Esforço inovativo e produtividade industrial: determinantes internos e externos à firma

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Philipe Scherrer Mendes lattes
Orientador(a): Gustavo de Britto Rocha lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Economia
Departamento: FACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/31945
Resumo: A composição tecnológica e diversificação produtiva são características diferenciadoras de trajetória de crescimento entre países. Este diferencial é comumente usado para justificar a existência de desequilíbrios estruturais na balança comercial de países em desenvolvimento, como uma consequência da desigual geração e difusão do progresso tecnológico entre diferentes economias. Dada a existência deste hiato tecnológico, uma possível alternativa a esta situação de dependência seria um investimento maciço em P&D, infraestrutura e tecnologia em busca de uma melhor trajetória de crescimento. Identificando o setor industrial como capaz de maior geração de dinâmica econômica, a tese discute como países atrasados devem encarar a estratégia de investir em absorção de conhecimentos para tentar superar sua situação. Assumindo este atraso para a economia brasileira, a busca pela redução do hiato tecnológico deve modificar sua estrutura produtiva e elevar seus níveis de produtividade, criando condições para a endogeneização do progresso tecnológico. Nisto, entende-se fundamental a identificação dos fatores que determinam o investimento em absorção de conhecimento e como estes afetam o desempenho das firmas, em termos de produtividade. Em uma análise conjunta da PIA-Unidade Local e da PINTEC, para os anos de 2008, 2011 e 2014, os resultados sugerem que os determinantes, internos à firma, do esforço inovativo (identificado na tese como criadores de “capacidade de absorção”) se comportam como teoricamente esperado, com oportunidades tecnológicas, condições de apropriabilidade, cooperação e mão de obra qualificada afetando positivamente os gastos em atividades de P&D, e os mesmos condicionantes, a exceção do perfil interno da mão de obra, também afetando positivamente os gastos com “Máquinas e Equipamentos” e “Treinamento”. O comportamento dos determinantes municipais sugerem que os gastos em “Máquinas e Equipamentos” e “Treinamento” foram positivamente influenciados pelo espaço especializado, com os indicadores de urbanização e de espaço diversificado não afetando nenhum dos dois tipos de gasto. A ausência de influência positiva do espaço diversificado na determinação dos gastos relacionados a P&D sugere uma fragilidade deste espaço para o Brasil. Outro resultado é a constatação de que os investimentos em “capacidade de absorção” não foram capazes de elevar a produtividade das firmas industriais brasileiras. Ainda com relação ao crescimento da produtividade, os indicadores municipais evidenciaram que o crescimento do tamanho da cidade e que a distância à cidade de São Paulo o afetaram negativamente. A observação de tais resultados ajuda a explicar a atual situação da indústria brasileira, que se posiciona cada vez mais em direção a produção de baixa complexidade tecnológica, portanto pouco demandantes de investimentos em atividades relacionadas a P&D e menos influenciados pelas externalidades do “espaço localizado”. Ao mesmo tempo é possível assumir que os avanços em produtividade nestes setores mais tradicionais são pouco expressivos, dado que as tecnologias já são mais maduras e estabelecidas. Isso justifica o resultado da não influência positiva dos gastos em “absorção”. Neste sentido, entende-se que a menos que se busque, com esforço coordenado e duradouro, condições à superação desta situação, a indústria brasileira seguirá caminhando em direção a esta especialização em baixa tecnologia, que não oferece condições de endogeinização do progresso tecnológico e mantém a condição de dependência.
