Belo Horizonte: a spatial narrative in three episodes

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Patricia Capanema Alvares Fernandes
• Orientador(a): Jupira Gomes de Mendonca
• Banca de defesa: Rita de Cassia Lucena Velloso, Eliana Rosa De Queiroz Barbosa, Bernard Declève, Joris Scheers, Peter Andreas Gotsch
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
• Palavras-chave em Português: Belo Horizonte Brasil; Urbanismo; Cartografia; História urbana
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/MMMD-BDHJ9V

A tese apresenta uma história episódica da urbanização em Belo Horizonte, com foco em práticas, processos, projetos e procedimentos que resultaram em importantes transformações espaciais no território expandido desta cidade. Três episódios importantes que desencadearam períodos de mudanças críticas na história urbana desta cidade foram selecionados: a fundação da cidade (1897), a inauguração da Pampulha, sua primeira cidade satélite (1943) e os recentes desenvolvimentos urbanos em Nova Lima, seu município vizinho (a partir da década de 1950). Apesar dos episódios apresentarem momentos, motivações e resultados espaciais bem distintos, os mesmos são analisados comparativamente, em busca de semelhanças ainda desconhecidas ao invés de evidentes diferenças. A hipótese da tese é que quaisquer que sejam os planos e ideologias aplicados, padrões comuns podem ser encontrados ao se observar, através dos episódios, uma longa história da urbanização. Alguns são: dramáticas manipulações do solo, infra estruturação pelas mãos do Estado, legislação urbana, alinhamentos do público-privado, que conduzem várias formas de segregação sócio-espacial. Através da análise dos casos, a tese expõe quais são as lógicas que operam planos e outros discursos e quais são os modus operandi da construção cotidiana da cidade em Belo Horizonte. A partir de uma reflexão sobre os padrões históricos de urbanização na região, a tese constrói lentes interpretativas específicas para a interpretação dos episódios. O conceito de paisagem permite explicar processos de transformação espacial em amplos territórios ao incluir temas como ecologia, mineração e agricultura à questão urbana. A noção de constelação permite revelar uma assemblage, ou montagem, de ações e instrumentos que impactam o espaço ao mesmo tempo em que aborda as práticas e o espaço de maneira relacional. O foco em investimentos revela mais diretamente as práticas transformadoras do espaço e os esforços empregados na sua urbanização. Com o objetivo de diversificar as fontes da história urbana, o método cartográfico foi explorado duplamente: como uma ferramenta investigativa e como um método para produzir uma narrativa visual de uma história do espaço.