Produção rígida, acumulação flexível: comandos globais e processos urbano-regionais na região mínero siderúrgica do Alto Paraopeba, Minas Gerais
Ano de defesa: | 2015 |
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Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia
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Departamento: |
IGC - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/39394 |
Resumo: | A presente tese parte de um recorte territorial regional, o Alto Paraopeba em Minas Gerais, historicamente ligado aos circuitos produtivos mínero-siderúrgicos. A partir desse recorte foram desenvolvidas discussões multi escalares que, além do regional, buscaram contextualizar a produção ali estabelecida, de mercadorias e espaços, nas escalas nacional e global. Diante disso, buscou-se compreender como os grandes capitais globais, minerários e siderúrgicos, estabelecem suas redes de produção em escala mundial. Verificou-se que, apesar das peculiaridades entre as empresas e seus mercados, os circuitos produtivos mínero-siderúrgicos são organizados em redes de produção relativamente semelhantes. Estes são organizados a partir de centros de comando fortemente articulados ao sistema financeiro, que controlam a produção de forma remota através de sistemas informacionais de alta tecnologia. Para alcançar os territórios mínero-siderúrgicos e produzir mercadorias e espaços em larga escala, os centros de comando necessitam, em diversos casos, transpor condições estabelecidas pelos Estados Nacionais. Isso se deve ao fato de que, em circuitos produtivos globais, a produção de mercadorias tende a se dar em países distintos das sedes dos centros de comando. Percebeu-se que, no contexto dos circuitos mínero-siderúrgicos globais, o Estado brasileiro tem sistematicamente atuado de forma a viabilizar a produção de mercadorias de baixo valor, predominantemente direcionadas a mercados externos. Um amplo circuito de produção e apropriação de valor excedente em escala global é conformado, sendo a escala regional a fonte fundamental de tais valores. Nesse contexto o Alto Paraopeba, o recorte territorial que motivou a pesquisa, tem sido predominantemente produzido a partir de uma grande aliança entre o capital mínero siderúrgico global e o Estado. Desse modo, as decisões fundamentais têm passado ao arrepio da sociedade e dos poderes locais, que ora se articulam com o objetivo de se apropriar de pequenas frações do valor excedente produzido, ora resistem ao estabelecimento de novos ciclos de exploração. |
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Heloisa Soares de Moura Costahttp://lattes.cnpq.br/5436929276473133Ana Cristina de Almeida FernandesRoberto Luís de Melo Monte-MórDaniela Abritta CostaGeraldo Magela Costahttp://lattes.cnpq.br/0755914057754201Leandro de Aguiar e Souza2022-02-14T17:10:32Z2022-02-14T17:10:32Z2015-08-21http://hdl.handle.net/1843/39394A presente tese parte de um recorte territorial regional, o Alto Paraopeba em Minas Gerais, historicamente ligado aos circuitos produtivos mínero-siderúrgicos. A partir desse recorte foram desenvolvidas discussões multi escalares que, além do regional, buscaram contextualizar a produção ali estabelecida, de mercadorias e espaços, nas escalas nacional e global. Diante disso, buscou-se compreender como os grandes capitais globais, minerários e siderúrgicos, estabelecem suas redes de produção em escala mundial. Verificou-se que, apesar das peculiaridades entre as empresas e seus mercados, os circuitos produtivos mínero-siderúrgicos são organizados em redes de produção relativamente semelhantes. Estes são organizados a partir de centros de comando fortemente articulados ao sistema financeiro, que controlam a produção de forma remota através de sistemas informacionais de alta tecnologia. Para alcançar os territórios mínero-siderúrgicos e produzir mercadorias e espaços em larga escala, os centros de comando necessitam, em diversos casos, transpor condições estabelecidas pelos Estados Nacionais. Isso se deve ao fato de que, em circuitos produtivos globais, a produção de mercadorias tende a se dar em países distintos das sedes dos centros de comando. Percebeu-se que, no contexto dos circuitos mínero-siderúrgicos globais, o Estado brasileiro tem sistematicamente atuado de forma a viabilizar a produção de mercadorias de baixo valor, predominantemente direcionadas a mercados externos. Um amplo circuito de produção e apropriação de valor excedente em escala global é conformado, sendo a escala regional a fonte fundamental de tais valores. Nesse contexto o Alto Paraopeba, o recorte territorial que motivou a pesquisa, tem sido predominantemente produzido a partir de uma grande aliança entre o capital mínero siderúrgico global e o Estado. Desse modo, as decisões fundamentais têm passado ao arrepio da sociedade e dos poderes locais, que ora se articulam com o objetivo de se apropriar de pequenas frações do valor excedente produzido, ora resistem ao estabelecimento de novos ciclos de exploração.The present thesis is originated from a territorial study about the Region of Alto Paraopeba, located in Minas Gerais State, Brazil, historically linked to the mining and steel circuits of production. From this point were developed discussions in different scales: regional, national and global. Therefore, was comprehended how the great global capital, linked to the mining and steel production, establishes nets of production in the global space. It was found that, despite the peculiarities between companies and its markets, the mining and steel circuits are organized through nets of production relatively similar. These circuits are organized from command centres, strongly articulated with the finance system, that control the production remotely through technological information systems. To reach the territories and produce commodities and spaces in large scale, the command centres need, at different situations, negotiate conditions established by National States. This situation happens because, in global productive circuits, the production of commodities tends to occur in other countries, out of the command centres. It was perceived that, at the context of mining and steel global circuits, the Brazilian State has been acting to viabilize the production of low value commodities, mainly directed to external markets. A large circuit of production and appropriation of surplus value is formed, and the regional scale is the basic source of these values. At this context the Region of Alto Paraopeba has been produced from a great alliance between the industrial capital and the State. Thereby, the fundamental decisions have been made without the participation of the local societies which, in some situations, has articulated its actions to the appropriation of small portions of values produced and, in others, has resisted to the establishment of new cycles of exploration.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GeografiaUFMGBrasilIGC - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIAPlanejamento urbano – Minas GeraisPlanejamento regional – Minas GeraisEspaço urbanoSiderurgia – Minas GeraisDesenvolvimento econômicoProdução do espaçoProdução de mercadoriasRegime de acumulação flexívelEspaço urbanoEspaço regionalTerritórios econômicosProdução rígida, acumulação flexível: comandos globais e processos urbano-regionais na região mínero siderúrgica do Alto Paraopeba, Minas Geraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese Leandro de Aguiar e S. 2015.pdfTese Leandro de Aguiar e S. 2015.pdfapplication/pdf11937398https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39394/1/Tese%20Leandro%20de%20Aguiar%20e%20S.%202015.pdf9497ad1503fddcae6b0a2f33b65dc3a0MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39394/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/393942022-02-14 14:10:33.046oai:repositorio.ufmg.br:1843/39394TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-02-14T17:10:33Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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