Presença de achados ecocardiográficos compatíveis com cardiopatia congênita entre fetos de mães diabéticas e sua relação com os níveis plasmáticos maternos de frutosamina.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Karen Guimaraes Fuscaldi
Orientador(a): Henrique Vitor Leite
Banca de defesa: Eura Martins Lage, Alin Alves Demian
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8QSHUV
Resumo: Objetivo: Avaliar a ocorrência de achados ecocardiográficoscompatíveis com cardiopatia congênita em fetos cujas mães tiveramdiabetes mellitus pré-gestacional ou gestacional e associar aos níveisplasmáticos maternos de frutosamina. Pacientes e Métodos:Realizou-se estudo retrospectivo, no qual foram analisados 126registros médicos de gestantes (31,1±6.6 anos de idade), no períodode 2000 a 2007, que realizaram ecocardiograma fetal pelo mesmomédico, indicado pela presença de diabetes mellitus. Fizemos aanálise da primeira dosagem de frutosamina realizada durante o prénatal (22.1±8.1 semanas de gestação) que foi encontrada em 91registros médicos. A presença ou ausência de achadosecocardiográficos compatíveis com cardiopatia congênita, sejaestrutural ou funcional, foi associada aos níveis plasmáticos maternosde frutosamina por regressão logística. Utilizou-se também a razão dechances ajustada pela idade materna e uso de insulina. Resultados:Sessenta e oito fetos (54% dos 126 fetos) apresentaram achadosecocardiográficos compatívies com cardiopatia congênita. Dez (14,7%dos 68 fetos) apresentaram achados funcionais. Cinquenta e oito(85,3% dos 68 fetos) apresentaram achados estruturais isolados ouassociados a alterações funcionais. Dentre aqueles com alteraçõesestruturais, cardiomegalia de qualquer câmara cardíaca foi a maisfreqüente (n=33), seguida pela comunicação inter-ventricular (n=21).Dentre as alterações funcionais isoladas, a mais freqüente foi derramepericárdico (n=7), seguida por bradicardia (n=3). A média defrutosamina plasmática foi maior entre as gestantes cujos fetosapresentaram achados ecocardiográficos compatíveis com cardiopatiacongênita que naquelas cujo ecocardiograma fetal era normal(2.70±0.78mmol/L, 2.13±0.53mmol/L, respectivamente, p<0.0001). Arazão de chances para achados ecocardiográficos compatíveis comcardiopatia congênita entre fetos de gestantes com frutosaminaplasmática anormal (>2.68 mmol/L) foi 7,0 (2.4-20.1, 95% CI, p<0.0001). A razão de chances ajustada pela idade materna e uso deinsulina foi 6,0 (1.9-18.6, 95% CI p= 0.002). Conclusões: Níveisplasmáticos anormais de frutosamina aumentam as chances deachados ecocardiográficos compatíveis com cardiopatia congênitaentre fetos de gestantes com diabetes mellitus
id UFMG_c25e74f889ccf3c4c4b52a6695405f4b
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8QSHUV
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Henrique Vitor LeiteEura Martins LageAlin Alves DemianKaren Guimaraes Fuscaldi2019-08-12T17:41:06Z2019-08-12T17:41:06Z2011-03-04http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8QSHUVObjetivo: Avaliar a ocorrência de achados ecocardiográficoscompatíveis com cardiopatia congênita em fetos cujas mães tiveramdiabetes mellitus pré-gestacional ou gestacional e associar aos níveisplasmáticos maternos de frutosamina. Pacientes e Métodos:Realizou-se estudo retrospectivo, no qual foram analisados 126registros médicos de gestantes (31,1±6.6 anos de idade), no períodode 2000 a 2007, que realizaram ecocardiograma fetal pelo mesmomédico, indicado pela presença de diabetes mellitus. Fizemos aanálise da primeira dosagem de frutosamina realizada durante o prénatal (22.1±8.1 semanas de gestação) que foi encontrada em 91registros médicos. A presença ou ausência de achadosecocardiográficos compatíveis com cardiopatia congênita, sejaestrutural ou funcional, foi associada aos níveis plasmáticos maternosde frutosamina por regressão logística. Utilizou-se também a razão dechances ajustada pela idade materna e uso de insulina. Resultados:Sessenta e oito fetos (54% dos 126 fetos) apresentaram achadosecocardiográficos compatívies com cardiopatia congênita. Dez (14,7%dos 68 fetos) apresentaram achados funcionais. Cinquenta e oito(85,3% dos 68 fetos) apresentaram achados estruturais isolados ouassociados a alterações funcionais. Dentre aqueles com alteraçõesestruturais, cardiomegalia de qualquer câmara cardíaca foi a maisfreqüente (n=33), seguida pela comunicação inter-ventricular (n=21).Dentre as alterações funcionais