Avaliação do fenômeno de tolerância ao itraconazol em Cryptococcus neoformans

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Júlio Roger Evangelista dos Santos lattes
Orientador(a): Daniel de Assis Santos lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Microbiologia
Departamento: ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/50885
Resumo: Cryptococcus são leveduras encapsuladas que causam a criptococose. As principais espécies de importância clínica são Cryptococcus neoformans e C. gattii. Os fármacos utilizados para seu tratamento no Brasil são anfotericina B e derivados azólicos como o itraconazol. O tratamento é longo e muitas vezes ineficaz por mecanismos de adaptação do fungo, como a tolerância. A tolerância é definida como a capacidade de sobrevivência do fungo na presença da droga, mesmo não havendo alteração da concentração inibitória mínima (CIM). Nesse contexto, esse trabalho teve como objetivo avaliar a tolerância ao itraconazol em diferentes linhagens de C. neoformans e C. gattii. Inicialmente, foi avaliada a CIM de itraconazol para 53 linhagens de C. neoformans, sendo 17 linhagens selvagens e 36 linhagens com genes deletados, e 16 linhagens selvagens de C. gattii nas temperaturas de 30 ºC e 35 ºC. A CIM variou entre 0,03 e 2,00 µg/mL, apresentando um padrão de linhagens mais susceptíveis a 35 °C tanto para C. neoformans quanto para C. gattii. Posteriormente, selecionamos 17 linhagens com os maiores e menores valores de CIM, para análises de curva de crescimento nas concentrações de CIM, 2xCIM e 0,5CIM a fim de avaliar perfil de tolerância. Em seguida nós investigamos 10 dessas linhagens, que apresentaram crescimento na CIM para a análise de Unidades Formadoras de Colônias para verificar a viabilidade das células. Encontramos 4 linhagens capazes de crescer nas suas respectivas CIM, nas quais 2 foram capazes de crescer na CIM de 30 °C e 35 °C. A tolerância ao itraconazol causou uma mudança na morfologia dessas células, que apresentaram um aglomerado de células e o aspecto irregular se comparadas as linhagens não tratadas. As linhagens tolerantes ao itraconazol, que é um agente indutor de estresse oxidativo, não apresentaram um aumento na produção de espécies reativas de oxigênio e não houve alteração na produção de ergosterol que é um dos alvos desse fármaco. Estes resultados nos mostram que a resposta ao estresse oxidativo e a regulação do ergosterol podem ser alguns dos possíveis meios de adaptação que contribuíram para o fenômeno de tolerância.
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spelling Daniel de Assis Santoshttp://lattes.cnpq.br/8594246013269311http://lattes.cnpq.br/4932674621817187Júlio Roger Evangelista dos Santos2023-03-14T16:46:37Z2023-03-14T16:46:37Z2022-02-23http://hdl.handle.net/1843/50885Cryptococcus são leveduras encapsuladas que causam a criptococose. As principais espécies de importância clínica são Cryptococcus neoformans e C. gattii. Os fármacos utilizados para seu tratamento no Brasil são anfotericina B e derivados azólicos como o itraconazol. O tratamento é longo e muitas vezes ineficaz por mecanismos de adaptação do fungo, como a tolerância. A tolerância é definida como a capacidade de sobrevivência do fungo na presença da droga, mesmo não havendo alteração da concentração inibitória mínima (CIM). Nesse contexto, esse trabalho teve como objetivo avaliar a tolerância ao itraconazol em diferentes linhagens de C. neoformans e C. gattii. Inicialmente, foi avaliada a CIM de itraconazol para 53 linhagens de C. neoformans, sendo 17 linhagens selvagens e 36 linhagens com genes deletados, e 16 linhagens selvagens de C. gattii nas temperaturas de 30 ºC e 35 ºC. A CIM variou entre 0,03 e 2,00 µg/mL, apresentando um padrão de linhagens mais susceptíveis a 35 °C tanto para C. neoformans quanto para C. gattii. Posteriormente, selecionamos 17 linhagens com os maiores e menores valores de CIM, para análises de curva de crescimento nas concentrações de CIM, 2xCIM e 0,5CIM a fim de avaliar perfil de tolerância. Em seguida nós investigamos 10 dessas linhagens, que apresentaram crescimento na CIM para a análise de Unidades Formadoras de Colônias para verificar a viabilidade das células. Encontramos 4 linhagens capazes de crescer nas suas respectivas CIM, nas quais 2 foram capazes de crescer na CIM de 30 °C e 35 °C. A tolerância ao itraconazol causou uma mudança na morfologia dessas células, que apresentaram um aglomerado de células e o aspecto irregular se comparadas as linhagens não tratadas. As linhagens tolerantes ao itraconazol, que é um agente indutor de estresse oxidativo, não apresentaram um aumento na produção de espécies reativas de oxigênio e não houve alteração na produção de ergosterol que é um dos alvos desse fármaco. Estes resultados nos mostram que a resposta ao estresse oxidativo e a regulação do ergosterol podem ser alguns dos possíveis meios de adaptação que contribuíram para o fenômeno de tolerância.Cryptococcus are encapsulated yeasts that cause cryptococcosis. The main species of clinical importance are Cryptococcus neoformans and C. gattii. The drugs used for its treatment in Brazil are amphotericin B and azole derivatives such as itraconazole. Treatment is long and often ineffective due to fungal adaptation mechanisms, like tolerance. Tolerance is defined as the ability of the fungus to survive in the presence of the drug, even with no change in the minimum inhibitory concentration (MIC). In this context, this study aimed to evaluate the tolerance to itraconazole in different strains of C. neoformans and C. gattii. Initially, the MIC of itraconazole was evaluated for 53 strains of C. neoformans, being 17 wild-type strains and 36 strains with deleted genes, and 16 wild-type strains of C. gattii at temperatures of 30 ºC and 35 ºC. The MIC varied between 0.03 and 2.00 μg/mL, showing a pattern of more susceptible strains at 35 °C for both C. neoformans and C. gattii Subsequently, we selected 17 lines with the highest and lowest MIC values for growth curve analysis at MIC, 2xCIM and 0.5CIM concentrations in order to assess tolerance profile. Next we investigated 10 of these strains, that showed growth in the MIC for the analysis of Colony Forming Units to verify the viability of the cells. We found 4 strains capable of growing at their respective MIC, in which 2 were able to grow at MIC of 30 °C and 35 °C. Tolerance to itraconazole caused a change in the morphology of these cells, which presented an agglomeration of cells and an irregular appearance when compared to untreated strains. The strains tolerant to itraconazole, which is an oxidative stress-inducing agent, did not show an increase in the production of reactive oxygen species and there was no change in the production of ergosterol, which is one of the targets of this drug. These results show us that the response to oxidative stress and the regulation of ergosterol may be some of the possible means of adaptation that contributed to the phenomenon of tolerance.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em MicrobiologiaUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICASMicrobiologiaCryptococcus neoformansCryptococcus gattiiItraconazolTolerância a medicamentosCryptococcus nerformansCryptococcus gattiiitraconazoltolerânciaAvaliação do fenômeno de tolerância ao itraconazol em Cryptococcus neoformansinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALRestante_merged (1).pdfRestante_merged (1).pdfapplication/pdf1232661https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/50885/1/Restante_merged%20%281%29.pdf6d2806138b32bef3c514ff79f72dc4b3MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/50885/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/508852023-03-14 13:46:38.046oai:repositorio.ufmg.br:1843/50885TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-03-14T16:46:38Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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