Compartimentação dos fluxos do sistema hidrogeológico cárstico do Grupo Bambuí a partir dos isótopos ²H, ¹⁸O e ³H na região de Lagoa Santa, Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Carolina Gomes Ribeiro lattes
Orientador(a): Leila Nunes Menegasse Velásquez lattes
Banca de defesa: José Elói Guimarães Campos, Carlos Alberto de Carvalho Filho
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia
Departamento: IGC - INSTITUTO DE GEOCIENCIAS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/33956
https://orcid.org/0000-0002-6751-8635
Resumo: A área de estudo (505 km²) engloba a Área de Proteção Ambiental (APA) Carste de Lagoa Santa, mundialmente conhecida pelo ambiente cárstico único. No contexto da Bacia Sedimentar do São Francisco, afloram seu embasamento e o Grupo Bambuí, esse último representado pelos metacalcários da Formação Sete Lagoas (membros Pedro Leopoldo, MbPL, e Lagoa Santa, MbLS) e metapelitos da Formação Serra de Santa Helena (FmSSH). Como essa região tem experimentado uma pressão antrópica progressiva, seus aquíferos cárstico-fissurais, naturalmente vulneráveis, são objetos de pesquisa para embasar uma rede de monitoramento de águas subterrâneas. Assim, o propósito desse estudo foi elaborar um modelo de compartimentação hidrogeológica, isotópica e hidroquímica para o sistema hidrogeológico cárstico da região de Lagoa Santa. Para tanto, realizou-se amostragem para análise isotópica de δ²H, δ¹⁸O e concentração de trítio de cinco tipos de ponto d’água: águas meteóricas, lagoas, córregos, nascentes e poços. Parâmetros físico-químicos, hidroquímicos, geológicos, hidrogeológicos e hidráulicos também foram utilizados. As assinaturas isotópicas e hidroquímicas de cada tipo de ponto foram investigadas conforme seu respectivo enfoque. As águas meteóricas foram usadas para traçar a Reta Meteórica Local (RML), obtendo alta precisão; as lagoas apresentaram forte evaporação; e os córregos ficaram com assinaturas semelhantes às das nascentes. Com foco nas águas subterrâneas, os dados de águas de nascentes e poços foram também submetidos às análises espacial e estatística multivariada. As nascentes foram separadas em dois grupos de acordo com a posição em relação à RML: o primeiro com contribuição majoritária de precipitações diretas e o segundo com contribuição significativa de águas que passaram por evaporação. As surgências cársticas de uma mesma bacia hidrogeológica mostraram alta similaridade entre si, revelando que, além de cota topográfica e vazão, concentração de trítio e condutividade elétrica diferenciam surgências de bacias distintas. Em relação às águas de poços, constatou-se que onde afloram o MbPL Superior e a FmSSH são áreas com concentrações de trítio relativamente menores. Isso sugere um menor tempo de residência ocasionado pela menor permeabilidade dessas unidades, afetando o tempo de sua recarga e condução de água. A forma de recarga aquífera profunda, direta e rápida através dos maciços, foi comprovada pelo trítio e isótopos estáveis, contrastando com as águas mais antigas das nascentes. Os compartimentos físico-hidrogeológicos foram delimitados conforme as bacias hidrográficas, ensaios de traçadores corantes e potenciometria. Já os compartimentos isotópico-hidroquímicos foram traçados considerando a concentração de trítio e os escores resultantes da primeira componente principal, gerando dois principais: um de água mais veloz e mais vulnerável qualitativamente, e outro de água um pouco mais lenta, porém de maior vulnerabilidade quantitativa. Os traçadores isotópicos se revelam uma técnica poderosa para a caracterização de origens e processos de recarga aquífera, bem como para a estratificação de fluxos. Além da confirmação das divisões hidrogeológicas da área de estudo, os dois compartimentos isotópico-hidroquímicos, influenciados pela composição das rochas, desenvolvimento de carstificação e configurações estratigráfica e estrutural, apresentam-se como indicadores valiosos dos diferentes contextos de circulação das águas. A compartimentação proposta será fundamental para nortear uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos subterrâneos.
