A atribuição de estados mentais em atividades de tradução: um estudo conduzido por meio de rastreamento ocular e ressonância magnética funcional
Ano de defesa: | 2017 |
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Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos
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Departamento: |
FALE - FACULDADE DE LETRAS
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/34016 https://orcid.org/0000-0001-7494-5718 |
Resumo: | Com base na observação de Gutt (2000, p. 205) de que “os seres humanos possuem a notável habilidade de dizer em uma língua o que foi primeiramente dito em outra” e no pressuposto de que essa habilidade é direcionada pelo uso interpretativo de representações mentais (GUTT, 1991), esta tese, que se constitui na interface entre a Neurociência e os Estudos da Tradução, tem como objetivo investigar o impacto que a habilidade de atribuir estados mentais a si e a outrem -- conhecida como Teoria da Mente -- exerce sobre o fazer tradutório. Particularmente, procura-se observar evidências fisiológicas e neurofisiológicas atreladas à compreensão e produção de respostas diretas e indiretas. Para tanto, por meio da revisão dos postulados teórico-relevantistas (SPERBER; WILSON, 1986/95), esta tese entende a tradução como uma atividade de uso interpretativo interlingual (GUTT, 1991; 2004) e, portanto, se propõe a investigar a atribuição de estados mentais relacionados à comunicação inferencial (WILSON, 1999). Discute-se, também, as diferenças e similaridades entre a habilidade de atribuir estados mentais (Teoria da Mente) e a habilidade de representar tais representações (metarrepresentação). De maneira geral, defende-se nesta tese que a metarrepresentação, uma habilidade especializada, não deve ser tratada como sinônima à Teoria da Mente. O que se propõe, em contrapartida, é a existência de uma sinergia entre essas habilidades, devendo esta ser considerada na investigação de processos inferenciais relacionados às atividades de comunicação interlingual, como tarefas de leitura e de tradução. Para abordar essa questão empiricamente, apresenta-se um novo locus de pesquisa, em que estudantes de tradução e profissionais da tradução realizam tarefas de leitura e de tradução silenciosas de pequenas histórias em ambiente de rastreamento ocular e de ressonância magnética funcional. As histórias se iniciam por meio da apresentação dos personagens e do contexto em que estão inseridos. Em seguida, os personagens envolvem-se em um diálogo contendo quatro falas, que se encerra com o par pergunta-resposta. A resposta-alvo (resposta indireta) demanda o uso interpretativo de representações mentais e o uso da habilidade de atribuir estados mentais (A: Você gostou do meu novo corte de cabelo? B: É difícil achar um bom cabelereiro.) A resposta controle (resposta direta) demanda o uso descritivo de representações mentais sem fazer uso da habilidade de atribuir estados mentais (A: Onde posso achar um bom cabelereiro? B: É difícil achar um bom cabelereiro). As análises do efeito da tarefa (tradução vs leitura) e do efeito da condição (resposta direta vs resposta indireta) revelam diferenças significativas não somente em termos de esforço, mas também em termos processuais. |
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Fabio Alves da Silva Jr.http://lattes.cnpq.br/9416515750429105José Luiz Vila Real GonçalvesIgor Antônio Lourenço da SilvaAugusto BuchweitzAdolfo Martin Garciahttp://lattes.cnpq.br/4268095564673036Karina Sarto Szpak2020-08-18T17:15:53Z2020-08-18T17:15:53Z2017-12-15http://hdl.handle.net/1843/34016https://orcid.org/0000-0001-7494-5718Com base na observação de Gutt (2000, p. 205) de que “os seres humanos possuem a notável habilidade de dizer em uma língua o que foi primeiramente dito em outra” e no pressuposto de que essa habilidade é direcionada pelo uso interpretativo de representações mentais (GUTT, 1991), esta tese, que se constitui na interface entre a Neurociência e os Estudos da Tradução, tem como objetivo investigar o impacto que a habilidade de atribuir estados mentais a si e a outrem -- conhecida como Teoria da Mente -- exerce sobre o fazer tradutório. Particularmente, procura-se observar evidências fisiológicas e neurofisiológicas atreladas à compreensão e produção de respostas diretas e indiretas. Para tanto, por meio da revisão dos postulados teórico-relevantistas (SPERBER; WILSON, 1986/95), esta tese entende a tradução como uma atividade de uso interpretativo interlingual (GUTT, 1991; 2004) e, portanto, se propõe a investigar a atribuição de estados mentais relacionados à comunicação inferencial (WILSON, 1999). Discute-se, também, as diferenças e similaridades entre a habilidade de atribuir estados mentais (Teoria da Mente) e a habilidade de representar tais representações (metarrepresentação). De maneira geral, defende-se nesta tese que a metarrepresentação, uma habilidade especializada, não deve ser tratada como sinônima à Teoria da Mente. O que se propõe, em contrapartida, é a existência de uma sinergia entre essas habilidades, devendo esta ser considerada na investigação de processos inferenciais relacionados às atividades de comunicação interlingual, como tarefas de leitura e de tradução. Para abordar