Deslocamentos identitários de gênero e raça de professoras negras na educação escolar quilombola em Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Jairza Fernandes Rocha da Silva lattes
Orientador(a): Shirley Aparecida de Miranda lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/31973
Resumo: A presente pesquisa buscou analisar quais são os possíveis deslocamentos de gênero e raça, vivenciados por professoras inseridas no contexto da Educação Escolar Quilombola (EEQ). Assim, a realização desta investigação foi norteada pela seguinte questão central: quais são os deslocamentos identitários de gênero e raça que essas sujeitas realizam na docência, quando confrontadas com a EEQ. No contexto educacional brasileiro, estudos produzidos a respeito de professores/as que atuam nessa modalidade, com o recorte específico em análises interseccionais de gênero, raça e classe, são ainda incipientes. Dessa forma, buscamos compreender, a partir de narrativas (auto)biográficas, por meio das vivências e experiências de vida dessas professoras, como as noções de raça, gênero e classe são, por elas, articuladas. O método permitiu uma maior aproximação com as sujeitas desta pesquisa. O diálogo ocorreu com cinco mulheres autodeclaradas pretas, professoras na EEQ e que participaram do I Curso Formação de Professores/as da Educação Básica nas Comunidades Remanescentes de Quilombo de Minas Gerais. As narrativas dessas sujeitas são carregadas de potência, naquilo que cada uma delas tem de singularidade e coletividade no processo de conceber deslocamentos identitários de gênero e raça. Os resultados obtidos apontam para a necessidade de romper com a ideia de representação de mulheres negras docentes, ainda arraigada no imaginário social brasileiro. Em outras palavras, significa dizer que o modo que as sujeitas constroem a sua experiência no magistério, na EEQ, se dá de maneira bastante singular. Essa singularidade se concretiza a partir de deslocamentos tais como: feminização do magistério, feminismo negro quilombola e enfrentamentos sociorraciais, políticos e territoriais. É nesse sentido que produções, a respeito do feminismo negro em interface com o conceito de interseccionalidade, auxiliam a compreender diferentes formas de opressão que perpassam as vivências profissionais e pessoais delas. O estudo revelou que a formação continuada e o movimento quilombola consistem em um dos principais agentes educativos na atuação sociopolítica dessas mulheres. Afinal, a partir do engajamento delas, nesse movimento, que é possível perceber, em suas narrativas, a defesa do território, dos direitos das mulheres negras e da EEQ. É por meio da atuação sociopolítica, em diferentes espaços de militância, que elas buscam inserir novas práticas pedagógicas em sala de aula para a implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica. Dos deslocamentos realizados, foi possível também perceber que as professoras vivenciam enfrentamentos diferentes daqueles vivenciados por docentes que atuam nos territórios localizados nos centros urbanos. Assim sendo, compreende-se que foi trabalhado com deslocamentos os quais dizem respeito à emergência de um novo sujeito político, ser mulher, professora negra no contexto social quilombola. Por fim, a pesquisa evidenciou ainda que a feminização do magistério é construído, pelas docentes, de maneira ressignificada, uma vez que elas passam a ocupar um lugar na hierarquia sociorracial, a princípio não reservado. Tal situação ocasiona a positivação de deslocamentos de pertencimentos de gênero e raça, gerando, com isso, um processo nomeado como subalternidade invertida.
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spelling Shirley Aparecida de Mirandahttp://lattes.cnpq.br/3847776763284981http://lattes.cnpq.br/0861293716857645Jairza Fernandes Rocha da Silva2020-01-17T17:59:04Z2020-01-17T17:59:04Z2018-06-28http://hdl.handle.net/1843/31973A presente pesquisa buscou analisar quais são os possíveis deslocamentos de gênero e raça, vivenciados por professoras inseridas no contexto da Educação Escolar Quilombola (EEQ). Assim, a realização desta investigação foi norteada pela seguinte questão central: quais são os deslocamentos identitários de gênero e raça que essas sujeitas realizam na docência, quando confrontadas com a EEQ. No contexto educacional brasileiro, estudos produzidos a respeito de professores/as que atuam nessa modalidade, com o recorte específico em análises interseccionais de gênero, raça e classe, são ainda incipientes. Dessa forma, buscamos compreender, a partir de narrativas (auto)biográficas, por meio das vivências e experiências de vida dessas professoras, como as noções de raça, gênero e classe são, por elas, articuladas. O método permitiu uma maior aproximação com as sujeitas desta pesquisa. O diálogo ocorreu com cinco mulheres autodeclaradas pretas, professoras na EEQ e que participaram do I Curso Formação de Professores/as da Educação Básica nas Comunidades Remanescentes de Quilombo de Minas Gerais. As narrativas dessas sujeitas são carregadas de potência, naquilo que cada uma delas tem de singularidade e coletividade no processo de conceber deslocamentos identitários de gênero e raça. Os resultados obtidos apontam para a necessidade de romper com a ideia de representação de mulheres negras docentes, ainda arraigada no imaginário social brasileiro. Em outras palavras, significa dizer que o modo que as sujeitas constroem a sua experiência no magistério, na EEQ, se dá de maneira bastante singular. Essa singularidade se concretiza a partir de deslocamentos tais como: feminização do magistério, feminismo negro quilombola e enfrentamentos sociorraciais, políticos e territoriais. É nesse sentido que produções, a respeito do feminismo negro em interface com o conceito de interseccionalidade, auxiliam