A proporção de Mata Atlântica remanescente no entorno de áreas urbanas relaciona-se à incidência de dengue?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Maíra Moreira Morais lattes
Orientador(a): Álvaro Eduardo Eiras lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservacao e Manejo da Vida Silvestre
Departamento: ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/36050
Resumo: O desmatamento altera as paisagens e resulta em modificaçãos nas condições bióticas e abióticas dos remanescentes de vegetação e principalmente das áreas desmatadas. Tais modificações podem alterar os habitats ocupados por vetores aumentando a ocorrência de doenças vinculadas aos ambientes onde ocorreram as fragmentações ou às novas áreas devastadas. Considerando a dengue como uma doença transmitida por vetores, sua ocorrência pode diminuir em locais com cobertura vegetal, através da diminuição da capacidade vetorial do mosquito vetor, resultado de condições ambientais menos favoráveis ao ciclo de vida dos mesmos. Os remanescentes de vegetação podem também ser um agravante para ocorrência da dengue, funcionando como refúgio para os mosquitos no período que a área urbana torna-se inadequada para a sobrevivência dos mesmos. Neste trabalho, foram realizados dois estudos, separados em dois capítulos. No primeiro capítulo, foi utilizada a prevalência de Dengue em 67 municípios, analisando se há relação entre a doença, a cobertura vegetal, tamanho populacional, IFDM e o PIB. Através de Regressões Linear, as seguintes hipóteses foram analisadas: i) A proporção da vegetação Mata Atlântica no entorno dos municípios terá influência prevalência da doença? Foram realizadas duas metodologias nessa hipótese: a) A partir das dimensões e do tamanho populacional do município, obteve-se um raio em torno da área urbana, chamada “área de influência”, dentro da qual toda vegetação de Mata Atlântica foi aferida. b) A partir de um “buffer” de 500 metros em torno da área urbana da cidade, aferindo-se todos os fragmentos de vegetação que tocassem o “buffer”. Todo fragmento que tocou o buffer foi inteiramente medido. Não houve efeito da área de Mata Atlântica sobre a incidência de Dengue em ambas as amostragens (‘área de influência’: n = 67, p = 0,15, R² = 0,06; “buffer”: n = 67, p = 0,1, R² = -0,01). ii) O tamanho populacional dos municípios terá influência na proporção da população doente? Não houve relação entre as variáveis (n = 67, p = 0,09, R² = 0,1). iii) O PIB per capita dos municípios terá influência na proporção da população doente? Houve relação entre as variáveis (n = 67, p = 0,00, R² = 0,42). iv) O IFDM dos municípios terá influência na proporção da população doente? houve relação entre o as variáveis: n = 67, p = 0.70, Inclinação = -1,24, R² = -0,01. O segundo capítulo utilizou dados de coleta da armadilha MosquiTrap, no município de Governador Valadares, MG, para observar se há áreas preferenciais de forrageamento de Aedes aegypti e Aedes albopictus em relação os fragmentos da vegetação de Mata Atlântica, imersas na área urbana e ao seu redor. Também foi observado se há diferenças de captura em relação à quantidade de vegetação (arborização urbana) ao redor da armadilha. Testou-se as seguintes hipóteses: i) Há diferença de captura dos mosquitos em relação à distâncias que as armadilhas estão dos fragmentos e à quantidade de arborização no entorno delas? Para as análises com Ae. albopictus, utilizou-se Regressão Múltipla e não foi observada relação significativa (Distâncias: p = 0,2118, Inclinação = 0,00; R2 = 0,03; Área de Vegetação: p = 0,0921, Inclinação = 0.00, R2 = 0,03). Considerando o vetor Ae. aegypti, utilizou-se Regressão Logística Múltipla e também não houve relação entre a presença de sua captura com as distâncias dos fragmentos e com as áreas de cobertura vegetal ao redor da armadilha (Distâncias: p = 0,30; Área de Vegetação: p = 0,989). ii) Há diferença na captura dos vetores nos períodos de seca e chuva? Utilizou-se Test T para amostras dependentes e não foi observada diferença estatística na captura dos mosquitos nos dois períodos: Ae. aegypti (t = -1,854, p = 0,07); Ae. albopictus (t = 1,31, p = 0,19). iii) Há relação entre a captura dos vetores e os casos de dengue? Foi utilizada Regressão Simples e houve relação significativa entre a captura de Ae. aegypti e os casos de dengue (p = 0,027, Inclinação = 1,71, R2 = 0,41). No entanto, não houve relação entre a captura de Ae. albopicuts e os casos de dengue (p = 016, Inclinação = -1,27, R2 = 0,13). Esses resultados, em conjunto, evidenciam que o clima, a sazonalidade e os fatores socioeconômicos são mais relevantes que a presença ou quantidade de vegetação para a transmissão da doença e devem ser considerados no planejamento de medidas de controle do vetor Ae. aegypti. No entanto, é necessário estudos que abordem a importância dos fragmentos de vegetação no ciclo de vida dos mosquitos, já que no interior e nas bordas da vegetação as condições bióticas e abióticos são muito distintas das áreas urbanas, podendo a vegetação servir como local de refúgio para os mosquitos no período que as condições da área urbana tornam-se desfavoráveis.
