Fatores associados ao absenteísmo doença entre motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizonte: doença entre motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Sebastião Sérgio de Oliveira Rodrigues
Orientador(a): Ada Avila Assuncao
Banca de defesa: Adriane Mesquita de Medeiros, Mery Natali Silva Abreu, Eduardo de Paula Lima
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A4MDZB
Resumo: O absenteísmo-doença tem se tornado um tema bastante relevante para a saúde pública no Brasil e no exterior. Este fato se deve às consequências negativas sobre o estado de bem-estar dos trabalhadores e sobre a gestão das organizações públicas ou privadas. Os trabalhadores do transporte coletivo urbano apresentam um risco maior de adoecimento quando comparados a profissionais de outras categorias, devido ao estresse físico e mental a que são submetidos. A presente pesquisa, observando tais fatos expostos, objetivou investigar como as condições de trabalho dos rodoviários do transporte coletivo urbano da RMBH (Região Metropolitana de Belo Horizonte) influenciam o fenômeno absenteísmo-doença, avaliando a prevalência deste e os fatores envolvidos na sua ocorrência. Foi investigada, por meio de estudo transversal, uma amostra de 1.607 trabalhadores do transporte coletivo urbano, oriundos das cidades de Belo Horizonte, Contagem e Betim (MG). Estes trabalhadores foram submetidos a entrevistas face a face com a utilização de questionário com abordagem de fatores sociodemográficos, ocupacionais, de estilo de vida, de qualidade de vida, de saúde e relacionados a atos de violência-vitimização. A variável dependente, absenteísmo-doença, baseou-se na resposta à pergunta: Nos últimos 12 meses, você faltou ao trabalho por problemas de saúde?, com as opções de resposta: Sim/Não. Os dados obtidos pelo questionário, referentes às variáveis selecionadas, foram submetidos à análise univariável por meio de regressão de Poisson com variância robusta. Aquelas que nessa etapa apresentaram associação até o nível de significância de 20% (valor p0,20) foram selecionadas para análise múltipla dentro de cada um dos blocos de variáveis independentes. As variáveis independentes foram inseridas em um modelo de análise com entrada hierarquizada por blocos de afinidade, obedecendo a seguinte ordem: fatores sociodemográficos e de estilo de vida (nível 1 - distal); fatores ocupacionais (nível 2 - intermediário) e fatores relacionados à saúde (nível 3 - proximal). Permaneceram as variáveis explicativas com valor p0,05, que foram inseridas iniciando-se com a variável de maior significância estatística e, a seguir, foram acrescentadas as demais variáveis, uma a uma, em ordem decrescente do nível descritivo. No modelo final multivariado permaneceram todas as variáveis que apresentaram associação significativa com o desfecho ao nível de 5% (valor p0,05). A magnitude de associação entre desfecho e variáveis independentes foi estimada pela Razão de Prevalência (RP) com seus respectivos intervalos de confiança. A taxa de resposta foi de 92,9%. A prevalência do absenteísmo-doença nos últimos 12 meses foi de 37,4%. Houve associação estatisticamente significante entre o absenteísmo-doença e as seguintes variáveis: vítima de agressão ou ameaça: algumas vezes/com frequência (RP = 1,32; IC95%:1,07-1,62); sentir o corpo vibrar no posto de trabalho: às vezes ou raramente (RP = 1,33; IC95%:1,01-1,74), sempre ou quase sempre (RP = 1,41; IC95%:1,09-1,82); teste positivo para TMC (Transtorno Mental Comum) (RP = 1,33; IC95%:1,07-1,65) e doenças diagnosticadas: uma a duas doenças (RP = 1,54; IC95%:1,16-2,03), três ou mais doenças (RP = 1,94; IC95%:1,46-5,57). Os resultados evidenciaram que as condições de trabalho dos profissionais do transporte coletivo urbano da RMBH constituem-se como prioridade para ações de intervenção que possam favorecer a prevenção de adoecimento e o consequente absenteísmo-doença, além da redução de encargos para as empresas e sistema previdenciário. Dessa forma, sugerem-se futuras pesquisas que investiguem mais detalhadamente as condições de trabalho e outros fatores envolvidos no adoecimento dos rodoviários da RMBH.
