Qualidade de vida relacionada à saúde de egressos da unidade de acidente vascular cerebral de hospital público de Belo Horizonte: um estudo longitudinal prospectivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Marcela Aline Fernandes Braga lattes
Orientador(a): Christina Danielli Coelho de Morais Faria lattes
Banca de defesa: Aline Alvim Scianni, Janaine Cunha Polese, Adriana Maria Valladão Novais Van Pettn, Thiago Luiz Russo
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
Departamento: EEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/51115
Resumo: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) apresenta grande e prolongado impacto na saúde dos indivíduos e, portanto, a avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) é essencial. A identificação de preditores agudos da QVRS, assim como a análise cuidadosa das mudanças deste construto no primeiro ano do AVC, contribuirá para aprimorar a Linha de Cuidados do AVC do Ministério da Saúde, que objetiva apresentar as diretrizes nacionais para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos indivíduos com esta doença. Assim, o objetivo geral desta tese foi determinar os preditores agudos da QVRS genérica e específica dos indivíduos egressos de um hospital público da cidade de Belo Horizonte/MG, bem como comparar se a QVRS genérica e específica, assim como seus domínios físico, mental e social, aos três, seis e 12 meses após a alta hospitalar se modificam considerando subgrupos de gravidade da doença. Foram desenvolvidos três estudos no contexto de um projeto de pesquisa mais amplo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG (CAAE:26431319600005149). O primeiro estudo teve como objetivo identificar preditores agudos da QVRS genérica e específica três meses após o AVC. Já o segundo estudo objetivou identificar preditores agudos da QVRS aos seis e 12 meses após a alta hospitalar. E o terceiro estudo teve por objetivo comparar a QVRS genérica e específica, assim como seus domínios físico, mental e social, aos três, seis e 12 meses após a alta hospitalar e verificar se esta comparação modificava considerando subgrupos da gravidade da doença. Para todos os estudos, todos os indivíduos com primeiro AVC e sem incapacidades prévias, admitidos num hospital de referência da rede de urgência e emergência da cidade de Belo Horizonte, foram recrutados (de 02/2020 a 02/2021). Durante a internação, foram avaliados quanto a características sociodemográficas e clínico funcionais. Após três, seis e 12 meses da alta hospitalar, aqueles com função cognitiva preservada e sem afasia, foram avaliados, por contato telefônico, quanto a QVRS genérica (Short Form Health Survey–SF-36) e específica (Stroke Specific Quality of Life scale–SSQOL). Como resultado do primeiro estudo, a independência funcional e a idade foram identificadas como únicos preditores significativos da QVRS genérica (R2=21%;p<0,001) e específica (R2=29%;p<0,001) aos três meses após a alta hospitalar. Como resultado do segundo estudo, a independência funcional foi o mais forte preditor de QVRS genérica (R2=14%;p<0,001) e específica (R2=26%;p<0,001) aos seis meses, assim como da específica aos 12 meses (R2=15%;p<0,001). Já o preditor mais forte da QVRS genérica aos 12 meses foi o sexo (R2=19%;p<0,001), sendo a independência funcional outro preditor significativo, adicionando 4% de explicação ao modelo (R2=23%;p<0,001). No terceiro estudo, observou-se que diferentes desfechos de QVRS após três, seis e 12 meses da alta hospitalar apresentaram mudanças distintas entre grupos de indivíduos com AVC leve quando comparado a AVC moderado/grave (Interação: 0,010≤p≤0,036). Para a QVRS genérica, específica, domínio mental e social, indivíduos com AVC leve apresentaram pontuações similares ao longo do tempo e significativamente superiores à de indivíduos com AVC moderado/grave aos três meses após a alta. Entre três e seis meses, indivíduos com AVC moderado/grave apresentaram melhora nestes desfechos, atingindo valores similares ao de indivíduos com AVC leve, com manutenção desta melhora entre seis e 12 meses. Para o domínio físico da QVRS, indivíduos com AVC leve apresentaram piora significativa entre três e seis meses, seguida de melhora significativa entre seis e 12 meses, percurso inverso ao observado em indivíduos com AVC moderado/grave. Conclui-se que quando a QVRS for o desfecho de interesse, especialmente da equipe multidisciplinar, a independência funcional deve ser considerada desde as fases agudas, ainda na internação hospitalar, visto seu valor preditivo aos três, seis e 12 meses após a alta hospitalar. Além disso, a gravidade da doença também deve ser avaliada durante a internação hospitalar, já que as mudanças ocorridas na QVRS no primeiro ano do AVC são distintas segundo esta gravidade e, portanto, indivíduos com diferentes gravidades do AVC requerem planejamento de cuidados diferenciados para otimização deste constructo tão complexo.
