Trajetórias escolares de pretos, pardos e brancos no ensino fundamental: um estudo longitudinal com dados coletados em escolas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste entre 1999 e 2003 Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Izabel Costa da Fonseca
Orientador(a): Danielle Cireno Fernandes
Banca de defesa: Jose Irineu Rangel Rigotti, Jorge Alexandre Barbosa Neves
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/VCSA-8EKRJM
Resumo: Este trabalho analisa a qualidade do tempo de permanência em escolas públicas para estudantes de ensino fundamental do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, sob a perspectiva racial. São verificadas diferenças entre pretos, pardos e brancos quanto a trajetórias escolares, probabilidade de evasão, probabilidade de atraso escolar e proficiência em testes padronizados de Língua Portuguesa e Matemática. Foram utilizados dados da única pesquisa longitudinal sobre educação realizada em séries finais do ensino fundamental no Brasil, que foi conduzida pelo INEP entre 1999 e 2003. Os dados foram analisados por meio da tipificação de trajetórias escolares, da análise de sobrevivência quanto ao tempo de permanência dos estudantes de diferentes estratos sociais nas escolas da amostra e da utilização de modelos de regressão hierárquicos. Encontramos evidências de que há uma proporção maior de pretos do que de pardos ou brancos em trajetórias de fracasso escolar. Além disso, nas escolas da amostra, os pretos têm desvantagens em relação aos brancos e pardos em relação à proficiência em todos os anos da pesquisa, mesmo com o controle de variáveis indicadoras de sua origem socioeconômica e proficiência inicial. Estes resultados indicam que as categorias pretos e pardos não devem ser agregadas nas análises sobre indicadores educacionais. Em relação à probabilidade de atraso escolar, encontramos diferenças significativas entre brancos e não-brancos, mas não entre pretos e pardos. Nãoforam verificadas diferenças raciais quanto à probabilidade de evasão escolar
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