Curso de vida e função cognitiva na vida adulta: estudo longitudinal de saúde do adulto (ELSA-BRASIL), 2008-2010

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Larissa Fortunato Araujo
Orientador(a): Sandhi Maria Barreto
Banca de defesa: Luana Giatti Goncalves, Paulo Caramelli, Roberta Carvalho de Figueiredo, Antônio Augusto Moura da Silva
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A2MHTK
Resumo: Introdução: Evidências indicam que o declínio cognitivo com o envelhecimento é resultado de um processo patológico que se inicia por volta dos 45 anos de idade. Com o crescente envelhecimento populacional brasileiro, as doenças neurodegenerativas tem se tornado cada vez mais um problema de saúde pública por estarem relacionadas a maior dependência e mortalidade nessa população. O estudo de marcadores de risco que afetam o desempenho cognitivo ao longo do curso de vida é de grande importância para subsidiar ações e políticas públicas que prolonguem o início do declínio cognitivo e promovam o envelhecimento saudável. Neste campo, destacam-se os estudos de marcadores socioeconômicos, nutricionais e de saúde cardiovascular, incluindo modos de vida e alimentação. Objetivos: A presente tese tem cinco objetivos, a saber: 1)Estimar o efeito independente da baixa escolaridade materna, baixo peso ao nascer e menores comprimentos da perna e do tronco no pior desempenho dos testes de função cognitiva em adultos; 2)Analisar o efeito acumulado da baixa escolaridade materna e dos marcadores nutricionais de desnutrição pregressa no pior desempenho nos testes de função cognitiva em adultos; 3)Explorar o efeito independente da baixa escolaridade materna, menor comprimento de tronco e alto risco para doenças cardiovasculares em 10 anos por meio do Framingham Risk Score no pior desempenho cognitivo global em adultos; 4)Verificar se efeito acumulado de piores condições socioeconômicas e nutricionais no decorrer da vida, bem como do alto risco para doenças cardiovasculares em 10 anos por meio do Framingham Risk Score estão associados ao pior desempenho cognitivo global e em diferentes domínios da função cognitiva em adultos; 5) Analisar a relação do consumo de café nos últimos 12 meses com o desempenho cognitivo global e em diferentes domínios da função cognitiva em adultos e idosos; e 6) Estimar a quantidade de consumo de café por dia que estaria relacionado ao melhor desempenho cognitivo global e em diferentes domínios da função cognitiva em adultos e idosos. Metodologia: A amostra deste estudo é proveniente da linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto, composta por 15.105 adultos e idosos, servidores públicos em universidades federais e centros de pesquisa, localizados em seis estados brasileiros: Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Rio Grande do Sul. Três artigos foram desenvolvidos, no primeiro artigo, as variáveis resposta foram o desempenho em três diferentes testes de função cognitiva categorizados em uma variável binária que comparou o pior decil com os demais decis. Em uma população de adultos (35-64 anos), por meio de regressão logística múltipla estimou a chance de estar no pior decil de desempenho cognitivo ao ser exposto aos seguintes marcadores de condições socioeconômicas e nutricionais de curso de vida: baixa escolaridade materna, baixo peso ao nascer e menores comprimentos de perna e tronco. No segundo artigo, por meio de regressão linear múltipla, foi investigado se a exposição a condições socioeconômicas (baixa escolaridade materna) e nutricionais (menores comprimentos de tronco) desfavoráveis no decorrer da vida e a alto risco para doenças cardiovasculares, estimado por meio do Score de Framingham para o risco de doenças cardiovasculares em 10 anos, estariam associados ao pior desempenho cognitivo global e em três diferentes testes de função cognitiva na vida adulta (35-64 anos). O terceiro artigo estimou por meio de regressão linear múltipla e modelo linear generalizado se o café em categorias de consumo nos últimos 12 meses estaria relacionado ao melhor desempenho cognitivo global e em diferentes domínios cognitivos em adultos e idosos (35-74 anos). Resultados: No primeiro artigo, após mutuo ajuste pelas variáveis de exposição de interesse, observamos que a baixa escolaridade materna esteve associada com um gradiente de dose-resposta a maior chance de pior desempenho em todos os testes de função cognitiva. O baixo peso ao nascer esteve associado a maior chance de pior desempenho no teste de trilha B, já o comprimento do tronco com o teste de fluência verbal semântica e fonêmica, e de trilha B. O comprimento da perna não esteve associado a nenhum teste de função cognitiva. As associações observadas não foram modificadas pela escolaridade atual do participante. No artigo dois, a baixa escolaridade materna, menor comprimento de tronco e alto risco para doenças cardiovasculares estimado por meio do Score de Framingham, estiveram associados ao pior desempenho cognitivo global e nos testes de aprendizado, retenção e reconhecimento de palavras, no teste de fluência verbal