Estudo do perfil farmacológico de novos complexos metálicos de hidrazonas derivadas de piridina e imidazóis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Angel Amado Recio Despaigne
Orientador(a): Heloisa de Oliveira Beraldo
Banca de defesa: Ernesto Schulz Lang, Nicolas Adrian Rey, Cynthia Peres Demichelli, Tiago Antonio da Silva Brandao
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/SFSA-8ZBUS8
Resumo: No presente trabalho foi feita a síntese e a caracterização estrutural de hidrazonas derivadas de piridina e de imidazol. Foram também obtidos complexos das hidrazonas derivadas de piridina com zinco(II), cobre(II) e estanho(IV). O perfil farmacológico das hidrazonas e seus complexos metálicos foi investigado. Foram obtidas doze hidrazonas derivadas de imidazol e as estruturas cristalinas de quatro compostos foram determinadas. Foi avaliada a atividade antibacteriana dos derivados de imidazol frente a bactérias Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus faecalis e Staphylococcus aureus, mas os compostos não apresentaram atividade apreciável. Foi também avaliada a atividade antifúngica, dos compostos frente aos fungos filamentosos, Cladosporium cladosporioides, Aspergillus flavus e contra leveduras Candida albicans e Candida glabrata. 4(5)imidazol-carboxaldeído-benzoilhidrazona [4(5)ImPh], 4(5)imidazol-carboxaldeído-paranitro-benzoilhidrazona [4(5)ImpNO2Ph] e 4-(imidazol-1-il)acetofenona-para-nitrobenzoilhidrazona [4ImAcpNO2Ph] foram muito ativos frente a C. glabrata, com valores de concentração inibitória de 50% do crescimento (CIM50) menores que os da nistatina, fármaco de controle. 4(5)imidazol-carboxaldeído-para-cloro-benzoilhidrazona [4(5)ImpClPh] e [4(5)ImpNO2Ph] mostraram alta atividade frente a C. cladosporioides. Os resultados sugerem que a presença de substituintes retiradores de elétrons na posição para do anel fenila favorece a atividade nos compostos estudados. Foram obtidas dez hidrazonas derivadas de piridina, sendo duas de 2-formilpiridina, quatro de 2-acetilpiridina e quatro de 2-benzoilpiridina. As estruturas cristalinas de cinco desses compostos foram determinadas. As hidrazonas apresentaram equilíbrio isomérico Z e E em solução, onde o isômero E está em maior proporção nos derivados de 2-formilpiridina e 2-acetilpiridina, e o isômero Z é o majoritário para as hidrazonas derivadas de 2-benzoilpiridina. Esses compostos apresentaram uma atividade antifúngica significativa frente a todos os microorganismos testados, com valores de CIM da mesma ordem ou inferior aos dos fármacos de controle (nistatina e fluconazol). Além disso, essas hidrazonas apresentaram atividade citotóxica contra células de gliobastoma U87 (que expressam a proteína pro-apoptótica p53) e T98 (que expressam a proteína p53 mutante) com valores de IC50 na ordem de nanomolar, com bons índices terapêuticos. Cinco compostos mostraram-se mais ativos que o fármaco de controle (etoposídeo). Estudos SAR sugerem que propriedades estéreo-eletrônicas influenciam a atividade citotóxica das hidrazonas contra as células estudadas. Em geral, as hidrazonas derivadas de 2-acetipiridina mostraram melhor perfil farmacológico por serem mais ativas tanto frente aos microorganismos como frente às células tumorais. Foram obtidos complexos de zinco(II) e cobre(II) das hidrazonas derivadas de piridina. Os complexos de zinco(II) são do tipo [Zn(HL)Cl2], onde o ligante neutro encontra-se coordenado ao metal de forma tridentada na configuração E. Seis compostos tiveram suas estruturas cristalinas determinadas. Neste caso a coordenação não fez melhorar a atividade antimicrobiana dos ligantes. Os compostos de cobre(II) apresentaram dois tipos de estruturas, [Cu(HL)Cl2] e [Cu(L)Cl]. Nos primeiros, a hidrazona neutra se liga ao metal de forma tridentada juntamente com dois íons cloreto e nos últimos a hidrazona coordena-se sob a forma aniônica juntamente com um íon cloreto. De modo geral, observou-se uma melhoria da atividade antimicrobiana pela coordenação ao cobre(II). Os melhores resultados foram obtidos para os complexos [Cu(L)Cl] em que HL = 2-acetilpiridina-para-clorofenilhidrazona e HL = 2-benzoilpiridina-paraclorofenilhidrazona