Agrotóxicos e fisiologia de guildas alimentares de morcegos em diferentes paisagens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Camila Guimarães Torquetti dos Santos lattes
Orientador(a): Benito Soto Blanco lattes, Ana Tereza Bittencourt Guimarães lattes
Banca de defesa: Marcelo Pires Nogueira de Carvalho, Silvia Romão, Sônia Aparecida Talamoni, Camila Palhares Teixeira
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal
Departamento: VET - DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/38627
Resumo: A perda e fragmentação de hábitats é uma das maiores ameaças à biodiversidade e à manutenção dos serviços ecossistêmicos, podendo trazer implicações fisiológicas para a fauna silvestre. O objetivo desta tese foi avaliar como alterações na paisagem impactam a higidez de morcegos de diferentes guildas tróficas. No Capítulo 1 foi feita uma revisão bibliográfica abordando o estado da arte a respeito de morcegos e agrotóxicos. Foi observado que as pesquisas sobre o tema estão concentradas no Hemisfério Norte, principalmente nos EUA. Apenas 5% das espécies de todo mundo já foram estudadas, predominantemente espécies insetívoras. Os inseticidas foram os agrotóxicos mais pesquisados, principalmente os organoclorados. Dessa forma, o conhecimento sobre os efeitos de agrotóxicos em morcegos ainda é insuficiente para uma avaliação de risco de suas populações ou seu uso como bioindicadores. No Capítulo 2, foi apresentado um método para determinação de resíduos de 48 tipos de agrotóxicos por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas em músculo de morcego. O método de extração miniaturizado viabiliza análises de resíduos quando a quantidade de amostra é limitada. Além disso, por utilizar menor quantidade de reagentes reduz o custo, impacto no meio ambiente e na saúde dos pesquisadores, sendo, portanto, possível realizar este tipo de avaliações em morcegos como bioindicadores. No Capítulo 3, foi feita uma avaliação das implicações fisiológicas relacionadas a diferentes perfis de uso e ocupação do solo. Foram coletados morcegos de uma área de proteção, o Parque Nacional da Serra do Cipó (PARNA Cipó), MG, e uma área com atividade agropecuária intensa, no município de Uberaba, MG. Apesar das diferenças no uso e ocupação do solo entre as áreas estudadas, os morcegos apresentaram respostas similares. Contudo, foi verificado que as guildas tróficas são afetadas diferentemente. Os morcegos frugívoros de ambas as áreas apresentaram menor atividade das enzimas SOD, CAT e GST e baixas concentrações de MDA, o que pode ser explicado pela maior ingestão de antioxidantes provenientes da dieta, além da menor produção de espécies reativas do oxigênio (EROs). A análise histopatológica do fígado revelou que os animais apresentaram prevalências similares nas duas áreas, com algumas diferenças relacionadas às guildas. Morcegos hematófagos do PARNA Cipó apresentaram maior prevalência de esteatose e, juntamente com morcegos frugívoros de Uberaba, apresentaram maiores frequências de balonamento, sugerindo que esses animais estão submetidos a fatores antropogênicos capazes de induzir distúrbios no metabolismo hepático. Os morcegos hematófagos de Uberaba apresentaram maior prevalência de inflamação portal, e os morcegos insetívoros de Uberaba apresentaram maiores prevalência de inflamação lobular e portal. Embora os perfis de uso e ocupação das áreas sejam diferentes, o estado de saúde dos animais é semelhante, havendo algumas diferenças entre guildas tróficas. Essas diferenças parecem estar relacionadas à maneira como cada grupo responde às alterações ambientais, além de aspectos da biologia e ecologia próprios de cada guilda. Considerando que morcegos de diferentes guildas tróficas apresentam respostas fisiológicas diferentes às alterações na paisagem, ressalta-se a importância de se conhecer as respostas de cada guilda para mensurar os prejuízos relacionados aos serviços ecossistêmicos prestados por esses animais, bem como determinar quais guildas ou espécies podem ser usadas como bioindicadores de qualidade ambiental.