semântica e fonêmica e no teste de trilha B em adultos. No artigo três após ajuste pelas condições socioeconômicas, demográficas e de saúde atual, o consumo de maior número de xícaras de café por dia nos últimos 12 meses anteriores a realização dos testes cognitivos esteve associado ao melhor desempenho nos testes de aprendizado, retenção e reconhecimento de palavras, e pior desempenho no teste de trilha B em adultos e idosos. Conclusões: O presente estudo encontrou que a exposição a condições socioeconômicas e nutricionais desfavoráveis no início da vida, representada pela baixa escolaridade materna, baixo peso ao nascer e menor comprimento de tronco, foram associados de forma independente com um pior desempenho nos testes de memória semântica, aprendizado, atenção, controle executivo e linguagem em uma coorte de adultos brasileiros. Nossos resultados sugerem que a escolaridade atual atenua, mas não remove completamente a associação entre piores condições socioeconômicas e nutricionais durante a infância e adolescência e o pior desempenho cognitivo, especialmente no controle executivo. Os resultados encontrados neste estudo são consistentes aos publicados na literatura demonstrando a importância das condições socioeconômicas e nutricionais no início da vida, bem como do risco de doenças cardiovasculares no desempenho cognitivo em adultos. Uma compreensão extensiva dos determinantes sociais e de saúde na cognição requer atenção as exposições desfavoráveis a saúde no decorrer da vida, com especial foco em certos períodos (como na infância, adolescência e início da vida adula) e ao seu efeito acumulado. O consumo de até 4 xícaras de café por dia esteve associado a um melhor desempenho cognitivo relacionado a memória e preveniria o pior desempenho na função executiva em adultos e idosos, mesmo após ajuste pelas variáveis de confusão que poderiam estar associados a um mecanismo de causalidade reversa. Intervenções sociais, nutricionais e materiais em todo o ciclo de vida, e especialmente durante o início da vida, podem impactar substancialmente no envelhecimento saudável.
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spelling Sandhi Maria BarretoLuana Giatti GoncalvesLuana Giatti GoncalvesPaulo CaramelliRoberta Carvalho de FigueiredoAntônio Augusto Moura da SilvaLarissa Fortunato Araujo2019-08-13T01:55:49Z2019-08-13T01:55:49Z2015-02-27http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A2MHTKIntrodução: Evidências indicam que o declínio cognitivo com o envelhecimento é resultado de um processo patológico que se inicia por volta dos 45 anos de idade. Com o crescente envelhecimento populacional brasileiro, as doenças neurodegenerativas tem se tornado cada vez mais um problema de saúde pública por estarem relacionadas a maior dependência e mortalidade nessa população. O estudo de marcadores de risco que afetam o desempenho cognitivo ao longo do curso de vida é de grande importância para subsidiar ações e políticas públicas que prolonguem o início do declínio cognitivo e promovam o envelhecimento saudável. Neste campo, destacam-se os estudos de marcadores socioeconômicos, nutricionais e de saúde cardiovascular, incluindo modos de vida e alimentação. Objetivos: A presente tese tem cinco objetivos, a saber: 1)Estimar o efeito independente da baixa escolaridade materna, baixo peso ao nascer e menores comprimentos da perna e do tronco no pior desempenho dos testes de função cognitiva em adultos; 2)Analisar o efeito acumulado da baixa escolaridade materna e dos marcadores nutricionais de desnutrição pregressa no pior desempenho nos testes de função cognitiva em adultos; 3)Explorar o efeito independente da baixa escolaridade materna, menor comprimento de tronco e alto risco para doenças cardiovasculares em 10 anos por meio do Framingham Risk Score no pior desempenho cognitivo global em adultos; 4)Verificar se efeito acumulado de piores condições socioeconômicas e nutricionais no decorrer da vida, bem como do alto risco para doenças cardiovasculares em 10 anos por meio do Framingham Risk Score estão associados ao pior desempenho cognitivo global e em diferentes domínios da função cognitiva em adultos; 5) Analisar a relação do consumo de café nos últimos 12 meses com o desempenho cognitivo global e em diferentes domínios da função cognitiva em adultos e idosos; e 6) Estimar a quantidade de consumo de café por dia que estaria relacionado ao melhor desempenho cognitivo global e em diferentes domínios da função cognitiva em adultos e idosos. Metodologia: A amostra deste estudo é proveniente da linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto, composta por 15.105 adultos e idosos, servidores públicos em universidades federais e centros de pesquisa, localizados em seis estados brasileiros: Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Rio Grande do Sul. Três artigos foram desenvolvidos, no primeiro artigo, as variáveis resposta foram o desempenho em três diferentes testes de função cognitiva categorizados em uma variável binária que comparou o pior decil com os demais decis. Em uma população de