Os filhos da luta pela terra: as crianças do MST - significados atribuídos pelas crianças moradoras de um acampamento rural ao fato de pertencerem a um movimento social
Ano de defesa: | 2004 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/HJPB-66NNC6 |
Resumo: | Quais os significados atribuídos pelas crianças ao fato de pertencerem a um movimento social? Esta questão central orientou o presente estudo. Com o objetivo de conhecer mais desta infância que vem sendo construída num espaço-tempo de luta social, foi realizado, entre os meses de abril a novembro de 2003 uma observação participante no Acampamento Dois de Julho, município de Betim, Estado de Minas Gerais. Durante este tempo convivi com a comunidade acampada, em especial com as crianças na faixa etária dos 7 aos 12 anos, acompanhando suas atividades cotidianas, participando das suas brincadeiras, aprendendo mais sobre as suas vidas. Foi escolhido o Movimento Sem Terra para se realizar esta pesquisa, exatamente pelo que nele representa uma das permanências na história dos movimentos sociais do campo no Brasil: de ser uma luta assumida por todos os membros da família. Parte-se da compreensão de que a criança é um sujeito sociocultural (GOUVEA, 1990, 2002, 2002a, 2003; JOBIN, 2001; KRAMER,1999,2001; SARMENTO, 1997, SIROTA, 2001), ou seja só é possível compreender a condição infantil no interior de uma cultura. E o MST é visto como o espaço-tempo da construção destes sujeitos. O movimento social está sendo entendido como grupos que se organizam na busca de libertação, ou seja, para superar alguma forma de opressão e para atuar na produção de uma sociedade modificada (SHERER-WARREN,1987, p.9). Está sendo percebido também o aspecto cotidiano deste movimento, no sentido de que a luta pela terra ou o resultado desta luta, no caso específico do MST o acampamento ou assentamento, se torna também o lugar onde os Sem Terra vivem, e não apenas lutam. E especificamente sobre o MST, nos baseamos nos trabalhos de CALDART, 2000a, BOGO, 2000; FERNANDES, 2000; MST, 1998, 1999, 1999a, 1999b e 2000; STÈDILE, 2000 e STÈDILE E FERNANDES, 1999. |
id |
UFMG_5e5cbd5ddc915e32996fe17ace6b2391 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/HJPB-66NNC6 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Maria Amelia Gomes de C GiovanettiMaria Cristina Soares de GouveaAntonio Julio de Menezes NetoLivia Diana Rocha MagalhãesLuciana Oliveira Correia2019-08-10T09:42:13Z2019-08-10T09:42:13Z2004-12-02http://hdl.handle.net/1843/HJPB-66NNC6Quais os significados atribuídos pelas crianças ao fato de pertencerem a um movimento social? Esta questão central orientou o presente estudo. Com o objetivo de conhecer mais desta infância que vem sendo construída num espaço-tempo de luta social, foi realizado, entre os meses de abril a novembro de 2003 uma observação participante no Acampamento Dois de Julho, município de Betim, Estado de Minas Gerais. Durante este tempo convivi com a comunidade acampada, em especial com as crianças na faixa etária dos 7 aos 12 anos, acompanhando suas atividades cotidianas, participando das suas brincadeiras, aprendendo mais sobre as suas vidas. Foi escolhido o Movimento Sem Terra para se realizar esta pesquisa, exatamente pelo que nele representa uma das permanências na história dos movimentos sociais do campo no Brasil: de ser uma luta assumida por todos os membros da família. Parte-se da compreensão de que a criança é um sujeito sociocultural (GOUVEA, 1990, 2002, 2002a, 2003; JOBIN, 2001; KRAMER,1999,2001; SARMENTO, 1997, SIROTA, 2001), ou seja só é possível compreender a condição infantil no interior de uma cultura. E o MST é visto como o espaço-tempo da construção destes sujeitos. O movimento social está sendo entendido como grupos que se organizam na busca de libertação, ou seja, para superar alguma forma de opressão e para atuar na produção de uma sociedade modificada (SHERER-WARREN,1987, p.9). Está sendo percebido também o aspecto cotidiano deste movimento, no sentido de que a luta pela terra ou o resultado desta luta, no caso específico do MST o acampamento ou assentamento, se torna também o lugar