Comparação entre adenosina e óxido nítrico para a realização de teste de vasorreatividade pulmonar em pacientes com hipertensão arterial pulmonar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Edmundo Clarindo Oliveira
Orientador(a): Carlos Faria Santos Amaral
Banca de defesa: Zilda Maria Alves Meira, Paulo Augusto Moreira Camargos, Sérgio Saldanha Menna Barreto, Rogerio Marcos de Souza
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8H2P4B
Resumo: A avaliação da vasorreatividade pulmonar é indicada para definição da melhor opção terapêutica em todas as formas de hipertensão arterial pulmonar (HAP). Várias drogas têm sido utilizadas para essa avaliação. O óxido nítrico inalado (ONi) é considerado a melhor opção, porém não se encontra disponível na maioria dos serviços de hemodinâmica do Brasil. A adenosina tem ação vasodilatadora pulmonar reconhecida, é facilmente disponível, tem meia vida de poucos segundos e tem sido também recomendada para a realização dos testes de vasorreatividade pulmonar (TRP). Objetivou-se comparar o ONi e a adenosina na realização desses testes. Para tanto, foram estudados 39 pacientes com diagnóstico de HAP, com idade entre 2 e 69 anos (mediana = 44), 82% deles do sexo feminino. A etiologia da HAP foi idiopática (HAPI) em 26 pacientes (66,7%), esquistossomótica em 4 pacientes (10,2%) e secundária a cardiopatia congênita em 3 pacientes (7,7%); o tromboembolismo pulmonar foi encontrado em 2 pacientes (5,1%), e a colagenose, em 4 pacientes (10,2%). As medidas hemodinâmicas foram feitas no estado basal, com inalação de óxido nítrico e durante infusão contínua de adenosina em artéria pulmonar. ONi foi iniciado em concentração de 10 ppm, aumentando-se 10 ppm a cada 5 minutos, até se obter resposta positiva ou se atingir 80 ppm. Adenosina foi infundida em dose inicial de 50 g/kg/min, aumentando-se 50 g/kg/min a cada 5 minutos, até se atingir 500 g/kg/min ou ocorrer resposta positiva ou efeitos colaterais. Os critérios utilizados para se considerar a existência de vasorreatividade pulmonar foram: 1) na HAP não associada à cardiopatia, diminuição de 10 mmHg na pressão pulmonar média, associada a um valor final desta menor que 40 mmHg, com manutenção ou aumento do débito sistêmico; e 2) na HAP associada a cardiopatias congênitas, aumento da relação QP/QS acima de 1,8, associado a uma diminuição da relação RP/RS maior que 30%. Para a análise estatística, fez-se a comparação entre as medidas com dose máxima de cada vasodilatador e com os valores basais, usando-se o teste t de Student para amostras pareadas. Os dados relacionados com as categorias variáveis foram expressos como proporções e comparados pelo teste de McNemar para amostras pareadas. Um valor de p<0,05 foi considerado significante. O cálculo da amostra foi realizado utilizando-se o software Study Size v. 2.0.2 (Västra Frölunda, Sweden), aceitando-se que a sensibilidade da adenosina em relação à do óxido nítrico era de 98%, com 5% de erro no intervalo de 95% de confiança, encontrando-se um total de 30 pacientes. Após avaliação dos 20 primeiros pacientes sem resposta à adenosina, a amostra foi recalculada. Consideraram-se então amostras pareadas, esperando-se uma resposta de 2% à adenosina e de 20% ao óxido nítrico, com a de 0,05%, sendo encontrados 39 pacientes. A HAP foi classificada como leve em oito pacientes (20,5%), moderada em 13 pacientes (33,3%) e grave em 18 pacientes (46,2%). Dos 39 indivíduos incluídos no estudo, seis (15,4%) apresentaram resposta positiva aos TRP com ONi, sem efeitos colaterais. Quatro desses pacientes integravam o grupo dos 26 diagnosticados com HAPI (15,4%), e os outros dois, o grupo dos 13 pacientes com outras formas de HAP (15,4%). A comparação dos dados hemodinâmicos mensurados em estado basal e após as doses máximas alcançadas de adenosina e ONi mostrou resposta somente em 6 pacientes (15,4%) durante a administração de ONi (Teste de McNemar, p=0,047). A dose média de adenosina foi de 301 g/kg/min, sendo que, dos 39 participantes do estudo, 23 (58,9%) não atingiram a dose máxima, devido a efeitos colaterais: 7 (17,9%) apresentaram broncoespasmo; 5 (12,8%), dor torácica; 3 (7,7%), bradicardia; 6 (15,4%), broncoespasmo e dor torácica; e 2 (5,1%), bradicardia e broncoespasmo. Os resultados obtidos indicam que não se deve utilizar a adenosina para a realização dos TRP.
