberto de Assis LibânioUlisses Pereira dos Santoshttp://lattes.cnpq.br/0779168905518204Arrigo Valêncio2022-01-04T13:30:19Z2022-01-04T13:30:19Z2020-06-19http://hdl.handle.net/1843/39003O objetivo desta tese é analisar as razões pelas quais a economia brasileira não sofreu com uma crise externa durante sua crise econômica de 2015-2016. A crise externa é desencadeada por graves desequilíbrios do Balanço de Pagamentos (BP), em geral decorrentes da saída brusca e significativa de capitais. Ademais, o objetivo é mostrar que a contra-face da não ocorrência dessa crise é a piora dos indicadores de endividamento público. Para isso, utiliza-se o marco teórico da Hierarquia Internacional das Moedas (HIM) e a abordagem dos modelos pós-keynesianos que incorporam o arcabouço do Regime de Metas de Inflação (RMI). Essa integração permitiu mostrar como interagem as mudanças no Sistema Monetário e Financeiro Internacional (SMFI) e as decisões de política econômica locais. Primeiramente, analisa-se criticamente os modelos de crises cambiais. Em seguida, expõe-se o arcabouço da HIM e das assimetrias do SMFI e como atua, nesse contexto, uma economia periférica que opere sob RMI. Com isso, evidenciam-se as implicações teóricas para a política monetária, cambial e de endividamento público. O segundo passo é sistematizar, a partir de evidências de reduções das ocorrências de default e reestruturações das dívidas, da redução dos níveis de endividamento externo (inclusive de curto prazo) e da redução da utilização dos créditos concedidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a evolução e a transformação do quadro internacional que se iniciou na década de 1980. Identificam-se dois fatores fundamentais: a elevação da liquidez internacional e a elevação dos preços das commodities, a partir da década de 2000. Esses fatores propiciaram o acúmulo de reservas internacionais, sobretudo, por parte da periferia. Diante disso, estabelece-se um panorama comparativo entre as décadas de 1980, 1990 e 2010 para a economia brasileira. Os núcleos referenciais para esse exercício são: a crise da dívida externa, em 1982; a crise macroinstitucional de 1999; e a grave recessão de 2015-2016. O que se observa são indicadores de solvência e liquidez externas, radicalmente diferentes e significativamente melhores, durante a crise de 2015-2016, vis-à-vis às crises anteriores (além da redução da dolarização do passivo externo). Em seguida, desenvolve-se um modelo (em linha com a tradição que concilia os modelos pós-keynesianos com o RMI) cujo intuito é entender como a política econômica da economia brasileira reagiu ao choque externo positivo entre 2006-2012 (período de maior acúmulo de reservas). Entre outros fatores, o que o modelo teórico mostra é um cenário com: apreciação da taxa de câmbio real; elevação das esterilizações realizadas pelo Banco Central (BC); e aumento do endividamento público. Diante disso, buscam-se corroborar, a partir de alguns dados, os resultados teóricos encontrados. O que se observa é uma relação próxima entre o acúmulo de reservas e a elevação do saldo das operações compromissadas (utilizadas, nesse período, principalmente na realização de esterilização). Sua participação no total da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) e no PIB atingiu patamares preocupantes e, como mostrado, eleva-se significativamente a partir da deterioração dos indicadores fiscais afetados pela recessão de 2015-2016. Conclui-se que o acúmulo de reservas (choque externo positivo) possibilitou a melhora dos indicadores do setor externo da economia brasileira, embora, no curto e médio prazo, as esterilizações realizadas nesse período constituam-se em um elemento importante na composição do endividamento público.The purpose of this thesis is to analyze the reasons why the Brazilian economy did not suffer from an external crisis during its 2015-2016 economic crisis. External crisis is triggered by serious imbalances in the Balance of Payments (BP), in general resulting from the sudden and significant outflow of capital. Furthermore, the objective is to show that the counterpart of the non-occurrence of this crisis is the worsening of public debt indicators. For this, the theoretical framework of the international currency hierarchy (ICH) and the approach of post-Keynesian models that incorporate the framework of the inflation targeting regime (ITR) are used. This integration made it possible to show how changes in the international monetary and financial system (IMFS) and local economic policy decisions interact. First, from the criticism of the exchange rate crisis models, the ICH framework and the asymmetries of the IMFS are exposed and how a peripheral economy that operates under ITR operates in this context. As a result, the theoretical implications for monetary, exchange rate and public debt policy become evident. The second step is to systematize, based on evidence of reductions in default occurrences and debt restructuring, improvements in external indebtedness (including short-term ones) and a reduction in the use of credits granted by the International