A representação social dos acidentes escolares por educadores em escola de 1ª a 4ª série do ensino fundamental, Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Soraia Pinto Sena
Orientador(a): Janete Ricas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-6Y6JEW
Resumo: Os acidentes na infância além de causarem prejuízo para a vida humana, podem causar seqüelas, tanto físicas quanto emocionais, na criança e no adolescente. Na escola, o acidente pode ter como conseqüência o absenteísmo e o insucesso escolar sendo, portanto, um problema educacional e de saúde pública. O objetivo dessa pesquisa foi estudar as representações sociais de educadores sobre os acidentes ocorridos em crianças de 1ª a 4ª série do ensino fundamental em Belo Horizonte. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, com entrevistas semi-estruturadas com educadores em 17 escolas privadas de nível sócio econômico elevado de Belo Horizonte. Os entrevistados foram escolhidos por serem pessoas que detinham asinformações privilegiadas do grupo. O número de escolas entrevistadas não foi previamente definido, tendo sido utilizado o critério de exaustão para interromper a coleta de dados. Na análise, os seguintes temas foram estudados: impressões gerais sobre o acidente na escola; conceitos e crenças a respeito do acidente escolar; capacitação relatada para lidar com a criança acidentada; sentimentos relativos à autocompetência para lidar com o acidente; concepção de medidas para evitar e lidar com acidentes e percepção de responsabilidade sobre o acidente. Em relação ao conceito de acidente observamos nos relatos, que existe ainda, a concepção da fatalidade ao lado do conceito de acontecimento previsível. Outro aspecto que chama atenção é o fato de que os educadores não se sentem preparados para lidar com o acidente relatando capacitação incipiente para o atendimento da criança acidentada, recorrendo às suas experiências como pais nesta situação. Percebeu-se heterogeneidade e ambigüidade relativas à questão da7 responsabilidade pela prevenção e atendimento no acidente, variando desde a responsabilização da escola, passando pela família e incluindo, em alguns casos, a criança. A responsabilização de todos os envolvidos também foi aventada. As soluções apontadas variaram de acordo com a atribuição de responsabilidade, sendo que destacou-se a vigilância da criança e intervenções no espaço físico. Apareceram também, expressões de necessidade e desejo de capacitação. Discutese no trabalho, determinantes, atuais e históricos, relacionados à educação, família e criança, da construção das representações do acidente pelos educadores. Acreditamos que é necessário ampliar a discussão e a realização de mais pesquisas sobre o tema entre os educadores, abrangendo também a escola pública, a adolescência e a violência. Recomendamos a implantação de uma Política Públicade Saúde que estabeleça estratégias preventivas e capacitação dos educadores visando beneficiar as escolas e os alunos na prevenção dos acidentes.
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O número de escolas entrevistadas não foi previamente definido, tendo sido utilizado o critério de exaustão para interromper a coleta de dados. Na análise, os seguintes temas foram estudados: impressões gerais sobre o acidente na escola; conceitos e crenças a respeito do acidente escolar; capacitação relatada para lidar com a criança acidentada; sentimentos relativos à autocompetência para lidar com o acidente; concepção de medidas para evitar e lidar com acidentes e percepção de responsabilidade sobre o acidente. Em relação ao conceito de acidente observamos nos relatos, que existe ainda, a concepção da fatalidade ao lado do conceito de acontecimento previsível. Outro aspecto que chama atenção é o fato de que os educadores não se sentem preparados para lidar com o acidente relatando capacitação incipiente para o atendimento da criança acidentada, recorrendo às suas experiências como pais nesta situação. Percebeu-se heterogeneidade e ambigüidade relativas à questão da7 responsabilidade pela prevenção e atendimento no acidente, variando desde a responsabilização da escola, passando pela família e incluindo, em alguns casos, a criança. A responsabilização de todos os envolvidos também foi aventada. As soluções apontadas variaram de acordo com a atribuição de responsabilidade, sendo que destacou-se a vigilância da criança e intervenções no espaço físico. Apareceram também, expressões de necessidade e desejo de capacitação. Discutese no trabalho, determinantes, atuais e históricos, relacionados à educação, família e criança, da construção das representações do acidente pelos educadores. Acreditamos que é necessário ampliar a discussão e a realização de mais pesquisas sobre o tema entre os educadores, abrangendo também a escola pública, a adolescência e a violência. Recomendamos a implantação de uma Política Públicade Saúde que estabeleça estratégias preventivas e capacitação dos educadores visando beneficiar as escolas e os alunos na prevenção dos acidentes.Acidents in childhood not only threaten human life, but they can also cause both physical and emotional damage in children and adolescents. Accidents lead to absenteism from school and academic failure, and are an educational and a public health problem. The objective of this research was to study the social representations of educators regarding accidental injuries sustained by children from the 1st to the 4thgrade of elementary schools in Belo Horizonte. The study was qualitative, based on semi-structured interviews with educators in 17 private schools of Belo Horizontes upper class. The interviewed subjects were chosen because they had priviledged information regarding their school group. The number of interviewed schools was not previously defined, exaustion criteria was the criteria used for interruption of data collection. The following issues were analysed: general impressions regardingaccidents in school; concepts and beliefs regarding accidents in school; reported training for dealing with the injured child; feelings regarding competence to deal with the accident; strategies to avoid and deal with accidents and percieved responsability regarding the accident. Through the reports, we observed that, regarding the concept and definition of accident, there lingers an idea of fatality even when alongside deconcept of it being a somewhat predictable occurance. Another aspect which is highlighted is the fact that educators do not feel prepared to deal with the accident and report incipient competence for ensuring assistance to the injured child, relying on their own experience as parents. There was heterogenity and relative ambiguity in the determination of who was responsable for prevention and assistance, varying from the responsability being of the school, to the family and, including, in some cases, the child. The responsabilization of all those involved was also mentioned. 9 The solutions proposed by the interviewed subjects varied according to who they considered responsable for the accident, with emphasis being on watching the childand interventions in the physical space. There was also mention of the wish and need for training of educators. The paper discusses current and historical determinants, regarding education, families and children, in the construction of the representation of accidents in the minds of educators. We believe that it is necessary to expand the discussion and further research, including public education, teenagers and violence in the discussion. We recommend the implementation of a public healthpolicy with preventive strategies and educator training in order to help schools and students in accident prevention.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGSaúde escolarPrevenção de acidentesRelações interpessoaisAcidentesServiços de saúde escolarPrevencao de acidentesResponsabilidade socialCriançaAcidente escolarRepresentação SocialPrevenção de acidentesEducadorAcidenteFamília/escolaCriançaA representação social dos acidentes escolares por educadores em escola de 1ª a 4ª série do ensino fundamental, Belo Horizonteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALsoraia_pinto_sena.pdfapplication/pdf304687https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-6Y6JEW/1/soraia_pinto_sena.pdf1f76dfeb512bc4ba8a611f08f17fd5eeMD51TEXTsoraia_pinto_sena.pdf.txtsoraia_pinto_sena.pdf.txtExtracted texttext/plain242711https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-6Y6JEW/2/soraia_pinto_sena.pdf.txtbf95757e88def7ecc3b8b59706e07243MD521843/ECJS-6Y6JEW2019-11-14 16:44:34.173oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-6Y6JEWRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T19:44:34Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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