Há terras para plantar neste verão? O Assentamento Tapera e a reprodução do espaço (e da vida) na luta pela terra

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Maria das Gracas Martins Bibiano
Orientador(a): Maria Aparecida dos S Tubaldini
Banca de defesa: Jose Antonio Souza de Deus, Heber Eustaquio de Paula
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/MPBB-85JG2F
Resumo: A questão agrária no Brasil, a luta pela terra, a produção, a identidade e a cultura camponesas, como estratégias de enfrentamento à moderna racionalidade de produção capitalista do espaço, se traduzem no tema central dessa pesquisa. Este estudo procura refletir sobre os processos nos quais foi criado o Assentamento Tapera: sobre a espacialização do capital no território norte mineiro e as consequentes resistências a uma nova racionalidade de produção do espaço. Tendo como centro a discussão sobre as estratégias construídas de maneira mais geral na luta pela terra e, mais especificamente, na luta pela terra na antiga Fazenda Tapera, que veio dar origem ao Assentamento, procuramos contextualizar sua criação e desenvolvimento no contexto de uma luta que é mais geral e mais ampla. As investigações foram norteadas pelas produções teóricas assentadas no materialismo dialético, sobre a produção do espaço, questão agrária, luta pela terra, identidade e cultura camponesa, tendo como apoio o conceito de território. As técnicas de pesquisa pautaram-se especialmente nas entrevistas e conversas com os camponeses do Assentamento Tapera e ainda, posseiros (remanescentes da antiga fazenda), também com técnico do CANNM, além de pesquisa documental do INCRA, registro em fotos contemporâneas e antigas. As pesquisas de campo para a produção desse estudo foram realizadas entre 2007 e 2009, período em que se buscou observar as estratégias de produção material e imaterial daqueles camponeses, suas novas lutas e suas estratégias de enfrentamento político. A partir da reflexão proporcionada pela investigação teórica e empírica, na busca pela compreensão da luta pela terra, também encontramos o sujeito camponês e seu modo vida. E, ainda, como este modo de vida, sustentado no saber do camponês se constitui, mais que elemento de resistência, como condição de reexistência diante do embate de forças desiguais entre o grande capital que se espacializalterritorializa no Norte de Minas e os camponeses que lutam pelo direito de re-existir e que, a partir da resistência e pela luta também se territorializam.
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