onde os Sem Terra vivem, e não apenas lutam. E especificamente sobre o MST, nos baseamos nos trabalhos de CALDART, 2000a, BOGO, 2000; FERNANDES, 2000; MST, 1998, 1999, 1999a, 1999b e 2000; STÈDILE, 2000 e STÈDILE E FERNANDES, 1999.What is the significance attributed by children to the fact that they belong to a social movement? The present study was led by that centered question. Focusing the objective on getting to know more of that childhood which has been up through in a time space of a social struggle, it was carried out from April to November of 2003 - a interactive observation at Dois de Julho encampment site, locates in Betim, Minas Gerais state, in Brazil. At all that period of time I lived in the camped community, mainly with children from the age of 7 to 12, going through with them with their daily activities and taking part in their recreation games, learning thus more about their lives. Landless Workers Movement (MST/Brazil) was chosen for this research, as it represents in itself one of the lasting historical social rural movements of Brazil: It´s a social struggle undertaken by all family members. As it is understood that a child is a social and cultural subject (GOUVEA, 1990, 2002, 2002a, 2003; JOBIN, 2001; KRAMER,1999, 2001; SARMENTO, 1997, SIROTA, 2001) in other words, it is only possible to comprehend an infant circumstances from inside of a culture. MST is seen as a time space as these subject building. The social movement is seen as organized groups searching for liberty, which means in order to overcome any kind of oppression and to take part in a new society production (SCHERER.- WARREN, 1987, p.9). It has also been noticed the daily aspect of this movement so that the social struggle for land or the result of it, on this specific case of MST their encampment and nesting become also a place where the Landless Workers live, and no only struggle. And specifically about MST, we used the works of CALDART, 2000a, BOGO, 2000; FERNANDES, 2000; MST, 1998, 1999, 1999a, 1999b and 2000; STÈDILE, 2000 and STÈDILE AND FERNANDES, 1999.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEducaçãoMovimentos sociais ruraisEducação rural CriançasEducação e movimentos sociaisMSTOs filhos da luta pela terra: as crianças do MST - significados atribuídos pelas crianças moradoras de um acampamento rural ao fato de pertencerem a um movimento socialinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_luciana_oliveira_correia.pdfapplication/pdf725083https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/HJPB-66NNC6/1/disserta__o_luciana_oliveira_correia.pdf11116ef4b9f482b2917028ee2bbb32b9MD51TEXTdisserta__o_luciana_oliveira_correia.pdf.txtdisserta__o_luciana_oliveira_correia.pdf.txtExtracted texttext/plain233472https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/HJPB-66NNC6/2/disserta__o_luciana_oliveira_correia.pdf.txtfdac95b68fdacd037952adb0ab5ca371MD521843/HJPB-66NNC62019-11-14 04:03:59.739oai:repositorio.ufmg.br:1843/HJPB-66NNC6Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T07:03:59Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Os filhos da luta pela terra: as crianças do MST - significados atribuídos pelas crianças moradoras de um acampamento rural ao fato de pertencerem a um movimento social |
title |
Os filhos da luta pela terra: as crianças do MST - significados atribuídos pelas crianças moradoras de um acampamento rural ao fato de pertencerem a um movimento social |
spellingShingle |
Os filhos da luta pela terra: as crianças do MST - significados atribuídos pelas crianças moradoras de um acampamento rural ao fato de pertencerem a um movimento social Luciana Oliveira Correia Crianças Educação e movimentos sociais MST Educação Movimentos sociais rurais Educação rural |
title_short |
Os filhos da luta pela terra: as crianças do MST - significados atribuídos pelas crianças moradoras de um acampamento rural ao fato de pertencerem a um movimento social |
title_full |
Os filhos da luta pela terra: as crianças do MST - significados atribuídos pelas crianças moradoras de um acampamento rural ao fato de pertencerem a um movimento social |
