Gênero e saúde no Brasil: a (re)produção de desigualdades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Natalia Leao Siqueira
Orientador(a): Jorge Alexandre Barbosa Neves
Banca de defesa: Leticia Junqueira Marteleto, Yumi Garcia dos Santos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9RQHXL
Resumo: O presente estudo parte do pressuposto da existência da desigualdade em saúde entre homens e mulheres no Brasil e, assim, apresenta como objetivo principal responder às seguintes questões: a) essa desigualdade se apresenta independentemente da variável utilizada para medir a saúde? b) as características regionais do país e seus diferenciais sociais influenciam nos resultados da desigualdade em saúde por gênero? Buscando alcançar respostas a essas questões, o intuito é analisar os fatores sociais que impactam na saúde de homens e mulheres, a partir de uma construção social de gênero, nas macrorregiões do Brasil. Os dados, que contribuem para essa análise, são advindos de uma subamostra da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio de 2008 (PNAD/IBGE), na qual o questionário suplementar investigou características de saúde dos moradores dos domicílios brasileiros. As técnicas estatísticas amparam-se em análises de regressões logística binária e linear generalizada. Constatamos que, comparados homens e mulheres, existem demarcações de desigualdade em saúde em todas as regiões demográficas do Brasil. Ainda existe uma gradação na desigualdade em saúde dentro das próprias categorias mulher e homem, ao considerarmos raça, sendo que tal desigualdade segue respectivamente um acréscimo: homem branco, homem negro, mulher branca e mulher negra. A desigualdade em saúde por gênero se manifestou tanto ao utilizarmos a variável autoavaliação do estado de saúde, quanto no índice de doença crônica. Uma exceção se deu ao analisarmos através das macrorregiões, sendo que, na autoavaliação do estado de saúde, a única região brasileira que apresentou índices de desigualdade em saúde piores que o Nordeste foi a região Norte. Já no índice de doença crônica, todas as regiões manifestaram melhores índices, ao compararmos com o Nordeste.
id UFMG_72111772326aed6dece9c35992bebdf5
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9RQHXL
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Jorge Alexandre Barbosa NevesLeticia Junqueira MarteletoYumi Garcia dos SantosNatalia Leao Siqueira2019-08-10T13:02:22Z2019-08-10T13:02:22Z2014-04-04http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9RQHXLO presente estudo parte do pressuposto da existência da desigualdade em saúde entre homens e mulheres no Brasil e, assim, apresenta como objetivo principal responder às seguintes questões: a) essa desigualdade se apresenta independentemente da variável utilizada para medir a saúde? b) as características regionais do país e seus diferenciais sociais influenciam nos resultados da desigualdade em saúde por gênero? Buscando alcançar respostas a essas questões, o intuito é analisar os fatores sociais que impactam na saúde de homens e mulheres, a partir de uma construção social de gênero, nas macrorregiões do Brasil. Os dados, que contribuem para essa análise, são advindos de uma subamostra da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio de 2008 (PNAD/IBGE), na qual o questionário suplementar investigou características de saúde dos moradores dos domicílios brasileiros. As técnicas estatísticas amparam-se em análises de regressões logística binária e linear generalizada. Constatamos que, comparados homens e mulheres, existem demarcações de desigualdade em saúde em todas as regiões demográficas do Brasil. Ainda existe uma gradação na desigualdade em saúde dentro das próprias categorias mulher e homem, ao considerarmos raça, sendo que tal desigualdade segue respectivamente um acréscimo: homem branco, homem negro, mulher branca e mulher negra. A desigualdade em saúde por gênero se manifestou tanto ao utilizarmos a variável autoavaliação do estado de saúde, quanto no índice de doença crônica. Uma exceção se deu ao analisarmos através das macrorregiões, sendo que, na autoavaliação do estado de saúde, a única região brasileira que apresentou índices de desigualdade em saúde piores que o Nordeste foi a região Norte. Já no índice de doença crônica, todas as regiões manifestaram melhores índices, ao compararmos com o Nordeste.This current paperwork study assumes the existence of inequality in health between men and women, in Brazil, and thus, it presents as main objective to answer the following questions: a) Does this inequality present itself independent of the variable used to measure health? b) Do the regional characteristics of the country and their social differentials influence on inequality in health results by gender? Trying to reach answers to these questions, the intention is to analyze the social factors that impact on men and women health, from a social construction of gender, in the geographical regions of Brazil. The data that contribute to this analysis comes from a subsample of the 2008 National Survey by Household Sample (NSHS/BIGE), in which the supplementary questionnaire has investigated characteristics of Brazilian households residents health. Statistical techniques sustain in binary regression analysis and generalized linear logistic. We note that, compared men and women, there are demarcations of inequality in health in all geographic regions of Brazil. There is still a degree in health inequalities within their own categories "woman" and "man", when considering race, and such an increase inequality follows, respectively: white man, black man, white woman and black woman. The inequality in health by gender has manifested both when we use the self-assessment of health status variable, as the index of chronic disease. An exception occurred when analyzing across geographical regions, and in the self-assessment of health status, the only Brazilian region with indexes of inequality health worse than the northeast, was the northern region. In chronic disease index, all regions have presented higher rates when compared with northeast.