adultos (35-64 anos), por meio de regressão logística múltipla estimou a chance de estar no pior decil de desempenho cognitivo ao ser exposto aos seguintes marcadores de condições socioeconômicas e nutricionais de curso de vida: baixa escolaridade materna, baixo peso ao nascer e menores comprimentos de perna e tronco. No segundo artigo, por meio de regressão linear múltipla, foi investigado se a exposição a condições socioeconômicas (baixa escolaridade materna) e nutricionais (menores comprimentos de tronco) desfavoráveis no decorrer da vida e a alto risco para doenças cardiovasculares, estimado por meio do Score de Framingham para o risco de doenças cardiovasculares em 10 anos, estariam associados ao pior desempenho cognitivo global e em três diferentes testes de função cognitiva na vida adulta (35-64 anos). O terceiro artigo estimou por meio de regressão linear múltipla e modelo linear generalizado se o café em categorias de consumo nos últimos 12 meses estaria relacionado ao melhor desempenho cognitivo global e em diferentes domínios cognitivos em adultos e idosos (35-74 anos). Resultados: No primeiro artigo, após mutuo ajuste pelas variáveis de exposição de interesse, observamos que a baixa escolaridade materna esteve associada com um gradiente de dose-resposta a maior chance de pior desempenho em todos os testes de função cognitiva. O baixo peso ao nascer esteve associado a maior chance de pior desempenho no teste de trilha B, já o comprimento do tronco com o teste de fluência verbal semântica e fonêmica, e de trilha B. O comprimento da perna não esteve associado a nenhum teste de função cognitiva. As associações observadas não foram modificadas pela escolaridade atual do participante. No artigo dois, a baixa escolaridade materna, menor comprimento de tronco e alto risco para doenças cardiovasculares estimado por meio do Score de Framingham, estiveram associados ao pior desempenho cognitivo global e nos testes de aprendizado, retenção e reconhecimento de palavras, no teste de fluência verbal semântica e fonêmica e no teste de trilha B em adultos. No artigo três após ajuste pelas condições socioeconômicas, demográficas e de saúde atual, o consumo de maior número de xícaras de café por dia nos últimos 12 meses anteriores a realização dos testes cognitivos esteve associado ao melhor desempenho nos testes de aprendizado, retenção e reconhecimento de palavras, e pior desempenho no teste de trilha B em adultos e idosos. Conclusões: O presente estudo encontrou que a exposição a condições socioeconômicas e nutricionais desfavoráveis no início da vida, representada pela baixa escolaridade materna, baixo peso ao nascer e menor comprimento de tronco, foram associados de forma independente com um pior desempenho nos testes de memória semântica, aprendizado, atenção, controle executivo e linguagem em uma coorte de adultos brasileiros. Nossos resultados sugerem que a escolaridade atual atenua, mas não remove completamente a associação entre piores condições socioeconômicas e nutricionais durante a infância e adolescência e o pior desempenho cognitivo, especialmente no controle executivo. Os resultados encontrados neste estudo são consistentes aos publicados na literatura demonstrando a importância das condições socioeconômicas e nutricionais no início da vida, bem como do risco de doenças cardiovasculares no desempenho cognitivo em adultos. Uma compreensão extensiva dos determinantes sociais e de saúde na cognição requer atenção as exposições desfavoráveis a saúde no decorrer da vida, com especial foco em certos períodos (como na infância, adolescência e início da vida adula) e ao seu efeito acumulado. O consumo de até 4 xícaras de café por dia esteve associado a um melhor desempenho cognitivo relacionado a memória e preveniria o pior desempenho na função executiva em adultos e idosos, mesmo após ajuste pelas variáveis de confusão que poderiam estar associados a um mecanismo de causalidade reversa. Intervenções sociais, nutricionais e materiais em todo o ciclo de vida, e especialmente durante o início da vida, podem impactar substancialmente no envelhecimento saudável.Introduction: Recently, evidence suggests that cognitive decline in aging is the result of a pathological process that begins around 45 years of age. By the aging of Brazilian population, the burden of neurological disease has influence on public health because it is related to high dependency and mortality in this population. The study of how socioeconomics, nutritional exposures and the cardiovascular risk disease in later life influences on cognitive performance in adults is relevant. The knowledge of risk factors of life course on cognition allows guiding for which stage of life preventive measures will prolong the onset of cognitive decline with aging. It is also relevant the study of food that have a larger consumption from the population, such as coffee, which has bioactive components that can also contribute to preventing cognitive decline. Objectives: The objectives of this thesis are threefold: 1) to estimate the independent effect of low maternal