A participação do estresse oxidativo e da inflamação na tolerância induzida pelo nitroprussiato de sódio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Mariana Cirillo Diniz
Orientador(a): Daniella Bonaventura
Banca de defesa: Virginia Soares Lemos, Remo de Castro Russo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/DBOA-92DJKB
Resumo: Nitratos orgânicos são utilizados na terapêutica para o tratamento dedistúrbios cardiovasculares. Entretanto, o tratamento crônico acarreta aocorrência de tolerância, um fenômeno caracterizado pela diminuição dos efeitos hemodinâmicos e anti-isquêmicos destes vasodilatadores. Apesar de comprovada para a nitroglicerina, os estudos são escassos a respeito da ocorrência de tolerância desencadeada por nitroprussiato de sódio (NPS), um nitrato inorgânico. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi investigar a possível indução de tolerância in vitro pelo NPS, caracterizar os mecanismos envolvidos e a participação de estresse oxidativo e de inflamação no fenômeno observado em aorta isolada de camundongo. Os resultados demonstraram que o NPS induz tolerância de maneira tempo-dependente e endotélio-independente. Aortas tolerantes apresentaram aumento na produção de ânions O2- devido à ativação da enzima NADPH oxidase e desacoplamento da enzima NO sintase. Este desacoplamento estaria relacionado à depleção do substrato L-arginina, gerando um quadro de estresse oxidativo. A concentração elevada de ânions O2- desencadeia a ativação da COX-2, culminando na produção exacerbada de PGF2 e TXA2, derivados vasoconstritores que acarretam a diminuição da potência de relaxamento do NPS em aortas tolerantes. Observou-se também relação positiva entre o fenômeno de tolerância e processo inflamatório caracterizado pelo aumento na expressão da subunidade p65/NF-KB e elevação da produção de citocinas inflamatórias (TNF-o e IL-6) que contribuem para o quadro de disfunção vascular, característico do fenômeno de tolerância.
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