"A gente é muito maior, a gente é um corpo coletivo" : produções de si e de mundo a partir da ancestralidade, afetividade e intelectualidade de mulheres negras lésbicas e bissexuais
Ano de defesa: | 2019 |
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Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
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Departamento: |
FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/32730 |
Resumo: | As experiências de mulheres negras a partir do marco civilizatório colonial são atravessadas por ficções poderosas que reiteram a subalternização, a bestalização e a domesticação desse grupo. O apagamento dessas mulheres pelo etnocentrismo, epistemicídio, racismo, se agravam quando essas se afirmam lésbicas e bissexuais, adentrando o campo dos movimentos sociais que resistem a abordar raça e sexualidade de modo interseccional. Constituídas como o Outro da masculinidade, da branquitude e da heterossexualidade compulsória, mulheres negras lésbicas e bissexuais têm produzido interpelações e proposições de novos modos de organização política, de vivência da afetividade e de valorização e preservação da ancestralidade. O objetivo dessa tese é analisar as produções de si que mulheres negras realizam a partir das fissuras do sistema de gênero moderno/colonial. Os objetivos específicos foram: mapear os atravessamentos do sistema de gênero moderno/colonial nas narrativas destacando as reverberações deste na produção de sofrimento mental; Compreender como a busca pela ancestralidade da população negra, principalmente a aproximação com religiões de matriz africana, reverbera na ressignificação do sentido da existência delas; Refletir sobre as estratégias de decolonização das mulheres negras no que tange às experiências de afetividade e sexualidade, compreendendo a vivência da relações afetivas como potente signo da humanidade que constroem para si e; Conhecer as proposições de revoluções epistêmicas, artísticas, políticas, estéticas e sociais que as interlocutoras tem produzido a partir dos processos de decolonização de si e do mundo. As narrativas foram produzidas em doze encontros metodológicos junto à mulheres negras, entre as quais nove se afirmam lésbicas e três bissexuais, de Brasília, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais. Foram identificadas com nomes fictícios: Aqualtune, Audre, Esperança, Iyá Adetá, Lélia, Luiza, Na Agotimé, Neusa, Nieves, Teresa, Zacimba e Zeferina para garantia da confidencialidade. A metodologia do encontro aposta em um efeito abebénico, onde interlocutoras e pesquisadora representam sujeitas oriundas da mesma continuidade histórica, no que tange à raça, gênero, classe, geração e sexualidade, marcadores estruturais do sistema de gênero moderno/colonial. A partir das interpelações dessas mulheres é possível concluir sobre a urgência de se abordar o sofrimento mental como produto da abjeção imposta a indivíduos que representam grupos historicamente desumanizados; a necessidade de se compreender raça como espinha dorsal que articula outros marcadores identitários e reverbera na experiência afetiva e intelectual de mulheres negras; a ausência de produções sobre a existência de lésbicas negras e as complexidades e potencialidades da articulação entre mulheres pela afetividade, bem como a centralidade da ancestralidade na produção de estratégias de sobrevivência e de construção de sentidos a existência em meio ao lócus para fraturado. |
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Claudia Andrea Mayorga Borgeshttp://lattes.cnpq.br/8982681063835719Jeane Saskya Campos TavaresMaria de Fátima Lima SantosIsabela Saraiva de QueirozShirley Aparecida de MirandaClaudia Andrea Mayorga Borgeshttp://lattes.cnpq.br/0399493499741522Paula Rita Bacellar Gonzaga2020-03-06T10:45:02Z2020-03-06T10:45:02Z2019-12-20http://hdl.handle.net/1843/32730As experiências de mulheres negras a partir do marco civilizatório colonial são atravessadas por ficções poderosas que reiteram a subalternização, a bestalização e a domesticação desse grupo. O apagamento dessas mulheres pelo etnocentrismo, epistemicídio, racismo, se agravam quando essas se afirmam lésbicas e bissexuais, adentrando o campo dos movimentos sociais que resistem a abordar raça e sexualidade de modo interseccional. Constituídas como o Outro da masculinidade, da branquitude e da heterossexualidade compulsória, mulheres negras lésbicas e bissexuais têm produzido interpelações e proposições de novos modos de organização política, de vivência da afetividade e de valorização e preservação da ancestralidade. O objetivo dessa tese é analisar as produções de si que mulheres negras realizam a partir das fissuras do sistema de gênero moderno/colonial. Os objetivos específicos foram: mapear os atravessamentos do sistema de gênero moderno/colonial nas narrativas destacando as reverberações deste na produção de sofrimento mental; Compreender como a busca pela ancestralidade da população negra, principalmente a aproximação com religiões de matriz africana, reverbera na ressignificação do sentido da existência delas; Refletir sobre as estratégias de decolonização das mulheres negras no que tange às experiências de afetividade e sexualidade, compreendendo a vivência da relações afetivas como potente signo da humanidade que constroem para si e; Conhecer as proposições de revoluções epistêmicas, artísticas, políticas, estéticas e sociais que as interlocutoras