Globalização e desigualdade de renda no Brasil: dimensões, efeitos e assimetrias regionais
Ano de defesa: | 2020 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Economia
|
Departamento: |
FACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAS
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/34298 |
Resumo: | Em um contexto de crescente integração internacional e revolução comercial, aliado a uma permanente preocupação com a desigualdade, se coloca em discussão o impacto distributivo da globalização, se esta contribui para um aumento da desigualdade ou se beneficia as nações tornando lugares e pessoas menos desiguais. Neste sentido, este trabalho tem por objetivo explorar a globalização em seu caráter multidimensional, especificamente seus efeitos no Brasil, incorporando a discussão com dados que contemplam outros aspectos para além dos fluxos comerciais. Ademais, investiga os efeitos da globalização, e da abertura comercial, sobre a desigualdade de rendimentos no Brasil, em termos de distribuição de renda e de salários diferenciais por quantis e por nível de qualificação, pontuando as assimetrias regionais. Do ponto de vista teórico, este estudo compilou diversas abordagens que versam sobre os possíveis efeitos da globalização sobre os fatores de produção e seus preços, tendo como ponto de partida o modelo Heckscher-Ohlin-Samuelson de comércio internacional. Aliando a abertura comercial com as mudanças tecnológicas, a teoria Skill-Biased Technological Change abrange os diferenciais por qualificação. Já a distribuição espacial é tratada pela Nova Geografia Econômica e, somado aos demais, são abordados os insights da teoria institucionalista, do capital humano e de aglomeração acerca das influências sobre os diferenciais salariais. A fim de trazer mais precisão para a discussão do fenômeno da globalização no contexto brasileiro, o segundo capítulo apresenta uma proposta de elaboração de um Índice Regional de Globalização para o Brasil (IRG-Brasil). Trata-se de um índice inédito para o Brasil, de caráter multidimensional, que engloba as dimensões econômica, social, cultural e política, elaborado com o apoio da Análise de Componentes Principais, com dados obtidos em diferentes fontes, para o período de 2001 a 2014. Pelo IRG, pode-se constatar que características além do comércio exterior, sobretudo, as de dimensão social, como imigração e turismo, são relevantes para mensurar a integração internacional dos Estados, e que há assimetrias regionais a serem tratadas. Os Estados mais globalizados são RJ, SP, RS e PR, enquanto Estados da região Nordeste e Norte como AL, RO, PI e PB são os menos globalizados, contudo, todos aumentaram o índice de globalização no período. De posse do IRG, o mesmo foi utilizado como proxy para globalização, e contraposto à abertura comercial, a fim de captar os seus efeitos sobre a desigualdade de rendimentos em termos de distribuição de renda e de salários. A partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, foram utilizados indicadores com diferentes medidas: desigualdade de renda média (Coeficientes de Gini e Theil), desigualdade de rendas polarizadas (R8020 e R1040) e desigualdade de rendimentos do trabalho (P9010 e Rquali). Com base em estimações para dados em painel e regressão quantílica, pode-se inferir que, ao contrário da abertura comercial, os efeitos da globalização, medida pelo IRG, são de aumento na desigualdade de renda, com proporções distintas entre as regiões. Os maiores efeitos são sentidos pela região Nordeste. Os impactos são maiores nos indicadores que captam as extremidades de rendas, ou seja, a globalização amplia mais o hiato de renda entre o topo e a base da distribuição. Sobre os salários, os efeitos da globalização são positivos, mas beneficiam mais os maiores salários, comparados às remunerações mais baixas, e os salários dos mais qualificados, relativamente aos menos qualificados, sendo que estes, em alguns casos, têm os seus salários diminuídos. Ao utilizar proxy para abertura comercial, os resultados indicam que os salários diminuem apenas na região Nordeste. Desse modo, pode-se constatar que a globalização contribui para acentuar a heterogeneidade regional já existente no Brasil e, embora apresente ganhos econômicos, gera custos sociais, uma vez que seus benefícios não são distribuídos de forma homogênea entre as regiões e entre os indivíduos. |
id |
UFMG_b892d8cc6d693542d3db5f8b2b405814 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/34298 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Anderson Tadeu Marques Cavalcantehttp://lattes.cnpq.br/6409622356433401Mariangela Furlan AntigoAna Maria Hermeto Camilo de OliveiraBernardo CampolinaMarta dos Reis CastilhoMirian Beatriz Schneiderhttp://lattes.cnpq.br/3069205370895209Lediany Freitas de Campos2020-10-22T14:04:09Z2020-10-22T14:04:09Z2020-05-04http://hdl.handle.net/1843/34298Em um contexto de crescente integração internacional e revolução comercial, aliado a uma permanente preocupação com a desigualdade, se coloca em discussão o impacto distributivo da globalização, se esta contribui para um aumento da desigualdade ou se beneficia as nações tornando lugares e pessoas menos desiguais. Neste sentido, este trabalho tem por objetivo explorar a globalização em seu caráter multidimensional, especificamente seus efeitos no Brasil, incorporando