id UFMG_ab23195d9a133242b1dec4f6792c828f
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-A4MDZB
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Ada Avila AssuncaoAdriane Mesquita de MedeirosAdriane Mesquita de MedeirosMery Natali Silva AbreuEduardo de Paula LimaSebastião Sérgio de Oliveira Rodrigues2019-08-09T15:15:32Z2019-08-09T15:15:32Z2015-05-13http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A4MDZBO absenteísmo-doença tem se tornado um tema bastante relevante para a saúde pública no Brasil e no exterior. Este fato se deve às consequências negativas sobre o estado de bem-estar dos trabalhadores e sobre a gestão das organizações públicas ou privadas. Os trabalhadores do transporte coletivo urbano apresentam um risco maior de adoecimento quando comparados a profissionais de outras categorias, devido ao estresse físico e mental a que são submetidos. A presente pesquisa, observando tais fatos expostos, objetivou investigar como as condições de trabalho dos rodoviários do transporte coletivo urbano da RMBH (Região Metropolitana de Belo Horizonte) influenciam o fenômeno absenteísmo-doença, avaliando a prevalência deste e os fatores envolvidos na sua ocorrência. Foi investigada, por meio de estudo transversal, uma amostra de 1.607 trabalhadores do transporte coletivo urbano, oriundos das cidades de Belo Horizonte, Contagem e Betim (MG). Estes trabalhadores foram submetidos a entrevistas face a face com a utilização de questionário com abordagem de fatores sociodemográficos, ocupacionais, de estilo de vida, de qualidade de vida, de saúde e relacionados a atos de violência-vitimização. A variável dependente, absenteísmo-doença, baseou-se na resposta à pergunta: Nos últimos 12 meses, você faltou ao trabalho por problemas de saúde?, com as opções de resposta: Sim/Não. Os dados obtidos pelo questionário, referentes às variáveis selecionadas, foram submetidos à análise univariável por meio de regressão de Poisson com variância robusta. Aquelas que nessa etapa apresentaram associação até o nível de significância de 20% (valor p0,20) foram selecionadas para análise múltipla dentro de cada um dos blocos de variáveis independentes. As variáveis independentes foram inseridas em um modelo de análise com entrada hierarquizada por blocos de afinidade, obedecendo a seguinte ordem: fatores sociodemográficos e de estilo de vida (nível 1 - distal); fatores ocupacionais (nível 2 - intermediário) e fatores relacionados à saúde (nível 3 - proximal). Permaneceram as variáveis explicativas com valor p0,05, que foram inseridas iniciando-se com a variável de maior significância estatística e, a seguir, foram acrescentadas as demais variáveis, uma a uma, em ordem decrescente do nível descritivo. No modelo final multivariado permaneceram todas as variáveis que apresentaram associação significativa com o desfecho ao nível de 5% (valor p0,05). A magnitude de associação entre desfecho e variáveis independentes foi estimada pela Razão de Prevalência (RP) com seus respectivos intervalos de confiança. A taxa de resposta foi de 92,9%. A prevalência do absenteísmo-doença nos últimos 12 meses foi de 37,4%. Houve associação estatisticamente significante entre o absenteísmo-doença e as seguintes variáveis: vítima de agressão ou ameaça: algumas vezes/com frequência (RP = 1,32; IC95%:1,07-1,62); sentir o corpo vibrar no posto de trabalho: às vezes ou raramente (RP = 1,33; IC95%:1,01-1,74), sempre ou quase sempre (RP = 1,41; IC95%:1,09-1,82); teste positivo para TMC (Transtorno Mental Comum) (RP = 1,33; IC95%:1,07-1,65) e doenças diagnosticadas: uma a duas doenças (RP = 1,54; IC95%:1,16-2,03), três ou mais doenças (RP = 1,94; IC95%:1,46-5,57). Os resultados evidenciaram que as condições de trabalho dos profissionais do transporte coletivo urbano da RMBH constituem-se como prioridade para ações de intervenção que possam favorecer a prevenção de adoecimento e o consequente absenteísmo-doença, além da redução de encargos para as empresas e sistema previdenciário. Dessa forma, sugerem-se futuras pesquisas que investiguem mais detalhadamente as condições de trabalho e outros fatores envolvidos no adoecimento dos rodoviários da RMBH.Sickness absenteeism has become a very important issue for public health in Brazil and