id UFMG_65a73b3b6505d604fcfbe210a5fba93a
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/51115
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Christina Danielli Coelho de Morais Fariahttp://lattes.cnpq.br/7697752377640462Iza Faria-FortiniAline Alvim ScianniJanaine Cunha PoleseAdriana Maria Valladão Novais Van PettnThiago Luiz Russohttp://lattes.cnpq.br/1540755817363519Marcela Aline Fernandes Braga2023-03-22T13:22:19Z2023-03-22T13:22:19Z2022-12-09http://hdl.handle.net/1843/51115O Acidente Vascular Cerebral (AVC) apresenta grande e prolongado impacto na saúde dos indivíduos e, portanto, a avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) é essencial. A identificação de preditores agudos da QVRS, assim como a análise cuidadosa das mudanças deste construto no primeiro ano do AVC, contribuirá para aprimorar a Linha de Cuidados do AVC do Ministério da Saúde, que objetiva apresentar as diretrizes nacionais para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos indivíduos com esta doença. Assim, o objetivo geral desta tese foi determinar os preditores agudos da QVRS genérica e específica dos indivíduos egressos de um hospital público da cidade de Belo Horizonte/MG, bem como comparar se a QVRS genérica e específica, assim como seus domínios físico, mental e social, aos três, seis e 12 meses após a alta hospitalar se modificam considerando subgrupos de gravidade da doença. Foram desenvolvidos três estudos no contexto de um projeto de pesquisa mais amplo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG (CAAE:26431319600005149). O primeiro estudo teve como objetivo identificar preditores agudos da QVRS genérica e específica três meses após o AVC. Já o segundo estudo objetivou identificar preditores agudos da QVRS aos seis e 12 meses após a alta hospitalar. E o terceiro estudo teve por objetivo comparar a QVRS genérica e específica, assim como seus domínios físico, mental e social, aos três, seis e 12 meses após a alta hospitalar e verificar se esta comparação modificava considerando subgrupos da gravidade da doença. Para todos os estudos, todos os indivíduos com primeiro AVC e sem incapacidades prévias, admitidos num hospital de referência da rede de urgência e emergência da cidade de Belo Horizonte, foram recrutados (de 02/2020 a 02/2021). Durante a internação, foram avaliados quanto a características sociodemográficas e clínico funcionais. Após três, seis e 12 meses da alta hospitalar, aqueles com função cognitiva preservada e sem afasia, foram avaliados, por contato telefônico, quanto a QVRS genérica (Short Form Health Survey–SF-36) e específica (Stroke Specific Quality of Life scale–SSQOL). Como resultado do primeiro estudo, a independência funcional e a idade foram identificadas como únicos preditores significativos da QVRS genérica (R2=21%;p<0,001) e específica (R2=29%;p<0,001) aos três meses após a alta hospitalar. Como resultado do segundo estudo, a independência funcional foi o mais forte preditor de QVRS genérica (R2=14%;p<0,001) e específica (R2=26%;p<0,001) aos seis meses, assim como da específica aos 12 meses (R2=15%;p<0,001). Já o preditor mais forte da QVRS genérica aos 12 meses foi o sexo (R2=19%;p<0,001), sendo a independência funcional outro preditor significativo, adicionando 4% de explicação ao modelo (R2=23%;p<0,001). No terceiro estudo, observou-se que diferentes desfechos de QVRS após três, seis e 12 meses da alta hospitalar apresentaram mudanças distintas entre grupos de indivíduos com AVC leve quando comparado a AVC moderado/grave (Interação: 0,010≤p≤0,036). Para a QVRS genérica, específica, domínio mental e social, indivíduos com AVC leve apresentaram pontuações similares ao longo do tempo e significativamente superiores à de indivíduos com AVC moderado/grave aos três meses após a alta. Entre três e seis meses, indivíduos com AVC moderado/grave apresentaram melhora nestes desfechos, atingindo valores similares ao de indivíduos com AVC leve, com manutenção desta melhora entre seis e 12 meses. Para o domínio físico da QVRS, indivíduos com AVC leve apresentaram piora significativa entre três e seis meses, seguida de melhora significativa entre seis e 12 meses, percurso inverso ao observado em indivíduos com AVC moderado/grave. Conclui-se que quando a QVRS for o desfecho de interesse, especialmente da equipe multidisciplinar, a independência funcional deve ser considerada desde as fases agudas, ainda na internação hospitalar, visto seu valor preditivo aos três, seis e 12 meses após a alta hospitalar. Além disso, a gravidade da doença também deve