a discussão com dados que contemplam outros aspectos para além dos fluxos comerciais. Ademais, investiga os efeitos da globalização, e da abertura comercial, sobre a desigualdade de rendimentos no Brasil, em termos de distribuição de renda e de salários diferenciais por quantis e por nível de qualificação, pontuando as assimetrias regionais. Do ponto de vista teórico, este estudo compilou diversas abordagens que versam sobre os possíveis efeitos da globalização sobre os fatores de produção e seus preços, tendo como ponto de partida o modelo Heckscher-Ohlin-Samuelson de comércio internacional. Aliando a abertura comercial com as mudanças tecnológicas, a teoria Skill-Biased Technological Change abrange os diferenciais por qualificação. Já a distribuição espacial é tratada pela Nova Geografia Econômica e, somado aos demais, são abordados os insights da teoria institucionalista, do capital humano e de aglomeração acerca das influências sobre os diferenciais salariais. A fim de trazer mais precisão para a discussão do fenômeno da globalização no contexto brasileiro, o segundo capítulo apresenta uma proposta de elaboração de um Índice Regional de Globalização para o Brasil (IRG-Brasil). Trata-se de um índice inédito para o Brasil, de caráter multidimensional, que engloba as dimensões econômica, social, cultural e política, elaborado com o apoio da Análise de Componentes Principais, com dados obtidos em diferentes fontes, para o período de 2001 a 2014. Pelo IRG, pode-se constatar que características além do comércio exterior, sobretudo, as de dimensão social, como imigração e turismo, são relevantes para mensurar a integração internacional dos Estados, e que há assimetrias regionais a serem tratadas. Os Estados mais globalizados são RJ, SP, RS e PR, enquanto Estados da região Nordeste e Norte como AL, RO, PI e PB são os menos globalizados, contudo, todos aumentaram o índice de globalização no período. De posse do IRG, o mesmo foi utilizado como proxy para globalização, e contraposto à abertura comercial, a fim de captar os seus efeitos sobre a desigualdade de rendimentos em termos de distribuição de renda e de salários. A partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, foram utilizados indicadores com diferentes medidas: desigualdade de renda média (Coeficientes de Gini e Theil), desigualdade de rendas polarizadas (R8020 e R1040) e desigualdade de rendimentos do trabalho (P9010 e Rquali). Com base em estimações para dados em painel e regressão quantílica, pode-se inferir que, ao contrário da abertura comercial, os efeitos da globalização, medida pelo IRG, são de aumento na desigualdade de renda, com proporções distintas entre as regiões. Os maiores efeitos são sentidos pela região Nordeste. Os impactos são maiores nos indicadores que captam as extremidades de rendas, ou seja, a globalização amplia mais o hiato de renda entre o topo e a base da distribuição. Sobre os salários, os efeitos da globalização são positivos, mas beneficiam mais os maiores salários, comparados às remunerações mais baixas, e os salários dos mais qualificados, relativamente aos menos qualificados, sendo que estes, em alguns casos, têm os seus salários diminuídos. Ao utilizar proxy para abertura comercial, os resultados indicam que os salários diminuem apenas na região Nordeste. Desse modo, pode-se constatar que a globalização contribui para acentuar a heterogeneidade regional já existente no Brasil e, embora apresente ganhos econômicos, gera custos sociais, uma vez que seus benefícios não são distribuídos de forma homogênea entre as regiões e entre os indivíduos.In a context of growing international integration and trade revolution, coupled with a permanent concern with inequality, the distributional impact of globalization is being discussed, whether it contributes to an increase in inequality or if it benefits nations by making places and people less unequal. In this sense, this work aims to explore globalization in its multidimensional character, specifically its effects in Brazil, incorporating the discussion with data that contemplate aspects other than trade flows. In addition, it investigates the effects of globalization, and of trade opening, on income inequality in Brazil, in terms of income distribution and differential wages by quantiles and by level of qualification, punctuating regional asymmetries. From a theoretical point of view, this study compiled several approaches that deal with the possible effects of globalization on the factors of production and their prices, having as a starting point the Heckscher-Ohlin-Samuelson model of international trade. Combining commercial openness with technological changes, the Skill-Biased Technological Change theory covers differentials by qualification. The spatial distribution is treated by the New Economic Geography and, added to the others, the insights of institutionalist theory, human capital and agglomeration about the influences on wage differentials are addressed. In order to bring more precision to the discussion of the phenomenon of globalization in the Brazilian context, the second chapter presents a proposal for the elaboration of a Regional Globalization Index for Brazil (IRG-Brazil). It is an unprecedented index for Brazil, of a multidimensional character, which encompasses the economic, social, cultural and political