frente a C. albicans os quais apresentaram valores de CIM menores que o fluconazol. Os complexos de cobre(II) apresentaram atividade citotóxica superior às das hidrazonas livres frente às células de glioblastoma U87. Estudos de interação com DNA mostraram duas formas diferentes de interação. Três compostos apresentaram um perfil típico de intercalação enquanto seis compostos interagem provavelmente por outro mecanismo. Foram obtidos doze complexos de estanho(IV) das hidrazonas derivadas de piridina, de formula geral [RSn(HL)Cl2] em que R = n-butil ou R = fenil. Em todos os casos, uma molécula de hidrazona aniônica se liga ao átomo central de modo tridentado, juntamente a um grupo felina ou butila, e dois íons cloreto. As estruturas cristalinas de sete desses compostos foram determinadas. Os complexos organoestânicos apresentaram maior atividade antifúngica que os ligantes livres frente a A. flavus, C. glabrata e C. albicans, com menores valores de CIM que a nistatina e o fluconazol. Os complexos de estanho(IV) apresentaram fluorescência, com valores de rendimento quântico na ordem do sulfato de quinina em meio aquoso. Além disso, um aumento da intensidade de fluorescência foi observado com a adição de um surfactante micelar na solução. Esse resultado é interessante porque possibilitaria uma posterior aplicação desses compostos como marcadores fluorescentes.
id UFMG_5fed63a3f6a17c2b3eaef37f2d48bb24
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/SFSA-8ZBUS8
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Heloisa de Oliveira BeraldoErnesto Schulz LangNicolas Adrian ReyCynthia Peres DemichelliTiago Antonio da Silva BrandaoAngel Amado Recio Despaigne2019-08-09T16:25:19Z2019-08-09T16:25:19Z2012-10-03http://hdl.handle.net/1843/SFSA-8ZBUS8No presente trabalho foi feita a síntese e a caracterização estrutural de hidrazonas derivadas de piridina e de imidazol. Foram também obtidos complexos das hidrazonas derivadas de piridina com zinco(II), cobre(II) e estanho(IV). O perfil farmacológico das hidrazonas e seus complexos metálicos foi investigado. Foram obtidas doze hidrazonas derivadas de imidazol e as estruturas cristalinas de quatro compostos foram determinadas. Foi avaliada a atividade antibacteriana dos derivados de imidazol frente a bactérias Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus faecalis e Staphylococcus aureus, mas os compostos não apresentaram atividade apreciável. Foi também avaliada a atividade antifúngica, dos compostos frente aos fungos filamentosos, Cladosporium cladosporioides, Aspergillus flavus e contra leveduras Candida albicans e Candida glabrata. 4(5)imidazol-carboxaldeído-benzoilhidrazona [4(5)ImPh], 4(5)imidazol-carboxaldeído-paranitro-benzoilhidrazona [4(5)ImpNO2Ph] e 4-(imidazol-1-il)acetofenona-para-nitrobenzoilhidrazona [4ImAcpNO2Ph] foram muito ativos frente a C. glabrata, com valores de concentração inibitória de 50% do crescimento (CIM50) menores que os da nistatina, fármaco de controle. 4(5)imidazol-carboxaldeído-para-cloro-benzoilhidrazona [4(5)ImpClPh] e [4(5)ImpNO2Ph] mostraram alta atividade frente a C. cladosporioides. Os resultados sugerem que a presença de substituintes retiradores de elétrons na posição para do anel fenila favorece a atividade nos compostos estudados. Foram obtidas dez hidrazonas derivadas de piridina, sendo duas de 2-formilpiridina, quatro de 2-acetilpiridina e quatro de 2-benzoilpiridina. As estruturas cristalinas de cinco desses compostos foram determinadas. As hidrazonas apresentaram equilíbrio isomérico Z e E em solução, onde o isômero E está em maior proporção nos derivados de 2-formilpiridina e 2-acetilpiridina, e o isômero Z é o majoritário para as hidrazonas derivadas de 2-benzoilpiridina. Esses compostos apresentaram uma atividade antifúngica significativa frente a todos os microorganismos testados, com valores de CIM da mesma ordem ou inferior aos dos fármacos de controle (nistatina e fluconazol). Além disso, essas hidrazonas apresentaram atividade citotóxica contra células de gliobastoma U87 (que expressam a proteína pro-apoptótica p53) e T98 (que expressam a proteína p53 mutante) com valores de IC50 na