a compreender diferentes formas de opressão que perpassam as vivências profissionais e pessoais delas. O estudo revelou que a formação continuada e o movimento quilombola consistem em um dos principais agentes educativos na atuação sociopolítica dessas mulheres. Afinal, a partir do engajamento delas, nesse movimento, que é possível perceber, em suas narrativas, a defesa do território, dos direitos das mulheres negras e da EEQ. É por meio da atuação sociopolítica, em diferentes espaços de militância, que elas buscam inserir novas práticas pedagógicas em sala de aula para a implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica. Dos deslocamentos realizados, foi possível também perceber que as professoras vivenciam enfrentamentos diferentes daqueles vivenciados por docentes que atuam nos territórios localizados nos centros urbanos. Assim sendo, compreende-se que foi trabalhado com deslocamentos os quais dizem respeito à emergência de um novo sujeito político, ser mulher, professora negra no contexto social quilombola. Por fim, a pesquisa evidenciou ainda que a feminização do magistério é construído, pelas docentes, de maneira ressignificada, uma vez que elas passam a ocupar um lugar na hierarquia sociorracial, a princípio não reservado. Tal situação ocasiona a positivação de deslocamentos de pertencimentos de gênero e raça, gerando, com isso, um processo nomeado como subalternidade invertida.The present research sought to analyze the possible displacements of gender and race, experienced by teachers inserted in the context of Quilombola School Education (EEQ). Thus, the realization of this investigation was guided by the following central question: what are the gender and racial identity dislocations that these subjects carry out in teaching when confronted with EEQ. In the Brazilian educational context, studies produced regarding teachers that work in this modality, with the specific cut in intersectional analyzes of gender, race and class, are still incipient. Thus, we seek to understand, from (biographical) narratives, through the experiences and life experiences of these teachers, how the notions of race, gender and class are articulated by them. The method allowed a closer approximation with the subjects of this research. The dialogue took place with five self-declared black women, professors in the EEQ and who participated in the First Training Course of Primary Education Teachers in the Remnant Communities of Quilombo of Minas Gerais. The narratives of these subjects are loaded with power, in what each of them has of singularity and collectivity in the process of conceiving identitary displacements of gender and race. The results obtained point to the need to break with the idea of representation of black female teachers, still rooted in the Brazilian social imaginary. In other words, it means to say that the way in which the subjects construct their experience in the magisterium, in the EEQ, takes place in a very singular way. This singularity comes from displacements such as: feminization of the magisterium, black quilombola feminism and socio-political, political and territorial confrontations. . It is in this sense that productions, regarding black feminism in interface with the concept of intersectionality, help to understand different forms of oppression that permeate their personal and professional experiences. The study revealed that the continuous formation and the quilombola movement consist of one of the main educational agents in the sociopolitical action of these women. After all, from their engagement, in this movement, it is possible to perceive, in their narratives, the defense of territory, the rights of black women and the EEQ. It is through the socio-political action, in different spaces of militancy, that they seek to insert new pedagogical practices in the classroom for the implementation of the National Curricular Guidelines for Quilombola School Education in Basic Education. From the displacements carried out, it was also possible to perceive that the teachers experience confrontations different from those experienced by teachers who work in the territories located in the urban centers. Thus, it is understood that it was worked with displacements which relate to the emergence of a new political subject, to be a woman, a black teacher in the quilombola social context. Finally, the research also showed that the feminization of the teaching profession is constructed by the teachers in a way that is re-signification, since they take a place in the socio-racial hierarchy, at first not reserved. This situation leads to the positivation of displacements of gender and race belongings, thus generating a process named as inverted subalternity.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão SocialUFMGBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessQuilombos -- Educação -- Minas GeraisMulheres na educaçãoProfessoras -- FormaçãoSociologia educacionalEducação -- Relações raciaisFeminismoNegros -- EducaçãoEducação escolar quilombolaGêneroRelação étnico-racialProfessora quilombolaNarrativa auto(biográfica)Feminismo negroDeslocamentos identitários de gênero e raça de professoras negras na educação escolar quilombola em Minas Geraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação de Mestrado Jairza F R da Silva Versão Biblioteca (1).pdfDissertação de Mestrado Jairza F R da Silva Versão Biblioteca (1).pdfapplication/pdf3292571https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31973/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20de%20Mestrado%20Jairza%20F%20R%20da%20Silva%20Vers%c3%a3o%20Biblioteca%20%281%29.pdf7e40b85c168b0dd890ee52222fd9f4f8MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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