educational attainment, low birth weight and smaller leg and trunk lengths in poor performance on cognitive function tests in adults; 2) analyze the cumulative effect of low maternal educational attainment and nutritional markers of malnutrition in poor performance on cognitive function tests in adults; 3) explore the independent effect of low maternal educational attainment, smaller trunk length and the higher cardiovascular risk disease in 10 years by the Framingham Risk Score on poor global cognition in adults; 4) to investigate the cumulative effects of worse socioeconomic and nutritional conditions throughout life, and the higher risk for cardiovascular disease in 10 years by the Framingham Risk Score are associated with poor global cognition and different domains of cognitive function in adults; and 5) analyze the relationship of coffee consumption in the last 12 months with global cognition and different domains of cognitive function in adults and elderly; and 6) to estimate the amount of coffee consumption per day that would be related to better global cognitive performance and in different domains of cognitive function in adults and elderly. Methodology: The sample of this study is from the baseline of the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health, comprised of 15,105 adults and elderly, government employees from universities and research centers located in six Brazilian states: Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia and Rio Grande do Sul. Three papers were developed, in the first article, the response variables were three different tests of cognitive function categorized into a binary variable which the worst decile was compared with the others. By multiple logistic regression in a adulthood population (35-64 years old), we estimated the chance of being in the worst decile of cognitive performance when exposed to the following markers of socioeconomics and nutritional conditions of life course, such as lower maternal education, lower birth weight, and smaller leg and trunk lengths. In the second article by multiple linear regression, we explored whether participants that were exposed to unfavorable socioeconomic (lower maternal education) and nutritional (smaller trunk lengths) conditions throughout life, and higher cardiovascular risk disease measured by Framingham Risk Score is associated with worse performance on global cognition and on three different tests of cognitive function in adulthood (35-64 years old). The third article, we estimated by multiple linear regression and generalized linear model if coffee in categories of consumption was associated with better performance on global cognition and also on various tests of cognitive function in adults and elderly (35-74 years old) Results: In the first article, after mutual adjustments with all variables of exposure, we found that lower maternal educational attainment was associated with a dose-response gradient with higher chance of poor performance on all cognitive function tests. Low birth weight was associated with a higher chance of poor performance in trail-making test version B, also the trunk length in the phonemic verbal fluency tests and trail-making test version B. The leg length was not associated with any cognitive function test. The associations observed were not modified by the current educational level of the participant. The second article, the cumulative effect of lower maternal educational attainment, smaller trunk length and higher cardiovascular risk disease, was associated with worse performance on global cognition and also on learning, recall and word recognition tests, semantic and phonemic verbal fluency tests, and the trail-making test version B in adulthood. The third article, after adjustments for current socioeconomic, demographic and health conditions, higher consumption of coffee cups per day in the last 12 months was associated with better performance in learning, recall and word recognition tests and worse performance trail-making test version B in adults and elderly. Conclusions: The present study found that exposure to unfavorable socioeconomic and nutritional conditions in early life, represented by lower maternal educational attainment, lower birth weight and smaller trunk lengths has an independent and negative effect on semantic memory, learning, attention, executive control and language in a cohort of Brazilian adults. Our results suggest that the current educational attainment mitigates but does not completely remove the association between poor socioeconomics and nutritional conditions during childhood and adolescence and worse cognitive performance, especially in executive control. The results of this study are consistent with published studies demonstrating the importance of socioeconomic and nutritional conditions in early life, as well as the cardiovascular risk diseases estimated by the Framingham Risk Score on cognitive performance in adulthood. An extensive understanding of the social determinants of health and cognitive functioning in aging, requires attention to unfavorable exposures to health throughout life, with particular focus on certain periods (as in childhood, adolescence and early adulthood life), as well as the knowledge of cumulative effect. The coffee consumption until 4 cups per day may have a protective neurodegenerative effect on memory and also prevents the detrimental effect on executive function in adults and elderly, even after adjustment for confounding variables that might be associated with a mechanism of reverse causality. Social, nutrition and materials interventions throughout the life cycle, especially during early life can have a substantial impact in reducing and/or delay in cognitive decline in aging.