Morcegos em florestas tropicais secas brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Luiz Alberto Dolabela Falcão
Orientador(a): Adriano Pereira Paglia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A9MGTR
Resumo: Estudos que investiguem o efeito da estrutura do habitat sobre a diversidade de morcegos não são raros. Entretanto, ainda não é possível desenhar um padrão geral para essa relação, já que as respostas são altamente variadas entre diferentes estudos. Além disto, a maioria destes utiliza apenas a riqueza e abundância de morcegos como variáveis resposta, não fornecendo assim, informações sobre a perda de serviços ecológicos frente a mudanças no habitat. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi testar o efeito da sucessão secundária e diversidade de plantas sobre as diferentes dimensões da diversidade de morcegos (taxonômica, filogenética e funcional) em florestas tropicais secas brasileiras. Os morcegos foram amostrados em 12 áreas de floresta tropical seca do sudeste brasileiro e, classificadas individualmente quanto ao estágio sucessional e estrutura florística. Medidas de diversidade taxonômica (índice de Simpson), filogenética (taxonomic diversity) e funcional (entropia quadrática de Rao) foram obtidas para morcegos e plantas e testadas através de modelos lineares generalizados. Nossos resultados demonstram que características locais do habitat têm pouco influência sobre as diferentes dimensões da diversidade de morcegos, possivelmente pelo uso heterogêneo do habitat por esses animais. Observamos também que a diversidade funcional de morcegos está diretamente relacionada à riqueza de espécies em uma área e esta relação é menos proeminente em áreas tardias de sucessão. Esse resultado corrobora a ideia de que a perda de espécies de morcegos está diretamente relacionada a perda de serviços ecossistêmicos em florestas tropicais secas, reforçando a necessidade de esforços de conservação nestas regiões. Por fim, demonstramos que a diversidade funcional de morcegos tem uma relação direta com a diversidade funcional de plantas, possivelmente em função dos recursos diretos e indiretos providos pelas estas aos morcegos.
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