tem produzido a partir dos processos de decolonização de si e do mundo. As narrativas foram produzidas em doze encontros metodológicos junto à mulheres negras, entre as quais nove se afirmam lésbicas e três bissexuais, de Brasília, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais. Foram identificadas com nomes fictícios: Aqualtune, Audre, Esperança, Iyá Adetá, Lélia, Luiza, Na Agotimé, Neusa, Nieves, Teresa, Zacimba e Zeferina para garantia da confidencialidade. A metodologia do encontro aposta em um efeito abebénico, onde interlocutoras e pesquisadora representam sujeitas oriundas da mesma continuidade histórica, no que tange à raça, gênero, classe, geração e sexualidade, marcadores estruturais do sistema de gênero moderno/colonial. A partir das interpelações dessas mulheres é possível concluir sobre a urgência de se abordar o sofrimento mental como produto da abjeção imposta a indivíduos que representam grupos historicamente desumanizados; a necessidade de se compreender raça como espinha dorsal que articula outros marcadores identitários e reverbera na experiência afetiva e intelectual de mulheres negras; a ausência de produções sobre a existência de lésbicas negras e as complexidades e potencialidades da articulação entre mulheres pela afetividade, bem como a centralidade da ancestralidade na produção de estratégias de sobrevivência e de construção de sentidos a existência em meio ao lócus para fraturado.The experiences of black women from the colonial civilization framework are crossed by powerful fictions that reiterate the subordination, bestialization and domestication of this group. The erasure of these women by ethnocentrism, epistemicide, racism, when tis aggravated when they assert themselves lesbian and bisexual, entering the field of social movements that resist addressing race and sexuality in an intersectional way. Constituted as the Other of masculinity, whiteness and compulsory heterosexuality, lesbian and bisexual black women have produced challenges and propositions of new modes of political organization, of experiencing affection and of valuing and preserving ancestry. The purpose of this thesis is to analyze the self productions that these black women are creating from the fissures of the modern/colonial gender system. The specific objectives were: mapping the intersections of the modern / colonial gender system in the narratives highlighting its reverberations in the production of mental suffering; understanding how the search for ancestry of the black population, especially the rapprochement with religions of African origin, reverberates in the resignification of the meaning of their existence; Reflecting on the decolonization strategies of black women regarding the experiences of affection and sexuality, understanding the experience of affective relationships as a potent humanity sign humanity that they build for themselves and; knowing the propositions of epistemic, artistic, political, aesthetic and social revolutions that the interlocutors have produced from the processes of decolonization of themselves and the world. The narratives were produced in twelve methodological meetings with black women, among which nine affirm themselves as lesbians and three as bisexuals, from Brasilia, Pernambuco, Bahia and Minas Gerais. They were identified with fictitious names: Aqualtune, Audre, Hope, Iyá Adetá, Lélia, Luiza, Na Agotimé, Neusa, Nieves, Teresa, Zacimba and Zeferina to ensure confidentiality. The methodology of the meeting bets on an abebenic effect, where interlocutors and researcherrepresent subjects from the same historical continuity, regarding race, gender, class, generation and sexuality, structural markers of the modern / colonial gender system. From the interpellations of these women, it is possible to conclude on the urgency of addressing mental suffering as a product of the abjection imposed on individuals who represent historically dehumanized groups; the need to understand race as the backbone that articulates other identity markers and reverberates in the affective and intellectual experience of black women; the absence of productions about the existence of black lesbians and the complexities and potentialities of the articulation between women through affection, as well as the centrality of ancestry in the production of survival strategies and meaning building for existence in the midst of the fractured locus.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIAMulheres Negras lésbicas e bissexuaisFeminismo Decolonial.Psicologia SocialFeminismo NegroMulheres negrasLésbicas negrasPsicologia socialSaúde mentalAncestralidadeAfetividadeIntelectuais negrasFeminismo negroFeminismo decolonial"A gente é muito maior, a gente é um corpo coletivo" : produções de si e de mundo a partir da ancestralidade, afetividade e intelectualidade de mulheres negras lésbicas e bissexuaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese paula gonzaga-editado.pdftese paula gonzaga-editado.pdfTese: "A GENTE É MUITO MAIOR, A GENTE É UM CORPO COLETIVO": Produções de si e de mundo a partir da ancestralidade, afetividade e intelectualidade de mulheres negras lésbicas e bissexuaisapplication/pdf2137744https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32730/1/tese%20paula%20gonzaga-editado.pdfa3529e207f2a1e03fab583d0d58ba166MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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