id UFMG_a793aa1fbffec06ec715aa3bfb776a64
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/36050
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Álvaro Eduardo Eirashttp://lattes.cnpq.br/2761389246297718Rogério P. Martinshttp://lattes.cnpq.br/3383665049945111Maíra Moreira Morais2021-05-24T14:36:28Z2021-05-24T14:36:28Z2011-02-28http://hdl.handle.net/1843/36050O desmatamento altera as paisagens e resulta em modificaçãos nas condições bióticas e abióticas dos remanescentes de vegetação e principalmente das áreas desmatadas. Tais modificações podem alterar os habitats ocupados por vetores aumentando a ocorrência de doenças vinculadas aos ambientes onde ocorreram as fragmentações ou às novas áreas devastadas. Considerando a dengue como uma doença transmitida por vetores, sua ocorrência pode diminuir em locais com cobertura vegetal, através da diminuição da capacidade vetorial do mosquito vetor, resultado de condições ambientais menos favoráveis ao ciclo de vida dos mesmos. Os remanescentes de vegetação podem também ser um agravante para ocorrência da dengue, funcionando como refúgio para os mosquitos no período que a área urbana torna-se inadequada para a sobrevivência dos mesmos. Neste trabalho, foram realizados dois estudos, separados em dois capítulos. No primeiro capítulo, foi utilizada a prevalência de Dengue em 67 municípios, analisando se há relação entre a doença, a cobertura vegetal, tamanho populacional, IFDM e o PIB. Através de Regressões Linear, as seguintes hipóteses foram analisadas: i) A proporção da vegetação Mata Atlântica no entorno dos municípios terá influência prevalência da doença? Foram realizadas duas metodologias nessa hipótese: a) A partir das dimensões e do tamanho populacional do município, obteve-se um raio em torno da área urbana, chamada “área de influência”, dentro da qual toda vegetação de Mata Atlântica foi aferida. b) A partir de um “buffer” de 500 metros em torno da área urbana da cidade, aferindo-se todos os fragmentos de vegetação que tocassem o “buffer”. Todo fragmento que tocou o buffer foi inteiramente medido. Não houve efeito da área de Mata Atlântica sobre a incidência de Dengue em ambas as amostragens (‘área de influência’: n = 67, p = 0,15, R² = 0,06; “buffer”: n = 67, p = 0,1, R² = -0,01). ii) O tamanho populacional dos municípios terá influência na proporção da população doente? Não houve relação entre as variáveis (n = 67, p = 0,09, R² = 0,1). iii) O PIB per capita dos municípios terá influência na proporção da população doente? Houve relação entre as variáveis (n = 67, p = 0,00, R² = 0,42). iv) O IFDM dos municípios terá influência na proporção da população doente? houve relação entre o as variáveis: n = 67, p = 0.70, Inclinação = -1,24, R² = -0,01. O segundo capítulo utilizou dados de coleta da armadilha MosquiTrap, no município de Governador Valadares, MG, para observar se há áreas preferenciais de forrageamento de Aedes aegypti e Aedes albopictus em relação os fragmentos da vegetação de Mata Atlântica, imersas na área urbana e ao seu redor. Também foi observado se há diferenças de captura em relação à quantidade de vegetação (arborização urbana) ao redor da armadilha. Testou-se as seguintes hipóteses: i) Há diferença de captura dos mosquitos em relação à distâncias que as armadilhas estão dos fragmentos e à quantidade de arborização no entorno delas? Para as análises com Ae. albopictus, utilizou-se Regressão Múltipla e não foi observada relação significativa (Distâncias: p = 0,2118, Inclinação = 0,00; R2 = 0,03; Área de Vegetação: p = 0,0921, Inclinação = 0.00, R2 = 0,03). Considerando o vetor Ae. aegypti, utilizou-se Regressão Logística Múltipla e também não houve relação entre a presença de sua captura com as distâncias dos fragmentos e com as áreas de cobertura vegetal ao redor da armadilha (Distâncias: p = 0,30; Área de Vegetação: p = 0,989). ii) Há diferença na captura dos vetores nos períodos de seca e chuva? Utilizou-se Test T para amostras dependentes e não foi observada diferença estatística na captura dos mosquitos nos dois períodos: Ae. aegypti (t = -1,854, p = 0,07); Ae. albopictus (t = 1,31, p = 0,19). iii) Há relação entre a captura dos vetores e os casos de dengue? Foi utilizada Regressão Simples e houve relação significativa entre a captura de Ae. aegypti e os casos de dengue (p = 0,027, Inclinação = 1,71, R2 = 0,41). No entanto, não houve relação entre a captura de Ae. albopicuts e os casos de dengue (p = 016, Inclinação = -1,27, R2 = 0,13). Esses resultados, em conjunto, evidenciam que o clima, a sazonalidade e os fatores socioeconômicos são mais relevantes que a presença ou quantidade de vegetação para a transmissão da doença e devem ser considerados no planejamento de medidas de controle do vetor Ae. aegypti. No entanto, é necessário estudos que abordem a importância dos fragmentos de vegetação no ciclo de vida dos mosquitos, já que no interior e nas bordas da vegetação as condições bióticas e abióticos são muito distintas das áreas urbanas, podendo a vegetação servir como local de refúgio para os mosquitos no período que as condições da área urbana tornam-se desfavoráveis.Deforestation alters the landscape and resulting in a change in biotic and abiotic conditions of the remaining vegetation and mostly deforested areas. Such changes may alter the habitats occupied by vectors increasing occurrence of diseases linked to the environments in which there were fragmentation or new areas devastated. Considering the dengue vector-borne disease, its occurrence may decrease in areas with vegetation cover, by reducing the vectorial capacity of mosquito vectors, the result of environmental conditions less favorable to the life cycle of the same. The remnants of vegetation can also be an aggravating factor for the occurrence of dengue, functioning as a haven for mosquitoes during the urban area becomes unsuitable for survival. In this work, two studies were performed, separated into two chapters. In the first chapter, we used the prevalence of Dengue in 67 counties, examining whether there is a relation between the disease, land cover, population size, PIB and IFDM. Through simple regressions, the following hypotheses were examined: i) the proportion of vegetation in the vicinity of the Atlantic cities will influence the prevalence of the disease? There were two methodologies such circumstances: a) From the dimensions and size of county population, we obtained a radius around the urban area, called "area of influence" within which the entire Atlantic Forest vegetation was measured. b) from a buffer of 500 meters around the area of the town, checking out all the fragments of vegetation that touch the buffer. Every piece that touched the buffer has been fully measured. No effect of the Atlantic Forest on the incidence of dengue in both samples ("area of influence": n = 67, p = 0.15, R² = 0.06, “buffer”: n = 67, p = 0.1, R² = -0.01). ii) The municipal populations will influence the proportion of people sick? There was no relationship between variables (n = 67, p = 0.09, R² = 0.1). iii) PIB per capita of cities will influence the proportion of people sick? There was a relationship between variables (n = 67, p = 0.00, R² = 0.42). iv) The IFDM municipalities will influence the proportion of people sick? was no relationship between the variables: n = 67, p = 0.70, slope = -1.24, R² = -0.01. The second chapter collected data MosquiTRAP trap in the city of Governador Valadares, to see if there are preferred foraging areas of Aedes aegypti and Aedes albopictus in relation fragments of Atlantic Forest vegetation, immersed in the urban area and its surroundings. It was also noted that there are differences in catch relative to the amount of vegetation (urban forestry) around the trap. We tested the following hypotheses: i) There is difference of catch of mosquitoes in relation to the distances that the traps are fragments and the amount of trees in the surrounding areas? For analysis with Ae. albopictus, we used multiple regression and no significant relationship was observed (Distance: p = 0.2118, slope = 0.00, R ² = 0.03; Area Vegetation: p = 0.0921, slope = 0.00, R² = 0.03). Considering the vector Ae. aegypti, we used multiple logistic regression and there was no relationship between the presence of his capture with the distances of the fragments and areas of vegetation around the trap (Distance: p = 0.30; Area Vegetation: p = 0.989). ii) There is a difference in the capture of the vectors in periods of drought and rain? We used t test for dependent samples and there was no statistical difference in the capture of mosquitoes in two periods: Ae. aegypti (t = -1.854, p = 0.07), Ae. albopictus (t = 1.31, p = 0.19). iii) There is a relationship between capture and vectors of dengue cases? Simple regression was used and there was a significant relationship between the capture of Ae. aegypti and dengue fever (p = 0.027, slope = 