id UFMG_6dea897aee058cb418a59d039f1e004f
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/38627
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Benito Soto Blancohttp://lattes.cnpq.br/5009042939501223Ana Tereza Bittencourt Guimarãeshttp://lattes.cnpq.br/7043053823250811Marilia Martins MeloMarcelo Pires Nogueira de CarvalhoSilvia RomãoSônia Aparecida TalamoniCamila Palhares Teixeirahttp://lattes.cnpq.br/9860451425696342Camila Guimarães Torquetti dos Santos2021-11-10T01:10:53Z2021-11-10T01:10:53Z2020-07-27http://hdl.handle.net/1843/38627A perda e fragmentação de hábitats é uma das maiores ameaças à biodiversidade e à manutenção dos serviços ecossistêmicos, podendo trazer implicações fisiológicas para a fauna silvestre. O objetivo desta tese foi avaliar como alterações na paisagem impactam a higidez de morcegos de diferentes guildas tróficas. No Capítulo 1 foi feita uma revisão bibliográfica abordando o estado da arte a respeito de morcegos e agrotóxicos. Foi observado que as pesquisas sobre o tema estão concentradas no Hemisfério Norte, principalmente nos EUA. Apenas 5% das espécies de todo mundo já foram estudadas, predominantemente espécies insetívoras. Os inseticidas foram os agrotóxicos mais pesquisados, principalmente os organoclorados. Dessa forma, o conhecimento sobre os efeitos de agrotóxicos em morcegos ainda é insuficiente para uma avaliação de risco de suas populações ou seu uso como bioindicadores. No Capítulo 2, foi apresentado um método para determinação de resíduos de 48 tipos de agrotóxicos por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas em músculo de morcego. O método de extração miniaturizado viabiliza análises de resíduos quando a quantidade de amostra é limitada. Além disso, por utilizar menor quantidade de reagentes reduz o custo, impacto no meio ambiente e na saúde dos pesquisadores, sendo, portanto, possível realizar este tipo de avaliações em morcegos como bioindicadores. No Capítulo 3, foi feita uma avaliação das implicações fisiológicas relacionadas a diferentes perfis de uso e ocupação do solo. Foram coletados morcegos de uma área de proteção, o Parque Nacional da Serra do Cipó (PARNA Cipó), MG, e uma área com atividade agropecuária intensa, no município de Uberaba, MG. Apesar das diferenças no uso e ocupação do solo entre as áreas estudadas, os morcegos apresentaram respostas similares. Contudo, foi verificado que as guildas tróficas são afetadas diferentemente. Os morcegos frugívoros de ambas as áreas apresentaram menor atividade das enzimas SOD, CAT e GST e baixas concentrações de MDA, o que pode ser explicado pela maior ingestão de antioxidantes provenientes da dieta, além da menor produção de espécies reativas do oxigênio (EROs). A análise histopatológica do fígado revelou que os animais apresentaram prevalências similares nas duas áreas, com algumas diferenças relacionadas às guildas. Morcegos hematófagos do PARNA Cipó apresentaram maior prevalência de esteatose e, juntamente com morcegos frugívoros de Uberaba, apresentaram maiores frequências de balonamento, sugerindo que esses animais estão submetidos a fatores antropogênicos capazes de induzir distúrbios no metabolismo hepático. Os morcegos hematófagos de Uberaba apresentaram maior prevalência de inflamação portal, e os morcegos insetívoros de Uberaba apresentaram maiores prevalência de inflamação lobular e portal. Embora os perfis de uso e ocupação das áreas sejam diferentes, o estado de saúde dos animais é semelhante, havendo algumas diferenças entre guildas tróficas. Essas diferenças parecem estar relacionadas à maneira como cada grupo responde às alterações ambientais, além de aspectos da biologia e ecologia próprios de cada guilda. Considerando que morcegos de diferentes guildas tróficas apresentam respostas fisiológicas diferentes às alterações na paisagem, ressalta-se a importância de se conhecer as respostas de cada guilda para mensurar os prejuízos relacionados aos serviços ecossistêmicos prestados por esses animais, bem como determinar quais guildas ou espécies podem ser usadas como bioindicadores de qualidade ambiental.The loss and fragmentation of habitats is one of the greatest threats to biodiversity and the maintenance of ecosystem services, and may have physiological implications for the wild fauna. The objective of this thesis was to evaluate how changes in the landscape may impact the health of bats from different trophic guilds. In Chapter 1, a bibliographic review was made addressing the state of the art regarding bats and pesticides. It was observed that research on the topic is concentrated in the Northern Hemisphere, mainly in the USA. Only 5% of the world's species have been studied, predominantly insectivorous species. Insecticides were the most searched pesticides, mainly organochlorines. Thus, the knowledge about the effects of pesticides on bats is still insufficient for a risk assessment of their populations or