ordem de nanomolar, com bons índices terapêuticos. Cinco compostos mostraram-se mais ativos que o fármaco de controle (etoposídeo). Estudos SAR sugerem que propriedades estéreo-eletrônicas influenciam a atividade citotóxica das hidrazonas contra as células estudadas. Em geral, as hidrazonas derivadas de 2-acetipiridina mostraram melhor perfil farmacológico por serem mais ativas tanto frente aos microorganismos como frente às células tumorais. Foram obtidos complexos de zinco(II) e cobre(II) das hidrazonas derivadas de piridina. Os complexos de zinco(II) são do tipo [Zn(HL)Cl2], onde o ligante neutro encontra-se coordenado ao metal de forma tridentada na configuração E. Seis compostos tiveram suas estruturas cristalinas determinadas. Neste caso a coordenação não fez melhorar a atividade antimicrobiana dos ligantes. Os compostos de cobre(II) apresentaram dois tipos de estruturas, [Cu(HL)Cl2] e [Cu(L)Cl]. Nos primeiros, a hidrazona neutra se liga ao metal de forma tridentada juntamente com dois íons cloreto e nos últimos a hidrazona coordena-se sob a forma aniônica juntamente com um íon cloreto. De modo geral, observou-se uma melhoria da atividade antimicrobiana pela coordenação ao cobre(II). Os melhores resultados foram obtidos para os complexos [Cu(L)Cl] em que HL = 2-acetilpiridina-para-clorofenilhidrazona e HL = 2-benzoilpiridina-paraclorofenilhidrazona frente a C. albicans os quais apresentaram valores de CIM menores que o fluconazol. Os complexos de cobre(II) apresentaram atividade citotóxica superior às das hidrazonas livres frente às células de glioblastoma U87. Estudos de interação com DNA mostraram duas formas diferentes de interação. Três compostos apresentaram um perfil típico de intercalação enquanto seis compostos interagem provavelmente por outro mecanismo. Foram obtidos doze complexos de estanho(IV) das hidrazonas derivadas de piridina, de formula geral [RSn(HL)Cl2] em que R = n-butil ou R = fenil. Em todos os casos, uma molécula de hidrazona aniônica se liga ao átomo central de modo tridentado, juntamente a um grupo felina ou butila, e dois íons cloreto. As estruturas cristalinas de sete desses compostos foram determinadas. Os complexos organoestânicos apresentaram maior atividade antifúngica que os ligantes livres frente a A. flavus, C. glabrata e C. albicans, com menores valores de CIM que a nistatina e o fluconazol. Os complexos de estanho(IV) apresentaram fluorescência, com valores de rendimento quântico na ordem do sulfato de quinina em meio aquoso. Além disso, um aumento da intensidade de fluorescência foi observado com a adição de um surfactante micelar na solução. Esse resultado é interessante porque possibilitaria uma posterior aplicação desses compostos como marcadores fluorescentes.In the present work, new pyridine and their copper(II), zinc(II), and tin(IV) complexes were obtained and characterized, imidazole-derived hydrazones were also estudied. Crystal structures of different compounds were determined. The pharmacological profile of allcompounds was investigated. Twelve imidazole-derived hydrazones were obtained. Four crystal structures were determinated. The antibacterial activity of the hydrazones was evaluated against Pseudomonasaeruginosa, Enterococcus faecalis and Staphylococcus aureus, but the compounds showed no appreciable activity. The antifungical activity of the compounds was evaluated against filamentous fungi Cladosporium cladosporioides and Aspergillus flavus and against Candidaalbicans and C. glabrata yeasts. 4(5)-imidazole-carboxaldehyde-benzoylhydrazone [4(5)ImPh],4(5)-imidazole-carboxaldehyde-para-nitro-benzoylhydrazone [4(5)ImpNO2Ph] and 4- (imidazole-1-yl)acetophenone-para-nitro-benzoylhydrazone [4ImAcpNO2Ph] showed lower MIC50 values than the reference drug nistatin, whereas compounds 4(5)ImpClPh and 4(5)ImpNO2Ph proved to be very active against C. cladosporioides. In this case, a possiblerelationship between the presence of electron withdrawing para-substituents and the increasing in antifungal activity was observed.Ten pyridine-derived hydrazones were obtained from 2-formylpyridine, 2acetylpyridine and 2benzoylpyridine. The crystal structures of