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGSociologiaClasses sociaisSaúdeDesigualdade socialMacrorregiões brasileirasGêneroSaúdeGênero e saúde no Brasil: a (re)produção de desigualdadesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_pre_textual_e_textual_natalia_leao_final_ficha.pdfapplication/pdf1114760https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9RQHXL/1/disserta__o_pre_textual_e_textual_natalia_leao_final_ficha.pdf89e976b7e71e28b44207aaca58f46e6dMD51TEXTdisserta__o_pre_textual_e_textual_natalia_leao_final_ficha.pdf.txtdisserta__o_pre_textual_e_textual_natalia_leao_final_ficha.pdf.txtExtracted texttext/plain211847https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9RQHXL/2/disserta__o_pre_textual_e_textual_natalia_leao_final_ficha.pdf.txtf4a46ac2ed0a5306ecc55040dd35a692MD521843/BUOS-9RQHXL2019-11-14 05:15:12.818oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9RQHXLRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T08:15:12Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Gênero e saúde no Brasil: a (re)produção de desigualdades
title Gênero e saúde no Brasil: a (re)produção de desigualdades
spellingShingle Gênero e saúde no Brasil: a (re)produção de desigualdades
Natalia Leao Siqueira
Desigualdade social
Macrorregiões brasileiras
Gênero
Saúde
Sociologia
Classes sociais
Saúde
title_short Gênero e saúde no Brasil: a (re)produção de desigualdades
title_full Gênero e saúde no Brasil: a (re)produção de desigualdades
title_fullStr Gênero e saúde no Brasil: a (re)produção de desigualdades
title_full_unstemmed Gênero e saúde no Brasil: a (re)produção de desigualdades
title_sort Gênero e saúde no Brasil: a (re)produção de desigualdades
author Natalia Leao Siqueira
author_facet Natalia Leao Siqueira
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Jorge Alexandre Barbosa Neves
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Leticia Junqueira Marteleto
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Yumi Garcia dos Santos
dc.contributor.author.fl_str_mv Natalia Leao Siqueira
contributor_str_mv Jorge Alexandre Barbosa Neves
Leticia Junqueira Marteleto
Yumi Garcia dos Santos
dc.subject.por.fl_str_mv Desigualdade social
Macrorregiões brasileiras
Gênero
Saúde
topic Desigualdade social
Macrorregiões brasileiras
Gênero
Saúde
Sociologia
Classes sociais
Saúde
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Sociologia
Classes sociais
Saúde
description O presente estudo parte do pressuposto da existência da desigualdade em saúde entre homens e mulheres no Brasil e, assim, apresenta como objetivo principal responder às seguintes questões: a) essa desigualdade se apresenta independentemente da variável utilizada para medir a saúde? b) as características regionais do país e seus diferenciais sociais influenciam nos resultados da desigualdade em saúde por gênero? Buscando alcançar respostas a essas questões, o intuito é analisar os fatores sociais que impactam na saúde de homens e mulheres, a partir de uma construção social de gênero, nas macrorregiões do Brasil. Os dados, que contribuem para essa análise, são advindos de uma subamostra da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio de 2008 (PNAD/IBGE), na qual o questionário suplementar investigou características de saúde dos moradores dos domicílios brasileiros. As técnicas estatísticas amparam-se em análises de regressões logística binária e linear generalizada. Constatamos que, comparados homens e mulheres, existem demarcações de desigualdade em saúde em todas as regiões demográficas do Brasil. Ainda existe uma gradação na desigualdade em saúde dentro das próprias categorias mulher e homem, ao considerarmos raça, sendo que tal desigualdade segue respectivamente um acréscimo: homem branco, homem negro, mulher branca e mulher negra. A desigualdade em saúde por gênero se manifestou tanto ao utilizarmos a variável autoavaliação do estado de saúde, quanto no índice de doença crônica. Uma exceção se deu ao analisarmos através das macrorregiões, sendo que, na autoavaliação do estado de saúde, a única região brasileira que apresentou índices de desigualdade em saúde piores que o Nordeste foi a região Norte. Já no índice de doença crônica, todas as regiões manifestaram melhores índices, ao compararmos com o Nordeste.
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014-04-04
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-10T13:02:22Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-10T13:02:22Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9RQHXL
url http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9RQHXL
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9RQHXL/1/disserta__o_pre_textual_e_textual_natalia_leao_final_ficha.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9RQHXL/2/disserta__o_pre_textual_e_textual_natalia_leao_final_ficha.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 89e976b7e71e28b44207aaca58f46e6d
f4a46ac2ed0a5306ecc55040dd35a692
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1793890872684707840