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Para tanto, foram estudados 39 pacientes com diagnóstico de HAP, com idade entre 2 e 69 anos (mediana = 44), 82% deles do sexo feminino. A etiologia da HAP foi idiopática (HAPI) em 26 pacientes (66,7%), esquistossomótica em 4 pacientes (10,2%) e secundária a cardiopatia congênita em 3 pacientes (7,7%); o tromboembolismo pulmonar foi encontrado em 2 pacientes (5,1%), e a colagenose, em 4 pacientes (10,2%). As medidas hemodinâmicas foram feitas no estado basal, com inalação de óxido nítrico e durante infusão contínua de adenosina em artéria pulmonar. ONi foi iniciado em concentração de 10 ppm, aumentando-se 10 ppm a cada 5 minutos, até se obter resposta positiva ou se atingir 80 ppm. Adenosina foi infundida em dose inicial de 50 g/kg/min, aumentando-se 50 g/kg/min a cada 5 minutos, até se atingir 500 g/kg/min ou ocorrer resposta positiva ou efeitos colaterais. Os critérios utilizados para se considerar a existência de vasorreatividade pulmonar foram: 1) na HAP não associada à cardiopatia, diminuição de 10 mmHg na pressão pulmonar média, associada a um valor final desta menor que 40 mmHg, com manutenção ou aumento do débito sistêmico; e 2) na HAP associada a cardiopatias congênitas, aumento da relação QP/QS acima de 1,8, associado a uma diminuição da relação RP/RS maior que 30%. Para a análise estatística, fez-se a comparação entre as medidas com dose máxima de cada vasodilatador e com os valores basais, usando-se o teste t de Student para amostras pareadas. Os dados relacionados com as categorias variáveis foram expressos como proporções e comparados pelo teste de McNemar para amostras pareadas. Um valor de p<0,05 foi considerado significante. O cálculo da amostra foi realizado utilizando-se o software Study Size v. 2.0.2 (Västra Frölunda, Sweden), aceitando-se que a sensibilidade da adenosina em relação à do óxido nítrico era de 98%, com 5% de erro no intervalo de 95% de confiança, encontrando-se um total de 30 pacientes. Após avaliação dos 20 primeiros pacientes sem resposta à adenosina, a amostra foi recalculada. Consideraram-se então amostras pareadas, esperando-se uma resposta de 2% à adenosina e de 20% ao óxido nítrico, com a de 0,05%, sendo encontrados 39 pacientes. A HAP foi classificada como leve em oito pacientes (20,5%), moderada em 13 pacientes (33,3%) e grave em 18 pacientes (46,2%). Dos 39 indivíduos incluídos no estudo, seis (15,4%) apresentaram resposta positiva aos TRP com ONi, sem efeitos colaterais. Quatro desses pacientes integravam o grupo dos 26 diagnosticados com HAPI (15,4%), e os outros dois, o grupo dos 13 pacientes com outras formas de HAP (15,4%). A comparação dos dados hemodinâmicos mensurados em estado basal e após as doses máximas alcançadas de adenosina e ONi mostrou resposta somente em 6 pacientes (15,4%) durante a administração de ONi (Teste de McNemar, p=0,047). A dose média de adenosina foi de 301 g/kg/min, sendo que, dos 39 participantes do estudo, 23 (58,9%) não atingiram a dose máxima, devido a efeitos colaterais: 7 (17,9%) apresentaram broncoespasmo; 5 (12,8%), dor torácica; 3 (7,7%), bradicardia; 6 (15,4%), broncoespasmo e dor torácica; e 2 (5,1%), bradicardia e broncoespasmo. Os resultados obtidos indicam que não se deve utilizar a adenosina para a realização dos TRP.The evaluation of pulmonary vasoreactivity is recommended in order to better define the therapeutic option in all forms of pulmonary arterial hypertension (PAH). Several drugs have been used for this evaluation. Inhaled nitric oxide (ONi) is considered to be the best option, even though it is not available in most health service centers in Brazil. Adenosine has a well-known pulmonary vasodilation action, is easily available, has a half life of a few seconds, and some papers suggest it should be used to perform pulmonary vasoreactivity tests. The aim of this study is to compare the use of the two drugs in these tests. The study included 39 patients aged from 2 to 69 years old (medium age = 44), 82% of