essa questão empiricamente, apresenta-se um novo locus de pesquisa, em que estudantes de tradução e profissionais da tradução realizam tarefas de leitura e de tradução silenciosas de pequenas histórias em ambiente de rastreamento ocular e de ressonância magnética funcional. As histórias se iniciam por meio da apresentação dos personagens e do contexto em que estão inseridos. Em seguida, os personagens envolvem-se em um diálogo contendo quatro falas, que se encerra com o par pergunta-resposta. A resposta-alvo (resposta indireta) demanda o uso interpretativo de representações mentais e o uso da habilidade de atribuir estados mentais (A: Você gostou do meu novo corte de cabelo? B: É difícil achar um bom cabelereiro.) A resposta controle (resposta direta) demanda o uso descritivo de representações mentais sem fazer uso da habilidade de atribuir estados mentais (A: Onde posso achar um bom cabelereiro? B: É difícil achar um bom cabelereiro). As análises do efeito da tarefa (tradução vs leitura) e do efeito da condição (resposta direta vs resposta indireta) revelam diferenças significativas não somente em termos de esforço, mas também em termos processuais.Drawing on Gutt’s (2000, p. 205) observation that “human beings have the remarkable ability of telling in one language what was first told in another language” and on the assumption that this ability is guided by the interpretive use of mental representations (GUTT, 1991), this thesis, lying at the interface between Neuroscience and Translation Studies, aims at investigating the impact of the ability to attribute mental states to oneself, and to others -- known as Theory of Mind -- on translation processing. More specifically, this thesis sets out to observe some physiological and neurophysiological evidence associated with either the production or the interpretation of direct and indirect replies. First, by reviewing the literature on influential accounts of Relevance Theory (SPERBER; WILSON, 1986/95), the thesis considers translation as an instance of interlingual interpretive use (GUTT, 1991; 2004) and looks into the attribution of mental states in inferential communication (WILSON, 1999). Building on the literature review, it examines differences and similarities between the ability to attribute mental states (Theory of Mind) and the ability to represent such representations (metarepresentation). In short, we argue that metarepresentation, as a specialized ability, should not be treated as synonymous with Theory of Mind. Nevertheless, we suggest that there is a potential synergy between these abilities that should be taken into consideration for the study of inferential processes in interlingual communication, including reading and translation tasks. In order to address this issue experimentally, we introduce a new locus of research, in which translation students and professional translators silently read and translate short scenarios in both eye-tracking and fMRI environments. Initially, information about the two lead characters in each scenario and any necessary background is presented to subjects participating in the experiment. The characters hold a brief four-turn dialogue culminating in a question-answer pair. The target answer (indirect reply) recruits the interpretive use of mental representations together with the ability to attribute mental states (A: Do you like my new hairstyle? B: It’s hard to find a good hair stylist.). The control answer (direct reply) recruits the descriptive use of mental representation only (A: Where can I find a good hair stylist? B: It’s hard to find a good hair stylist.). The factorial analysis revealed a significant effect of the task (translation vs reading) and of the condition (direct reply vs indirect reply) not only in terms of cognitive effort, but also in terms of cognitive process.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos LinguísticosUFMGBrasilFALE - FACULDADE DE LETRASTradução e interpretaçãoCognição – Aspectos psicológicosTradutoresTeoria da relevânciaRastreamento ocularRessonância magnética funcionalTeoria da MenteTeoria da RelevânciaMetarrepresentação em traduçãoEye trackingFunctional magnetic resonance imagingTheory of MindRelevance TheoryMetarepresentation in translationA atribuição de estados mentais em atividades de tradução: um estudo conduzido por meio de rastreamento ocular e ressonância magnética funcionalThe attribution of mental states in translation activities: an eye-tracking and a functional magnetic resonance imaging (fMRI) studyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALA_Atribuição_de_Estados_Mentais_em_Atividades_de_Tradução.pdfA_Atribuição_de_Estados_Mentais_em_Atividades_de_Tradução.pdfapplication/pdf5021226https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34016/1/A_Atribui%c3%a7%c3%a3o_de_Estados_Mentais_em_Atividades_de_Tradu%c3%a7%c3%a3o.pdf7dd2ec563945c25e7c931495741d2f36MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34016/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/340162020-08-19 07:33:11.299oai:repositorio.ufmg.br:1843/34016TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-08-19T10:33:11Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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