abroad. This is due to the negative consequences on the state of well-being of workers and on the management of public or private organizations. Workers in urban transportation have a greater risk of illness when compared to professionals in other categories, due to physical and mental stress they undergo. This research, noting such facts presented, aimed to investigate how the working conditions of the RMBH (Região Metropolitana de Belo Horizonte) urban transportation workers influence the phenomenon of sickness absenteeism, evaluating the prevalence and factors involved in its occurrence. Through cross-sectional study, a sample of 1,607 workers of the urban public transport, coming from the cities of Belo Horizonte, Contagem and Betim (MG), was investigated. These workers underwent face to face interviews using a questionnaire with sociodemographic, lifestyle, occupational, health and violence/victimization approach. The dependent variable, sickness absenteeism, was based on the answer to the question: "In the last 12 months, you missed work due to health problems?", with response options: Yes / No. The data obtained by the questionnaire, concerning the selected variables were submitted to univariate analysis using Poisson regression with robust variance. Those that were associated to the level of 20% significance (p0,20) were selected for multiple analysis within each of the blocks of independent variables. The independent variables were entered into an analysis model with hierarchical entry in affinity blocks, following this order: sociodemographic and lifestyle (level 1 - distal); occupational factors (level 2 - intermediate) and health-related factors (level 3 - proximal). Remained the explanatory variables with p0.05, which were inserted starting with the most statistically significant variable and following, the other variables were added one by one in descending order of the descriptive level. In the final model multivariate remained all the variables that were significantly associated with the outcome at 5% (p 0.05 value). The magnitude of association between dependente variable and independent variables was estimated by the prevalence ratio (PR) with their respective confidence intervals. The prevalence of absenteeism and illness in the last 12 months was 37,4%. There was a statistically significant association between sickness absenteeism the following variables: victim of aggression or threat: occasionally / frequently (PR = 1,32; CI95%:1,07-1,62); feel the body vibration in the workplace: occasionally / rarely (PR = 1,33; CI95%:1,01-1,74), always or almost always (PR = 1.41; CI95%: 1.09-1.82); positive test for CMD (PR = 1.33; CI95%: 1.07-1.65) and diagnosed diseases: one or two diseases (PR = 1.54; CI95%: 1.16-2,03), three or more diseases (PR = 1.94; CI95%: 1.46-5.57). The results of the study showed that the working conditions of the urban bus drivers and conductors from the RMBH constitute themselves as a priority for intervention actions aimed at improving the prevention of diseases and subsequent sickness absenteeism, besides reducing burdens on companies and previdenciary system. Thus, future researches are suggest to investigate in more detail the working conditions and the factors involved in sickness process of urban bus drivers and conductors from RMBH.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilCondução de veiculos/psicologiaVeículos automotoresAnálise e desempenho de tarefasPrevalênciaAbsenteísmoAbsenteísmo (Trabalho)Saúde do trabalhadorEstresse psicológicoDoenças profissionais/epidemiologiaMotoristas de ônibus urbanoAbsenteísmo-doençaCondições de trabalhoEstilo de vidaCobradores de ônibus urbanoSaúdeFatores associados ao absenteísmo doença entre motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizonte: doença entre motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizonteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALvolume___absente_smo_doen_a_rodovi_rios___sebasti_o_rodrigues___setembro__2015.pdfapplication/pdf9655996https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A4MDZB/1/volume___absente_smo_doen_a_rodovi_rios___sebasti_o_rodrigues___setembro__2015.pdf6ae61e5f3221cb71cca2326321999ebaMD51TEXTvolume___absente_smo_doen_a_rodovi_rios___sebasti_o_rodrigues___setembro__2015.pdf.txtvolume___absente_smo_doen_a_rodovi_rios___sebasti_o_rodrigues___setembro__2015.pdf.txtExtracted