dimensions, prepared with the support of the Principal Component Analysis, with data obtained from different sources, for the period from 2001 to 2014. Through the IRG, it can be seen that characteristics in addition to foreign trade, especially those with a social dimension, such as immigration and tourism, are relevant to measure the international integration of States, and that there are regional asymmetries to be addressed. The most globalized states are RJ, SP, RS and PR, while states in the Northeast and North regions such as AL, RO, PI and PB are the least globalized, however, all increased the globalization index in the period. In possession of the IRG, it was used as a proxy for globalization, and opposed to trade openness, in order to capture its effects on income inequality in terms of income and wage distribution. Based on data from the National Household Sample Survey, indicators with different measures were used: average income inequality (Gini and Theil coefficients), polarized income inequality (R8020 and R1040) and labor income inequality (P9010 and Rquali). Based on estimates for panel data and quantile regression, it can be inferred that, unlike trade openness, the effects of globalization, as measured by the IRG, are of an increase in income inequality, with different proportions between regions. The greatest effects are felt by the Northeast region. The impacts are greater in the indicators that capture the ends of incomes, that is, globalization further widens the income gap between the top and bottom of the distribution. On wages, the effects of globalization are positive, but they benefit more from higher wages, compared to lower wages, and the wages of the most qualified, relative to the least qualified, and in some cases their wages are reduced. When using proxy for trade opening, the results indicate that wages decrease only in the Northeast region. Thus, it can be seen that globalization contributes to accentuating the regional heterogeneity that already exists in Brazil and, although it presents economic gains, it generates social costs, since its benefits are not evenly distributed among regions and among individuals.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em EconomiaUFMGBrasilFACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICASGlobalizaçãoRendaDistribuiçãoEconomiaGlobalizaçãoAbertura comercialDesigualdade de rendaDiferencial salarialDesigualdade regionalGlobalização e desigualdade de renda no Brasil: dimensões, efeitos e assimetrias regionaisGlobalization and income inequality in Brazil: dimensions, effects and regional asymmetriesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese_de_Doutorado_LedianyCampos_UFMG.pdfTese_de_Doutorado_LedianyCampos_UFMG.pdfTese de doutorado Lediany Camposapplication/pdf5260065https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34298/1/Tese_de_Doutorado_LedianyCampos_UFMG.pdf5560d6ca668c78565b02bea342106441MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34298/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/342982020-10-22 11:04:09.811oai:repositorio.ufmg.br:1843/34298TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-10-22T14:04:09Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Globalização e desigualdade de renda no Brasil: dimensões, efeitos e assimetrias regionais |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
Globalization and income inequality in Brazil: dimensions, effects and regional asymmetries |
title |
Globalização e desigualdade de renda no Brasil: dimensões, efeitos e assimetrias regionais |
spellingShingle |
Globalização e desigualdade de renda no Brasil: dimensões, efeitos e assimetrias regionais Lediany Freitas de Campos Globalização Abertura comercial Desigualdade de renda Diferencial salarial Desigualdade regional Globalização Renda Distribuição Economia |
title_short |
Globalização e desigualdade de renda no Brasil: dimensões, efeitos e assimetrias regionais |
title_full |
Globalização e desigualdade de renda no Brasil: dimensões, efeitos e assimetrias regionais |
title_fullStr |
Globalização e desigualdade de renda no Brasil: dimensões, efeitos e assimetrias regionais |
title_full_unstemmed |
Globalização e desigualdade de renda no Brasil: dimensões, efeitos e assimetrias regionais |
title_sort |
Globalização e desigualdade de renda no Brasil: dimensões, efeitos e assimetrias regionais |
author |
Lediany Freitas de Campos |
author_facet |
Lediany Freitas de Campos |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Anderson Tadeu Marques Cavalcante |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/6409622356433401 |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Mariangela Furlan Antigo |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Ana Maria Hermeto Camilo de Oliveira |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Bernardo Campolina |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Marta dos Reis Castilho |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Mirian Beatriz Schneider |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3069205370895209 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Lediany Freitas de Campos |
contributor_str_mv |
