Comportamento germinativo de espécies do gênero Stachytarpheta Vahl. (Verbenaceae) ocorrentes nos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço em Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Fernando Marino Gomes dos Santos
Orientador(a): Queila de Souza Garcia
Banca de defesa: Marli Aparecida Ranal, Jose Pires de Lemos Filho
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/TJAS-8UDH6Q
Resumo: O presente trabalho estudou a ecologia da germinação de sementes de 13 espécies, 22 populações de Stachytarpheta Vahl e um híbrido entre as espécies S. glabra Cham. e S. confertifolia Mold., ocorrentes nos campos rupestres da porção do estado de Minas Gerais da Cadeia do Espinhaço. Foram avaliadas a biometria, a influência da luz e da temperatura, além do efeito dos pré-tratamentos de estocagem e aplicação do hormônio vegetal giberelina (GA3) sobre a germinação das sementes, uma vez que as sementes recém-colhidas normalmente apresentavam baixa germinabilidade. Diferenças intraespecíficas na germinação de quatro espécies também foram avaliadas. A viabilidade das sementes foi testada pelo teste do tetrazólio. Os experimentos foram conduzidos em câmara de germinação com seis temperaturas constantes (15 a 40ºC; em intervalos de 5°C) sob fotoperíodo de 12 horas e sob escuro contínuo, além da alternância de 30/15ºC (L/E). Os experimentos com giberelina (GA3) foram realizados a 30ºC, nas concentrações de 250 e 500 ppm. As espécies de Stachytarpheta estudadas apresentam sementes pequenas, a maioria fotoblásticas, apresentando maiores germinabilidades a 25 e 30ºC e sob alternância de temperaturas. Apresentaram diferenças inter e intraespecíficas em sua germinação, comprovando a existência de diferentes padrões de germinação com diferenças quanto à dormência dentro do gênero, indicando associação da resposta germinativa encontrada com o habitat ocupado pela espécie. As espécies típicas de campos rupestres apresentaram dormência, comprovada pela germinabilidade das sementes recém colhidas inferior à sua viabilidade, enquanto as sementes de S. reticulata, espécie típica de Cerrado e de S. cayennensis, espécie com ampla distribuição, apresentaram alta germinabilidade. Os resultados dos pré-tratamentos mostram que estes quebraram a dormência das sementes da maioria das espécies, aumentando significativamente a percentagem de germinação das espécies estudadas. Esses dados indicam que a dormência das sementes de Stachytarpheta é do tipo fisiológica de nível não-profundo.
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Os experimentos foram conduzidos em câmara de germinação com seis temperaturas constantes (15 a 40ºC; em intervalos de 5°C) sob fotoperíodo de 12 horas e sob escuro contínuo, além da alternância de 30/15ºC (L/E). Os experimentos com giberelina (GA3) foram realizados a 30ºC, nas concentrações de 250 e 500 ppm. As espécies de Stachytarpheta estudadas apresentam sementes pequenas, a maioria fotoblásticas, apresentando maiores germinabilidades a 25 e 30ºC e sob alternância de temperaturas. Apresentaram diferenças inter e intraespecíficas em sua germinação, comprovando a existência de diferentes padrões de germinação com diferenças quanto à dormência dentro do gênero, indicando associação da resposta germinativa encontrada com o habitat ocupado pela espécie. As espécies típicas de campos rupestres apresentaram dormência, comprovada pela germinabilidade das sementes recém colhidas inferior à sua viabilidade, enquanto as sementes de S. reticulata, espécie típica de Cerrado e de S. cayennensis, espécie com ampla distribuição, apresentaram alta germinabilidade. Os resultados dos pré-tratamentos mostram que estes quebraram a dormência das sementes da maioria das espécies, aumentando significativamente a percentagem de germinação das espécies estudadas. Esses dados indicam que a dormência das sementes de Stachytarpheta é do tipo fisiológica de nível não-profundo.The present work studied the seed germination ecology of thirteen Stachytarpheta Vahl species, twenty-two populations and a hybrid between S. glabra Cham. and S. confertifolia Mold., occurring in the Rock Outcrops of the Espinhaço Range in its Minas Gerais state portion, in Brazil. Were evaluated biometrics, light and temperature influences, in addition to the pre-treatment effects of dry storage and gibberellin application (GA3) on seeds germination. These pre-treatments were applied as recently collected seeds normally had shown low germination rates. Intraspecific differences in the germination of four species were also evaluated. The seeds viability was tested through the tetrazolium test. The assays were conducted in germination chamber with 6 constant temperatures (15 to 40°C; with intervals of 5°C) under 12 hours photoperiod and dark, and under the fluctuating temperature of 30/15°C (L/E). The gibberellin assays (GA3) were performed at 30°C with concentrations of 250 and 500 ppm. The results show that the Stachytarpheta species have small seeds; most of them being photoblastic positive, showing higher germination rates at 25 and 30°C and at the fluctuating temperature. However inter and intraspecific differences in germination behavior were found, showing the existence of different germination patterns with differences in dormancy within the genus. These results indicate that the germination ecology has an association with the habitat occupied by the species. Rock outcrops species have seed dormancy, presenting germination rates always lower than their viability, while S. reticulata, typical Cerrado species and S. cayennensis, widespread species did not show dormancy. The pre-treatments results indicate that these break the dormancy for most tested species, increasing significantly the germination percentage of these. The results show that Stachytarpheta seeds dormancy has non-deep physiological dormancy.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGBotânicaGerminaçãoVerbenaceaDormencia em plantasGeminação de sementesVerberaceaeEspinhaçoStachytarphetaDormênciaCampos RupestresComportamento germinativo de espécies do gênero Stachytarpheta Vahl. (Verbenaceae) ocorrentes nos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço em Minas Geraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_fernando_marino_gomes_dos_santos.pdfapplication/pdf6294841https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TJAS-8UDH6Q/1/disserta__o_fernando_marino_gomes_dos_santos.pdf41854d1469b7ddcefa0d77d288d7f10cMD51TEXTdisserta__o_fernando_marino_gomes_dos_santos.pdf.txtdisserta__o_fernando_marino_gomes_dos_santos.pdf.txtExtracted texttext/plain128302https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TJAS-8UDH6Q/2/disserta__o_fernando_marino_gomes_dos_santos.pdf.txtbd0237e5478677282c9fd7e42fae3079MD521843/TJAS-8UDH6Q2019-11-14 20:32:48.6oai:repositorio.ufmg.br:1843/TJAS-8UDH6QRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T23:32:48Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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