Os modos de (re)existir e de se organizar: Do “Grupo de Mulheres” às “Mulheres Organizadas Buscando Independência”

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Mariana Jária Martins lattes
Orientador(a): Cristiana Trindade Ituassu lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Administração
Departamento: FACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/30544
Resumo: Buscando fazer uma leitura do familiar da agricultura e das organizações rurais pela perspectiva feminista, o presente trabalho tem como objetivo compreender a produção das sujeitas da e na MOBI (Mulheres Organizadas Buscando Independência). Da MOBI, a partir da constituição da subjetividade de cada mulher, e na MOBI, pela subjetividade coletiva e pelas relações estabelecidas com a Cooperativa de Agricultores Familiares de Poço Fundo e Região. Para o desenvolvimento teórico do trabalho, recorro à aproximação dos estudos feministas com Foucault; à leitura pós-estruturalista de gênero e de sua performatividade enquanto dispositivo. Dos estudos foucaultianos, abordo as relações de poder e faço a leitura do patriarcado moderno do Ocidente como campo de atuação de seus dispositivos, o contrato de trabalho e o contrato de casamento; abordo a constituição das sujeitas do feminismo, a partir da sujeição e campos poder-saber; e a produção do feminino e do masculino acerca do trabalho na agricultura familiar. Do ponto de vista metodológico, apresento a pesquisa de campo, de caráter qualitativo que foi desenvolvida por meio das experiências, vivências e afetos produzidos pelo observar no cotidiano. A coconstrução dos dados coletados pelas entrevistas temáticas e com a história oral do grupo MOBI foi feita a partir do que foi vivido e experimentado por treze mulheres no coletivo. As análises das entrevistas transcritas foram feitas por meio da análise de conteúdo temática. Foram desenvolvidas duas categorias, uma categoria voltada para o entendimento do trabalho da mulher no contexto rural e outra sobre a história oral do grupo MOBI, a partir da genealogia foucaultiana. Por meio das análises, foi visto que as relações de poder-saber acerca do gênero produzem as sujeitas no meio rural quanto ao seu trabalho, o que acarreta a ainda persistente masculinização dos espaços organizacionais. No entanto, pelo caráter produtivo do poder, as Mulheres Organizadas Buscando Independência são produzidas, desde sua subjetividade individual até a coletiva. Elas criam um campo de possibilidades organizativas e seus próprios dispositivos para se fazerem presentes no contexto organizacional da relação MOBI-COOPAM.
id UFMG_8b6a11d5539565ff8fa9a1baed350b39
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/30544
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Cristiana Trindade Ituassuhttp://lattes.cnpq.br/0999677890116941http://lattes.cnpq.br/5858149117258813Mariana Jária Martins2019-10-18T17:48:45Z2019-10-18T17:48:45Z2019-05-31http://hdl.handle.net/1843/30544Buscando fazer uma leitura do familiar da agricultura e das organizações rurais pela perspectiva feminista, o presente trabalho tem como objetivo compreender a produção das sujeitas da e na MOBI (Mulheres Organizadas Buscando Independência). Da MOBI, a partir da constituição da subjetividade de cada mulher, e na MOBI, pela subjetividade coletiva e pelas relações estabelecidas com a Cooperativa de Agricultores Familiares de Poço Fundo e Região. Para o desenvolvimento teórico do trabalho, recorro à aproximação dos estudos feministas com Foucault; à leitura pós-estruturalista de gênero e de sua performatividade enquanto dispositivo. Dos estudos foucaultianos, abordo as relações de poder e faço a leitura do patriarcado moderno do Ocidente como campo de atuação de seus dispositivos, o contrato de trabalho e o contrato de casamento; abordo a constituição das sujeitas do feminismo, a partir da sujeição e campos poder-saber; e a produção do feminino e do masculino acerca do trabalho na agricultura familiar. Do ponto de vista metodológico, apresento a pesquisa de campo, de caráter qualitativo que foi desenvolvida por meio das experiências, vivências e afetos produzidos pelo observar no cotidiano. A coconstrução dos dados coletados pelas entrevistas temáticas e com a história oral do grupo MOBI foi feita a partir do que foi vivido e experimentado por treze mulheres no coletivo. As análises das entrevistas transcritas foram feitas por meio da análise de conteúdo temática. Foram desenvolvidas duas categorias, uma categoria voltada para o entendimento do trabalho da mulher no contexto rural e outra sobre a história oral do grupo MOBI, a partir da genealogia foucaultiana. Por meio das análises, foi visto que as relações de poder-saber acerca do gênero produzem as sujeitas no meio rural quanto ao seu trabalho, o que acarreta a ainda persistente masculinização dos espaços organizacionais. No entanto, pelo caráter produtivo do poder, as Mulheres Organizadas Buscando Independência são produzidas, desde sua subjetividade individual até a coletiva. Elas criam um