Anderson Tadeu Marques Cavalcante Mariangela Furlan Antigo Ana Maria Hermeto Camilo de Oliveira Bernardo Campolina Marta dos Reis Castilho Mirian Beatriz Schneider |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Globalização Abertura comercial Desigualdade de renda Diferencial salarial Desigualdade regional |
topic |
Globalização Abertura comercial Desigualdade de renda Diferencial salarial Desigualdade regional Globalização Renda Distribuição Economia |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Globalização Renda Distribuição Economia |
description |
Em um contexto de crescente integração internacional e revolução comercial, aliado a uma permanente preocupação com a desigualdade, se coloca em discussão o impacto distributivo da globalização, se esta contribui para um aumento da desigualdade ou se beneficia as nações tornando lugares e pessoas menos desiguais. Neste sentido, este trabalho tem por objetivo explorar a globalização em seu caráter multidimensional, especificamente seus efeitos no Brasil, incorporando a discussão com dados que contemplam outros aspectos para além dos fluxos comerciais. Ademais, investiga os efeitos da globalização, e da abertura comercial, sobre a desigualdade de rendimentos no Brasil, em termos de distribuição de renda e de salários diferenciais por quantis e por nível de qualificação, pontuando as assimetrias regionais. Do ponto de vista teórico, este estudo compilou diversas abordagens que versam sobre os possíveis efeitos da globalização sobre os fatores de produção e seus preços, tendo como ponto de partida o modelo Heckscher-Ohlin-Samuelson de comércio internacional. Aliando a abertura comercial com as mudanças tecnológicas, a teoria Skill-Biased Technological Change abrange os diferenciais por qualificação. Já a distribuição espacial é tratada pela Nova Geografia Econômica e, somado aos demais, são abordados os insights da teoria institucionalista, do capital humano e de aglomeração acerca das influências sobre os diferenciais salariais. A fim de trazer mais precisão para a discussão do fenômeno da globalização no contexto brasileiro, o segundo capítulo apresenta uma proposta de elaboração de um Índice Regional de Globalização para o Brasil (IRG-Brasil). Trata-se de um índice inédito para o Brasil, de caráter multidimensional, que engloba as dimensões econômica, social, cultural e política, elaborado com o apoio da Análise de Componentes Principais, com dados obtidos em diferentes fontes, para o período de 2001 a 2014. Pelo IRG, pode-se constatar que características além do comércio exterior, sobretudo, as de dimensão social, como imigração e turismo, são relevantes para mensurar a integração internacional dos Estados, e que há assimetrias regionais a serem tratadas. Os Estados mais globalizados são RJ, SP, RS e PR, enquanto Estados da região Nordeste e Norte como AL, RO, PI e PB são os menos globalizados, contudo, todos aumentaram o índice de globalização no período. De posse do IRG, o mesmo foi utilizado como proxy para globalização, e contraposto à abertura comercial, a fim de captar os seus efeitos sobre a desigualdade de rendimentos em termos de distribuição de renda e de salários. A partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, foram utilizados indicadores com diferentes medidas: desigualdade de renda média (Coeficientes de Gini e Theil), desigualdade de rendas polarizadas (R8020 e R1040) e desigualdade de rendimentos do trabalho (P9010 e Rquali). Com base em estimações para dados em painel e regressão quantílica, pode-se inferir que, ao contrário da abertura comercial, os efeitos da globalização, medida pelo IRG, são de aumento na desigualdade de renda, com proporções distintas entre as regiões. Os maiores efeitos são sentidos pela região Nordeste. Os impactos são maiores nos indicadores que captam as extremidades de rendas, ou seja, a globalização amplia mais o hiato de renda entre o topo e a base da distribuição. Sobre os salários, os efeitos da globalização são positivos, mas beneficiam mais os maiores salários, comparados às remunerações mais baixas, e os salários dos mais qualificados, relativamente aos menos qualificados, sendo que estes, em alguns casos, têm os seus salários diminuídos. Ao utilizar proxy para abertura comercial, os resultados indicam que os salários diminuem apenas na região Nordeste. Desse modo, pode-se constatar que a globalização contribui para acentuar a heterogeneidade regional já existente no Brasil e, embora apresente ganhos econômicos, gera custos sociais, uma vez que seus benefícios não são distribuídos de forma homogênea entre as regiões e entre os indivíduos. |
publishDate |
2020 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2020-10-22T14:04:09Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2020-10-22T14:04:09Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2020-05-04 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/34298 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/34298 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Economia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
FACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAS |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34298/1/Tese_de_Doutorado_LedianyCampos_UFMG.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34298/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
5560d6ca668c78565b02bea342106441 34badce4be7e31e3adb4575ae96af679 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1793890861438730240 |