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGManifestações neurocomportamentaisNutrição maternaSaúde do adultoSaude Cuidado e tratamentoMarcadores biológicosQualidade de vidaAntropometriaTranstornos cognitivosEstudos longitudinaisFatores de riscoAdultos Cuidados médicosCumprimento de troncoConsumo de caféELSA-BrasilFunção cognitivaRisco de doença cardiovascularPeso ao nascerEscolaridade maternaComprimento de pernaEscolaridadeEnvelhecimentoCurso de vida e função cognitiva na vida adulta: estudo longitudinal de saúde do adulto (ELSA-BRASIL), 2008-2010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_larissa_fortunato_ara_jo.pdfapplication/pdf1330619https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A2MHTK/1/tese_larissa_fortunato_ara_jo.pdf95d8a563f03390ae5e8378d5c2fda464MD51TEXTtese_larissa_fortunato_ara_jo.pdf.txttese_larissa_fortunato_ara_jo.pdf.txtExtracted texttext/plain219185https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A2MHTK/2/tese_larissa_fortunato_ara_jo.pdf.txt3c810c1f596bd194e0df452bd2cbf1e0MD521843/BUBD-A2MHTK2019-11-14 20:41:52.806oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-A2MHTKRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T23:41:52Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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Objetivos: A presente tese tem cinco objetivos, a saber: 1)Estimar o efeito independente da baixa escolaridade materna, baixo peso ao nascer e menores comprimentos da perna e do tronco no pior desempenho dos testes de função cognitiva em adultos; 2)Analisar o efeito acumulado da baixa escolaridade materna e dos marcadores nutricionais de desnutrição pregressa no pior desempenho nos testes de função cognitiva em adultos; 3)Explorar o efeito independente da baixa escolaridade materna, menor comprimento de tronco e alto risco para doenças cardiovasculares em 10 anos por meio do Framingham Risk Score no pior desempenho cognitivo global em adultos; 4)Verificar se efeito acumulado de piores condições socioeconômicas e nutricionais no decorrer da vida, bem como do alto risco para doenças cardiovasculares em 10 anos por meio do Framingham Risk Score estão associados ao pior desempenho cognitivo global e em diferentes domínios da função cognitiva em adultos; 5) Analisar a relação do consumo de café nos últimos 12 meses com o desempenho cognitivo global e em diferentes domínios da função cognitiva em adultos e idosos; e 6) Estimar a quantidade de consumo de café por dia que estaria relacionado ao melhor desempenho cognitivo global e em diferentes domínios da função cognitiva em adultos e idosos. Metodologia: A amostra deste estudo é proveniente da linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto, composta por 15.105 adultos e idosos, servidores públicos em universidades federais e centros de pesquisa, localizados em seis estados brasileiros: Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Rio Grande do Sul. Três artigos foram desenvolvidos, no primeiro artigo, as variáveis resposta foram o desempenho em três diferentes testes de função cognitiva categorizados em uma variável binária que comparou o pior decil com os demais decis. Em uma população de adultos (35-64 anos), por meio de regressão logística múltipla estimou a chance de estar no pior decil de desempenho cognitivo ao ser exposto aos seguintes marcadores de condições socioeconômicas e nutricionais de curso de vida: baixa escolaridade materna, baixo peso ao nascer e menores comprimentos de perna e tronco. 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Nossos resultados sugerem que a escolaridade atual atenua, mas não remove completamente a associação entre piores condições socioeconômicas e nutricionais durante a infância e adolescência e o pior desempenho cognitivo, especialmente no controle executivo. Os resultados encontrados neste estudo são consistentes aos publicados na literatura demonstrando a importância das condições socioeconômicas e nutricionais no início da vida, bem como do risco de doenças cardiovasculares no desempenho cognitivo em adultos. Uma compreensão extensiva dos determinantes sociais e de saúde na cognição requer atenção as exposições desfavoráveis a saúde no decorrer da vida, com especial foco em certos períodos (como na infância, adolescência e início da vida adula) e ao seu efeito acumulado. 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