Associação do comprimento de telômeros em uma amostra de idosas brasileiras deprimidas
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Medicina Molecular
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/56055 |
Resumo: | O Transtorno Depressivo Maior (TDM) é um transtorno multi-fatorial e importante causa de morbidade e incapacidade. No Brasil sua prevalência é alta, sendo entre idosos igual a 34,9%. Na população geral, a prevalência de sintomas depressivos em mulheres é duas vezes maior do que em homens e a probabilidade de TDM é cerca de 30% maior em pessoas com 60 a 79 anos. O risco relativo para morrer de pessoas com depressão também é maior. Dentre as explicações propostas para o aumento de mortalidade associada a depressão, a desregulação de diversos sistemas associados ao estresse e que ocasionariam um envelhecimento acelerado seriam uma importante causa. O processo de envelhecimento celular é controlado pelos telômeros, que protegem o genoma contra mecanismos de reparo anormais do DNA. Há uma via comum entre envelhecimento e o TDM. Estudos com animais sugerem uma relação entre a integridade do telômero e comportamentos depressivos. Há vasta literatura corroborando a associação entre o comprimento dos telômeros e sintomas depressivos em adultos, mas os achados são controversos quando considerada somente a população idosa. Este estudo se propõe a avaliar se há associação entre redução de telômero em idosos do sexo feminino com depressão quando comparados com idosos sem diagnóstico psiquiátrico, controlando outros fatores associados à sua redução. Os pacientes e idosos controles são provenientes de encaminhamentos externos (postos de saúde, outros ambulatórios do Hospital das Clínicas da UFMG) e do Projeto Mais Vida. Foram triados pela equipe 498 idosos dos quais 269 foram excluídos por preencherem algum dos critérios de exclusão do projeto. 229 indivíduos encaminhados para as avaliações psiquiátrica e neuropsicológica. Ao final, participaram 65 sujeitos (37 deprimidos e 28 controles). Neste trabalho foram utilizados os dados da primeira avaliação (tempo zero). Todos os sujeitos foram avaliados clinicamente por psiquiatras e neuropsicólogos com o auxílio da ferramenta MINI-Plus. Para avaliação da gravidade dos sintomas depressivos utilizou-se a HDRS-21. Foram coletados também dados demográficos, presença de comorbidades clínicas e os medicamentos utilizados pelos participantes. O plasma foi obtido a partir de sangue total colhido em tubo com EDTA e armazenado a -80°C até as análises. O comprimento relativo dotelômero foi medido usando PCR em tempo real. Em nossa amostra não encontramos associação entre TDM e encurtamento dos telômeros em idosos. Também não foi encontrada diferença quando estratificamos o grupo de idoso com TDM em “Depressão de Início Precoce” e “Depressão de Início Tardio”. A luz de tais resultados consideramos que possa ter ocorrido mortalidade diferenciada entre os portadores de TDM, que os pacientes da amostra tenham uma telomerase mais ativa, que a exposição a outras fontes de dano ao telômero ao longo da vida superaram os efeitos do TDM. Também é importante ressaltar que há variações intra- e inter- laboratórios e que o tipo de ensaio usado influencia no achado do tamanho do telômero. Concluímos questionando a validade se o comprimento do telômero é realmente um marcador de envelhecimento celular útil em idosos e sugerimos o estudo das outras funções do telomerase. Ressaltamos a carência de estudos acerca da avaliação do comprimento de telômeros em idosos com TDM tanto na literatura em geral, e principalmente no contexto nacional. |
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