id UFMG_4122f1388a8a823a4bf032ca34bdd5c9
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/33956
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Leila Nunes Menegasse Velásquezhttp://lattes.cnpq.br/9801872452743361José Elói Guimarães CamposCarlos Alberto de Carvalho Filhohttp://lattes.cnpq.br/5045098848269145Carolina Gomes Ribeiro2020-08-11T13:33:51Z2020-08-11T13:33:51Z2020-04-30http://hdl.handle.net/1843/33956https://orcid.org/0000-0002-6751-8635A área de estudo (505 km²) engloba a Área de Proteção Ambiental (APA) Carste de Lagoa Santa, mundialmente conhecida pelo ambiente cárstico único. No contexto da Bacia Sedimentar do São Francisco, afloram seu embasamento e o Grupo Bambuí, esse último representado pelos metacalcários da Formação Sete Lagoas (membros Pedro Leopoldo, MbPL, e Lagoa Santa, MbLS) e metapelitos da Formação Serra de Santa Helena (FmSSH). Como essa região tem experimentado uma pressão antrópica progressiva, seus aquíferos cárstico-fissurais, naturalmente vulneráveis, são objetos de pesquisa para embasar uma rede de monitoramento de águas subterrâneas. Assim, o propósito desse estudo foi elaborar um modelo de compartimentação hidrogeológica, isotópica e hidroquímica para o sistema hidrogeológico cárstico da região de Lagoa Santa. Para tanto, realizou-se amostragem para análise isotópica de δ²H, δ¹⁸O e concentração de trítio de cinco tipos de ponto d’água: águas meteóricas, lagoas, córregos, nascentes e poços. Parâmetros físico-químicos, hidroquímicos, geológicos, hidrogeológicos e hidráulicos também foram utilizados. As assinaturas isotópicas e hidroquímicas de cada tipo de ponto foram investigadas conforme seu respectivo enfoque. As águas meteóricas foram usadas para traçar a Reta Meteórica Local (RML), obtendo alta precisão; as lagoas apresentaram forte evaporação; e os córregos ficaram com assinaturas semelhantes às das nascentes. Com foco nas águas subterrâneas, os dados de águas de nascentes e poços foram também submetidos às análises espacial e estatística multivariada. As nascentes foram separadas em dois grupos de acordo com a posição em relação à RML: o primeiro com contribuição majoritária de precipitações diretas e o segundo com contribuição significativa de águas que passaram por evaporação. As surgências cársticas de uma mesma bacia hidrogeológica mostraram alta similaridade entre si, revelando que, além de cota topográfica e vazão, concentração de trítio e condutividade elétrica diferenciam surgências de bacias distintas. Em relação às águas de poços, constatou-se que onde afloram o MbPL Superior e a FmSSH são áreas com concentrações de trítio relativamente menores. Isso sugere um menor tempo de residência ocasionado pela menor permeabilidade dessas unidades, afetando o tempo de sua recarga e condução de água. A forma de recarga aquífera profunda, direta e rápida através dos maciços, foi comprovada pelo trítio e isótopos estáveis, contrastando com as águas mais antigas das nascentes. Os compartimentos físico-hidrogeológicos foram delimitados conforme as bacias hidrográficas, ensaios de traçadores corantes e potenciometria. Já os compartimentos isotópico-hidroquímicos foram traçados considerando a concentração de trítio e os escores resultantes da primeira componente principal, gerando dois principais: um de água mais veloz e mais vulnerável qualitativamente, e outro de água um pouco mais lenta, porém de maior vulnerabilidade quantitativa. Os traçadores isotópicos se revelam uma técnica poderosa para a caracterização de origens e processos de recarga aquífera, bem como para a estratificação de fluxos. Além da confirmação das divisões hidrogeológicas da área de estudo, os dois compartimentos isotópico-hidroquímicos, influenciados pela composição das rochas, desenvolvimento de carstificação e configurações estratigráfica e estrutural, apresentam-se como indicadores valiosos dos diferentes contextos de circulação das águas. A compartimentação proposta será fundamental para nortear uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos subterrâneos.The study area (505 km²) includes the Lagoa Santa Karst Environmental Protection Area (APA Carste de Lagoa Santa), worldwide known for the unique karst environment. In the São Francisco Sedimentary Basin context, its embasement and the Bambuí Group outcrop, the latter represented by the Sete Lagoas Formation metalimestone (Pedro Leopoldo and Lagoa Santa members) and Serra de Santa Helena Formation metapelites. As this region has been experiencing progressive anthropic pressure, the karst-fractured aquifers, naturally vulnerable, are objects of research in order to support a groundwater monitoring network. Thus, the purpose of this study was to develop a hydrogeological, isotopic, and hydrochemical compartmentation model for the hydrogeological karst system of Lagoa Santa region. For this objective, sampling was carried out for isotopic analysis of δ²H, δ¹⁸O and tritium concentration from five types of water point: meteoric, lagoon, stream, spring and well waters. Physical-chemical, hydrochemical, geological, hydrogeological and hydraulic parameters were also used. The isotopic and hydrochemical signatures of each type of point were investigated according to their respective