their use as bioindicators. In Chapter 2, a method for determining residues of 48 types of pesticides by gas chromatography coupled with mass spectrometry in bat muscle was presented. The miniaturized extraction method makes feasible the analysis when the volume of sample is limited. In addition, by using fewer reagents, it reduces the cost, impact on the environment and on the health of researchers, making it possible, therefore, to carry out this type of evaluation on bats as bioindicators. In Chapter 3, an assessment was made of the physiological changes linked to different lands use and occupation profiles. Bats were collected from a protected area, the Serra do Cipó National Park (PARNA Cipó), MG, Brazil, and an area with intense agricultural activity, in the municipality of Uberaba, MG, Brazil. Despite the differences in land use and occupation between the studied areas, bats showed similar responses. However, it was found that trophic guilds are affected differently. Frugivorous bats in both areas showed lower activity of the enzymes SOD, CAT and GST and low concentrations of MDA, which can be explained by the greater intake of antioxidants from the diet, in addition to the lower production of reactive oxigen species (ROS). Histopathological analysis of the liver revealed that the animals had similar prevalences in the two areas, with some differences related to the guilds. Hematophagous bats from PARNA Cipó had a higher prevalence of steatosis and, together with frugivorous bats from Uberaba, had higher frequencies of ballooning degeneration, suggesting that these animals are subjected to anthropogenic factors capable of inducing disturbances in hepatic metabolism. Hematophagous bats from Uberaba had a higher prevalence of portal inflammation, and insectivorous bats from Uberaba had a higher prevalence of lobular and portal inflammation. Although the profiles of use and occupation of the areas are different, the health status of the animals is similar, with some differences between trophic guilds. These differences seem to be related to the way each group responds to environmental changes, in addition to aspects of biology and ecology specific to each guild. Considering that bats from different trophic guilds present different physiological responses to changes in the landscape, the importance of knowing the responses of each guild to measure the losses related to the ecosystem services provided by these animals is emphasized, as well as determining which guilds or species can be used as bioindicators of environmental quality.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciência AnimalUFMGBrasilVET - DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIAMedicina veterináriaFisiologia vegetalMorcegosHistopatologia veterináriaAgrotóxicos e fisiologia de guildas alimentares de morcegos em diferentes paisagensinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTorquetti, 2020.pdfTorquetti, 2020.pdfapplication/pdf3315809https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38627/3/Torquetti%2c%202020.pdf6210410c4bfa2864bf89e9e6903bea17MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38627/4/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD541843/386272021-11-09 22:10:54.292oai:repositorio.ufmg.br:1843/38627TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-11-10T01:10:54Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Agrotóxicos e fisiologia de guildas alimentares de morcegos em diferentes paisagens
title Agrotóxicos e fisiologia de guildas alimentares de morcegos em diferentes paisagens
spellingShingle Agrotóxicos e fisiologia de guildas alimentares de morcegos em diferentes paisagens
Camila Guimarães Torquetti dos Santos
Fisiologia vegetal
Morcegos
Histopatologia veterinária
Medicina veterinária
title_short Agrotóxicos e fisiologia de guildas alimentares de morcegos em diferentes paisagens
title_full Agrotóxicos e fisiologia de guildas alimentares de morcegos em diferentes paisagens
title_fullStr Agrotóxicos e fisiologia de guildas alimentares de morcegos em diferentes paisagens
title_full_unstemmed Agrotóxicos e fisiologia de guildas alimentares de morcegos em diferentes paisagens
title_sort Agrotóxicos e fisiologia de guildas alimentares de morcegos em diferentes paisagens
author Camila Guimarães Torquetti dos Santos
author_facet Camila Guimarães Torquetti dos Santos
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Benito Soto Blanco
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5009042939501223
dc.contributor.advisor2.fl_str_mv Ana Tereza Bittencourt Guimarães
dc.contributor.advisor2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7043053823250811
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Marilia Martins Melo
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Marcelo Pires Nogueira de Carvalho
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Silvia Romão