six compounds were determined. These compounds exist as E and Z isomers in solution. The E isomer is the major form in 2-formylpyridine- and 2acetylpyridine-derived hydrazones, while the Z isomer predominates for 2-benzoylpyridine derivatives.The pharmacological profiles of these compounds were very interesting since they showed significant antifungal activity with MIC values lower or in the same order of magnitude as the reference drugs fluconazole and nistatin. In addition, the studied hydrazones showed highcitotoxic activity against U87 (expressing wild-type p53 protein) and T98 (expressing mutant p53 protein) glioma cells. Five hydrazones showed IC50 values in nanomolar concentrations with good therapeutic indexes. SAR studies suggested that stereo-electronic properties are importantfor citotoxic activity. In general, the 2-acetylpyridine-derived hydrazones showed better phamacological profile than the 2-formylpyridine- and 2-benzoylpyridine-derived analogues. Copper(II) and zinc(II) complexes were obtained with the pyridine-derived hydrazones.The zinc(II) complexes presented the general formula [Zn(HL)Cl2] whith a neutral hydrazone attached in a tridentate form to the metal ion in the E configuration. The crystal structures of six complexes were determined. Unfortunately, these complexes were inactive against fungi andbacteria. Copper(II) complexes were obtained with general formula [Cu(HL)Cl2] or [Cu(L)Cl]. In the first case, a neutral hydrazone is coordinated to the metal center as a tridentate chelatingligand, together with two chloride ions, while, in the second an anionic hydrazone is attached to the metal center along with one chloride ion. In all cases the hydrazone adopts the E configuration.The copper(II) complexes demonstrated an important pharmacological profile. Upon coordination, significant increase of the antimicrobial activity was observed. In fact, complexes [Cu(2AcpClPh)Cl] and [Cu(2BzpClPh)Cl], with 2-acetylpyridine-para-chlorophenylhydrazoneand 2-benzoylpyridine para-chlorophenylhydrazone, respectively showed lower values of MIC than fluconazole against C. albicans fungi. Some of these complexes also showed high cytotoxicity against U87 glioma cells, with a higher cytotoxic effect than the free hydrazones. Studies of the interaction of the complexes with DNA revealed that some of the complexes showed a typical intercalation profile while others probably present a different way of interaction. Tin(IV) complexes with the general formula [RSn(HL)Cl2] R = n-butyl or R = phenyl were prepared with the pyridine-derived hydrazones. In all complexes an anionic hydrazone iscoordinated to metal center as a tridentate ligand together with a phenyl or a n-butyl group and two chloride ions. The crystal structures of seven organotin complexes were determined. The complexes showed higher antifungal activity than their respective ligands against A. flavus, C.glabrata e C. albicans. The tin(IV) complexes were fluorescent with quantum yield values similar to quinine sulfate. An increase in the intensity of fluorescence was observed with the addition of smallamounts of micelar surfactant tween. This property could make these complexes useful as fluorescent probes.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGQuímica inorgânicaComplexos metálicosImidazoisQuímica bioinorgânicaAgentes antibacterianosPiridina  DerivadosPiridinaAtividade antifúngicaQuímica bioinorgânicaQuímica inorgânicaImidazóisCompostos metálicoEstudo do perfil farmacológico de novos complexos metálicos de hidrazonas derivadas de piridina e imidazóisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_angel_amado_recio_despaigne.pdfapplication/pdf15858855https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/SFSA-8ZBUS8/1/tese_angel_amado_recio_despaigne.pdf1603b2240b81dcab3826bafcfa54adeeMD51TEXTtese_angel_amado_recio_despaigne.pdf.txttese_angel_amado_recio_despaigne.pdf.txtExtracted texttext/plain512705https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/SFSA-8ZBUS8/2/tese_angel_amado_recio_despaigne.pdf.txt24b36b738f3fdc64d39a432e756a283dMD521843/SFSA-8ZBUS82019-11-14 10:14:49.379oai:repositorio.ufmg.br:1843/SFSA-8ZBUS8Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:14:49Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Estudo do perfil farmacológico de novos complexos metálicos de hidrazonas derivadas de piridina e imidazóis