Monetary Fund (IMF), the evolution and transformation of the international scenario that began in the 1980s. Two fundamental factors are identified: the increase in international liquidity and the rise in commodity prices since the 2000s. These factors have led to the accumulation of international reserves, mainly peripheral economies. Therefore, a comparative panorama is established between the 1980s, 1990s and 2010 decade for the Brazilian economy. The reference nuclei for this exercise are: the foreign debt crisis, in 1982; the 1999 macro-institutional crisis; and the severe recession of 2015-2016. What is observed is radically different and significantly better solvency and liquidity external indicators during the 2015-2016 crisis vis-à-vis previous crises (in addition to the reduction in dollarization of external liabilities). Then, a model is developed (in line with the tradition that reconciles the post-Keynesian models with the ITR) whose aim is to understand how the economic policy of the Brazilian economy reacted to the positive external shock between 2006-2012 (period of greatest accumulation reserves). Among other factors, what the theoretical model shows is a scenario with: appreciation of the real exchange rate; increase in sterilizations performed by the Central Bank (CB); and increased public debt. Therefore, it is sought to corroborate, from some data, the theoretical results found. What is observed is a close relationship between the accumulation of reserves and the increase in the balance of repo operations (used, in this period, mainly in the performance of sterilization). Its share in the total of the General Government's Gross Debt (GGGD) and in GDP reached worrying levels and, as shown, rises significantly from the deterioration of the fiscal indicators affected by the 2015-2016 recession. It is concluded that the accumulation of reserves (positive external shock) enabled the improvement of the indicators of the external sector of the Brazilian economy although, in the short and medium term, the sterilizations performed in this period constitute an important element in the composition of public indebtedness.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em EconomiaUFMGBrasilFACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICASCrise econômica – 2015-2016 – BrasilEconomiaCrise externaEconomia brasileiraHierarquia internacional das moedasSistema monetário e financeiro internacionalEsterilizaçõesEndividamento públicoCrise econômica brasileira (2015-2016): ausência de desequilíbrio externo e endividamento públicoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALCrise econômica brasileira (2015-2016)_ausência de desequilíbrio externo e endividamento público.pdfCrise econômica brasileira (2015-2016)_ausência de desequilíbrio externo e endividamento público.pdfapplication/pdf5330591https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39003/1/Crise%20econ%c3%b4mica%20brasileira%20%282015-2016%29_aus%c3%aancia%20de%20desequil%c3%adbrio%20externo%20e%20endividamento%20p%c3%bablico.pdf7667c75c86ca66789497f86161891979MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39003/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/390032022-01-04 10:30:19.944oai:repositorio.ufmg.br:1843/39003TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-01-04T13:30:19Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Crise econômica brasileira (2015-2016): ausência de desequilíbrio externo e endividamento público
title Crise econômica brasileira (2015-2016): ausência de desequilíbrio externo e endividamento público
spellingShingle Crise econômica brasileira (2015-2016): ausência de desequilíbrio externo e endividamento público
Arrigo Valêncio
Crise externa
Economia brasileira
Hierarquia internacional das moedas
Sistema monetário e financeiro internacional
Esterilizações
Endividamento público
Crise econômica – 2015-2016 – Brasil
Economia
title_short Crise econômica brasileira (2015-2016): ausência de desequilíbrio externo e endividamento público
title_full Crise econômica brasileira (2015-2016): ausência de desequilíbrio externo e endividamento público
title_fullStr Crise econômica brasileira (2015-2016): ausência de desequilíbrio externo e endividamento público
title_full_unstemmed Crise econômica brasileira (2015-2016): ausência de desequilíbrio externo e endividamento público
title_sort Crise econômica brasileira (2015-2016): ausência de desequilíbrio externo e endividamento público
author Arrigo Valêncio
author_facet Arrigo Valêncio
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Fabrício José Missio
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5047485742216555
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Frederico Gonzaga Jayme Junior
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Roberto Alexandre Zanchetta Borghi
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Fábio Henrique Bittes Terra
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Gilberto de Assis Libânio
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Ulisses Pereira dos Santos