whom were female patients. Hypertension was classified, according to its etiology, as idiopathic in 26 patients (66.7%), schistosomal in 4 patients (10.2%), congenital cardiopathy in 3 patients (7.7%), pulmonary thromboembolism in 2 patients (5.1%) and collagen disease in 4 patients (10.2%) and, according to its severity, as light in 8 patients (20.5%), moderate in 13 patients (33.3%) and severe in 18 patients (46.2%). The measurements were made in basal state, with ONi, and after continuous infusion of adenosine in the pulmonary artery. ONi was started with 10 ppm, increasing 10 ppm every 5 minutes, till a response was obtained or 80 ppm were reached. Adenosine was started with 50 g/kg/min, increasing 50 g/kg/min every 5 minutes, till either 500 g/kg/min, or a positive response or side effects were reached. The criteria for a positive response were: 1) a reduction of 10 mmHg in the medium pulmonary pressure, associated to a final value below 40 mmHg, with the maintenance or increase in the systemic debit in the non-cardiac forms; and 2) an increase in the QP/QS relationship above 1.8, associated to a reduction in the relationship RP/RS higher than 30% in the congenital heart disease. For the statistical analysis the comparison between measurements at maximal dose versus basal state during each vasodilator challenge and between challenges was performed using student t test for paired samples. Data concerning categorical variables were expressed as proportions and were compared by McNemar test for paired samples. A p<.05 value was considered significant. The sample size was calculated using the software Study Size v. 2.0.2 (Västra Frölunda, Sweden). After a pilot study of 20 patients without any positive response to adenosine, the sample size was recalculated. Considering paired observations, alpha value of 0.05, beta values of 0.8, and 2% of response to adenosine and 20% to iNO, a sample size of 39 patients was obtained. Out of the 39 individuals included in the study, 6 (15.4%) presented a positive response to the TRP with nitric oxide, without side effects. Four of these patients were part of the 26 individuals group diagnosed with HAPI (15.4%), and the other two were part of the 13 individuals group with other forms of HAP (15,4%). The comparison of the homodynamic measurement in basal state and after maximum achieved dose of the adenosine and nitric oxide showed response with ONi in 6 of the 39 patients and absence of response with adenosine (McNemar test, p = 0.047). The medium doses of adenosine was 301 g/kg/min and 23/39 patients (58.9%) did not reach the maximum dose due to side effects: 7 (17.9%) presented bronchospasm; 5 (12.8%) thoracic pain; 3 (7.7%) bradycardia; 6 (15.4%) bronchospasm and thoracic pain; and 2 (5.1%) bradycardia and bronchospasm. Our results show that adenosine should not be used to do pulmonary vasoreactivity tests in patients with pulmonary hypertension.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGResistência vascular/efeitos de drogasVasodilatadoresAdenosina/uso diagnósticoCardiologiaHipertensão pulmonarÓxido nítrico/uso diagnósticoÓxido nítricoinalado (ONi)Teste de vasorreatividadeHipertensão pulmonarAdenosinaComparação entre adenosina e óxido nítrico para a realização de teste de vasorreatividade pulmonar em pacientes com hipertensão arterial pulmonarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALedmundo_tese.pdfapplication/pdf376628https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8H2P4B/1/edmundo_tese.pdf91b6f374a74c9fbcb3ed91566e4b8a96MD51TEXTedmundo_tese.pdf.txtedmundo_tese.pdf.txtExtracted texttext/plain78504https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8H2P4B/2/edmundo_tese.pdf.txt0418842e0b43706593ca1b00d18cf4fdMD521843/BUOS-8H2P4B2019-11-14 11:36:40.741oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8H2P4BRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T14:36:40Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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