focus. Meteoric waters were used to delineate the Local Meteorological Water Line (LMWL), which obtained a high precision; the lagoons showed strong evaporation; and the streams had signatures similar to those of the springs. Focusing on groundwater, spring and well water data were also subjected to spatial and multivariate statistical analyses. Springs were separated into two groups according to their position in relation to the LMWL: the first one with a major contribution of direct precipitation and the second with a significant contribution of waters that have undergone evaporation. Karst springs from the same hydrogeological basin showed high similarity to each other, revealing that, in addition to topographic elevation and discharge rate, both tritium concentration and electrical conductivity differentiate springs from distinct basins. In relation to well water, it was observed that where the Pedro Leopoldo Superior Member and the Serra de Santa Helena Formation outcrop are areas with relatively lower concentrations of tritium. This suggests a shorter residence time caused by the lower permeability of these units, affecting the time of their recharge and water conduction. The deep aquifer recharge form, direct and rapid through massifs, was proven by tritium and stable isotopes, contrasting with the older waters of the springs. The physical-hydrogeological compartments were delimited according to drainage basins, dye tracer tests and potentiometry. The isotopic-hydrochemical compartments were defined considering tritium concentration and scores resulting from the first principal component, generating two main compartments: one of faster and more qualitative vulnerable water, and another of slightly slower water, but with greater quantitative vulnerability. Isotopic tracers proved to be a powerful technique for characterizing aquifer recharge origins and processes and also for flow stratification. In addition to confirming the hydrogeological divisions of the study area, the two isotopic-hydrochemical compartments, influenced by rock composition, karstification development, and stratigraphic and structural configurations, are valuable indicators of the different contexts of water circulation. The proposed compartmentalization will be fundamental to guide a more efficient groundwater resources management.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GeologiaUFMGBrasilIGC - INSTITUTO DE GEOCIENCIASHidrogeologiaAquíferosCarste – Lagoa Santa (MG)APA Carste de Lagoa SantaAquíferos cárstico-fissuraisTraçadores isotópicos ambientaisRecargaCompartimentação dos fluxos do sistema hidrogeológico cárstico do Grupo Bambuí a partir dos isótopos ²H, ¹⁸O e ³H na região de Lagoa Santa, Minas Geraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação de Mestrado - 215 - Carolina Gomes Ribeiro.pdfDissertação de Mestrado - 215 - Carolina Gomes Ribeiro.pdfVersão da dissertação com número corrigido (215).application/pdf15413695https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33956/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20de%20Mestrado%20-%20215%20-%20Carolina%20Gomes%20Ribeiro.pdf0d5cc3fb4907be26984c1d74e69b8860MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33956/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/339562020-08-11 10:33:51.524oai:repositorio.ufmg.br:1843/33956TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-08-11T13:33:51Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Compartimentação dos fluxos do sistema hidrogeológico cárstico do Grupo Bambuí a partir dos isótopos ²H, ¹⁸O e ³H na região de Lagoa Santa, Minas Gerais
title Compartimentação dos fluxos do sistema hidrogeológico cárstico do Grupo Bambuí a partir dos isótopos ²H, ¹⁸O e ³H na região de Lagoa Santa, Minas Gerais
spellingShingle Compartimentação dos fluxos do sistema hidrogeológico cárstico do Grupo Bambuí a partir dos isótopos ²H, ¹⁸O e ³H na região de Lagoa Santa, Minas Gerais
Carolina Gomes Ribeiro
APA Carste de Lagoa Santa
Aquíferos cárstico-fissurais
Traçadores isotópicos ambientais
Recarga
Hidrogeologia
Aquíferos
Carste – Lagoa Santa (MG)
title_short Compartimentação dos fluxos do sistema hidrogeológico cárstico do Grupo Bambuí a partir dos isótopos ²H, ¹⁸O e ³H na região de Lagoa Santa, Minas Gerais
title_full Compartimentação dos fluxos do sistema hidrogeológico cárstico do Grupo Bambuí a partir dos isótopos ²H, ¹⁸O e ³H na região de Lagoa Santa, Minas Gerais
title_fullStr Compartimentação dos fluxos do sistema hidrogeológico cárstico do Grupo Bambuí a partir dos isótopos ²H, ¹⁸O e ³H na região de Lagoa Santa, Minas Gerais
title_full_unstemmed Compartimentação dos fluxos do sistema hidrogeológico cárstico do Grupo Bambuí a partir dos isótopos ²H, ¹⁸O e ³H na região de Lagoa Santa, Minas Gerais
title_sort Compartimentação dos fluxos do sistema hidrogeológico cárstico do Grupo Bambuí a partir dos isótopos ²H, ¹⁸O e ³H na região de Lagoa Santa, Minas Gerais
author Carolina Gomes Ribeiro
author_facet Carolina Gomes Ribeiro
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Leila Nunes Menegasse Velásquez
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9801872452743361
dc.contributor.referee1.fl_str_mv José Elói Guimarães Campos