texttext/plain176869https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A4MDZB/2/volume___absente_smo_doen_a_rodovi_rios___sebasti_o_rodrigues___setembro__2015.pdf.txtdf9d5b18940f0d1fd95d2069f624efd2MD521843/BUBD-A4MDZB2019-11-14 04:58:15.167oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-A4MDZBRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T07:58:15Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Fatores associados ao absenteísmo doença entre motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizonte: doença entre motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizonte
title Fatores associados ao absenteísmo doença entre motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizonte: doença entre motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizonte
spellingShingle Fatores associados ao absenteísmo doença entre motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizonte: doença entre motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizonte
Sebastião Sérgio de Oliveira Rodrigues
Motoristas de ônibus urbano
Absenteísmo-doença
Condições de trabalho
Estilo de vida
Cobradores de ônibus urbano
Saúde
Brasil
Condução de veiculos/psicologia
Veículos automotores
Análise e desempenho de tarefas
Prevalência
Absenteísmo
Absenteísmo (Trabalho)
Saúde do trabalhador
Estresse psicológico
Doenças profissionais/epidemiologia
title_short Fatores associados ao absenteísmo doença entre motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizonte: doença entre motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizonte
title_full Fatores associados ao absenteísmo doença entre motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizonte: doença entre motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizonte
title_fullStr Fatores associados ao absenteísmo doença entre motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizonte: doença entre motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizonte
title_full_unstemmed Fatores associados ao absenteísmo doença entre motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizonte: doença entre motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizonte
title_sort Fatores associados ao absenteísmo doença entre motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizonte: doença entre motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizonte
author Sebastião Sérgio de Oliveira Rodrigues
author_facet Sebastião Sérgio de Oliveira Rodrigues
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Ada Avila Assuncao
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Adriane Mesquita de Medeiros
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Adriane Mesquita de Medeiros
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Mery Natali Silva Abreu
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Eduardo de Paula Lima
dc.contributor.author.fl_str_mv Sebastião Sérgio de Oliveira Rodrigues
contributor_str_mv Ada Avila Assuncao
Adriane Mesquita de Medeiros
Adriane Mesquita de Medeiros
Mery Natali Silva Abreu
Eduardo de Paula Lima
dc.subject.por.fl_str_mv Motoristas de ônibus urbano
Absenteísmo-doença
Condições de trabalho
Estilo de vida
Cobradores de ônibus urbano
Saúde
topic Motoristas de ônibus urbano
Absenteísmo-doença
Condições de trabalho
Estilo de vida
Cobradores de ônibus urbano
Saúde
Brasil
Condução de veiculos/psicologia
Veículos automotores
Análise e desempenho de tarefas
Prevalência
Absenteísmo
Absenteísmo (Trabalho)
Saúde do trabalhador
Estresse psicológico
Doenças profissionais/epidemiologia
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Brasil
Condução de veiculos/psicologia
Veículos automotores
Análise e desempenho de tarefas
Prevalência
Absenteísmo
Absenteísmo (Trabalho)
Saúde do trabalhador
Estresse psicológico
Doenças profissionais/epidemiologia