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Identificando o setor industrial como capaz de maior geração de dinâmica econômica, a tese discute como países atrasados devem encarar a estratégia de investir em absorção de conhecimentos para tentar superar sua situação. Assumindo este atraso para a economia brasileira, a busca pela redução do hiato tecnológico deve modificar sua estrutura produtiva e elevar seus níveis de produtividade, criando condições para a endogeneização do progresso tecnológico. Nisto, entende-se fundamental a identificação dos fatores que determinam o investimento em absorção de conhecimento e como estes afetam o desempenho das firmas, em termos de produtividade. Em uma análise conjunta da PIA-Unidade Local e da PINTEC, para os anos de 2008, 2011 e 2014, os resultados sugerem que os determinantes, internos à firma, do esforço inovativo (identificado na tese como criadores de “capacidade de absorção”) se comportam como teoricamente esperado, com oportunidades tecnológicas, condições de apropriabilidade, cooperação e mão de obra qualificada afetando positivamente os gastos em atividades de P&D, e os mesmos condicionantes, a exceção do perfil interno da mão de obra, também afetando positivamente os gastos com “Máquinas e Equipamentos” e “Treinamento”. O comportamento dos determinantes municipais sugerem que os gastos em “Máquinas e Equipamentos” e “Treinamento” foram positivamente influenciados pelo espaço especializado, com os indicadores de urbanização e de espaço diversificado não afetando nenhum dos dois tipos de gasto. A ausência de influência positiva do espaço diversificado na determinação dos gastos relacionados a P&D sugere uma fragilidade deste espaço para o Brasil. Outro resultado é a constatação de que os investimentos em “capacidade de absorção” não foram capazes de elevar a produtividade das firmas industriais brasileiras. Ainda com relação ao crescimento da produtividade, os indicadores municipais evidenciaram que o crescimento do tamanho da cidade e que a distância à cidade de São Paulo o afetaram negativamente. A observação de tais resultados ajuda a explicar a atual situação da indústria brasileira, que se posiciona cada vez mais em direção a produção de baixa complexidade tecnológica, portanto pouco demandantes de investimentos em atividades relacionadas a P&D e menos influenciados pelas externalidades do “espaço localizado”. Ao mesmo tempo é possível assumir que os avanços em produtividade nestes setores mais tradicionais são pouco expressivos, dado que as tecnologias já são mais maduras e estabelecidas. Isso justifica o resultado da não influência positiva dos gastos em “absorção”. Neste sentido, entende-se que a menos que se busque, com esforço coordenado e duradouro, condições à superação desta situação, a indústria brasileira seguirá caminhando em direção a esta especialização em baixa tecnologia, que não oferece condições de endogeinização do progresso tecnológico e mantém a condição de dependência.The technological composition and the productive diversification are distinguishing features of countries’ growth trajectories. Such differences are usually employed to justify the structural unbalances of developing countries’ trade balances, as a result of the uneven generation and diffusion of technological progress between economies. Given the existence of a technological gap, an alternative way out to the dependent condition would be massive investments in R&D, infrastructure and technology, in the search for a better growth path. Regarding the industrial sector as the most dynamic sector of the economy, the present thesis examine how backward countries should target the strategy of investing in knowledge absorption to overcome this condition. Assuming Brazil is a backward economy, the efforts to close the gap should modify its productive structure and increase its productivity level, creating the conditions to endogeneize the technological progress. Herein, it is crucial to identify the factors which determine the investments in knowledge absorption and how these affect the firms’ performance in terms of productivity. In a combined analysis of the PIA (Annual Industrial Survey) – Local Units and the PINTEC (Innovation Survey) for the years of 2008, 2011 and 2014, the results suggest that the determinants of the innovative efforts (regarded as creators of “absorptive capacity”) internal to the firm behave as theoretically expected, in that technological opportunities, appropriability conditions, cooperation and qualified labor force positively affect the expenditure in R&D activities. The same variables, except for the internal labor force profile, also positively affect the expenditure on “Machinery and Equipment” and that on “Training”. The city level determinants suggest that the “Machinery and Equipment” as well as the “Training” expenditures were positively affected by the specialized space, in which the urbanization and space diversification didn’t affect neither types of expenditure. The absence of a positive influence from the diversified space in determining R&D expenditure suggests that such space is frail in Brazil. Another finding is that the investments in absorptive capacity weren’t able to increase the productivity of Brazilian industrial firms. Moreover, the municipal indicators showed that city growth and the distance to São Paulo negatively affect the productivity growth. These results help explaining the Brazilian current industrial situation, which has been directed towards lower technological complexity and, therefore has been demanding little investments in R&D related activities, as well as has been little influenced by the externalities of the “localized space”. In the meantime, it is possible to assume that the advances in the productivity of traditional sectors are little expressive, given that the technologies are more mature and established. That would justify the absence of a positive influence of the “absorptive” expenditure. In that sense, it is assumed that unless coordinated and enduring efforts are sought, the Brazilian industry should remain leaning towards low technology patterns of specialization that do not offer the conditions for endogenizing the technological progress, remaining in a dependent condition.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em EconomiaUFMGBrasilFACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAShttp://creativecommons.org/licenses/by/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessDependência tecnológicaEsforço inovativoAbsorção de conhecimento externoProdutividade industrialEsforço inovativo e produtividade industrial: determinantes internos e externos à firmainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese_Philipe Scherrer Mendes_versao final.pdfTese_Philipe Scherrer Mendes_versao final.pdfapplication/pdf3705046https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31945/1/Tese_Philipe%20Scherrer%20Mendes_versao%20final.pdfee2abc65c19f7b3caefd7644b13b68dfMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8914https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31945/2/license_rdff9944a358a0c32770bd9bed185bb5395MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31945/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD53TEXTTese_Philipe Scherrer Mendes_versao final.pdf.txtTese_Philipe Scherrer Mendes_versao final.pdf.txtExtracted texttext/plain593178https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31945/4/Tese_Philipe%20Scherrer%20Mendes_versao%20final.pdf.txt791f5ab0bbb4284698087ac67a597eadMD541843/319452020-01-17 03:30:03.541oai:repositorio.ufmg.br:1843/31945TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-01-17T06:30:03Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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