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Carlos Alberto de Carvalho Filho
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5045098848269145
dc.contributor.author.fl_str_mv Carolina Gomes Ribeiro
contributor_str_mv Leila Nunes Menegasse Velásquez
José Elói Guimarães Campos
Carlos Alberto de Carvalho Filho
dc.subject.por.fl_str_mv APA Carste de Lagoa Santa
Aquíferos cárstico-fissurais
Traçadores isotópicos ambientais
Recarga
topic APA Carste de Lagoa Santa
Aquíferos cárstico-fissurais
Traçadores isotópicos ambientais
Recarga
Hidrogeologia
Aquíferos
Carste – Lagoa Santa (MG)
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Hidrogeologia
Aquíferos
Carste – Lagoa Santa (MG)
description A área de estudo (505 km²) engloba a Área de Proteção Ambiental (APA) Carste de Lagoa Santa, mundialmente conhecida pelo ambiente cárstico único. No contexto da Bacia Sedimentar do São Francisco, afloram seu embasamento e o Grupo Bambuí, esse último representado pelos metacalcários da Formação Sete Lagoas (membros Pedro Leopoldo, MbPL, e Lagoa Santa, MbLS) e metapelitos da Formação Serra de Santa Helena (FmSSH). Como essa região tem experimentado uma pressão antrópica progressiva, seus aquíferos cárstico-fissurais, naturalmente vulneráveis, são objetos de pesquisa para embasar uma rede de monitoramento de águas subterrâneas. Assim, o propósito desse estudo foi elaborar um modelo de compartimentação hidrogeológica, isotópica e hidroquímica para o sistema hidrogeológico cárstico da região de Lagoa Santa. Para tanto, realizou-se amostragem para análise isotópica de δ²H, δ¹⁸O e concentração de trítio de cinco tipos de ponto d’água: águas meteóricas, lagoas, córregos, nascentes e poços. Parâmetros físico-químicos, hidroquímicos, geológicos, hidrogeológicos e hidráulicos também foram utilizados. As assinaturas isotópicas e hidroquímicas de cada tipo de ponto foram investigadas conforme seu respectivo enfoque. As águas meteóricas foram usadas para traçar a Reta Meteórica Local (RML), obtendo alta precisão; as lagoas apresentaram forte evaporação; e os córregos ficaram com assinaturas semelhantes às das nascentes. Com foco nas águas subterrâneas, os dados de águas de nascentes e poços foram também submetidos às análises espacial e estatística multivariada. As nascentes foram separadas em dois grupos de acordo com a posição em relação à RML: o primeiro com contribuição majoritária de precipitações diretas e o segundo com contribuição significativa de águas que passaram por evaporação. As surgências cársticas de uma mesma bacia hidrogeológica mostraram alta similaridade entre si, revelando que, além de cota topográfica e vazão, concentração de trítio e condutividade elétrica diferenciam surgências de bacias distintas. Em relação às águas de poços, constatou-se que onde afloram o MbPL Superior e a FmSSH são áreas com concentrações de trítio relativamente menores. Isso sugere um menor tempo de residência ocasionado pela menor permeabilidade dessas unidades, afetando o tempo de sua recarga e condução de água. A forma de recarga aquífera profunda, direta e rápida através dos maciços, foi comprovada pelo trítio e isótopos estáveis, contrastando com as águas mais antigas das nascentes. Os compartimentos físico-hidrogeológicos foram delimitados conforme as bacias hidrográficas, ensaios de traçadores corantes e potenciometria. Já os compartimentos isotópico-hidroquímicos foram traçados considerando a concentração de trítio e os escores resultantes da primeira componente principal, gerando dois principais: um de água mais veloz e mais vulnerável qualitativamente, e outro de água um pouco mais lenta, porém de maior vulnerabilidade quantitativa. Os traçadores isotópicos se revelam uma técnica poderosa para a caracterização de origens e processos de recarga aquífera, bem como para a estratificação de fluxos. Além da confirmação das divisões hidrogeológicas da área de estudo, os dois compartimentos isotópico-hidroquímicos, influenciados pela composição das rochas, desenvolvimento de carstificação e configurações estratigráfica e estrutural, apresentam-se como indicadores valiosos dos diferentes contextos de circulação das águas. A compartimentação proposta será fundamental para nortear uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos subterrâneos.
publishDate 2020
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-08-11T13:33:51Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-08-11T13:33:51Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-04-30
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/33956
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0002-6751-8635
url http://hdl.handle.net/1843/33956
https://orcid.org/0000-0002-6751-8635
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Geologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv IGC - INSTITUTO DE GEOCIENCIAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33956/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20de%20Mestrado%20-%20215%20-%20Carolina%20Gomes%20Ribeiro.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33956/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 0d5cc3fb4907be26984c1d74e69b8860
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797973085107781632