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Sônia Aparecida Talamoni
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Camila Palhares Teixeira
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9860451425696342
dc.contributor.author.fl_str_mv Camila Guimarães Torquetti dos Santos
contributor_str_mv Benito Soto Blanco
Ana Tereza Bittencourt Guimarães
Marilia Martins Melo
Marcelo Pires Nogueira de Carvalho
Silvia Romão
Sônia Aparecida Talamoni
Camila Palhares Teixeira
dc.subject.por.fl_str_mv Fisiologia vegetal
Morcegos
Histopatologia veterinária
topic Fisiologia vegetal
Morcegos
Histopatologia veterinária
Medicina veterinária
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Medicina veterinária
description A perda e fragmentação de hábitats é uma das maiores ameaças à biodiversidade e à manutenção dos serviços ecossistêmicos, podendo trazer implicações fisiológicas para a fauna silvestre. O objetivo desta tese foi avaliar como alterações na paisagem impactam a higidez de morcegos de diferentes guildas tróficas. No Capítulo 1 foi feita uma revisão bibliográfica abordando o estado da arte a respeito de morcegos e agrotóxicos. Foi observado que as pesquisas sobre o tema estão concentradas no Hemisfério Norte, principalmente nos EUA. Apenas 5% das espécies de todo mundo já foram estudadas, predominantemente espécies insetívoras. Os inseticidas foram os agrotóxicos mais pesquisados, principalmente os organoclorados. Dessa forma, o conhecimento sobre os efeitos de agrotóxicos em morcegos ainda é insuficiente para uma avaliação de risco de suas populações ou seu uso como bioindicadores. No Capítulo 2, foi apresentado um método para determinação de resíduos de 48 tipos de agrotóxicos por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas em músculo de morcego. O método de extração miniaturizado viabiliza análises de resíduos quando a quantidade de amostra é limitada. Além disso, por utilizar menor quantidade de reagentes reduz o custo, impacto no meio ambiente e na saúde dos pesquisadores, sendo, portanto, possível realizar este tipo de avaliações em morcegos como bioindicadores. No Capítulo 3, foi feita uma avaliação das implicações fisiológicas relacionadas a diferentes perfis de uso e ocupação do solo. Foram coletados morcegos de uma área de proteção, o Parque Nacional da Serra do Cipó (PARNA Cipó), MG, e uma área com atividade agropecuária intensa, no município de Uberaba, MG. Apesar das diferenças no uso e ocupação do solo entre as áreas estudadas, os morcegos apresentaram respostas similares. Contudo, foi verificado que as guildas tróficas são afetadas diferentemente. Os morcegos frugívoros de ambas as áreas apresentaram menor atividade das enzimas SOD, CAT e GST e baixas concentrações de MDA, o que pode ser explicado pela maior ingestão de antioxidantes provenientes da dieta, além da menor produção de espécies reativas do oxigênio (EROs). A análise histopatológica do fígado revelou que os animais apresentaram prevalências similares nas duas áreas, com algumas diferenças relacionadas às guildas. Morcegos hematófagos do PARNA Cipó apresentaram maior prevalência de esteatose e, juntamente com morcegos frugívoros de Uberaba, apresentaram maiores frequências de balonamento, sugerindo que esses animais estão submetidos a fatores antropogênicos capazes de induzir distúrbios no metabolismo hepático. Os morcegos hematófagos de Uberaba apresentaram maior prevalência de inflamação portal, e os morcegos insetívoros de Uberaba apresentaram maiores prevalência de inflamação lobular e portal. Embora os perfis de uso e ocupação das áreas sejam diferentes, o estado de saúde dos animais é semelhante, havendo algumas diferenças entre guildas tróficas. Essas diferenças parecem estar relacionadas à maneira como cada grupo responde às alterações ambientais, além de aspectos da biologia e ecologia próprios de cada guilda. Considerando que morcegos de diferentes guildas tróficas apresentam respostas fisiológicas diferentes às alterações na paisagem, ressalta-se a importância de se conhecer as respostas de cada guilda para mensurar os prejuízos relacionados aos serviços ecossistêmicos prestados por esses animais, bem como determinar quais guildas ou espécies podem ser usadas como bioindicadores de qualidade ambiental.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-07-27
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-11-10T01:10:53Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-11-10T01:10:53Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/38627
url http://hdl.handle.net/1843/38627
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv VET - DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38627/3/Torquetti%2c%202020.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38627/4/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 6210410c4bfa2864bf89e9e6903bea17
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1793890903980507136