isoladas, a mais freqüente foi derramepericárdico (n=7), seguida por bradicardia (n=3). A média defrutosamina plasmática foi maior entre as gestantes cujos fetosapresentaram achados ecocardiográficos compatíveis com cardiopatiacongênita que naquelas cujo ecocardiograma fetal era normal(2.70±0.78mmol/L, 2.13±0.53mmol/L, respectivamente, p<0.0001). Arazão de chances para achados ecocardiográficos compatíveis comcardiopatia congênita entre fetos de gestantes com frutosaminaplasmática anormal (>2.68 mmol/L) foi 7,0 (2.4-20.1, 95% CI, p<0.0001). A razão de chances ajustada pela idade materna e uso deinsulina foi 6,0 (1.9-18.6, 95% CI p= 0.002). Conclusões: Níveisplasmáticos anormais de frutosamina aumentam as chances deachados ecocardiográficos compatíveis com cardiopatia congênitaentre fetos de gestantes com diabetes mellitusPurpose: To study the occurrence of congenital cardiopathies atechocardiography in fetuses whose mothers had preexisting orgestational diabetes mellitus (DM) and to associate to plasma levels offructosamine during pregnancy. Patients and Methods: A register studycovering 126 Brazilian pregnant women (31,1±6.6 years old), in 2000-2007, that were submitted to routine fetal echocardiography by the samephysician, indicated because of DM during pregnancy. We analyzed thefirst dosage of plasma fructosamine during prenatal care (22.1±8.1 weeksof gestation) that was found in 91 medical records. The presence orabsence of structural or functional echocardiographic findings ofcongenital cardiopathy was associated with fructosamine plasma levels bylogistic regression. We assessed odds effect modification by maternal ageand insulin usage. Results: Sixty eight fetuses (54% of the 126 fetus)presented echocardiographic findings of congenital cardiopathy. Ten(14,7% of the 68 fetus) had functional echocardiographic findings ofcongenital cardiopathy. Fifty eight (85,3% of the 68 fetus) presentedstructural echocardiographic findings of congenital cardiopathy or both.Among structural echocardiographic findings of congenital cardiopathy,cardiomegaly of any cardiac chamber was the most frequent (n=33),followed by interventricular communication (n=21). Among the functionalones, the most frequent was pericardial effusion (n=7), followed bybradycardia (n=3). The mean maternal fructosamine plasma level washigher among pregnant women whose fetuses presented CCE than inthose whose fetuses did not (2.70±0.78mmol/L, 2.13±0.53mmol/L,respectively, p<0.0001). Crude Odds ratio for echocardiographic findingsof congenital cardiopathy and abnormal plasma fructosamine (>2.68mmol/L) was 7.0 (2.4-20.1, 95% CI, p<0.0001). Adjusted Odds ratio bymaternal age and insulin usage was 6.0 (1.9-18.6, 95% CI p= 0.002).Conclusions: An abnormal fructosamine plasma level increases thechances of having CCE among referral pregnant women with DMUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGDiabetes mellitusFrutosaminaDiabetes gestacionalEstudos retrospectivosUltrassonografia pré-natalCardiopatias congênitasDiagnóstico pré-natalComplicações na gravidezcardiopatias congênitasDiabetes mellitusecocardiografiafrutosaminaPresença de achados ecocardiográficos compatíveis com cardiopatia congênita entre fetos de mães diabéticas e sua relação com os níveis plasmáticos maternos de frutosamina.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALkaren_1.pdfapplication/pdf699319https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8QSHUV/1/karen_1.pdfb95145970ce7ad1ef055ba7d57779ec5MD51TEXTkaren_1.pdf.txtkaren_1.pdf.txtExtracted texttext/plain103415https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8QSHUV/2/karen_1.pdf.txt520942605f606557f3fc270f5887778fMD521843/BUOS-8QSHUV2019-11-14 19:01:26.512oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8QSHUVRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T22:01:26Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Presença de achados ecocardiográficos compatíveis com cardiopatia congênita entre fetos de mães diabéticas e sua relação com os níveis plasmáticos maternos de frutosamina.
title Presença de achados ecocardiográficos compatíveis com cardiopatia congênita entre fetos de mães diabéticas e sua relação com os níveis plasmáticos maternos de frutosamina.
spellingShingle Presença de achados ecocardiográficos compatíveis com cardiopatia congênita entre fetos de mães diabéticas e sua relação com os níveis plasmáticos maternos de frutosamina.