title Estudo do perfil farmacológico de novos complexos metálicos de hidrazonas derivadas de piridina e imidazóis
spellingShingle Estudo do perfil farmacológico de novos complexos metálicos de hidrazonas derivadas de piridina e imidazóis
Angel Amado Recio Despaigne
Piridina
Atividade antifúngica
Química bioinorgânica
Química inorgânica
Imidazóis
Compostos metálico
Química inorgânica
Complexos metálicos
Imidazois
Química bioinorgânica
Agentes antibacterianos
Piridina  Derivados
title_short Estudo do perfil farmacológico de novos complexos metálicos de hidrazonas derivadas de piridina e imidazóis
title_full Estudo do perfil farmacológico de novos complexos metálicos de hidrazonas derivadas de piridina e imidazóis
title_fullStr Estudo do perfil farmacológico de novos complexos metálicos de hidrazonas derivadas de piridina e imidazóis
title_full_unstemmed Estudo do perfil farmacológico de novos complexos metálicos de hidrazonas derivadas de piridina e imidazóis
title_sort Estudo do perfil farmacológico de novos complexos metálicos de hidrazonas derivadas de piridina e imidazóis
author Angel Amado Recio Despaigne
author_facet Angel Amado Recio Despaigne
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Heloisa de Oliveira Beraldo
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Ernesto Schulz Lang
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Nicolas Adrian Rey
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Cynthia Peres Demichelli
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Tiago Antonio da Silva Brandao
dc.contributor.author.fl_str_mv Angel Amado Recio Despaigne
contributor_str_mv Heloisa de Oliveira Beraldo
Ernesto Schulz Lang
Nicolas Adrian Rey
Cynthia Peres Demichelli
Tiago Antonio da Silva Brandao
dc.subject.por.fl_str_mv Piridina
Atividade antifúngica
Química bioinorgânica
Química inorgânica
Imidazóis
Compostos metálico
topic Piridina
Atividade antifúngica
Química bioinorgânica
Química inorgânica
Imidazóis
Compostos metálico
Química inorgânica
Complexos metálicos
Imidazois
Química bioinorgânica
Agentes antibacterianos
Piridina  Derivados
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Química inorgânica
Complexos metálicos
Imidazois
Química bioinorgânica
Agentes antibacterianos
Piridina  Derivados
description No presente trabalho foi feita a síntese e a caracterização estrutural de hidrazonas derivadas de piridina e de imidazol. Foram também obtidos complexos das hidrazonas derivadas de piridina com zinco(II), cobre(II) e estanho(IV). O perfil farmacológico das hidrazonas e seus complexos metálicos foi investigado. Foram obtidas doze hidrazonas derivadas de imidazol e as estruturas cristalinas de quatro compostos foram determinadas. Foi avaliada a atividade antibacteriana dos derivados de imidazol frente a bactérias Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus faecalis e Staphylococcus aureus, mas os compostos não apresentaram atividade apreciável. Foi também avaliada a atividade antifúngica, dos compostos frente aos fungos filamentosos, Cladosporium cladosporioides, Aspergillus flavus e contra leveduras Candida albicans e Candida glabrata. 4(5)imidazol-carboxaldeído-benzoilhidrazona [4(5)ImPh], 4(5)imidazol-carboxaldeído-paranitro-benzoilhidrazona [4(5)ImpNO2Ph] e 4-(imidazol-1-il)acetofenona-para-nitrobenzoilhidrazona [4ImAcpNO2Ph] foram muito ativos frente a C. glabrata, com valores de concentração inibitória de 50% do crescimento (CIM50) menores que os da nistatina, fármaco de controle. 