ser avaliada durante a internação hospitalar, já que as mudanças ocorridas na QVRS no primeiro ano do AVC são distintas segundo esta gravidade e, portanto, indivíduos com diferentes gravidades do AVC requerem planejamento de cuidados diferenciados para otimização deste constructo tão complexo.Stroke has a great impact on the health of individuals, and therefore, there is a need to assess health-related quality of life (HRQoL). Currently, stroke units (SU) are the reference standards for stroke care. Therefore, the identification of HRQoL predictors in the SU scenario will contribute to the important objectives of the Care Line for Stroke of the Ministry of Health, which presents the national guidelines for the diagnosis, treatment, and follow-up of individuals with this disease. Thus, the general objective of this thesis was to determine the clinical predictors of the generic and specific HRQoL of individuals who graduated from the SU at Hospital Risoleta Tolentino Neves in the city of Belo Horizonte/MG and to compare whether this generic and specific HRQoL, as well as their physical, mental, and social domains, at three, six, and 12 months after hospital discharge change considering the subgroups of disease severity. Three studies were developed to meet this objective and approved by the Research Ethics Committee (CAAE:26431319600005149). The first study aimed to identify acute predictors of generic and specific HRQoL three months after stroke. The second study aimed to identify acute predictors of HRQoL six, and 12 months after hospital discharge. Finally, the third study aimed to compare the generic and specific HRQoL, as well as its physical, mental, and social domains at three, six, and 12 months after hospital discharge, and to verify whether this comparison changed considering the subgroups of the severity of illness. For all studies, individuals with their first stroke and without previous disabilities admitted to the SU of a hospital in the urgency and emergency network in the city of Belo Horizonte were recruited from February 2020 to February 2021 for the sociodemographic and clinical functional characteristics, respectively. Three, six, and 12 months after hospital discharge, participants with preserved cognitive function and without aphasia were assessed by telephone contact regarding generic HRQoL (with the Short Form Health Survey [SF-36]) and specific HRQoL (with the Stroke Specific Quality of Life scale – SSQOL). In the first study, functional independence and age were identified as the only significant predictors of generic (R2=21%; p<0.001) and specific HRQoL (R2=29%; p<0.001) at three months after hospital discharge. As a result of the second study, functional independence was the strongest predictor of generic (R2=14%; p<0.001) and specific (R2=26%; p<0.001) HRQoL at six months and was the strongest predictor of specific HRQoL at 12 months (R2=15%; p<0.001). The strongest predictor of generic HRQoL at 12 months after hospital discharge was sex (R2 = 14 %; p < 0.001). Finally, as a result of the third study, it was observed that different HRQoL outcomes at three, six, and 12 months after hospital discharge showed different behaviors over time between groups of individuals with mild stroke compared to moderate/severe stroke (Interaction:0.004≤p≤=0.034). When considering the generic and specific HRQoL, mental, and social domains, individuals with mild stroke had significantly higher scores than those with moderate/severe stroke three months after hospital discharge. For the physical domain of HRQoL, individuals with mild stroke showed a significant decrease between three and six months after hospital discharge, followed by a significant increase between six and 12 months after hospital discharge, the opposite of what happened in individuals with moderate/severe stroke. Therefore, individuals with mild stroke had better HRQoL in the physical domain than individuals with moderate/severe stroke three and 12 months after hospital discharge. In conclusion, when HRQoL is the outcome of interest, especially for the multidisciplinary team, functional independence should be considered even in the acute phase during hospitalization, given its predictive value at three, six and 12 months after hospital discharge. In addition, the severity of the disease should also be evaluated during hospitalization, since the changes that occur in HRQoL in the first year of the stroke are different according to this severity and, therefore, subjects with different stroke severity require differentiated planning of care to optimize this very complex construct.