description O absenteísmo-doença tem se tornado um tema bastante relevante para a saúde pública no Brasil e no exterior. Este fato se deve às consequências negativas sobre o estado de bem-estar dos trabalhadores e sobre a gestão das organizações públicas ou privadas. Os trabalhadores do transporte coletivo urbano apresentam um risco maior de adoecimento quando comparados a profissionais de outras categorias, devido ao estresse físico e mental a que são submetidos. A presente pesquisa, observando tais fatos expostos, objetivou investigar como as condições de trabalho dos rodoviários do transporte coletivo urbano da RMBH (Região Metropolitana de Belo Horizonte) influenciam o fenômeno absenteísmo-doença, avaliando a prevalência deste e os fatores envolvidos na sua ocorrência. Foi investigada, por meio de estudo transversal, uma amostra de 1.607 trabalhadores do transporte coletivo urbano, oriundos das cidades de Belo Horizonte, Contagem e Betim (MG). Estes trabalhadores foram submetidos a entrevistas face a face com a utilização de questionário com abordagem de fatores sociodemográficos, ocupacionais, de estilo de vida, de qualidade de vida, de saúde e relacionados a atos de violência-vitimização. A variável dependente, absenteísmo-doença, baseou-se na resposta à pergunta: Nos últimos 12 meses, você faltou ao trabalho por problemas de saúde?, com as opções de resposta: Sim/Não. Os dados obtidos pelo questionário, referentes às variáveis selecionadas, foram submetidos à análise univariável por meio de regressão de Poisson com variância robusta. Aquelas que nessa etapa apresentaram associação até o nível de significância de 20% (valor p0,20) foram selecionadas para análise múltipla dentro de cada um dos blocos de variáveis independentes. As variáveis independentes foram inseridas em um modelo de análise com entrada hierarquizada por blocos de afinidade, obedecendo a seguinte ordem: fatores sociodemográficos e de estilo de vida (nível 1 - distal); fatores ocupacionais (nível 2 - intermediário) e fatores relacionados à saúde (nível 3 - proximal). Permaneceram as variáveis explicativas com valor p0,05, que foram inseridas iniciando-se com a variável de maior significância estatística e, a seguir, foram acrescentadas as demais variáveis, uma a uma, em ordem decrescente do nível descritivo. No modelo final multivariado permaneceram todas as variáveis que apresentaram associação significativa com o desfecho ao nível de 5% (valor p0,05). A magnitude de associação entre desfecho e variáveis independentes foi estimada pela Razão de Prevalência (RP) com seus respectivos intervalos de confiança. A taxa de resposta foi de 92,9%. A prevalência do absenteísmo-doença nos últimos 12 meses foi de 37,4%. Houve associação estatisticamente significante entre o absenteísmo-doença e as seguintes variáveis: vítima de agressão ou ameaça: algumas vezes/com frequência (RP = 1,32; IC95%:1,07-1,62); sentir o corpo vibrar no posto de trabalho: às vezes ou raramente (RP = 1,33; IC95%:1,01-1,74), sempre ou quase sempre (RP = 1,41; IC95%:1,09-1,82); teste positivo para TMC (Transtorno Mental Comum) (RP = 1,33; IC95%:1,07-1,65) e doenças diagnosticadas: uma a duas doenças (RP = 1,54; IC95%:1,16-2,03), três ou mais doenças (RP = 1,94; IC95%:1,46-5,57). Os resultados evidenciaram que as condições de trabalho dos profissionais do transporte coletivo urbano da RMBH constituem-se como prioridade para ações de intervenção que possam favorecer a prevenção de adoecimento e o consequente absenteísmo-doença, além da redução de encargos para as empresas e sistema previdenciário. Dessa forma, sugerem-se futuras pesquisas que investiguem mais detalhadamente as condições de trabalho e outros fatores envolvidos no adoecimento dos rodoviários da RMBH.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015-05-13
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-09T15:15:32Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-09T15:15:32Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A4MDZB
url http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A4MDZB
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A4MDZB/1/volume___absente_smo_doen_a_rodovi_rios___sebasti_o_rodrigues___setembro__2015.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A4MDZB/2/volume___absente_smo_doen_a_rodovi_rios___sebasti_o_rodrigues___setembro__2015.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 6ae61e5f3221cb71cca2326321999eba
df9d5b18940f0d1fd95d2069f624efd2
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797973310127996928