1.71, R² = 0.41). However, there was no relationship between the capture of Ae. albopicuts and dengue fever (p = 016, slope = -1.27, R² = 0.13). These results, taken together, show that the climate, seasonal and socioeconomic factors are more relevant than the presence or amount of vegetation for disease transmission and should be considered when planning measures to control the vector Ae. aegypti. However, it is necessary studies that address the importance of fragments of vegetation in the life cycle of mosquitoes, since the interior and edges of vegetation biotic and abiotic conditions are very different from urban areas, the vegetation may serve as a place of refuge for mosquitoes in the period that the conditions of the urban area becomes unfavorable.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoOutra AgênciaporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ecologia, Conservacao e Manejo da Vida SilvestreUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessEcologiaMata AtlânticaÁrea urbanaDengueEcologiaA proporção de Mata Atlântica remanescente no entorno de áreas urbanas relaciona-se à incidência de dengue?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALA DISSERTAÇÃO.pdfA DISSERTAÇÃO.pdfapplication/pdf1380714https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36050/1/A%20DISSERTA%c3%87%c3%83O.pdf0383eade8bfe8b5a16228fa6ba10cd67MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36050/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36050/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/360502021-05-24 11:36:28.784oai:repositorio.ufmg.br:1843/36050TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-05-24T14:36:28Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A proporção de Mata Atlântica remanescente no entorno de áreas urbanas relaciona-se à incidência de dengue?
title A proporção de Mata Atlântica remanescente no entorno de áreas urbanas relaciona-se à incidência de dengue?
spellingShingle A proporção de Mata Atlântica remanescente no entorno de áreas urbanas relaciona-se à incidência de dengue?
Maíra Moreira Morais
Ecologia
Ecologia
Mata Atlântica
Área urbana
Dengue
title_short A proporção de Mata Atlântica remanescente no entorno de áreas urbanas relaciona-se à incidência de dengue?
title_full A proporção de Mata Atlântica remanescente no entorno de áreas urbanas relaciona-se à incidência de dengue?
title_fullStr A proporção de Mata Atlântica remanescente no entorno de áreas urbanas relaciona-se à incidência de dengue?
title_full_unstemmed A proporção de Mata Atlântica remanescente no entorno de áreas urbanas relaciona-se à incidência de dengue?
title_sort A proporção de Mata Atlântica remanescente no entorno de áreas urbanas relaciona-se à incidência de dengue?
author Maíra Moreira Morais
author_facet Maíra Moreira Morais
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Álvaro Eduardo Eiras
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2761389246297718
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Rogério P. Martins
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3383665049945111
dc.contributor.author.fl_str_mv Maíra Moreira Morais
contributor_str_mv Álvaro Eduardo Eiras
Rogério P. Martins
dc.subject.por.fl_str_mv Ecologia
topic Ecologia
Ecologia
Mata Atlântica
Área urbana
Dengue
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Ecologia
Mata Atlântica
Área urbana
Dengue
description O desmatamento altera as paisagens e resulta em modificaçãos nas condições bióticas e abióticas dos remanescentes de vegetação e principalmente das áreas desmatadas. Tais modificações podem alterar os habitats ocupados por vetores aumentando a ocorrência de doenças vinculadas aos ambientes onde ocorreram as fragmentações ou às novas áreas devastadas. Considerando a dengue como uma doença transmitida por vetores, sua ocorrência pode diminuir em locais com cobertura vegetal, através da diminuição da capacidade vetorial do mosquito vetor, resultado de condições ambientais menos favoráveis ao ciclo de vida dos mesmos. Os remanescentes de vegetação podem também ser um agravante para ocorrência da dengue, funcionando como refúgio para os mosquitos no período que a área urbana torna-se inadequada para a sobrevivência dos mesmos. Neste trabalho, foram realizados dois estudos, separados em dois capítulos. No primeiro capítulo, foi utilizada a prevalência de Dengue em 67 municípios, analisando se há relação entre a doença, a cobertura