4(5)imidazol-carboxaldeído-para-cloro-benzoilhidrazona [4(5)ImpClPh] e [4(5)ImpNO2Ph] mostraram alta atividade frente a C. cladosporioides. Os resultados sugerem que a presença de substituintes retiradores de elétrons na posição para do anel fenila favorece a atividade nos compostos estudados. Foram obtidas dez hidrazonas derivadas de piridina, sendo duas de 2-formilpiridina, quatro de 2-acetilpiridina e quatro de 2-benzoilpiridina. As estruturas cristalinas de cinco desses compostos foram determinadas. As hidrazonas apresentaram equilíbrio isomérico Z e E em solução, onde o isômero E está em maior proporção nos derivados de 2-formilpiridina e 2-acetilpiridina, e o isômero Z é o majoritário para as hidrazonas derivadas de 2-benzoilpiridina. Esses compostos apresentaram uma atividade antifúngica significativa frente a todos os microorganismos testados, com valores de CIM da mesma ordem ou inferior aos dos fármacos de controle (nistatina e fluconazol). Além disso, essas hidrazonas apresentaram atividade citotóxica contra células de gliobastoma U87 (que expressam a proteína pro-apoptótica p53) e T98 (que expressam a proteína p53 mutante) com valores de IC50 na ordem de nanomolar, com bons índices terapêuticos. Cinco compostos mostraram-se mais ativos que o fármaco de controle (etoposídeo). Estudos SAR sugerem que propriedades estéreo-eletrônicas influenciam a atividade citotóxica das hidrazonas contra as células estudadas. Em geral, as hidrazonas derivadas de 2-acetipiridina mostraram melhor perfil farmacológico por serem mais ativas tanto frente aos microorganismos como frente às células tumorais. Foram obtidos complexos de zinco(II) e cobre(II) das hidrazonas derivadas de piridina. Os complexos de zinco(II) são do tipo [Zn(HL)Cl2], onde o ligante neutro encontra-se coordenado ao metal de forma tridentada na configuração E. Seis compostos tiveram suas estruturas cristalinas determinadas. Neste caso a coordenação não fez melhorar a atividade antimicrobiana dos ligantes. Os compostos de cobre(II) apresentaram dois tipos de estruturas, [Cu(HL)Cl2] e [Cu(L)Cl]. Nos primeiros, a hidrazona neutra se liga ao metal de forma tridentada juntamente com dois íons cloreto e nos últimos a hidrazona coordena-se sob a forma aniônica juntamente com um íon cloreto. De modo geral, observou-se uma melhoria da atividade antimicrobiana pela coordenação ao cobre(II). Os melhores resultados foram obtidos para os complexos [Cu(L)Cl] em que HL = 2-acetilpiridina-para-clorofenilhidrazona e HL = 2-benzoilpiridina-paraclorofenilhidrazona frente a C. albicans os quais apresentaram valores de CIM menores que o fluconazol. Os complexos de cobre(II) apresentaram atividade citotóxica superior às das hidrazonas livres frente às células de glioblastoma U87. Estudos de interação com DNA mostraram duas formas diferentes de interação. Três compostos apresentaram um perfil típico de intercalação enquanto seis compostos interagem provavelmente por outro mecanismo. Foram obtidos doze complexos de estanho(IV) das hidrazonas derivadas de piridina, de formula geral [RSn(HL)Cl2] em que R = n-butil ou R = fenil. Em todos os casos, uma molécula de hidrazona aniônica se liga ao átomo central de modo tridentado, juntamente a um grupo felina ou butila, e dois íons cloreto. As estruturas cristalinas de sete desses compostos foram determinadas. Os complexos organoestânicos apresentaram maior atividade antifúngica que os ligantes livres frente a A. flavus, C. glabrata e C. albicans, com menores valores de CIM que a nistatina e o fluconazol. Os complexos de estanho(IV) apresentaram fluorescência, com valores de rendimento quântico na ordem do sulfato de quinina em meio aquoso. Além disso, um aumento da intensidade de fluorescência foi observado com a adição de um surfactante micelar na solução. Esse resultado é interessante porque possibilitaria uma posterior aplicação desses compostos como marcadores fluorescentes.
publishDate 2012
dc.date.issued.fl_str_mv 2012-10-03
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-09T16:25:19Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-09T16:25:19Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/SFSA-8ZBUS8
url http://hdl.handle.net/1843/SFSA-8ZBUS8
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/SFSA-8ZBUS8/1/tese_angel_amado_recio_despaigne.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/SFSA-8ZBUS8/2/tese_angel_amado_recio_despaigne.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 1603b2240b81dcab3826bafcfa54adee
24b36b738f3fdc64d39a432e756a283d
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1793891108665688064