title_fullStr |
Os filhos da luta pela terra: as crianças do MST - significados atribuídos pelas crianças moradoras de um acampamento rural ao fato de pertencerem a um movimento social |
title_full_unstemmed |
Os filhos da luta pela terra: as crianças do MST - significados atribuídos pelas crianças moradoras de um acampamento rural ao fato de pertencerem a um movimento social |
title_sort |
Os filhos da luta pela terra: as crianças do MST - significados atribuídos pelas crianças moradoras de um acampamento rural ao fato de pertencerem a um movimento social |
author |
Luciana Oliveira Correia |
author_facet |
Luciana Oliveira Correia |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Maria Amelia Gomes de C Giovanetti |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Maria Cristina Soares de Gouvea |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Antonio Julio de Menezes Neto |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Livia Diana Rocha Magalhães |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Luciana Oliveira Correia |
contributor_str_mv |
Maria Amelia Gomes de C Giovanetti Maria Cristina Soares de Gouvea Antonio Julio de Menezes Neto Livia Diana Rocha Magalhães |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Crianças Educação e movimentos sociais MST |
topic |
Crianças Educação e movimentos sociais MST Educação Movimentos sociais rurais Educação rural |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Educação Movimentos sociais rurais Educação rural |
description |
Quais os significados atribuídos pelas crianças ao fato de pertencerem a um movimento social? Esta questão central orientou o presente estudo. Com o objetivo de conhecer mais desta infância que vem sendo construída num espaço-tempo de luta social, foi realizado, entre os meses de abril a novembro de 2003 uma observação participante no Acampamento Dois de Julho, município de Betim, Estado de Minas Gerais. Durante este tempo convivi com a comunidade acampada, em especial com as crianças na faixa etária dos 7 aos 12 anos, acompanhando suas atividades cotidianas, participando das suas brincadeiras, aprendendo mais sobre as suas vidas. Foi escolhido o Movimento Sem Terra para se realizar esta pesquisa, exatamente pelo que nele representa uma das permanências na história dos movimentos sociais do campo no Brasil: de ser uma luta assumida por todos os membros da família. Parte-se da compreensão de que a criança é um sujeito sociocultural (GOUVEA, 1990, 2002, 2002a, 2003; JOBIN, 2001; KRAMER,1999,2001; SARMENTO, 1997, SIROTA, 2001), ou seja só é possível compreender a condição infantil no interior de uma cultura. E o MST é visto como o espaço-tempo da construção destes sujeitos. O movimento social está sendo entendido como grupos que se organizam na busca de libertação, ou seja, para superar alguma forma de opressão e para atuar na produção de uma sociedade modificada (SHERER-WARREN,1987, p.9). Está sendo percebido também o aspecto cotidiano deste movimento, no sentido de que a luta pela terra ou o resultado desta luta, no caso específico do MST o acampamento ou assentamento, se torna também o lugar onde os Sem Terra vivem, e não apenas lutam. E especificamente sobre o MST, nos baseamos nos trabalhos de CALDART, 2000a, BOGO, 2000; FERNANDES, 2000; MST, 1998, 1999, 1999a, 1999b e 2000; STÈDILE, 2000 e STÈDILE E FERNANDES, 1999. |
publishDate |
2004 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2004-12-02 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-08-10T09:42:13Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-08-10T09:42:13Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/HJPB-66NNC6 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/HJPB-66NNC6 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/HJPB-66NNC6/1/disserta__o_luciana_oliveira_correia.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/HJPB-66NNC6/2/disserta__o_luciana_oliveira_correia.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
11116ef4b9f482b2917028ee2bbb32b9 fdac95b68fdacd037952adb0ab5ca371 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1793890935276306432 |