Karen Guimaraes Fuscaldi
cardiopatias congênitas
Diabetes mellitus
ecocardiografia
frutosamina
Diabetes mellitus
Frutosamina
Diabetes gestacional
Estudos retrospectivos
Ultrassonografia pré-natal
Cardiopatias congênitas
Diagnóstico pré-natal
Complicações na gravidez
title_short Presença de achados ecocardiográficos compatíveis com cardiopatia congênita entre fetos de mães diabéticas e sua relação com os níveis plasmáticos maternos de frutosamina.
title_full Presença de achados ecocardiográficos compatíveis com cardiopatia congênita entre fetos de mães diabéticas e sua relação com os níveis plasmáticos maternos de frutosamina.
title_fullStr Presença de achados ecocardiográficos compatíveis com cardiopatia congênita entre fetos de mães diabéticas e sua relação com os níveis plasmáticos maternos de frutosamina.
title_full_unstemmed Presença de achados ecocardiográficos compatíveis com cardiopatia congênita entre fetos de mães diabéticas e sua relação com os níveis plasmáticos maternos de frutosamina.
title_sort Presença de achados ecocardiográficos compatíveis com cardiopatia congênita entre fetos de mães diabéticas e sua relação com os níveis plasmáticos maternos de frutosamina.
author Karen Guimaraes Fuscaldi
author_facet Karen Guimaraes Fuscaldi
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Henrique Vitor Leite
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Eura Martins Lage
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Alin Alves Demian
dc.contributor.author.fl_str_mv Karen Guimaraes Fuscaldi
contributor_str_mv Henrique Vitor Leite
Eura Martins Lage
Alin Alves Demian
dc.subject.por.fl_str_mv cardiopatias congênitas
Diabetes mellitus
ecocardiografia
frutosamina
topic cardiopatias congênitas
Diabetes mellitus
ecocardiografia
frutosamina
Diabetes mellitus
Frutosamina
Diabetes gestacional
Estudos retrospectivos
Ultrassonografia pré-natal
Cardiopatias congênitas
Diagnóstico pré-natal
Complicações na gravidez
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Diabetes mellitus
Frutosamina
Diabetes gestacional
Estudos retrospectivos
Ultrassonografia pré-natal
Cardiopatias congênitas
Diagnóstico pré-natal
Complicações na gravidez
description Objetivo: Avaliar a ocorrência de achados ecocardiográficoscompatíveis com cardiopatia congênita em fetos cujas mães tiveramdiabetes mellitus pré-gestacional ou gestacional e associar aos níveisplasmáticos maternos de frutosamina. Pacientes e Métodos:Realizou-se estudo retrospectivo, no qual foram analisados 126registros médicos de gestantes (31,1±6.6 anos de idade), no períodode 2000 a 2007, que realizaram ecocardiograma fetal pelo mesmomédico, indicado pela presença de diabetes mellitus. Fizemos aanálise da primeira dosagem de frutosamina realizada durante o prénatal (22.1±8.1 semanas de gestação) que foi encontrada em 91registros médicos. A presença ou ausência de achadosecocardiográficos compatíveis com cardiopatia congênita, sejaestrutural ou funcional, foi associada aos níveis plasmáticos maternosde frutosamina por regressão logística. Utilizou-se também a razão dechances ajustada pela idade materna e uso de insulina. Resultados:Sessenta e oito fetos (54% dos 126 fetos) apresentaram achadosecocardiográficos compatívies com cardiopatia congênita. Dez (14,7%dos 68 fetos) apresentaram achados funcionais. Cinquenta e oito(85,3% dos 68 fetos) apresentaram achados estruturais isolados ouassociados a alterações funcionais. Dentre aqueles com alteraçõesestruturais, cardiomegalia de qualquer câmara cardíaca foi a maisfreqüente (n=33), seguida pela comunicação inter-ventricular (n=21).Dentre as alterações funcionais isoladas, a mais freqüente foi derramepericárdico (n=7), seguida por bradicardia (n=3). A média defrutosamina plasmática foi maior entre as gestantes cujos fetosapresentaram achados ecocardiográficos compatíveis com cardiopatiacongênita que naquelas cujo ecocardiograma fetal era normal(2.70±0.78mmol/L, 2.13±0.53mmol/L, respectivamente, p<0.0001). Arazão de chances para achados ecocardiográficos compatíveis comcardiopatia congênita entre fetos de gestantes com frutosaminaplasmática anormal (>2.68 mmol/L) foi 7,0 (2.4-20.1, 95% CI, p<0.0001). A razão de chances ajustada pela idade materna e uso deinsulina foi 6,0 (1.9-18.6, 95% CI p= 0.002). Conclusões: Níveisplasmáticos anormais de frutosamina aumentam as chances deachados ecocardiográficos compatíveis com cardiopatia congênitaentre fetos de gestantes com diabetes mellitus
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011-03-04
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-12T17:41:06Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-12T17:41:06Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8QSHUV
url http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8QSHUV
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8QSHUV/1/karen_1.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8QSHUV/2/karen_1.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv b95145970ce7ad1ef055ba7d57779ec5
520942605f606557f3fc270f5887778f
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797973182958796800