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0779168905518204
dc.contributor.author.fl_str_mv Arrigo Valêncio
contributor_str_mv Fabrício José Missio
Frederico Gonzaga Jayme Junior
Roberto Alexandre Zanchetta Borghi
Fábio Henrique Bittes Terra
Gilberto de Assis Libânio
Ulisses Pereira dos Santos
dc.subject.por.fl_str_mv Crise externa
Economia brasileira
Hierarquia internacional das moedas
Sistema monetário e financeiro internacional
Esterilizações
Endividamento público
topic Crise externa
Economia brasileira
Hierarquia internacional das moedas
Sistema monetário e financeiro internacional
Esterilizações
Endividamento público
Crise econômica – 2015-2016 – Brasil
Economia
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Crise econômica – 2015-2016 – Brasil
Economia
description O objetivo desta tese é analisar as razões pelas quais a economia brasileira não sofreu com uma crise externa durante sua crise econômica de 2015-2016. A crise externa é desencadeada por graves desequilíbrios do Balanço de Pagamentos (BP), em geral decorrentes da saída brusca e significativa de capitais. Ademais, o objetivo é mostrar que a contra-face da não ocorrência dessa crise é a piora dos indicadores de endividamento público. Para isso, utiliza-se o marco teórico da Hierarquia Internacional das Moedas (HIM) e a abordagem dos modelos pós-keynesianos que incorporam o arcabouço do Regime de Metas de Inflação (RMI). Essa integração permitiu mostrar como interagem as mudanças no Sistema Monetário e Financeiro Internacional (SMFI) e as decisões de política econômica locais. Primeiramente, analisa-se criticamente os modelos de crises cambiais. Em seguida, expõe-se o arcabouço da HIM e das assimetrias do SMFI e como atua, nesse contexto, uma economia periférica que opere sob RMI. Com isso, evidenciam-se as implicações teóricas para a política monetária, cambial e de endividamento público. O segundo passo é sistematizar, a partir de evidências de reduções das ocorrências de default e reestruturações das dívidas, da redução dos níveis de endividamento externo (inclusive de curto prazo) e da redução da utilização dos créditos concedidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a evolução e a transformação do quadro internacional que se iniciou na década de 1980. Identificam-se dois fatores fundamentais: a elevação da liquidez internacional e a elevação dos preços das commodities, a partir da década de 2000. Esses fatores propiciaram o acúmulo de reservas internacionais, sobretudo, por parte da periferia. Diante disso, estabelece-se um panorama comparativo entre as décadas de 1980, 1990 e 2010 para a economia brasileira. Os núcleos referenciais para esse exercício são: a crise da dívida externa, em 1982; a crise macroinstitucional de 1999; e a grave recessão de 2015-2016. O que se observa são indicadores de solvência e liquidez externas, radicalmente diferentes e significativamente melhores, durante a crise de 2015-2016, vis-à-vis às crises anteriores (além da redução da dolarização do passivo externo). Em seguida, desenvolve-se um modelo (em linha com a tradição que concilia os modelos pós-keynesianos com o RMI) cujo intuito é entender como a política econômica da economia brasileira reagiu ao choque externo positivo entre 2006-2012 (período de maior acúmulo de reservas). Entre outros fatores, o que o modelo teórico mostra é um cenário com: apreciação da taxa de câmbio real; elevação das esterilizações realizadas pelo Banco Central (BC); e aumento do endividamento público. Diante disso, buscam-se corroborar, a partir de alguns dados, os resultados teóricos encontrados. O que se observa é uma relação próxima entre o acúmulo de reservas e a elevação do saldo das operações compromissadas (utilizadas, nesse período, principalmente na realização de esterilização). Sua participação no total da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) e no PIB atingiu patamares preocupantes e, como mostrado, eleva-se significativamente a partir da deterioração dos indicadores fiscais afetados pela recessão de 2015-2016. Conclui-se que o acúmulo de reservas (choque externo positivo) possibilitou a melhora dos indicadores do setor externo da economia brasileira, embora, no curto e médio prazo, as esterilizações realizadas nesse período constituam-se em um elemento importante na composição do endividamento público.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-06-19
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-01-04T13:30:19Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-01-04T13:30:19Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/39003
url http://hdl.handle.net/1843/39003
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Economia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39003/1/Crise%20econ%c3%b4mica%20brasileira%20%282015-2016%29_aus%c3%aancia%20de%20desequil%c3%adbrio%20externo%20e%20endividamento%20p%c3%bablico.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39003/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 7667c75c86ca66789497f86161891979
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1793890832571432960