campo de possibilidades organizativas e seus próprios dispositivos para se fazerem presentes no contexto organizacional da relação MOBI-COOPAM.The present study aims to understand the subjects' production from and in MOBI (Organized Women Seeking Independence) by seeking to read the familiar aspect of agriculture and rural organizations through the feminist perspective. From MOBI, as of the subjectivity constitution of every woman, and in MOBI, by the collective subjectivity and the relations established with COOPFAM (Family Farmers Cooperative of Poço Fundo). In relation to the theoretical framework, I resort to the feminist studies approach with Foucault; the post-structuralist reading of gender and its performativity as a device. Regarding the Foucauldian studies, I address the power relations and read the western modern patriarchy as a field of study of its devices, the employment contract and the marriage contract; I also approach the constitution of the feminism subjects as of subjection and power-knowledge fields; and the feminine and masculine production upon work in family farming. With respect to the methodological approach, I present the fieldwork, a qualitative research developed through the experiences and affections produced by observing daily life. The co-construction of the data collected through the thematic interviews and the MOBI oral history was made from the experiences of thirteen women in the collective. Moreover, the analyzes of the transcribed interviews were done by means of thematic content analysis. Two categories were developed, one aimed at understanding women work in the rural context and another focused on the MOBI oral history, based on the Foucauldian genealogy. Through the analyzes, it was perceived that the power-knowledge relations about gender produce the subjects in the rural environment in terms of their work, which still entails the persistent masculinization of organizational environments. Nonetheless, as a result of the productive nature of power, Organized Women Seeking Independence are produced from their individual subjectivity to their collective. They build a field of organizational possibilities and their own devices to be present in the organizational context of the MOBI-COOPAM relationship.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em AdministraçãoUFMGBrasilFACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessTrabalhadoras ruraisFeminismoEstudos interculturaisMulheresIdentidadeAdministraçãoGêneroRelações de poder-saberDispositivosConstituição das sujeitasSujeiçãoMOBIOs modos de (re)existir e de se organizar: Do “Grupo de Mulheres” às “Mulheres Organizadas Buscando Independência”Ways of (re) existing and organizing: From the “Women's Group” to the “Organized Women Seeking Independence”info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação-Os modos de (re)existir e de se organizar- Do Grupo de Mulheres às Mulheres Organizadas Buscando Independência-ABERTO.pdfDissertação-Os modos de (re)existir e de se organizar- Do Grupo de Mulheres às Mulheres Organizadas Buscando Independência-ABERTO.pdfABERTOapplication/pdf14515347https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30544/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o-Os%20modos%20de%20%28re%29existir%20e%20de%20se%20organizar-%20Do%20Grupo%20de%20Mulheres%20%c3%a0s%20Mulheres%20Organizadas%20Buscando%20Independ%c3%aancia-ABERTO.pdf3a0863217320a35ffa40225e1fc17383MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30544/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30544/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD53TEXTDissertação-Os modos de (re)existir e de se organizar- Do Grupo de Mulheres às Mulheres Organizadas Buscando Independência-ABERTO.pdf.txtDissertação-Os modos de (re)existir e de se organizar- Do Grupo de Mulheres às Mulheres Organizadas Buscando Independência-ABERTO.pdf.txtExtracted texttext/plain467887https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30544/4/Disserta%c3%a7%c3%a3o-Os%20modos%20de%20%28re%29existir%20e%20de%20se%20organizar-%20Do%20Grupo%20de%20Mulheres%20%c3%a0s%20Mulheres%20Organizadas%20Buscando%20Independ%c3%aancia-ABERTO.pdf.txt364e82c022ab382bdcaae21a64fa7d3dMD541843/305442019-11-14 13:01:04.859oai:repositorio.ufmg.br:1843/30544TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T16:01:04Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Os modos de (re)existir e de se organizar: Do “Grupo de Mulheres” às “Mulheres Organizadas Buscando Independência”
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Ways of (re) existing and organizing: From the “Women's Group” to the “Organized Women Seeking Independence”
title Os modos de (re)existir e de se organizar: Do “Grupo de Mulheres” às “Mulheres Organizadas Buscando Independência”
spellingShingle Os modos de (re)existir e de se organizar: Do “Grupo de Mulheres” às “Mulheres Organizadas Buscando Independência”
Mariana Jária Martins
Gênero
Relações de poder-saber
Dispositivos
Constituição das sujeitas
Sujeição