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências da ReabilitaçãoUFMGBrasilEEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALAcidentes vasculares cerebraisReabilitaçãoQualidade de vidaSaúde públicaAcidente Vascular CerebralQualidade de vida relacionada a saúdeIndependência funcionalGravidade da doençaQualidade de vida relacionada à saúde de egressos da unidade de acidente vascular cerebral de hospital público de Belo Horizonte: um estudo longitudinal prospectivoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese_Marcela_final.pdfTese_Marcela_final.pdfapplication/pdf3787196https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/51115/1/Tese_Marcela_final.pdf71ca57c186111bc4df21ffff912406d2MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/51115/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/511152023-03-22 10:22:20.058oai:repositorio.ufmg.br:1843/51115TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-03-22T13:22:20Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Qualidade de vida relacionada à saúde de egressos da unidade de acidente vascular cerebral de hospital público de Belo Horizonte: um estudo longitudinal prospectivo
title Qualidade de vida relacionada à saúde de egressos da unidade de acidente vascular cerebral de hospital público de Belo Horizonte: um estudo longitudinal prospectivo
spellingShingle Qualidade de vida relacionada à saúde de egressos da unidade de acidente vascular cerebral de hospital público de Belo Horizonte: um estudo longitudinal prospectivo
Marcela Aline Fernandes Braga
Acidente Vascular Cerebral
Qualidade de vida relacionada a saúde
Independência funcional
Gravidade da doença
Acidentes vasculares cerebrais
Reabilitação
Qualidade de vida
Saúde pública
title_short Qualidade de vida relacionada à saúde de egressos da unidade de acidente vascular cerebral de hospital público de Belo Horizonte: um estudo longitudinal prospectivo
title_full Qualidade de vida relacionada à saúde de egressos da unidade de acidente vascular cerebral de hospital público de Belo Horizonte: um estudo longitudinal prospectivo
title_fullStr Qualidade de vida relacionada à saúde de egressos da unidade de acidente vascular cerebral de hospital público de Belo Horizonte: um estudo longitudinal prospectivo
title_full_unstemmed Qualidade de vida relacionada à saúde de egressos da unidade de acidente vascular cerebral de hospital público de Belo Horizonte: um estudo longitudinal prospectivo
title_sort Qualidade de vida relacionada à saúde de egressos da unidade de acidente vascular cerebral de hospital público de Belo Horizonte: um estudo longitudinal prospectivo
author Marcela Aline Fernandes Braga
author_facet Marcela Aline Fernandes Braga
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Christina Danielli Coelho de Morais Faria
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7697752377640462
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Iza Faria-Fortini
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Aline Alvim Scianni
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Janaine Cunha Polese
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Adriana Maria Valladão Novais Van Pettn
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Thiago Luiz Russo
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1540755817363519
dc.contributor.author.fl_str_mv Marcela Aline Fernandes Braga
contributor_str_mv Christina Danielli Coelho de Morais Faria
Iza Faria-Fortini
Aline Alvim Scianni
Janaine Cunha Polese
Adriana Maria Valladão Novais Van Pettn
Thiago Luiz Russo
dc.subject.por.fl_str_mv Acidente Vascular Cerebral
Qualidade de vida relacionada a saúde
Independência funcional
Gravidade da doença
topic Acidente Vascular Cerebral
Qualidade de vida relacionada a saúde
Independência funcional
Gravidade da doença
Acidentes vasculares cerebrais
Reabilitação
Qualidade de vida
Saúde pública
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Acidentes vasculares cerebrais
Reabilitação
Qualidade de vida
Saúde pública
