Accusativus cum infinitivo: uma abordagem gerativa

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Elder Henrique Attala e Paiva
• Orientador(a): Lorenzo Teixeira Vitral
• Banca de defesa: Janayna Maria da Rocha Carvalho, Guilherme Lourenço de Souza
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos
• Departamento: FALE - FACULDADE DE LETRAS
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Latim; Morfossintaxe; Accusativus cum infinitivo; Programa minimalista
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/55352

A presente dissertação investiga a construção accusativus cum infinitivo (AcI), um tipo de oração completiva da língua latina. As AcIs se distinguem das demais completivas oracionais por três pontos principais: a) a ausência de partículas subordinantes; b) a marcação do sujeito com caso acusativo; c) o verbo encaixado na forma infinitiva. Esta construção, em particular o licenciamento de acusativo ao sujeito encaixado, foi alvo de diversos estudos gramaticais e linguísticos. De tal forma, este estudo visa revisitar os estudos linguísticos acerca da construção e averiguar, dentro do quadro teórico gerativo e minimalista, o potencial explicativo das propostas teóricas aventadas na literatura. Ao longo do texto são discutidas, dentre outras, as propostas de Bolkestein (1976a, 1976b, 1979), Pillinger (1980), Cecchetto e Oniga (2002) e Castro (2014). Propõe-se que a proposta de Cecchetto e Oniga (2002) tenha maior validade dentro do programa minimalista, seguindo os trabalhos de Chomsky (2001, 2008, 2013, 2015), Pesetsky e Torrego (2001, 2007, 2011) e Radford (2009, 2012), dentre outros. Observa-se que a proposta de Cecchetto e Oniga (2002) não consegue explicar adequadamente um importante subfenômeno das AcIs: as NcIs. A fim de explicar tal fenômeno, é sugerido que as passivas latinas possam apresentar um traço de “pessoalidade”, [P], que tem como efeito forçar o alçamento de um item nominal à posição de sujeito da oração passiva, crucialmente aplicado a itens que não o argumento interno do verbo passivo.