MOBI
Trabalhadoras rurais
Feminismo
Estudos interculturais
Mulheres
Identidade
Administração
title_short Os modos de (re)existir e de se organizar: Do “Grupo de Mulheres” às “Mulheres Organizadas Buscando Independência”
title_full Os modos de (re)existir e de se organizar: Do “Grupo de Mulheres” às “Mulheres Organizadas Buscando Independência”
title_fullStr Os modos de (re)existir e de se organizar: Do “Grupo de Mulheres” às “Mulheres Organizadas Buscando Independência”
title_full_unstemmed Os modos de (re)existir e de se organizar: Do “Grupo de Mulheres” às “Mulheres Organizadas Buscando Independência”
title_sort Os modos de (re)existir e de se organizar: Do “Grupo de Mulheres” às “Mulheres Organizadas Buscando Independência”
author Mariana Jária Martins
author_facet Mariana Jária Martins
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Cristiana Trindade Ituassu
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0999677890116941
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5858149117258813
dc.contributor.author.fl_str_mv Mariana Jária Martins
contributor_str_mv Cristiana Trindade Ituassu
dc.subject.por.fl_str_mv Gênero
Relações de poder-saber
Dispositivos
Constituição das sujeitas
Sujeição
MOBI
topic Gênero
Relações de poder-saber
Dispositivos
Constituição das sujeitas
Sujeição
MOBI
Trabalhadoras rurais
Feminismo
Estudos interculturais
Mulheres
Identidade
Administração
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Trabalhadoras rurais
Feminismo
Estudos interculturais
Mulheres
Identidade
Administração
description Buscando fazer uma leitura do familiar da agricultura e das organizações rurais pela perspectiva feminista, o presente trabalho tem como objetivo compreender a produção das sujeitas da e na MOBI (Mulheres Organizadas Buscando Independência). Da MOBI, a partir da constituição da subjetividade de cada mulher, e na MOBI, pela subjetividade coletiva e pelas relações estabelecidas com a Cooperativa de Agricultores Familiares de Poço Fundo e Região. Para o desenvolvimento teórico do trabalho, recorro à aproximação dos estudos feministas com Foucault; à leitura pós-estruturalista de gênero e de sua performatividade enquanto dispositivo. Dos estudos foucaultianos, abordo as relações de poder e faço a leitura do patriarcado moderno do Ocidente como campo de atuação de seus dispositivos, o contrato de trabalho e o contrato de casamento; abordo a constituição das sujeitas do feminismo, a partir da sujeição e campos poder-saber; e a produção do feminino e do masculino acerca do trabalho na agricultura familiar. Do ponto de vista metodológico, apresento a pesquisa de campo, de caráter qualitativo que foi desenvolvida por meio das experiências, vivências e afetos produzidos pelo observar no cotidiano. A coconstrução dos dados coletados pelas entrevistas temáticas e com a história oral do grupo MOBI foi feita a partir do que foi vivido e experimentado por treze mulheres no coletivo. As análises das entrevistas transcritas foram feitas por meio da análise de conteúdo temática. Foram desenvolvidas duas categorias, uma categoria voltada para o entendimento do trabalho da mulher no contexto rural e outra sobre a história oral do grupo MOBI, a partir da genealogia foucaultiana. Por meio das análises, foi visto que as relações de poder-saber acerca do gênero produzem as sujeitas no meio rural quanto ao seu trabalho, o que acarreta a ainda persistente masculinização dos espaços organizacionais. No entanto, pelo caráter produtivo do poder, as Mulheres Organizadas Buscando Independência são produzidas, desde sua subjetividade individual até a coletiva. Elas criam um campo de possibilidades organizativas e seus próprios dispositivos para se fazerem presentes no contexto organizacional da relação MOBI-COOPAM.
publishDate 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-10-18T17:48:45Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-10-18T17:48:45Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-05-31
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/30544
url http://hdl.handle.net/1843/30544
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Administração
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30544/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o-Os%20modos%20de%20%28re%29existir%20e%20de%20se%20organizar-%20Do%20Grupo%20de%20Mulheres%20%c3%a0s%20Mulheres%20Organizadas%20Buscando%20Independ%c3%aancia-ABERTO.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30544/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30544/3/license.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30544/4/Disserta%c3%a7%c3%a3o-Os%20modos%20de%20%28re%29existir%20e%20de%20se%20organizar-%20Do%20Grupo%20de%20Mulheres%20%c3%a0s%20Mulheres%20Organizadas%20Buscando%20Independ%c3%aancia-ABERTO.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 3a0863217320a35ffa40225e1fc17383
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
364e82c022ab382bdcaae21a64fa7d3d
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1793890982107807744