description O Acidente Vascular Cerebral (AVC) apresenta grande e prolongado impacto na saúde dos indivíduos e, portanto, a avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) é essencial. A identificação de preditores agudos da QVRS, assim como a análise cuidadosa das mudanças deste construto no primeiro ano do AVC, contribuirá para aprimorar a Linha de Cuidados do AVC do Ministério da Saúde, que objetiva apresentar as diretrizes nacionais para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos indivíduos com esta doença. Assim, o objetivo geral desta tese foi determinar os preditores agudos da QVRS genérica e específica dos indivíduos egressos de um hospital público da cidade de Belo Horizonte/MG, bem como comparar se a QVRS genérica e específica, assim como seus domínios físico, mental e social, aos três, seis e 12 meses após a alta hospitalar se modificam considerando subgrupos de gravidade da doença. Foram desenvolvidos três estudos no contexto de um projeto de pesquisa mais amplo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG (CAAE:26431319600005149). O primeiro estudo teve como objetivo identificar preditores agudos da QVRS genérica e específica três meses após o AVC. Já o segundo estudo objetivou identificar preditores agudos da QVRS aos seis e 12 meses após a alta hospitalar. E o terceiro estudo teve por objetivo comparar a QVRS genérica e específica, assim como seus domínios físico, mental e social, aos três, seis e 12 meses após a alta hospitalar e verificar se esta comparação modificava considerando subgrupos da gravidade da doença. Para todos os estudos, todos os indivíduos com primeiro AVC e sem incapacidades prévias, admitidos num hospital de referência da rede de urgência e emergência da cidade de Belo Horizonte, foram recrutados (de 02/2020 a 02/2021). Durante a internação, foram avaliados quanto a características sociodemográficas e clínico funcionais. Após três, seis e 12 meses da alta hospitalar, aqueles com função cognitiva preservada e sem afasia, foram avaliados, por contato telefônico, quanto a QVRS genérica (Short Form Health Survey–SF-36) e específica (Stroke Specific Quality of Life scale–SSQOL). Como resultado do primeiro estudo, a independência funcional e a idade foram identificadas como únicos preditores significativos da QVRS genérica (R2=21%;p<0,001) e específica (R2=29%;p<0,001) aos três meses após a alta hospitalar. Como resultado do segundo estudo, a independência funcional foi o mais forte preditor de QVRS genérica (R2=14%;p<0,001) e específica (R2=26%;p<0,001) aos seis meses, assim como da específica aos 12 meses (R2=15%;p<0,001). Já o preditor mais forte da QVRS genérica aos 12 meses foi o sexo (R2=19%;p<0,001), sendo a independência funcional outro preditor significativo, adicionando 4% de explicação ao modelo (R2=23%;p<0,001). No terceiro estudo, observou-se que diferentes desfechos de QVRS após três, seis e 12 meses da alta hospitalar apresentaram mudanças distintas entre grupos de indivíduos com AVC leve quando comparado a AVC moderado/grave (Interação: 0,010≤p≤0,036). Para a QVRS genérica, específica, domínio mental e social, indivíduos com AVC leve apresentaram pontuações similares ao longo do tempo e significativamente superiores à de indivíduos com AVC moderado/grave aos três meses após a alta. Entre três e seis meses, indivíduos com AVC moderado/grave apresentaram melhora nestes desfechos, atingindo valores similares ao de indivíduos com AVC leve, com manutenção desta melhora entre seis e 12 meses. Para o domínio físico da QVRS, indivíduos com AVC leve apresentaram piora significativa entre três e seis meses, seguida de melhora significativa entre seis e 12 meses, percurso inverso ao observado em indivíduos com AVC moderado/grave. Conclui-se que quando a QVRS for o desfecho de interesse, especialmente da equipe multidisciplinar, a independência funcional deve ser considerada desde as fases agudas, ainda na internação hospitalar, visto seu valor preditivo aos três, seis e 12 meses após a alta hospitalar. Além disso, a gravidade da doença também deve ser avaliada durante a internação hospitalar, já que as mudanças ocorridas na QVRS no primeiro ano do AVC são distintas segundo esta gravidade e, portanto, indivíduos com diferentes gravidades do AVC requerem planejamento de cuidados diferenciados para otimização deste constructo tão complexo.
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-12-09
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-03-22T13:22:19Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-03-22T13:22:19Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/51115
url http://hdl.handle.net/1843/51115
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv EEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/51115/1/Tese_Marcela_final.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/51115/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 71ca57c186111bc4df21ffff912406d2
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1793891043174776832