Compadrio e família em zona de fronteira agrícola: as redes sociais da elite escravista, freguesia de Guarapiranga (c1760-c1850)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Mateus Rezende de Andrade
Orientador(a): Tarcisio Rodrigues Botelho
Banca de defesa: Mario Marcos Sampaio Rodarte, Douglas Cole Libby
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9GGGKF
Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar a mútua ingerência entre o matrimônio e o compadrio entre membros da elite escravista piranguense. Acredita-se que estas duas práticas relacionais oferecem importantes chaves para compreensão das hierarquias sociais, da mobilidade sócio-espacial e enraizamento social, além de dar subsídios para se conhecer os mecanismos de manutenção do prestígio social e do poder. Utilizou-se na pesquisa realizada, informações contidas em recenseamentos populacionais, inventários post-mortem e registros paroquiais de batismo. Por meio de técnicas específicas da demografia histórica, conheceu-se o espaço em estudo a partir da composição populacional do mesmo. Cruzando nominalmente os dados da documentação cartorial e paroquial, foram criadas redes sociais que evidenciaram alguns dos padrões relacionais desta elite. Detectaram-se relações sociais que envolviam membros internos e externos à estas famílias da elite piranguense, as quais eram frutos de distintas estratégias e por isso constatou-se que devem ser analisadas separadamente. Notou-se também que através de casamentos com importantes famílias enraizadas na região desde os primórdios do processo de ocupação, indivíduos de outras regiões galgavam ascensão social e econômica através da inserção nos principais círculos relacionais da freguesia. Por fim, notaram-se importantes diferenças intergeracionais na prática do compadrio, a qual demonstra a importância em analisar esta prática conjuntamente ao ciclo vital.
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