vegetal, tamanho populacional, IFDM e o PIB. Através de Regressões Linear, as seguintes hipóteses foram analisadas: i) A proporção da vegetação Mata Atlântica no entorno dos municípios terá influência prevalência da doença? Foram realizadas duas metodologias nessa hipótese: a) A partir das dimensões e do tamanho populacional do município, obteve-se um raio em torno da área urbana, chamada “área de influência”, dentro da qual toda vegetação de Mata Atlântica foi aferida. b) A partir de um “buffer” de 500 metros em torno da área urbana da cidade, aferindo-se todos os fragmentos de vegetação que tocassem o “buffer”. Todo fragmento que tocou o buffer foi inteiramente medido. Não houve efeito da área de Mata Atlântica sobre a incidência de Dengue em ambas as amostragens (‘área de influência’: n = 67, p = 0,15, R² = 0,06; “buffer”: n = 67, p = 0,1, R² = -0,01). ii) O tamanho populacional dos municípios terá influência na proporção da população doente? Não houve relação entre as variáveis (n = 67, p = 0,09, R² = 0,1). iii) O PIB per capita dos municípios terá influência na proporção da população doente? Houve relação entre as variáveis (n = 67, p = 0,00, R² = 0,42). iv) O IFDM dos municípios terá influência na proporção da população doente? houve relação entre o as variáveis: n = 67, p = 0.70, Inclinação = -1,24, R² = -0,01. O segundo capítulo utilizou dados de coleta da armadilha MosquiTrap, no município de Governador Valadares, MG, para observar se há áreas preferenciais de forrageamento de Aedes aegypti e Aedes albopictus em relação os fragmentos da vegetação de Mata Atlântica, imersas na área urbana e ao seu redor. Também foi observado se há diferenças de captura em relação à quantidade de vegetação (arborização urbana) ao redor da armadilha. Testou-se as seguintes hipóteses: i) Há diferença de captura dos mosquitos em relação à distâncias que as armadilhas estão dos fragmentos e à quantidade de arborização no entorno delas? Para as análises com Ae. albopictus, utilizou-se Regressão Múltipla e não foi observada relação significativa (Distâncias: p = 0,2118, Inclinação = 0,00; R2 = 0,03; Área de Vegetação: p = 0,0921, Inclinação = 0.00, R2 = 0,03). Considerando o vetor Ae. aegypti, utilizou-se Regressão Logística Múltipla e também não houve relação entre a presença de sua captura com as distâncias dos fragmentos e com as áreas de cobertura vegetal ao redor da armadilha (Distâncias: p = 0,30; Área de Vegetação: p = 0,989). ii) Há diferença na captura dos vetores nos períodos de seca e chuva? Utilizou-se Test T para amostras dependentes e não foi observada diferença estatística na captura dos mosquitos nos dois períodos: Ae. aegypti (t = -1,854, p = 0,07); Ae. albopictus (t = 1,31, p = 0,19). iii) Há relação entre a captura dos vetores e os casos de dengue? Foi utilizada Regressão Simples e houve relação significativa entre a captura de Ae. aegypti e os casos de dengue (p = 0,027, Inclinação = 1,71, R2 = 0,41). No entanto, não houve relação entre a captura de Ae. albopicuts e os casos de dengue (p = 016, Inclinação = -1,27, R2 = 0,13). Esses resultados, em conjunto, evidenciam que o clima, a sazonalidade e os fatores socioeconômicos são mais relevantes que a presença ou quantidade de vegetação para a transmissão da doença e devem ser considerados no planejamento de medidas de controle do vetor Ae. aegypti. No entanto, é necessário estudos que abordem a importância dos fragmentos de vegetação no ciclo de vida dos mosquitos, já que no interior e nas bordas da vegetação as condições bióticas e abióticos são muito distintas das áreas urbanas, podendo a vegetação servir como local de refúgio para os mosquitos no período que as condições da área urbana tornam-se desfavoráveis.
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011-02-28
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-05-24T14:36:28Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-05-24T14:36:28Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/36050
url http://hdl.handle.net/1843/36050
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservacao e Manejo da Vida Silvestre
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36050/1/A%20DISSERTA%c3%87%c3%83O.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36050/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36050/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 0383eade8bfe8b5a16228fa6ba10cd67
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797972970335895552